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Capítulo 19

-Me fale agora, Martín. Me fale imediatamente quem é que está aí, conversando com o meu pai?- O tom de voz dela era exigente.

Martín respondeu em voz baixa:

-Aquele cara que estava no pub ontem à noite.

-O Sérgio???

-O próprio.

Anabella, do outro lado da linha em seu quarto, franziu a testa, confusa.
Houve alguns minutos de silêncio.

-Que tipo de assunto o Sérgio pode ter com o meu pai?

Martín não gostou da forma como ela disse o nome dele.
Sérgio. Parecia íntimo demais para o seu gosto.

-Você... conhece ele? Quero dizer... conhece bem esse tal de Sérgio?- Martín perguntou, olhando para os dois homens que continuavam a conversar, na entrada da Vinícola.

-Não, conheci ontem à noite no pub, assim como você.

-Você falou de um jeito, como se...

-Não enche, Martín.- Ela o cortou.- Mas obrigada por ter me ligado para contar isso.

-De nada...

Ela desligou e ele recolocou o telefone no bolso, sem tirar os olhos de Sérgio e Vicente.





🍷

-Ela vai superar.

-É claro que vai. Com toda certeza.

Ana Lúcia e Jader conversavam sobre o ocorrido no shopping, mais cedo.

Jader havia levado a irmã para casa e voltado para ficar com Ana Lúcia.
Agora, já era noite, e estavam no quarto dela, conversando.

-Doralice é forte, Jader. Eu sei disso. Ela pode ser sensível, chorar e ficar emotiva, mas isso não vai destruir ela, porque ela é forte.- Ana Lúcia dizia, enquanto Jader acariciava seus cabelos, passando com os dedos por entre os fios.

-Não entendo como um cara pode ser tão... bobo.- Foi a palavra que ela encontrou.- Tão bobo a ponto de perder alguém como Doralice.

-Bom, ele provavelmente não merecia ela. Esse tal de Guilherme nunca deu as caras realmente. Em quase um ano de namoro com a minha irmã, se eu o vi cinco vezes, foi muito.- Jader disse, com desgosto na voz.

Ana Lúcia balançou a cabeça. Sentira muita pena de Doralice ao vê-la chorando daquela forma, se expondo a ponto de todo mundo ver como ela estava magoada.

Raramente desejava mal à alguém, mas pensou em como seria bom se Guilherme soubesse na pele o que é ser trocado, um dia.

-Mas- Jader a puxou mais para si.- Não vamos mais falar disso. O que você comprou?

-Ah! Tanta roupa legal. Vamos ter que sair bastante pra eu poder usar tanta roupa bonita que comprei.

-É mesmo? Hum... eu tenho várias idéias, então. Podemos sair bastante, agora que tenho o carro.

-Sim!- Ana Lúcia pareceu empolgada.- É um carro muito bonito. Gosto de vermelho. Vermelho, entre outras coisas, lembra... paixão.

-Paixão essa que eu sinto demais por você.- Ele se aproximou para beijá-la.

Ana Lúcia sorriu em meio ao beijo.
Jader segurava seu rosto, próximo ao dele, beijando-a, enquanto suas mãos continuavam a acariciar seu cabelo.

Entretanto, logo desceram do cabelo para as costas e cintura. Ele a beijava com verdadeira paixão, sua respiração ofegante, o desejo visivelmente vindo à tona.

Jader continuava beijando-a, enquanto empurrava de forma sutil o seu corpo, de encontro ao colchão.
Ana Lúcia se remexeu embaixo dele e, quando Jader se afastou minimamente para olhar para ela, sorriu sem graça, demostrando nervosismo.

-O que foi, Ana...?

-Eu...- Ela colocou as mãos no peito dele, indicando que queria espaço. Jader assim o fez.

-Fiz alguma coisa de errado?- Perguntou, preocupado.

-Não. Eu só...- Ela se sentou reta na cama e olhou para ele.- É que estou naqueles dias... se é que você me entende.

-Ah, claro. É claro que entendo.

Ana Lúcia se aproximou e tocou o braço dele.

-Sei como deve ser chato pra você. Você é homem e...

-Ana, não. Nada disso. Está tudo bem, isso acontece. Somos namorados, eu adoro você, o clima esquentou e...- Ele balançou a cabeça.- Mas enfim, jamais vamos fazer qualquer coisa que você não queira. Eu quero, acima de tudo, o seu bem estar.

Ela o abraçou.

-Você é incrível...

-Você que é.- Ele beijou a palma de sua mão.

-A verdade é que estou com um pouco de dor de cabeça, também. Você pode pegar o remédio pra mim? Está no armarinho do banheiro.

-Claro.- Ele se levantou, indo até o banheiro, do outro lado do quarto.- Ana, por que não disse isso antes?- Falou de lá, enquanto abria o armário e procurava o analgésico.

Ela deu de ombros, logo depois vendo-o voltar com os comprimidos e um pequeno copo com água.

-Eu não estaria aqui te perturbando se você tivesse dito que estava com dor de cabeça.

-Ora essa, você não me perturba.

Jader pôs o copo sobre a mesinha de cabeceira, assim que ela terminou de tomar o remédio.
Em seguida, a fez deitar, ajeitando o travesseiro em sua cabeça, de forma confortável.

-Agora você vai descansar. Teve um dia cheio.

Ela se virou de lado, o corpo voltado em direção à ele.

-Ah, você não vai ficar aqui comigo?- Seu semblante além de cansado, se tornou levemente triste.

-É claro que vou ficar. Mas primeiro, vou lá na cozinha, pegar café. Sabe que eu não vivo sem.

Ela riu.

-Vai lá, cafezeiro.

Jader deu-lhe um beijo na testa e se levantou.

-Eu não demoro.

Ana Lúcia assentiu, enquanto o observava sair e fechar a porta.




🍷

Anabella, estirada sobre a cama, não parava de pensar no que Martín havia lhe dito.

Sérgio estava Vinícola, conversando com seu pai. Mas que tipo de assunto ambos poderiam ter?
Até onde sabia, eles não se conheciam.

Será que Sérgio pretendia pedir um emprego na Vinícola? Mas se era esse o motivo de sua ida até lá, por que tão tarde?
Seria possível que Martín houvesse se enganado?

"Não adianta nada ficar aqui pensando." Ela se levantou, abriu a porta do quarto e saiu.

Logo viu que Jader também saía do quarto da irmã e imediatamente, se lembrou da conversa que haviam tido mais cedo.

-A gente pode conversar?- Ela perguntou, antes que ele descesse a escada.

Jader ficou surpreso, mas fez que sim, parando no primeiro degrau.
Anabella se aproximou, e então se sentou, no alto da escada.
Jader não viu outra alternativa, senão fazer o mesmo. E apenas esperou.

-Hoje mais cedo você me disse que o seu primo, o Sérgio, é metido com coisas... erradas.- Ela o olhou e ele assentiu.- Pode me dizer que tipo de coisas são essas?

Jader definitivamente não esperava por aquilo.

-Bom, não quero entrar em detalhes, mas... digamos que ele usa, ou pelo menos usava a profissão de publicitário para divulgar alguns negócios... ilícitos.

-Negócios ilícitos? Tipo... drogas??

-Sim. Ele é tipo um leva e traz de alguns traficantes do Rio de Janeiro.

-Nossa! Mas por quê?

-Se está tão interessada assim em saber, por que não pergunta pra ele? Vocês agora não são tão íntimos?- Jader disse, de repente incomodado, com tantas perguntas.

-Isso não te diz respeito.- Ela respondeu, seca, odiando o modo ele havia falado.

-Então por que está perguntando para mim?- Ele foi igualmente seco.

Anabella o fitou por um momento e então se levantou, de supetão.

-Esquece!- Exclamou, voltando para o quarto, irritada.

Jader permaneceu ali sentado, passando as mãos nervosamente pelo cabelo. Sentia-se furioso, mas não entendia o motivo.



🍷

A irritação de Anabella durou pouco. Mais do que irritada com a falta de vontade de Jader de lhe contar tudo à respeito de Sérgio, ela estava intrigada.

Então Sérgio era metido com traficantes.
Mas onde seu pai se encaixava nisso?

Ela parou no meio do quarto e franziu a testa.

-Será que meu pai está usando drogas???




🍷

Martín observou Sérgio se despedir de Vicente, depois de muito conversarem.

Ficou vendo-o entrar no carro, fazer a volta e pegar a estrada novamente.
Foi então que tomou a atitude de segui-lo. Deu a partida em sua moto e arrancou, depois de ter deixado que ele seguisse alguns bons metros à frente.

Não era o mais sensível dos homens, mas, intimamente, sentia uma energia nada agradável vindo do tal Sérgio.

Seguiu-o pela rodovia, pelas avenidas abarrotadas de carros, até ele parar seu carro em frente à um dos prédios.

Àquela hora, o sol já havia definitivamente dado o seu adeus e a noite se estabelecera.

Martín queria de alguma forma fazer com que Sérgio soubesse que ele e Anabella tinham algo (mesmo que isso não fosse verdade) e por isso, continuaria a pregar o que dissera no pub: que era o namorado dela.

Antes que Sérgio entrasse com o carro na garagem do prédio, fez a buzina de sua moto soar insistentemente, chamando sua atenção.

Sérgio estranhou aquilo e saiu do carro, na intenção de ver quem era aquele maluco buzinando atrás de si, sem parar.

-Que barulheira é essa, meu chapa?- Perguntou, se aproximando, curioso.

Martín tirou o capacete e o olhou, sério.

-Acho que você deve se lembrar de mim- disse.

Sérgio franziu a testa. A pouca iluminação não favorecia muito sua visão e infelizmente, estava sem os óculos.

-Hum... não.

Martín desligou a moto e desceu, chegando mais perto.

-E agora?- Sua voz era gravíssima.

-Ah, espera!- Sérgio disse, risonho.- Você é o carinha que estava no pub ontem à noite, com a Anabella?

-Exatamente. O namorado dela.- O tom dele ainda era grave.

Sérgio abaixou a cabeça e Martín custou a perceber que ele estava rindo.
Começou num riso baixo, até explodir numa boa e autêntica gargalhada, divertida.

-Compartilha comigo a piada, quem sabe eu possa rir também.- Martín disse, sério, cruzando os braços à frente de Sérgio.

Era ligeiramente mais baixo, alguns centímetros apenas, mas não deixou esse pequeno detalhe o intimidar.

Sérgio se conteve um momento, para perguntar:

-Tem o costume de deixar sua namorada transar com outros caras por aí?

Martín pensou ter levado um soco, tamanha foi a surpresa e a dor que aquela frase causou em si.

Então... Anabella havia dormido com aquele sujeito?

Ele engoliu duramente em seco, olhando com o mais puro ódio para Sérgio, que também o olhava de volta, porém com um sorriso debochado no rosto.

Ele poderia ter preferido acreditar que Sérgio estava mentindo e tirando uma onda com a sua cara, mas o modo como Anabella havia falado dele ao telefone, lhe foi suficiente para acreditar que aquela notícia extremamente decepcionante era verdade.

-Fique longe dela.- Murmurou.

-Puff!- Sérgio soltou um som de deboche.- E você é quem mesmo pra me dizer isso? O namorado de mentirinha dela? Ahh, por favor, você já está meio grandinho pra ficar brincando de faz de conta.

Sérgio mal fechou a boca ao terminar de falar e sentiu seu rosto sendo virado para o outro lado, com a brutalidade do soco que recebeu.

Ele olhou incrédulo para Martín, que ainda estava com os punhos cerrados, a respiração ofegante, pela raiva que dominava seu corpo a cada segundo.

-Eu não vou deixar um imbecil como você, com vocação para ser corno, me socar na cara.- Sérgio disse, agora igualmente bravo.

Desferiu um soco no lado direito do rosto de Martin, fazendo-o cambalear pela calçada.

As pessoas que passavam pela calçada observavam a cena, inertes.
Duas mulheres começaram a gritar que não brigassem, enquanto a maioria apenas olhava.

Sérgio era visivelmente mais forte que Martín, e acabou levando a melhor. Seus músculos trabalhados por horas de malhação fizeram alguns estragos no rosto de Martín.

Por fim, ele o agarrou pela gola da camisa e disse, seu rosto quase encostando ao dele:

-Eu poderia acabar com você. Mas não quero e nem vou. Eu praticamente nem sei quem você é. Mas você quis brincar de lutinha, então levou. Da próxima vez, fica longe de mim. Babaca.

Sérgio o soltou, saindo dali e Martín cambaleou novamente, sentindo gosto de sangue na boca.

Ele se sentou no meio fio, sentia-se tonto.

-Moço, quer que eu te leve para o hospital?- Uma das mulheres correu e se abaixou para falar com ele.

-Não precisa... obrigado.- Murmurou, limpando a boca com a barra da camisa. Ainda estava o puro ódio.

-Mas você está...

-Eu estou bem, dona, não se preocupe. Eu estou de moto, vou para casa.

Ele caminhou até sua moto, montando-a, e gemeu baixinho ao colocar o capacete.
Mal conseguiu ligá-la, suas mãos tremiam e seus sentidos, afetados pelos socos que mais recebeu do que deu, não lhe garantiam cem por cento de concentração para pilotar.

Entretanto, aos trancos e aos barrancos, por fim chegou em casa.

Quando entrou, sentiu o cheiro de alho dourando: certamente seu pai estaria fazendo o jantar.

Quis ser o mais rápido possível ao caminhar para o banheiro no intuito de se lavar, mas o pai viu-o.

Quando notou o estado em que o filho estava, ele arregalou os olhos.

-Tem certeza de que é um enólogo e não um lutador de MMA? Quem te arrebentou assim?

Martín suspirou, se recusando a falar sobre aquilo.
Já não bastava ser humilhado por Anabella e por Sérgio, agora tinha que ser seu pai??

-Só quero tomar um banho, pai. Já já venho jantar com o senhor.- Vendo que ele estava prestes a abrir a boca para falar mais alguma coisa, Martín acrescentou:- E nem pense em comentar mais sobre isso!




🍷

Depois de jantar com o pai, Martín se jogou em sua cama.  Estava exausto.
Havia trabalhado o dia inteiro, e depois...

Ele ainda não conseguia acreditar que havia saído no soco com um cara que mal conhecia.

Ouvi-lo falando sobre Anabella daquela forma despertou dentro dele uma raiva, que infelizmente não soube como controlar.

Havia cuidado da forma que pôde dos ferimentos no rosto, com o que havia no banheiro. Geralmente seu pai tinha alguns itens de primeiros socorros para certas emergências.

O sono estava quase lhe consumindo, quando seu telefone começou a apitar, ao seu lado.

Era Anabella.

Ele atendeu, percebendo que aquilo já estava virando rotina.
Sorriu, sem querer.

-Alô?

-Martín? Que bom que atendeu. Pensei que pudesse estar dormindo.

-Eu estava, quase...- Ele se levantou, se encostando à cabeceira da cama.- Aconteceu alguma coisa?

-Não. Mas é que estou com a cabeça cheia de pensamentos. Não consigo entender que motivo teria Sérgio para ir até a Vinícola. Até cogitei a idéia de ser questões de emprego, mas ele já trabalha como publicitário na mesma empresa que o primo dele. Precisamos descobrir.

Martín soltou o ar com força, ao ouvir o nome do sujeito.

-Ah, pode apostar que vou mesmo descobrir o que ele fazia lá.

Anabella ficou em silêncio, por um momento.

-Por que você está falando assim?- Ela perguntou.

Martín suspirou.

-Quando o...- Ele teve dificuldade para verbalizar o nome.- Sérgio saiu da Vinícola, eu decidi seguir ele.

-O quê? Pra quê??

-Eu sei lá, só fiz o que me veio na cabeça, naquela hora. Eu segui ele e o mandei ficar longe de você.- Martín engoliu em seco, sentia vergonha agora. Mas ela não podia vê-lo, então respirou fundo e continuou:- Ele então disse que vocês tinham...

Dessa vez ele ouviu o suspiro dela.

-Martín...

-Enfim, ele jogou na minha cara que vocês tinham ficado juntos, ontem à noite. Eu não pensei direito, só sei que a raiva que senti ao ouvir aquilo foi tanta, que quando eu vi, minha mão já estava na cara dele.

-Vocês brigaram???

-É isso aí.

-Você é idiota, Martín? Você tem o quê na cabeça no lugar do cérebro? Por acaso você disse que o viu na Vinícola? Você quer estragar a minha investigação, droga???- Anabella esbravejava.

-Não, não. Em momento nenhum dei a entender que sabia da ida dele à Vinícola, relaxa. Tudo isso foi porque odiei a forma como ele falou sobre você.

O suspiro dela dessa vez, foi forte.

-E o que você tem a ver com isso? Isso não te diz respeito! Por que você fez isso?

Martín engoliu em seco pela segunda vez naquela conversa.

-Ah, Anabella. Você não percebeu ainda? Eu estou apaixonado por você.





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Martín todo apaixonado, tadinho.
Dá até dó!

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