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Capítulo 76

Anabella não quis parecer petulante ou debochada - devido às circunstâncias - mas não conseguiu se controlar ao dizer:

- Dona Virgínia? Até onde eu sei, Virgínia não é dona de nada.

- Mas em breve vai ser - o cara loiro foi rápido ao responder.

Então era isso. Virgínia pretendia simplesmente tomar conta de tudo ao armar aquele circo todo. Que a prima era uma insuportável de primeira linha ela já sabia, mas que era ambiciosa... bem, isso já era novidade. Chegar ao extremo de sequestrar a própria tia então... era o auge. Anabella sentiu seu rosto esquentar, pela súbita raiva que sentiu, mais até do que quando ouvira a voz desesperada de Mariana ao telefone.

- Eu vim para levar você para a Vinícola - o rapaz continuou, sem deixar de apontar a arma em nenhum momento, a expressão dura e séria. - Virgínia deseja falar com você.

- Ah, ela deseja? Bom, eu também desejo falar com ela. Inclusive já estava indo até lá. Não precisava vir me buscar - Anabella desceu mais alguns degraus.

- Sou eu quem vai te levar, moça. E é melhor obedecer, para o seu próprio bem.

Ele fez sinal para que ela terminasse de descer a escada e ordenou que mantivesse as mãos erguidas acima da cabeça.

- Vamos andando!

- Certo. Está vendo isso aqui? - Ela balançou a chave que segurava na mão direita. - É a chave do meu carro. Podemos ir até lá, nele. Você pode até dirigir...

- Não! - Ela não queria, mas realmente se assustou com o quanto a voz dele parecia alta e ameaçadora. - Não ouviu o que eu disse? Vamos andando, agora!

Anabella sabia que estava correndo um sério risco ao ficar ali parada, mas  tentava ganhar tempo para pensar em algo rapidamente.

Então, de repente, o rapaz mirou a arma nas pernas dela.

- Qual vai ser? Você vai começar a andar ou eu vou ter que atirar nas suas pernas e levar você arrastada??

" Eu gostaria de ver você tentar. "

Anabella não ousou externar seu pensamento. Não duvidava da possibilidade de que sua prima tivesse dado ordens para que, caso resistisse muito, o capanga loiro pudesse atirar para matar. Com isso em mente, optou por não contrariar o sujeito. Precisava estar viva, se quisesse salvar sua mãe.

- Não há mesmo a possibilidade de irmos no meu carro? - Tentou mais uma vez.

- Moça, você está me irritando.

Ela se retesou, nervosa. Algo lhe dizia para não entrar no carro com ele. Mas não via outra saída, senão...

Então ela ouviu um barulho horrível e logo depois, o corpo do homem estava no chão. Ele perdera o sentido.

Alarmada e incrédula, ela viu Liam, que segurava uma barra de ferro nas mãos e a olhava de volta, como que aliviado.

Ela estava chocada e surpresa demais para falar.
Liam correu até ela, ignorando o rapaz caído no chão.

- Eu te segui, eu confesso. Mas em minha defesa - por algum motivo ele temia que Anabella ficaria brava por ele aparecer de repente. - Eu estava muito preocupado com você. Que bom que cheguei a tempo. Eu achei isso no seu jardim.

Anabella olhava para o rapaz imóvel no chão. Seus lábios mal se mexiam quando ela sibilou:

- Eu podia dar conta dele sozinha.

- É claro que sim...

- Mas obrigada - ela acrescentou, indo até o corpo no chão. Analisou rapidamente para se certificar de que não estava morto, apenas desacordado. Ao ter essa certeza, pegou a arma que, inacreditavelmente havia permanecido na mão do capanga, mesmo com a queda deste.

Ela conferiu a munição (realmente o infeliz iria atirar) e então travou a arma, colocando-a no bolso de sua calça, sobre o olhar atento de Liam.

- O quê?

Ele ergueu as mãos e deu de ombros, como quem diz: " Você sabe o que faz."

Anabella pensava freneticamente.

- Já que você está aqui, eu tenho um plano.

- Estou ouvindo.

- O plano é o seguinte: você vai fingir que é esse cara - ela apontou com o queixo para o rapaz no chão. - Ele é loiro, você também é, para nossa sorte. Nós vamos para a Vinícola, no carro que ele veio. Eu pensei melhor: será muito indiscreto que cheguemos no meu carro, por mais que eu queira mostrar para Virgínia que não tenho um pingo de medo dela.

Anabella suspirou. Odiava aquilo. Mas continuou:

- Você vai dirigir o carro, e terá que agir como se de fato fosse o capanga.

Nesse momento, Liam fez uma careta.

- Assim como eu vou agir como se estivesse com você contra a minha vontade. Sabe, como uma prisioneira.

- Acha que isso vai dar certo? Tirando o fato de sermos loiros, eu e esse carinha não nos parecemos tanto assim.

- Quando descobrirem o engano, já estaremos lá dentro. Até lá, você vai ter que atuar bem.

Liam pesava os prós e os contras daquele plano, até que ela disse:

- Me espera aqui, eu já volto. Fica de olho nele.

- Onde você vai??

Mas ela já havia saído. Cinco minutos depois, retornou, segurando um bolo de cordas nas mãos.

- Ele está acordando... - Liam disse, apontando para o rapaz, que aos poucos recobrava a consciência, com uma expressão de dor no rosto, enquanto tentava se situar.

- Ótimo! Vamos amarrá-lo - Anabella falou.

Ela pareceu pensar por alguns segundos. Então se abaixou para olhar para o rapaz, deixando em evidência que estava com a arma que ele antes havia apontado para ela. O loiro gemeu e grunhiu, claramente irritado, lançando um olhar de poucos amigos para Liam e Anabella.

- Que bom que você acordou - Anabella o fitou brevemente e ordenou, se levantando: - Tire a roupa.

- O quê?? - Os dois homens gritaram. Liam não estava menos assustado que o bandido.

- Vamos, fique de pé e tire as roupas! - Anabella ordenou novamente, impaciente. - Camiseta e shorts.

Então ela se virou para o embasbacado Liam.

- Se quer que achem que você é ele, precisa no mínimo estar com as roupas dele.

- O que vocês vão fazer? - Perguntou o rapaz.

- Não é da sua conta. E anda logo! - Anabella agitou o revólver na direção dele, demonstrando sua impaciência.

O capanga, relutante, começou a tirar a camisa. Entretanto, ao abaixar o short, se deteve, olhando com certa timidez para a Montenegro.

- Se você puder se virar... - a voz dele era um murmúrio.

- Ah, por favor! - Anabella revirou os olhos. - Você não é o primeiro homem seminu que vejo. Anda logo! - frisou.

Liam a encarou, achando-a extremamente desnecessária. Uma pontada de ciúmes o invadiu. Isso a fez revirar os olhos ainda mais. Definitivamente aquele não era o seu dia.

Quando o rapaz já se encontrava somente com uma sunga branca e totalmente deslocado e envergonhado, ela pediu a Liam que o amarrasse. Liam assim o fez.

- Agora é a sua vez - anunciou Anabella, depois que o último nó foi dado. - Coloca as roupas dele.

Liam pegou as roupas jogadas no chão, tentando ao máximo não demonstrar o que sentia naquele momento e, sem dizer palavra, se encaminhou para um outro cômodo. Também não era afinal de contas obrigado a passar por aquilo, expondo seu corpo para um desconhecido. Um minuto depois, estava de volta.

Anabella o observou, minuciosamente. Liam possuía alguns músculos a mais que o rapaz, então a camiseta preta ficava ligeiramente apertada em volta de seu tronco. Devido à altura, o short também ficava um pouco pequeno demais. Fora isso e tirando a diferença gritante do rosto de ambos - o rosto de Liam era tremendamente lindo e cativante, enquanto que o outro parecia simplesmente comum demais - ela achava que o disfarce estava bom.

- Bom, acho que é isso - concluiu, em voz alta. - Podemos ir agora. Não preciso dizer que você terá que falar em português, não é, Liam? Não vai precisar falar muito, mas o que falar, vai ter que ser em português. Mas vamos indo, no caminho você pratica. Eu tenho em mente algumas frases...

Anabella parou, ao notar a expressão confusa e atordoada de Liam.

- Me desculpe. É coisa demais pra você?

- Não! - ele se apressou em falar, para tranquilizá-la. - Está tudo bem. Vamos lá.

Ela coçou a nuca, ainda insegura quanto à aceitação dele naquele plano.

- Então você faria isso comigo? Por mim? - Perguntou.

Liam se aproximou dela, acariciando seu rosto inesperadamente. Isso a fez arfar e corar.

- Eu atravessaria o oceano por você, Bella. Fingir que sou um bandido é fichinha.

Ela riu do exagero dele.

- Vai dar tudo certo, eu prometo.

Liam concordou com um aceno de cabeça.

Então saíram, não sem antes ligar para Lucas e para a polícia, avisando-lhes sobre o homem que havia invadido a casa.






🍷

Na Vinícola Montenegro o caos estava instalado. Os funcionários, embora não tivessem sido feitos de reféns diretamente como Eleonor, trabalhavam sob a mira das armas dos capangas de Sérgio, que havia expressado ordens para que o trabalho não fosse interrompido. Ninguém tinha permissão para entrar ou sair (com exceção do capanga que fora incumbido de trazer Anabella) e o lugar parecia completamente tomado por uma energia caótica e aterrorizante.

Havia homens com rifles e fuzis por todo o lado, seguranças desarmados e imobilizados, e a sensação de medo e insegurança em cada pessoa que não fizesse parte do bando de Sérgio.

No interior do prédio principal, Mariana saía finalmente do banheiro. Depois de ter tentado à todo custo parar de chorar e se esforçar para pelo menos parecer calma, ela jogara um pouco de água no rosto e, fitando seu reflexo no espelho, havia respirado fundo .

Sentindo-se suficientemente recomposta, começou a andar pelo corredor. Precisava chegar o quanto antes à sala de Martín. Entretanto, ao entrar no corredor que dava acesso à sala presidencial, foi interpelada por um dos homens, que a parou, apontando-lhe um rifle e ordenando que permanecesse parada exatamente onde estava.

Mariana quase perdeu o fôlego, ao ter aquela arma apontada em sua direção e ergueu as mãos, tremendo.

- E-eu... preciso voltar ao meu posto, senhor... - gaguejou, ainda tremendo.

O homem alto e corpulento a analisou de cima a baixo, desconfiado.

- O que você faz aqui?

- Sou secretária e assistente do presidente. E preciso levar alguns papéis para o meu chefe assinar. Por favor - ela disse, evitando olhar para o homem.

- E o que está fazendo fora de seu posto?

- Eu estava no banheiro...

- O meu chefe não permitiu que ninguém ficasse circulando por aí - disse o capanga, ainda desconfiado. - Encosta na parede.

- O quê??!

- Na parede agora, se não quiser levar bala! - o brutamontes gritou, fazendo com que Mariana se assustasse.

Ela fechou os olhos, enojada, enquanto as mãos dele passeavam pelo seu corpo, revistando-a, e sentiu certo alívio por ter escondido o telefone no banheiro. Não sabia o que fariam com ela, caso a encontrassem com o aparelho.

- Está limpa! - o capanga concluiu.

- Então... eu posso ir?

- Pode. Eu vou acompanhar você. Vamos!

Mariana já esperava por isso. Seguiu andando pelo corredor, com o homem em seu encalço, vigiando cada passo seu. Ao chegarem na pequena salinha que ocupava, ele não deixou de acompanhar cada pequeno movimento que ela fazia, enquanto reunia os papéis que deveriam ser levados até Martín.

Mariana pegou uma caneta e olhou furtivamente para o capanga. Ela marcou algo rapidamente em uma das folhas e então, se dirigiu à porta de vidro jateado, a entrada para a sala do presidente.

Ao abrí-la, notou que Martín também trabalhava sob a mira da arma de dois homens. O mais alto e de feições asiáticas segurava uma pistola semi automática e tinha consigo uma outra espécie de arma, que Mariana não fazia idéia do que seria. O segundo homem, consideravelmente mais baixo e incrivelmente mal encarado, também segurava um rifle, assim como o que a havia revistado.

Martín olhou para Mariana e seus olhares se cruzarem. O coração do presidente vacilou por um instante ao ver a amada. Será que Mariana...? Ele teve medo do que poderia acontecer naquele momento, mas Mariana apenas pediu licença e foi até a mesa, colocando os papéis à sua frente.

- Os documentos que você precisa assinar - ela disse, simplesmente.

Martín engoliu em seco, olhando-a. Ela o fitou brevemente, erguendo de leve a sobrancelha.

- Pronto? Você já pode sair! - disse o capanga.

Mariana se afastou da mesa. Hesitou por um instante, mas o homem a empurrou para fora, fechando a porta em seguida.

Martín conferiu as folhas, rapidamente. De fato, eram apenas documentos que precisavam de sua revisão e assinatura. No entanto, ele se deteve, ao ver a última folha. Era apenas um papel em branco, exceto por um pequeno rabisco escrito à caneta no fim da folha. Martín teve que se esforçar para conseguir enxergar o que estava escrito ali.

" Está feito " ele leu.

E então um sorriso pequeno e discreto apareceu no canto de sua boca.
Martín pegou sua própria caneta e começou a assinar.




🍷

Do lado de fora, cerca de vinte minutos depois, Anabella e Liam chegavam à Vinícola. Naturalmente, os homens que guardavam a entrada dos portões permitiram a entrada do carro preto de vidros escuros, e comunicaram pelo rádio à Sérgio que seu comparsa havia acabado de chegar com a filha da refém. Sérgio então ordenou que levassem-na imediatamente para o porão.

- Pro porão - um dos capangas que faziam a segurança do lado de dentro disse ao falso bandido, papel que Liam desempenhava com maestria, ao conduzir Anabella, enquanto apontava para ela a arma que tinham subtraído do verdadeiro capanga.

Esta, também em sua pose de prisioneira capturada contra a sua vontade, lançava olhares furtivos ao redor da Vinícola. Os poucos funcionários que conseguiu ver olharam-na com preocupação e medo. Anabella abaixou as vistas, evitando mais contato visual. Nunca lhe passara pela cabeça que um dia entraria por aqueles portões sendo escoltada por - ela fez uma careta de indignação - bandidos armados até os dentes.

Por outro lado, ficou contente por saber que ela e Liam estavam pregando uma peça neles. Queria muito ver os rostos bestificados de Sérgio e Virgínia quando se dessem conta de que haviam sido enganados.





🍷

Carolina Mendes bateu a porta do SUV prateado e acenou efusiva para seu motorista, despedindo-se. Em seguida, encarou sorridente e ansiosa a fachada do belo bistrô onde se encontrava. Já dentro, sentiu-se acolhida pela sensação reconfortante que o lugar transmitia.

Seu sorriso continuou - e aumentou - ao vê-lo se levantar de onde estava para recebê-la. Cumprimentaram-se com um beijo no rosto e ela sentiu o cheiro inebriante de perfume masculino que Jader usava. Ela se perguntou se ele havia se perfumado daquele jeito para instigá-la, porque se fosse, estava funcionando. Aliás, não se lembrava de nenhum momento desde que conhecera Jader Foster em que não se sentira instigada.

Jader paralisou ao ver o sorriso belíssimo que Carolina ostentava. Ele adorou a forma como os olhos dela pareciam mais doces naquela tarde. Os lábios erguidos de forma charmosa devido o sorriso e aquelas maçãs de seu rosto... pareciam inacreditavelmente sexy.

Os olhos cativos de Jader estudaram cada pequeno e gracioso detalhe do rosto de Carolina, até ele se dar conta de que estavam parados no meio do bistrô.

- Ahn... vamos... vamos nos sentar - disse ele. - Eu já escolhi a nossa mesa.

Sentaram-se numa mesa no canto direito do estabelecimento, ainda meio absortos pela presença um do outro. Na parede à frente, uma televisão acoplada à um suporte de madeira envernizada exibia cenas de uma comédia romântica com Adam Sandler no papel principal.

Depois do atendente simpático ter trazido o pedido de ambos e se afastar, Carolina se inclinou com leveza sobre a mesa em direção à Jader, para dizer:

- Estou muito feliz que tenha aceitado o meu convite.

Jader terminou de engolir um pedaço de sua torta de chocolate.

- Eu não poderia recusar.

Ele havia cancelado seus dois últimos compromissos daquele dia só para estar com ela. Carolina sorriu ainda mais ao ouvir aquilo.

- Inclusive, Carolina, eu quero te agradecer por ter me avisado sobre Ítalo. Não sei ainda até que ponto esse cara pode ter afetado a investigação de Lucas, mas em todo caso...

Nesse momento, o filme que era exibido na televisão foi substituído pela vinheta do noticiário de Vitória.

O jornalista ajeitava de maneira atrapalhada seus óculos de grau, ao mesmo tempo em que começava a falar.

- Interrompemos nossa programação para transmitir uma notícia um tanto quanto inusitada e... chocante. Nós recebemos a pouco mais de meia hora uma mensagem anônima com uma senha de acesso ao sistema de câmeras de segurança da Vinícola Montenegro, uma das maiores e mais prestigiadas do país, localizada na cidade de São Bento do Amaral, há cerca de uma hora e meia da capital Vitória...

Instintivamente, Jader sentiu seus olhos grudarem na tela à sua frente, o que fez com que Carolina virasse a cabeça para também assistir o noticiário.

- A partir de então - continuou o âncora - tivemos acesso ao que está acontecendo agora em tempo real na Vinícola Montenegro. O lugar foi tomado por homens armados com rifles, fuzis e todo tipo de armamento pesado. De acordo com a mensagem anônima, esses homens estão sendo liderados por ninguém mais, ninguém menos do que Sérgio Foster, um já conhecido foragido da polícia e ex parceiro de crime no narcotráfico de Vicente Montenegro, antigo CEO da empresa, já falecido...

- Mas o que... ? - Sussurrou Jader, abismado.

- Segundo nos foi relatado, Eleonor Montenegro, atual dona da Vinícola, está sendo feita refém e mantida presa num porão por Sérgio e uma segunda pessoa, cuja identidade não foi revelada. Veja agora imagens ao vivo do local.

E então Jader, Carolina e os demais clientes que ali haviam viram, em primeira instância, Anabella Montenegro ser conduzida por três homens armados em direção ao porão.




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