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Capítulo 79

Anabella ouviu o grito desesperado de Mariana e se virou, para vê-la irromper pela porta de vidro do prédio principal, enquanto Martín caía ao seu lado, no chão.

- Martín, não! Martín!

Anabella engoliu em seco, ao olhar para ela, enquanto mantinha Virgínia presa debaixo de si.

- Eu sinto muito... - sussurrou.

Enquanto isso, por ordem do próprio Sérgio, os portões da Vinícola foram abertos e a polícia entrou, enfim, rendendo a todos, combatendo alguns poucos capangas que decidiram resistir à prisão por conta própria.

Mariana abraçou Martín, balançando seu corpo num ato de desespero.

- Por favor, meu amor... não morra. Por favor! - ela dizia, baixinho, o choro fazendo com que sua voz soasse mais como um lamento.

Perdê-lo agora seria, de todas as tristezas que tivera na vida, a mais aterradora, com a qual jamais se confirmaria. Por mais que estivessem separados... ainda havia tanto para viverem!

- Aii...

Ela ouviu o gemido abafado dele contra seu peito.

- Martín!?

- Mari... - o sorriso cansado e dolorido dele a fez querer chorar e sorrir ao mesmo tempo. - Que bom que você está aqui...

- Martín...

- Mas você está apertando o local onde a bala me atingiu - ele cerrou os olhos e fez uma expressão de dor. - Meu ombro...

Mariana saiu de cima dele, e olhou para seu ombro esquerdo. Estava lavado de sangue, que escorria de um buraco feio e grande.

- Me desculpe...

- Eu não vou morrer agora. Fica tranquila que a bala atingiu apenas meu ombro esquerdo. Eu não poderia deixar você assim...

Mariana gritou de alívio e o abraçou novamente, porém com delicadeza.

Anabella suspirou, também aliviada.
E então se levantou, para que os policiais algemassem Virgínia.

Momentos depois, a ambulância que já havia sido acionada pela polícia para o caso de haverem feridos se aproximou, e Martín foi levado.





🍷

Liam conduziu Eleonor pelas escadas do porão, até chegarem à portinhola e à porta de saída do prédio novo. Ambos foram cercados pelos policiais, que outra vez fizeram seu trabalho de descer ao porão, para interditar tudo e coletar provas. Era a segunda operação que realizavam no local, em dois anos.

Anabella correu para abraçar a mãe e a fez se sentar em uma cadeira, pedindo à um dos funcionários que buscasse água. Ela mesma, no entanto, não conseguia se sentar.

Liam se aproximou, conferindo com os olhos se estava tudo bem e segurou sua mão.

- Acabou. Agora está tudo bem - disse ele.

Anabella puxou a mão de volta, desprendendo-se dele.

- Não, ainda não acabou.

Liam observou, confuso, ela caminhar até Sérgio, que estava algemado e ajoelhado, cercado por policiais.

Com um forte pontapé, ela o derrubou no chão. O rosto vermelho e suado, não apresentava expressão alguma.

Os policiais se posicionaram para impedí-la, mas a tenente sinalizou que não a detessem.

Paula via nos olhos da moça o quanto ela precisava daquilo. Em suas pesquisas pessoais sobre Anabella Montenegro, ela descobriu o quanto aquela moça séria e de olhos desafiadores podia ser vingativa. A bem da verdade, ela esperava que, na primeira oportunidade que tivesse, Anabella aniquilaria Sérgio e sua comparsa. Mas, contrariando as expectativas, ela não o fez.

A tenente não sabia quem ou o quê a tinha feito mudar de idéia, mas a prova estava ali: Sérgio e Virgínia estavam vivos. Então, fosse o que fosse que a Montenegro pretendia fazer, não podia ser pior do que matar o rapaz na frente dos policiais. Por isso, permitiu que ela colocasse para fora suas emoções. À sua maneira.

Então, sob os olhares aturdidos e incrédulos de todos à sua volta, Anabella sacou um pequeno canivete do bolso de sua calça. Os últimos raios solares daquele fim de tarde refletiram contra a lâmina afiada que, sem pestanejar, ela passou sobre o dedo indicador de Sérgio, rasgando-o de fora a fora, tal qual ele fizera com o dela. Bem, um pouco pior.

Sérgio urrou de dor. Anabella levantou a cabeça para o alto, fechou os olhos e suspirou. O grito de Sérgio soou como música aos seus ouvidos, porque se lembrava bem do seu próprio grito naquele descampado, quando ele não teve piedade dela, por mais que implorasse.

Liam se aproximou mais uma vez, pegando-a pelo braço e levantando-a.

Ela ficou olhando os policiais levarem Sérgio, Virgínia e seus capangas, impassível.

Olhou ao redor. A Vinícola... sua Vinícola que tanto amava...
Tudo parecia destruído, como se o lugar, por algumas horas, tivesse se transformado em um campo de guerra. Para onde olhasse, havia coisas quebradas, buracos de bala, pessoas machucadas e o rosto assustado e cansado dos funcionários.

No final das contas, ela conseguira. A Vinícola estava salva. Nem Vicente, nem Sérgio, nem Virgínia haviam prevalecido. Anabella sentiu um nó esquisito em sua garganta. Algo dentro dela lhe dizia que havia salvado a Vinícola, sim. Mas não para ela. Aquele lugar tão amado, tão querido... parecia não mais lhe pertencer.

Ela sentiu o braço de Liam envolvendo-a, trazendo-a para mais perto. E então começou a chorar.






🍷

No dia seguinte, a polícia fazia um balanço da operação na Vinícola Montenegro no noticiário da hora do almoço. Dona Cristina, mãe de Jader, desligou a televisão, se negando a continuar vendo aquilo.

- O Sérgio, meu Deus! - Exclamou, desolada e decepcionada. - Por que esse menino fez isso? Um menino tão inteligente... Eu não entendo como tem pessoas que se metem nesse tipo de situação.

- Ele tomou o caminho errado, mãe - disse Jader, se aproximando para afagar o braço dela. - Acontece.

- Acontece?! Meu filho, você não pode falar disso com tanta naturalidade assim.

- Mas é verdade. Todo mundo em algum momento comete algum erro. Mas o problema está em não reconhecer e persistir no erro. Sérgio não ouviu meus conselhos, não ouviu ninguém... - ele indicou a televisão já desligada com o queixo. - Deu nisso aí.

- E pensar que vocês moravam juntos! - Exclamou Doralice, lá do sofá. Ela e a namorada haviam ido visitar a família. - Que bom que ele não te arrastou para o mau caminho.

Jader balançou a cabeça, dando a entender que aquela era uma idéia inconcebível.

- Bom, ele e todos os outros agora vão pagar pelo que fizeram - comentou seu Rodolfo. - Que bom que tudo acabou bem para a Anabella e a mãe dela. Essas duas merecem um descanso de tudo isso. Não é brincadeira tudo o que essa família vem sofrendo, e isso desde que a conhecemos.

Todos balançaram a cabeça, em concordância, pensativos. Até Rafaela se levantar e puxar Doralice para a cozinha.

- Vamos ver o que tem de bom na geladeira da sogrinha!

- Amor! - Doralice deu-lhe um tapa no braço. - Sua cara nem treme, sua gulosa!

Rafaela gargalhou, arrastando-a consigo.

Jader observou a cena, com um sorriso no rosto. Seu pai se aproximou.

- E aí, filho? Desde que chegou que eu reparei. Eu e sua mãe. Você tá com um brilho nesse olho aí, hein?! E não é só pela felicidade da sua irmã. Vai nos contar o que está acontecendo?

Jader fitou os pais, incrédulo.

- Vocês dois! - revirou os olhos.

- Vem, querido, senta aqui! - dona Cristina o puxou para o sofá. - Queremos saber o motivo desse brilho.

Jader sorriu de novo, mordendo os lábios. Eles não o deixariam em paz, enquanto não contasse. Bem, ele também não se aguentava mais. Queria mesmo contar.

- Bom, eu conheci uma moça. O nome dela é Carolina...






🍷

Eleonor observava a filha dormindo. Sentada em uma cadeira ao lado da cama, ela reparava em cada ressonar, cada suspiro involuntário. Na forma como o peito dela subia e descia com a respiração leve, despreocupada. De vez em quando, se virava de um lado para o outro e então se aquietava outra vez, imersa naquele sono tão almejado.

Era real. Anabella estava ali, com ela! Anabella havia voltado. Era de verdade, não era mais um de seus sonhos, frutos de seu desespero. Sua filha estava ali, dormindo como uma pedra. Em casa, com ela.

Já era de tarde. Mas ela tinha todo o direito de dormir, o quanto quisesse. O dia anterior havia sido difícil e ela só havia conseguido descansar quase sete da manhã, depois de conversar com a polícia.

Ao cabo de alguns minutos, Anabella despertou. Sua expressão pareceu confusa e tensa por um momento, ao abrir os olhos, mas ao se virar e ver a mãe, logo tudo ficou mais leve. Era isso. Estava em casa.

- Oi, filha...

Ela se sentou na cama, puxando o cobertor até a cintura. Colocou as mechas bagunçadas de cabelo atrás das orelhas e sorriu timidamente na direção de Eleonor.

- Oi, mãe.

- Dormiu bem?

- Como nunca - ela disse e pareceu preocupada, de repente. - E o Liam?

Eleonor sorriu.

- Está lá embaixo. Já tomou banho, já comeu. Ele também estava preocupado com você, mas eu dei a entender que era bom deixar você dormir bastante.

- Ah.

O silêncio se espalhou pelo quarto, durante alguns instantes.

- Ele é bonito, né? Vocês namoram?

Anabella piscou os olhos e balançou a cabeça, tentando não ceder ao sorriso bobo que queria vir à tona.

- Liam é um cara especial. E sentimos algo especial um pelo outro. Mas não estamos namorando. Bem, ahn... não quero falar disso agora.

- Tudo bem. No seu tempo - a mãe a tranquilizou.

Anabella voltou a ficar séria. Livrou-se do cobertor, se sentando na beirada da cama. Com uma timidez extremamente incomum para ela, segurou as mãos da mãe. Ela precisava olhar naqueles olhos, fazer o que já devia ter feito há muito tempo.

- Me perdoa.

- Filha, é sério... não precisa disso. Está tudo bem.

- Eu preciso, sim - ela retrucou, decidida. - Me perdoa por ter ido embora daquele jeito. Por ter deixado você sozinha no momento em que mais precisávamos uma da outra.

- Bella... - Eleonor soltou sua mão para passar os dedos carinhosamente por seu rosto. - Você fez o que precisava naquele momento. Fez o que era melhor pra você. Ir para o exterior foi sua salvação, seu recomeço. Aliás, para onde você foi?

- Canadá. Foi lá que conheci o Liam. E também a Lucie. Você... você precisa conhecer ela, mãe. Ela... - Anabella se calou. Não tinha certeza de como a mãe reagiria ao saber que havia uma moça que se parecia muito com Ana Lúcia.

- Eu quero muito conhecer seus novos amigos, saber de tudo o que aconteceu por lá.

Anabella fez que sim. E abraçou a mãe.

- Eu fui tão dura com você - soluçou. - Eu fui uma filha tão ruim... Me arrependo tanto, de tantas coisas que falei. Eu não pensava, só... estava consumida pela raiva e pela sensação de ter sido enganada a vida toda.

- Você não é uma filha ruim. Nunca foi, Bella. Você só é diferente, assim como todo mundo. E tinha todo o direito de ficar zangada.

- Mas não devia ter dito todas aquelas coisas, não devia ter deixado você sozinha, mãe... - agora ela chorava abertamente. - Me perdoa, me perdoa, por favor.

- Se você precisa tanto assim desse perdão, está perdoada. Mas no meu coração, o meu amor por você só aumenta. E tudo o que importa é que estamos juntas agora. Não estamos? Olha para mim.

Anabella enxugou o rosto, assentindo, e levantou a cabeça. Os olhos estavam vermelhos, marejados.

- O que importa é que você voltou pra casa. Agora está tudo bem. Eu amo você, Bella. Nunca deixei de te amar, nem por um segundo, sequer.

- Eu também te amo, muito.

- Você também me perdoa? Por ter omitido de você e sua irmã que o verdadeiro pai de vocês não era o Vicente? Por tudo?

- Claro, mãe. Não quero que nada disso interfira mais na nossa relação. Eu nunca pensei que no final das contas só restariam nós duas. Quer dizer... Ana Lúcia vai estar pra sempre na nossa lembrança e no nosso coração, mas sou e você que estamos aqui agora - Anabella apertou a mão da mãe. - E eu não quero que fiquemos separadas, nunca mais.

- Nem eu, meu amor...

- Mãe.

- Sim?

- Vem comigo para o Canadá.

Antes que Eleonor pudesse dizer qualquer coisa, ela prosseguiu:

- Há muito tempo eu sinto que não pertenço mais a este lugar, aqui. Tudo pelo qual eu lutei durante todos esses anos não parece mais fazer sentido, sabe? E eu quero recomeçar de verdade em outro lugar. E já encontrei este lugar. Mas só vai estar completo se você estiver comigo. Se estivermos juntas. Vem pro Canadá comigo. Vamos refazer nossas vidas, nossa história. Vamos ser felizes, mãe. De verdade.

Eleonor sabia que Anabella estava falando sério. Não era só um convite, aquilo era um apelo. E mesmo que houvesse tantas questões a serem analisadas caso realmente aquela idéia tomasse forma, pela primeira vez em sua vida, ela começou a cogitar a possibilidade de ir embora e refazer sua vida.






🍷

No quarto dia pós operação, Mariana foi visitar Martín, que ainda estava no hospital. Os tendões do conjunto do ombro haviam sido rompidos com o tiro e uma pequena operação fora realizada no local, felizmente a tempo, para que não houvessem danos permanentes. O prognóstico era que seus movimentos ficariam limitados, mas a recuperação gradativa era certa.

Ela o viu deitado na cama hospitalar, com um acesso em seu dedo e o ombro atingido enfaixado. Cumprimentou-o com um beijo suave no rosto e se sentou ao lado da cama.

- Gostaria de ter vindo antes, mas você não sabe a loucura que ficou aquele lugar - disse ela, referindo-se à Vinícola. - Você está fazendo falta.

- E eu já estou sentindo falta do trabalho. Aquilo ali é a minha vida.

Mariana engoliu em seco e desviou os olhos.

- É, eu sei.

Martín se ajeitou na cama, firmando o corpo para poder vê-la e conversar melhor. Pediu notícias sobre a prisão de Sérgio e Virgínia e Mariana contou que a polícia aproveitou a fundo a investigação de Lucas e descobriu o esconderijo de Sérgio no interior de São Paulo, e o narcotráfico que ele comandava por lá.

Além disso, havia uma série de crimes cometidos por ele, e indícios de que outros viriam à tona. Ambos estavam presos e aguardando julgamento.

- Que loucura! Mas vamos falar de coisa boa. Como estão o Dido e a Analu?

- Estão bem. Sentem saudades de você.

- E eu deles.

- Fiquei tão preocupada com você - Mariana disse.

Martín abriu a mão onde estava o acesso, indicando que queria que ela pusesse a sua ali. Ela o fez.

- Sabe uma coisa louca que eu senti quando levei o tiro?

- Dor?

- Não. Felicidade.

- Não entendi...

- Você pediu que eu não morresse e me chamou de " meu amor ".

Mariana ficou vermelha.

- Eu ainda sou o seu amor, Mari?

Ela o observou. Aquele rapaz de cabelos negros e sorriso fácil por quem se apaixonara ainda era o mesmo e, apesar de estarem separados, era ele - somente ele - quem fazia seu coração bater mais forte.

- Droga, você é! - respondeu.

Martín sorriu, deliciado.

- Eu nem preciso dizer que sou completamente apaixonado por você, porque isso fica estampado no meu rosto quando eu te vejo. Mas eu posso repetir toda hora e todos os dias pra você, se você quiser, que eu te amo.

Mariana aproximou sua boca da dele e o beijou, num impulso. Ele a encarou, surpreso.

- Depois desse beijo, os médicos vão ter que me dar alta hoje. Me sinto renovado.

A risada contente de Mariana ecoou pelo quarto.

Então, ele a pediu pela terceira vez em casamento. E, pela terceira vez, ela disse sim.





▪️▪️▪️


Agora vai! 🥳

Volto em breve com o último capítulo ( frio na barriga ). 😬

E sim, teremos Epílogo! Eu amo escrever epílogos. E posso adiantar que esse Epílogo será um tantinho diferente do que eu estou acostumada a fazer.

Até breve! ♥️

P.s: a música na mídia no início do capítulo se encaixa um pouco com a cena da reconciliação de Anabella com a mãe. Quem quiser ver depois, é uma linda música. Curtam! 🥰

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