Capítulo 30
Boa parte dos convidados já haviam ido embora, quando chegaram.
Dona Eleanor havia se desculpado como pudera com uns e com outros enquanto saía e agora, apenas alguns curiosos ainda permaneciam por ali, no intuito de saberem qual seria o desfecho daquela noite.
O carro de polícia em frente à casa dos Montenegro era uma grande novidade naquela rua. Por isso todo o alvoroço e movimentação, à parte da festa.
Jader e Vicente foram os primeiros a saltar do carro, enquanto Anabella o desligava.
Doralice a olhava pelo espelho retrovisor.
-Anabella, você atirou no meu irmão?- Perguntou.
Anabella também a olhou pelo espelho.
-Jader disse que te explicava tudo depois. Tenha paciência e ele vai te contar.
-Eu quero saber de você.
Anabella suspirou.
-Sinto muito, mas vai ficar querendo.- Ela respondeu, saindo do carro e batendo a porta.
Doralice também saiu, caminhando com ela para a entrada da casa.
-Pois não?- Vicente foi até os policiais.
Jader estava ao lado dele.
-Boa noite, senhor Vicente.- Os policiais o cumprimentaram.- Recebemos um chamado.
-Daqui?- Ele franziu a testa.
Anabella se aproximou.
-Sim, senhor. Foi uma ligação anônima. Nos disseram que houve disparo de tiros de dentro da casa.
Anabella engoliu em seco, abaixando a cabeça. Sentiu que suava frio.
-Tem certeza de que falaram que foi daqui?- Jader perguntou.
-Sim.- O policial confirmou.
-Sinto muito, mas não houve disparo de tiro nenhum aqui.- Jader respondeu, sério.
Anabella olhou para ele, incrédula. Seus olhos se fixaram no rosto de Jader, mas ele manteve os seus no policial.
-O senhor confirma isso, senhor Vicente?
Vicente não fazia idéia se houve realmente um tiro ou não.
Sabia que mais cedo ou mais tarde Jader e Anabella lhe contariam o que de fato havia acontecido, mas por enquanto, não queria saber de carro de polícia na frente de sua casa. Por isso, disse:
-Confirmo, claro. A pessoa que fez essa ligação deve ter uma mente muito fantasiosa e deve assistir muita série policial também.- Ele esboçou um sorriso.
Um dos policiais notou o curativo no braço de Jader.
-Tudo bem com você, rapaz?- Ele olhou especificamente para o braço.- Se machucou?
Anabella não tirava os olhos dele.
-Estou bem sim, senhor, obrigado. Isso foi apenas um corte.- A voz de Jader sequer tremeu.
Os policiais se entreolharam.
-Certo, então. Se não houve tiros, não temos mais nada a fazer aqui. Mesmo assim, obrigado pelo tempo de vocês.
Vicente apertou a mão de ambos.
-Boa noite, senhores.
-Boa noite.
Os quatro os observaram se afastar, entrar no carro e sair dali.
-Vou procurar meu pai e minha mãe.- Doralice disse, se virando para entrar na casa e esbarrando em Virgínia, que saía.
-Já foram embora? Por que a polícia não entrou para dar uma busca na casa??
Vicente a olhou com desgosto.
-Polícia nenhuma vai entrar dentro da minha casa. Eles não têm um mandado de busca.
-Foi você quem chamou a polícia?- Jader perguntou à ela.
Virgínia não respondeu. Apenas balançou a cabeça e entrou novamente na casa.
-Só pode ter sido ela.- Anabella disse, baixinho.
-É o seguinte.- Vicente bateu no ombro de Jader e olhou para a filha.- Não sei o que realmente houve por aqui, mas não quero saber desse tipo de situação novamente na minha casa.
-Vicente, foi um acidente. Eu prometo que explico tudo para o senhor depois. Palavra.
-Ok, Jader. Tudo bem aí, filha?
Anabella assentiu, silenciosamente.
Vicente decidiu entrar, deixando-os ali.
Anabella pôs-se a caminhar pela calçada, de um lado para o outro.
Sentia-se sufocada pelos próprios pensamentos.
Os acontecimentos daquela noite eram só mais uma peça fora do lugar do quebra cabeça que era sua mente já há alguns dias.
Ela parou em frente à Jader, de repente, que estava parado ali, apenas a observando.
-Jader. Por que não contou a verdade aos policiais?
Ele balançou a cabeça, dando de ombros.
-Eu já disse. Não foi nada grave. Foi um acidente, Anabella. E também.- Ele abaixou um pouco a voz.- O tiro só pegou de raspão. Eu estou aqui, vivo e inteiro.
-É, você está...- Ela murmurou.
Jader viu a aflição nos olhos dela.
-Vem cá- falou, despretensioso.- Por que logo você, que é sempre tão durona, parece tão... chocada?
Anabella ficou estática, por um momento olhando para ele, o coração aos pulos.
E então, no momento seguinte, ela já estava correndo em direção ao seu carro e segundos depois, saía à toda velocidade pela rua.
-Anabella!- Jader gritou, em vão.
Ficou vendo o Maserati cinza desaparecer na esquina, e sentiu que precisava fazer alguma coisa. Ela parecia perturbada por algo que acontecia dentro dela.
Jader entrou em seu próprio carro e, ao dar a partida, resolveu segui-la.
🍷
Taís cochilava no sofá, depois de ter aproveitado a festa ao lado de algumas pessoas, antes, é claro, do incidente do suposto tiro e do desmaio de Ana Lúcia.
Ao abrir os olhos, ela viu Sérgio conversando com o senhor Montenegro em um canto da sala mas, ao ver que ela despertara, encerrou a conversa e foi até ela.
-E então, vamos embora? A festa já acabou.
Taís pegou sua bolsa e ajeitou o vestido.
-Eu sei, né? Mas você não ficou por um só segundo do meu lado, Sérgio.
-Desculpa, Taís, eu...
-Você me deixou sozinha desde o começo. Desde...- A voz e olhar dela demostravam seu desgosto.- Desde que viu a tal de Anabella.
-Eu precisava falar sobre algo importante com ela.
-Sim, mas e depois? Custava me dar um pouco de atenção?
Passaram por Vicente, que se despediu deles e saíram da casa, indo em direção ao carro de Sérgio.
-Eu pensei que você tinha me convidado para vir para a festa das gêmeas porque...
-Por que o quê, Taís?- Ele abriu a porta do carro para ela, mas ela não entrou.
-Porque achei que queria que ficássemos juntos.
Sérgio passou a língua pelos lábios.
-Me desculpa se não correspondi às suas expectativas.
-Mas você pode corresponder agora.- Ela falou com a voz mansa, se aproximando dele e puxando a gola de sua camisa.
Sérgio não quis ser grosseiro, e embora não desejasse aquilo, deixou que ela o beijasse.
-Sérgio.- Taís sussurrou em seu ouvido.- Não sabe o quanto eu queria isso.
Ele a empurrou com leveza para dentro do carro e fechou a porta.
-O que foi?- Taís indagou, quando ele também entrou.- Não gostou do beijo?
-Não é isso, Taís. Só acho que... você está confundindo as coisas.
-Eu não estou confundindo nada. Sei o que quero.
-Mas eu não quero, caralho!
Taís abriu a boca, assustada com o tom de voz dele e se afastou.
-Já entendi...
-Me desculpa, Taís. Mas eu...- Ele tentou contornar a situação.
-Eu disse que já entendi.- Ela disse, entredentes.- Só me leva de volta pra casa.
Sérgio a olhou. Sabia que não adiantaria falar mais nada. Apenas suspirou, ligando o carro e saindo dali.
🍷
Jader nunca havia ido até aquele mirante.
Conhecia vários pontos da cidade, mas aquele lugar para o qual Anabella dirigira lhe era desconhecido.
Ele a havia seguido à uma certa distância, e viu quando ela parou o carro num espaço aberto e alto.
Jader caminhou de seu carro até onde ela estava. Sentada, o vestido longo enrolado em suas pernas, o olhar perdido na cidade que dormia lá embaixo.
Ele se aproximou, e se sentou ao lado dela.
A vista era bonita. O céu estrelado acima deles iluminava o mirante deserto, tornando desnecessária a iluminação artificial.
-Estou preocupado com você.- Ele disse.
Anabella continuava a olhar para a frente, parecendo alheia à tudo. Mas tinha plena consciência da presença dele ali.
-Queria ter certeza de que você estava bem.
-Eu não estou bem.
Jader a olhou.
-Anabella, sei que nem sempre nos damos bem e talvez tenhamos começado de uma forma ruim. Mas quero que você saiba que pode conversar comigo. Sobre o que quiser. Sobre o que pensa, o que sente...
Ela desviou o olhar para mais longe.
-E mesmo que não queira falar, eu vou ficar aqui com você, pra ter certeza de que você vai ficar bem e vai voltar pra casa.
O silêncio só não era absoluto por causa do piar de uma coruja empoleirada ali por perto.
Vários minutos se passaram. Jader sabia que provavelmente passava de meia noite, pois havia conferido as horas no carro.
Dentro de si havia um certo receio de estar sendo invasivo, quando claramente ela estava ali porque preferia estar sozinha. Mas estava realmente preocupado. Jamais poderia esquecer o terror que viu nos olhos dela quando percebeu que havia atirado nele.
Algo nele não permitia que se afastasse, nem a deixasse.
-Houve uma época na minha vida em que eu era muito feliz.
Jader, às voltas com seus pensamentos, se assustou ao ouvir a voz de Anabella.
-Não que hoje em dia eu não seja feliz, mas há alguns atrás eu era uma pessoa completamente diferente. Não digo em termos de personalidade e sim de... sentimentos.- Anabella suspirou.- Eu sei que pode parecer inacreditável mas eu tinha uma melhor amiga. O nome dela era Rosalie. Ela era canadense e se mudou pra Vitória com os pais, que vieram tomar conta de uma filial da empresa da família. Nos conhecemos no primeiro dia de aula do Ensino Médio, aos quinze anos. Nós duas éramos muito parecidas. Ela gostava das mesmas coisas que eu. Tudo, absolutamente tudo. Nos dávamos muito bem e eu me sentia bem quando estava com ela.
Jader achou bonita a forma como Anabela falava.
-Rosalie me falava sobre o Canadá, sobre o lugar onde morava e dizia sempre que, se um dia fosse preciso voltar, ela me levaria também. Claro, isso era só brincadeira, não que eu não fosse gostar de viajar com ela. Enfim. Naquele mesmo ano a Rosalie conheceu um cara que já estava na faculdade e começou a namorar com ele. No início ela me deixou um pouco de lado pra curtir o relacionamento dela, mas quando nós fomos apresentados um ao outro nos demos tão bem que acabamos nos tornando muito amigos. Éramos inseparáveis, os três. É claro que existia o pólo amizade e o pólo namoro. Mas a Rosalie sabia conciliar bem. Os pais dela não iam muito com a cara dele e achavam que a filha era nova demais para namorar tão sério com um cara mais velho e era, mas gostavam muito de mim e por isso, permitiam que a Rosalie saísse com ele, desde que eu estivesse junto. Foi então que a Rosalie começou a ficar mais arredia, calada. Já não compartilhava mais tudo comigo. Faltava às aulas e furava os passeios que combinávamos. E quando ela resolveu dar as caras depois de duas semanas, apareceu com manchas roxas nos braços e com um ferimento na testa. Eu fiquei horrorizada e perguntei o que tinha acontecido já com medo da resposta, porém ela negou que tivesse sido ele. Mas os pais dela me confirmaram o que eu já sabia e eu fui tirar satisfações. Ele me disse que havia sido sem querer e que amava muito a Rosalie.- Anabella fez uma expressão de desagrado.- Rosalie me dizia que ele a amava tanto que sentia muito ciúmes, por isso não suportava que nenhum outro homem se aproximasse dela. Eu achava aquilo estranho, mas naquela época eu não via muita maldade nas pessoas, por isso o perdoei e disse que só queria vê-los felizes.
Anabella fez uma pausa.
-Era uma amizade bonita, a sua com a Rosalie.
-Era, era sim. Eu acho que você já deve estar imaginando que o desfecho dessa história não é muito bom.- A voz dela estava neutra.
-Continua.- Jader pediu.- Se isso for fazer você se sentir melhor.
Anabella tirou o arquinho do cabelo e o colocou no colo.
-Quando as férias de Julho chegaram, naquele ano, Rosalie estava toda animada com a idéia de viajar com o Tiago, o namorado dela. Ela queria porque queria conhecer o Rio de Janeiro. Os pais dela disseram que só permitiria que ela fosse se eu também fosse, além de uma tia da Rosalie. Ela aceitou, porque não tinha muito escolha. Meus pais me deram permissão e nós fomos para o Rio. Na verdade, no ano anterior eu tinha feito planos de ir para algum lugar no exterior com minha família, mas a minha amizade com Rosalie mudou tudo. E então nós fomos para o Rio. A viagem foi uma delícia, nos divertimos ao máximo, mas o clima pesado de discussão entre eles sempre estava presente entre a gente. Rosalie me confessou no hotel que aquela viagem estava sendo uma nova chance que ela estava dando à ele, mas que estava percebendo que não iria dar certo. Ela tinha em mente que terminaria tudo com ele quando voltássemos. Eu disse que a apoiaria em qualquer decisão que ela tomasse. Dois dias antes de voltarmos, o clima entre eles estava insustentável e Rosalie decidiu terminar tudo ali mesmo, ainda no hotel, antes de sairmos para uma festa, um show ao ar livre. Ele não aceitou, obviamente. Saiu atrás dela, implorando para que pensasse melhor, mas Rosalie estava decidida. Durante o show, ela dançou e se divertiu o tempo todo, porém sozinha, sem querer que ele chegasse perto. Ele me disse que não suportava ficar sem ela, que eu precisava ajudá-lo. Eu me lembrei de que ele já havia a machucado muito, então me levantei, deixei ele falando sozinho e também fui dançar. Alguns rapazes chegaram em nós, e um deles se interessou muito em Rosalie. Eu, para ver a cara do Tiago ir ao chão por ver o que ele tinha perdido, a incentivei a dançar com esse cara.
Anabella parou, novamente, engolindo em seco. Mordeu os lábios com força.
-Tiago viu a cena. Rosalie, toda linda e plena, dançando nos braços de outro. Ele se levantou de onde estava...- A voz dela tremeu.- E eu só percebi o ódio nos olhos dele quando ele tirou a arma de dentro do bolso da calça. Eu raciocinei imediatamente quando vi o que ele ia fazer. Segurei-o com força, mas não o bastante. Ele se soltou de mim e atirou. Atirou várias vezes nela e no cara que dançava com ela.
Jader viu lágrimas silenciosas descendo pelo rosto de Anabella.
-Eu vi minha amiga cair no chão, na minha frente, ensanguentada e morta. E eu não pude fazer nada para salvá-la. Ela morreu... na minha frente.
Jader estava mudo, chocado.
-Me lembro de abraçar o corpo dela sem vida. As pessoas à minha volta correndo, gritando, a sirene do carro da polícia... E eu não tinha forças para me levantar e sair dali. Nem sei como ou quem me carregou para o hotel. Eu só conseguia pensar na Rosalie... E em como tudo poderia ter sido diferente se eu tivesse feito alguma coisa.- Sua voz falhou mais uma vez.
Jader tocou em seu ombro. E, pouco a pouco, foi trazendo-a para mais perto de si.
Anabella resistiu, a princípio, até que se deixou ser abraçada.
-Eu sinto muito...- Jader sussurrou.
Ele percebeu que ela chorava baixinho, o corpo dando pequenos solavancos, causados pelos soluços.
Jader sentia seu coração estremecer ao ter o corpo dela tão próximo ao seu. Parecia que seus braços queimavam, em contato com a pele dela, facilmente alcançada pelo tecido fino das mangas de seu vestido.
Todo o seu interior parecia arder.
Teve vontade de consolá-la, de acariciar seus cabelos e dizer que estava tudo bem. E foi isso o que fez.
-Não foi sua culpa...- Murmurou.
Anabella se sentia confortável. Embora a dor da perda de sua melhor amiga tivesse voltado a dilacerar seu coração, sentia que, ao contar tudo aquilo para Jader, um peso enorme tivesse sido tirado das suas costas. Parecia que havia lavado a alma. Era reconfortante estar ali, no Pacífico e envolvida pelo abraço de Jader.
Estava sendo ela mesma, como nunca antes havia sido.
Não precisava fingir, nem manipular. Não precisava de joguinhos. Estava apenas sendo verdadeira, consigo mesma e com ele.
Depois de um tempo, Anabella se afastou.
-Sabe, você é a primeira pessoa a saber disso. Ninguém mais sabe. Nem mesmo a minha família. O Tiago foi preso, deve estar preso até hoje. E quando os pais da Rosalie souberam o que aconteceu com a filha, voltaram para o Canadá e todos acharam que a Rosalie também havia voltado com eles. Eu nunca mais tive notícias. Depois disso eu...- O olhar dela era vago.- Perdi aquela confiança que tinha nas pessoas e em seus sentimentos. Não conseguia olhar para um homem sem desconfiança ou com medo. Só que não um medo que se acovarda e sim um medo que me faz querer passar por cima de tudo.
Jader sorriu, sem querer.
-Acho que agora entendo porque você me odiou tanto quando me conheceu.
Ela o olhou.
-Eu não odiei você. Eu só me mantive em guarda. Não permitiria que nada sequer parecido acontecesse com a minha irmã. Mas você tem sido incrível com ela...
Jader estendeu a mão e enxugou algumas lágrimas no rosto dela.
Anabella fechou os olhos, sem se mexer.
Jader percebeu que havia algo a mais ali além de uma garota que aparentava ser fria e sem sentimentos.
Pelo contrário, ela guardava sentimentos demais dentro de si, mas preferia ocultá-los.
-Compreendo você.- Ele disse, com sinceridade. -Fico feliz que tenha se abrido comigo. Mas... Por que você estava com a arma do Sérgio?
-Ele me ameaçou uma vez, com ela. E eu a tomei dele.
-Ele fez isso com você??- Jader indagou, incrédulo e furioso.
-Fez.
-Não posso acreditar...
-Eu pedi à meu pai no meu aniversário do ano seguinte ao que aconteceu com Rosalie, que me ensinasse a atirar. Por alguma razão, eu quis isso.- O olhar direcionado à Jader foi como um pedido de desculpas.- Infelizmente, a única vez que atirei foi contra você.
-Não se preocupe com isso.
-Eu sei que você vai dizer mais uma vez que foi um acidente, mas foi terrível mesmo assim. Espero que eu não tenha que pegar em uma arma outra vez.
Ficaram em silêncio, por longos minutos.
Até que Anabella bocejou e esfregou os olhos.
-Eu vou pra casa, preciso dormir.
Jader se levantou e deu a mão à ela, ajudando-a a também se levantar.
-Eu também vou.
Caminharam até os carros, estacionados no lado esquerdo da entrada do mirante.
-Jader.- Anabella o chamou, quando ele estava prestes a entrar.
-Sim?
-Obrigada.
Jader sorriu, acenando com a cabeça e entrou no carro.
🍷
Quase uma hora depois, ao entrar em seu apartamento, Jader foi até o quarto de Sérgio.
Encontrou-o deitado e acendeu a luz do quarto.
Sérgio acordou com o barulho.
-Qual é, Jader. Apaga essa luz, cara, eu quero dormir!- Ele murmurou, a cara amassada pelos lençóis.
-Antes você vai me escutar.-Jader disse.
Pegou a arma que estava em seu bolso desde que a tomara de Anabella e jogou-a sobre a cama.
-Guarda essa sua porcaria. E pense bem antes de ameaçar uma mulher, seu covarde. Boa parte da culpa de tudo o que aconteceu hoje, é sua.- Jader se aproximou e o sacudiu pela gola da camisa.- Eu já sei de tudo o que você fez.
-O que eu fiz...?
-Você sabe o que você fez, seu cretino. Sérgio, eu só vou avisar uma vez: fica longe da Anabella e da família dela também! Isso não é um pedido, é uma ordem! Você me entendeu??
Sérgio se soltou bruscamente.
-Entendi.
-Que bom.- Jader ainda o fitou severamente por mais alguns segundos e saiu do quarto.
〰〰〰〰〰
Ufa, quanta emoção!
O que acharam do desabafo da Anabella?
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