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Capítulo 08

Quando, cerca de uma hora depois o tour pela Vinícola havia acabado e seus colegas já se preparavam para voltar para a faculdade, Anabella foi puxada para um canto, pelo pai.

-Essa foi a última vez que você passou por cima de uma ordem minha, Anabella. Você foi longe demais.- Vicente disse, baixo, apenas para que ela o ouvisse.

-Não entendo qual é o problema em trazer meus colegas da faculdade para conhecer a...

-Você não tem que entender nada, Anabella. Tudo o que eu queria era a sua obediência. Como uma boa filha deve ser.

Anabella puxou o braço, livrando-se das mãos do pai.

-Me poupe disso. Eu não fiz nada de errado.

Ela começou a andar em direção à seu carro, ignorando o chamado do pai.

-Anabella, ainda não terminei de falar com você!

-Mas eu terminei. Não quero tomar mais o seu precioso tempo.

Com isso, ela seguiu andando, mas parou, ao perceber que havia alguém a observando.

Encostado à extensa cerca de arame liso, um senhor de cabelos brancos, magro e pálido, estava.

-O que está olhando? Quem é o senhor?

O velho, de roupas sociais já gastas, e chapéu de palha  desencostou-se da cerca e disse, com humildade:

-José Silva, ao seu dispor, senhorita.

Anabella o encarou e percebeu que, embora fosse tão branco que chegava a ser pálido, o rosto do velho homem estava corado e rubro, como se tivesse passado anos sob o sol. Concluiu que talvez ele trabalhasse ali, no meio dos vinhedos.

-O senhor é empregado aqui?

-Sim, senhorita, há muitos anos. Eu cuido da plantação e também ajudo na colheita das uvas.

Anabella não entendeu o porquê aquele senhor a havia observado daquele jeito.
Algo naquele rosto enrubescido pelo sol e naqueles olhos envelhecidos pelo tempo a incomodava, e a fazia crer que ele sabia algo sobre ela ou talvez... algo que fosse do interesse dela.
No entanto, não fazia idéia do que poderia ser.

Dado o silêncio da filha do seu patrão, José apenas fez um gesto respeitoso e voltou a encostar-se na cerca, observando o movimento dos jovens estudantes.

Martín foi falar com Anabella, todo empolgado, ao vê-la ali, parada.

-E aí? Você viu, só? Eu agora trabalho aqui! Não graças a você, é claro.- Ele riu.- Porque eu já sei que não falou para o seu pai que eu queria um emprego. Mas eu consegui mesmo assim.

-Que bom pra você.- Disse Anabella, caminhando em direção ao seu Maserati.

-Não vai me dar os parabéns?- Martín a seguiu.

Anabella segurou a porta do carro, prestes a abrí-la.

-Não. Só vou te desejar boa sorte.

O sorriso que Martín abriu foi grande.

-Já é um ótimo começo- falou.- Talvez pudéssemos sair para comemorar o meu novo emprego, qualquer noite dessas, só nós dois...- Acrescentou, se aproximando dela.

Anabella abriu a porta de uma vez, fazendo com que Martín recuasse, para não esbarrar com a porta.

-Eu não tenho nada para comemorar, Martín. Agora, acho melhor você voltar correndo para perto do meu pai, caso queira começar bem no primeiro dia.

-Uhh, é impressão minha ou você está preocupada comigo?- Ele perguntou, divertido.

Ela revirou os olhos e o encarou.

-É impressão sua.

Com isso, ela entrou de vez no carro e fechou a porta.
Martín se encostou na janela, que estava com os vidros abaixados.

-A propósito, você está linda assim, com esse rabo de cavalo. Fica muito elegante.

O olhar que Anabella lhe lançou foi mais cortante que qualquer palavra que ela pudesse usar.

Ele ergueu as mãos em demonstração de paz e saiu dali, voltando para a entrada do prédio de escritórios da Vinícola Montenegro.

Poucos minutos depois, tanto o carro de Anabella quanto a van com os alunos e o professor Dênis saíam da propriedade.




🍷

Após as aulas daquela manhã na faculdade e de ter almoçado em casa, Ana Lúcia seguiu para um estúdio em Vitória, afiliado à agência de moda na qual ela trabalhava eventualmente, como modelo.

Seu compromisso era a sessão de fotos que seriam tiradas para estamparem a revista daquele mês, com o objetivo de apresentar os novos modelos de acessórios de uma das lojas sócias da agência.

Como havia prometido à Jader, ela demonstrou total surpresa quando Denise lhe contou que ela provavelmente participaria do próximo Rio Fashion Week.

Na verdade, a notícia era tão boa que a alegria e empolgação que ela aparentou não era nem de longe fingimento. Era genuíno.

-Ah, Denise. Fico tão feliz! Você sabe como eu queria isso.- Ela disse, quando a empresária a abraçou.

-Eu sei e também fico muito feliz por você, Ana. Você merece e sei que vai arrasar muito.

Ana Lúcia assentiu.

-O Rio Fashion Week será dentro de uns quatro meses, mas a preparação de vocês, modelos, começa muito antes. Vamos marcar uma reunião em breve para passar instruções e, claro, não descuide da dieta, dos treinos e coloque seu sono em dia, caso não esteja.

-Pode deixar.

Como a Agência era mais próxima do prédio onde Jader trabalhava, combinaram de encontrarem-se num Café ali por perto, após a sessão de fotos de Ana Lúcia.

Ela se sentiu como uma adolescente boba e empolgada, quando viu Jader atravessar a rua ao ir de encontro à ela.

Não entendia as sensações incríveis que sentia sempre que o via, ou sempre que ele se aproximava, como naquele momento. Só sabia que estava adorando. Era como se Jader tivesse chegado para colorir tudo.

Após mais um abraço apertado, eles resolveram entrar no Café.

-E então, a minha modelo pode comer uma torta de creme comigo, ou é proibido?- Quis saber Jader, olhando com olhos de desejo para a vitrine cheia de pães, tortas e doces.

-Eu posso... pelo menos hoje, com você.- Respondeu ela, corando e sorrindo.

Isso não passou despercebido à Jader.

-Por que ficou corada assim?

-É que você disse "minha modelo"...

-Ah! Me desculpe. Eu não tive a intenção de...

-Não, não! Não se desculpe, Jader. Eu adorei você ter dito isso.- Ela o olhou serenamente, sem deixar o sorriso meio tímido de lado.

Jader a olhou, fascinado. Estendeu a mão e tocou a dela.

-Ah, Ana... Você é tão encantadora! Você... me faz ficar com cara de bobo. Eu geralmente não sou assim, essa doçura toda. Sou educado, é claro. Mas perto de você é como se eu... me transformasse em um Jader diferente, mais suave, mais humano.

-E isso não é bom?

-É bom. Mas mesmo assim, é muito novo para mim.

Ana Lúcia ficou calada e então, logo depois, fizeram os pedidos quando o atendente falou com eles.

-Ana.

-Sim?

-Eu espero não estar sendo apressado demais, mas... Quero te fazer um convite.

-Faça.- Ela sorriu.

-Quero te convidar para um jantar oficial, amanhã à noite. Um encontro, de verdade. Podemos conversar, nos conhecermos melhor e... comer, é claro.- Ele a fitou, sorrindo.- E aí, você quer jantar comigo, amanhã?

-Nem precisa perguntar duas vezes. Eu quero, sim. Convite aceito.

-Perfeito. Eu vou te buscar em casa, amanhã, às sete.

-Combinado.

Ambos sorriram um para o outro, com cumplicidade, enquanto continuaram a aproveitar da torta de creme.




🍷

O sentimento de vitória dentro de Anabella por ter triunfado sobre o pai, ao desafiá-lo, aparecendo na Vinícola junto com sua turma da faculdade, durou durante todo o dia.

Ela estava contente por ter sido ousada. Afinal, no seu modo de pensar, ele havia merecido, por ter dado um emprego para Martín e não para ela. Era um absurdo que preferisse o trabalho de qualquer outra pessoa, do que o da sua própria filha.

Mas, à medida que a noite foi chegando e a lua ocupava o lugar do sol no céu, ela começou a se sentir perturbada.

O que estava acontecendo?
Que sensação era aquela, que não sabia definir?

Algo parecia estar errado e ela não conseguia atinar com o que era.

Jantou com a família, tendo que aguentar mais broncas do pai, ouviu a irmã falar toda empolgada sobre o encontro que teria com o tal de Jader e não conseguia ficar em paz, mesmo depois do sucesso que havia sido o seu dia.

Ela afastou o prato com o jantar tão bem preparado por Cassandra ainda pela metade, sentindo que havia realmente algo de errado com ela, pois raramente deixava comida no prato.

-Anabella, está tudo bem?- Foi a mãe quem notou seu estado de ânimo.

Ela ergueu as vistas rapidamente.

-Está, mãe. Eu só... ahn, vou já subir para o meu quarto. Com licença.- Ela se levantou, saindo da mesa.

-Ok, boa noite, filha.

Ana Lúcia e Vicente apenas observaram em silêncio, mas dona Eleanor ficou intrigada.

Anabella subiu e entrou em seu quarto, fechando a porta.
Passou as mãos por entre o cabelo, suspirando.

-Mas que droga. O que está acontecendo comigo??- Disse, sozinha, irritada consigo mesma.

Colocou a roupa de dormir, escovou os dentes, se deitou, revirou-se de um lado para o outro e o que tanto queria- ser consumida pelo sono- não aconteceu.

Na penumbra do quarto, viu a chave do seu carro, reluzindo fracamente, em sua frente, na mesinha ao lado da cama.

"Talvez se eu fosse ao Pacífico poderia relaxar um pouco e finalmente dormir" pensou, considerando a possibilidade de ir até o mirante.

Foi então que, ao pensar em se levantar para sair, sua mente se abriu, de repente.

A imagem de seu próprio carro lhe trouxe à memória o dia em que quase atropelou aquela jovem mulher grávida e seu filho.

De repente percebeu porquê estava tão inquieta e perturbada.
Quase havia matado duas, ou melhor, três pessoas! E ainda havia sido grossa com a pobre mulher que não tinha culpa de nada.

Não era natural mesmo que pudesse seguir com sua vida adiante normalmente, sendo que sua consciência não a deixava dormir em paz.



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Consciência pesada que fala, né?
Anabella vai ter que resolver isso.

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