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Capítulo 04

A vida, embora terrivelmente esmagadora e cruel para uns, continua sempre em frente para todos e sendo assim, o dia seguinte chegou.

São Bento do Amaral amanheceu naquela segunda feira com bastantes indícios de que ia ser um dia ensolarado, apesar da brisa fresca que soprava.

Dona Eleanor, já há algum tempo não era tão ativa na empresa da família, a Vinícola Montenegro, pois o marido queria sempre poupá-la de qualquer trabalho. Apenas participava das reuniões mais importantes ou de eventos concernentes ao ramo em que trabalhavam: a produção de vinhos. Com isso, quase sempre ocupava o seu tempo cuidando da casa, que era enorme e acompanhando de perto os afazeres das duas mulheres que a ajudavam com o trabalho doméstico.

Vicente, por outro lado, acordou cedo pra correr e se exercitar, antes de ir para a vinícola.

Prezava os bons costumes saudáveis como uma boa corrida pela manhã e gostava de manter a boa forma.

Na altura dos seus quarentena e sete anos, ainda era um homem vigoroso, forte e cheio de energia.

Quando voltou para casa a fim de tomar um banho após a corrida matinal, encontrou apenas Anabella sentada à mesa, tomando café da manhã.

-Bom dia, meu bem- ele cumprimentou.- Cadê sua irmã, não vai pra faculdade com você?

-Parece que não. Ela amanheceu indisposta.

-Você pediu desculpas pra ela?

-Pelo quê?

A pergunta ficou no ar. Vicente olhou bem para a filha, e percebeu que, se ela própria não achava que devia desculpas à irmã pelo que havia dito no dia anterior, não era ele que iria começar com o assunto agora.

Ele apenas se sentou também e encheu sua xícara com café.

-Cassandraaaa!- Anabella gritou.

A cozinheira apareceu mais do que depressa.

-Oi, Anabella- disse, cruzando as mãos na frente do corpo.- Deseja alguma coisa? Esqueci de pôr algo na mesa?

-Não. Só queria te dar bom dia. E saber se você está bem.

Cassandra sorriu gentilmente para Anabella.

-Bom dia pra você também. E sim, eu estou bem. Muito obrigada.

Vicente franziu a testa, olhando para a filha.
Aproveitando a presença da empregada, pediu:

-Cassandra, pode me passar o pote de geléia que está aí mais perto de você, por favor?

-É claro, patrão.- Cassandra colocou o pote de geléia perto dele, e desejou intimamente que ninguém percebesse o quanto sua mão tremia.

-Precisam de mais alguma coisa?

-Não, Cassi. Pode ir, te vejo mais tarde.- Anabella foi quem respondeu.

Cassandra assentiu e voltou para a cozinha mais do que depressa.

-Por que perguntou se a Cassandra estava bem? Aconteceu alguma coisa com ela?- Vicente perguntou, curioso.

-Não que ela tenha me dito.- falou Anabella.- Mas se aconteceu ou estiver acontecendo, eu vou descobrir.- Decretou.

Vicente sorriu para a filha e continuaram o café da manhã.





🍷

Ana Lúcia permaneceu deitada por pelo menos meia hora depois de ter acordado.

Não se sentia disposta e nem com bom ânimo para ir à faculdade naquela segunda feira.

Ela havia tentado não se chatear com o que a irmã havia dito sobre Jader, mas a cada hora que se passava, sentia o peso daquelas palavras.

Seria possível que Jader realmente fosse só mais um daqueles homens que conquistam as mulheres com palavras gentis, atitudes agradáveis e depois as descartavam sem dó nem piedade?

Mas e aquele olhar...? Tão sincero, tão puro.

"Você caiu em um golpe, Ana Lúcia!" , A voz impiedosa de Anabella ressoou em seus ouvidos.

Suspirando de tristeza, Ana Lúcia resolveu se levantar e tomar um banho. Não podia também ficar ali parada.
Querendo ou não, ela teria que seguir em frente.





🍷

Anabella se jogou de cabeça nas aulas da faculdade naquela manhã.

Era determinada, esforçada e muito dedicada aos estudos.
Suas notas eram as mais altas e frequentemente era elegida à líder de turma, embora ela sempre recusasse o posto.

Não se dava à brincadeiras durante a aula, tinha pouquíssimas amizades, devido ao seu comportamento quase sempre indiferente com as pessoas, mas haviam alguns alunos e praticamente todos os professores, que gostavam muito dela.

Não sabia se era por causa da influência de sua família, mas pouco se importava. Estava ali para estudar e se formar e não para fazer amizades.

No intervalo entre as aulas, depois de ter comido o lanche comprado na lanchonete da faculdade, ela foi abordada por Dênis, um dos seus professores.

-Anabella, oi. Posso falar com você um instante?

-Sim?

-É sobre o...

O professor foi interrompido por outro aluno, que veio correndo até Anabella, gritando:

-Bella, Bella! Quer ir com a gente pra biblioteca do centro depois da aula?

Anabella fulminou o garoto com o olhar.

-É Anabella pra você, já disse mais de mil vezes. E não, não vou a lugar nenhum com ninguém não. Dá licença que estou conversando com o professor Dênis, caso não tenha visto.

O menino saiu com o rabo entre as pernas.
O professor riu e continuou:

-Então, é sobre o tour que estávamos planejando fazer à vinícola da sua família... Quando poderemos ir?

Anabella se lembrou imediatamente do que seu pai tinha dito. Ele havia sido terminantemente contra aquela visitação.

Mas ela não tinha se resignado ainda. Então disse:

-Eu vou organizar primeiro o dia certo e o horário. E então, aviso o senhor e a turma. Pode ser?

-Perfeito, pode sim. A gente se fala então.

-Ok.

-Até mais.

Ela observou o professor sair e então, percebendo que ainda faltavam uns dez minutos para o intervalo acabar, decidiu dar uma volta pelo campus.

Entre tantas as coisas que passavam por sua cabeça ela se lembrou da mulher e da criança que quase havia atropelado no sábado à tarde.

Por que aquilo não saía da sua cabeça? Era horrível ficar remoendo aquela sensação que poucas vezes havia sentido na vida: a culpa.

"Mas eu não matei ninguém." pensou.

Porém, o rosto assustado da mulher parecia gravado e fixo em sua mente.

Ela chutou com a ponta da bota a bola de uns rapazes que jogavam por ali e eles acenaram para ela.

E então, de repente, ela se sentiu ser abraçada por trás. Braços fortes a envolveram num abraço quente e apertado. Uma cabeça se apoiou na curvatura de seu pescoço e  então, uma voz máscula, porém suave, sussurrou em seu ouvido:

-Bom dia... Eu prometi que viria te ver, não foi? Estou aqui.

Por um momento, ela se sentiu perdida e confusa.
O perfume que emanava daquela pessoa invadiu seu nariz e tomou seus sentidos.

Seus olhos se fecharam por um instante, enquanto seu coração batia acelerado, antes dela cair em si e golpear com toda a força de seu braço, quem quer que fosse que a tinha abordado daquela forma.

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