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Capítulo 02

Vicente subiu sem pressa a escada grande e bonita de madeira rústica que levava ao segundo andar da casa dos Montenegro.

Deixara a esposa a repousar na sala e agora, pretendia conversar com a filha, depois da explosão de ambos durante o almoço.

Anabella era um pouco difícil. Ele, como pai, bem sabia disso. Mas não podia desistir dela.

Bateu duas vezes na porta do primeiro quarto, que era o da filha.

O quarto ao lado, por ora vazio, era o de Ana Lúcia. O quarto do casal, o maior de toda a casa, estava na outra ponta do corredor, dando vista para o lado direito do jardim que cultivavam.

-Entra.- Ele ouviu o resmungo.

Abrindo a porta, viu Anabella abaixada, terminando de calçar suas botas pretas de couro.

Ela olhou para ele e não disse nada.

-Eu vim pedir desculpas por ter gritado com você. Sabe que seu pai detesta fazer isso. Eu só gritei por que...- Ele fez um gesto vago.- Não foi por nada. Sabe que vivo com a cabeça cheia de coisas do trabalho, da vinícola e tudo mais. Mas não devia ter descontado em você, filha.

-Não estaria com a cabeça tão cheia assim se me deixasse te ajudar a tomar conta da vinícola.- Anabella disse, ajeitando rapidamente o cabelo castanho na frente do espelho.-  Sabe que é o que eu mais quero. Faço Engenharia Agrônoma justamente por isso.

Vicente suspirou.

-Bella... eu sei. E acho que está certa. Mas tudo tem o seu momento certo.

-Vai me deixar levar meus colegas para conhecer a vinícola?- Ela perguntou.

-Sinto muito, filha. Mas não. Minha palavra é uma só. Eu não acho que...

-Tá certo.- Ela o cortou, pegando sua chave em cima da cama, enfiou o telefone no bolso da calça e passou por ele, indo até a porta.

-Espera, aonde você vai?

-Vou espairecer um pouco. Não esperem por mim para o jantar- disse, saindo sem olhar para trás.

Vicente ficou ali, olhando para o quarto vazio da filha. Sabia que ela não havia gostado de sua decisão, mas ficou aliviado por pelo menos não terem discutido daquela vez.


🍷

Anabella deu a partida no seu SUV Maserati cinza titanium de dentro da garagem e abriu o portão automático com o pequeno controle remoto que havia no compartimento ao lado do painel.

Saiu à toda pela rua asfaltada e íngreme, em direção à qualquer lugar.

Sua cabeça estava à mil. Em seus quase vinte e um anos de vida, todos eles, cada um deles compartilhados ao lado de uma garota idêntica à ela, nunca se sentira tão... perdida.

Sabia que era Anabella Montenegro, irmã gêmea de Ana Lúcia e filha de Eleanor e Vicente. Cursava Engenharia Agrônoma e tudo o que ela mais queria, na vida, era ter a oportunidade de trabalhar ao lado do pai na vinícola Montenegro, o grande negócio da família por décadas.

Com as mãos firmes no volante, ela observou a correntinha dourada em seu pulso esquerdo com as iniciais A, dela e de Ana Lúcia, que usavam desde que eram bem novas.

Mais do que aquela pequena e cara jóia, o que as unia era algo muito mais forte. Era um laço de sangue. Mas nem por isso, se considerava igual à irmã.

Não, não era como Ana Lúcia que vendia seu belo rosto para revistas e propagandas, com o intuito de fundar a ONG idiota dela.

Se havia crianças carentes pelo mundo isso era problema delas, de seus pais e quando muito do governo. Esse era o seu modo de pensar.

Ela só queria ser a Anabella que cuidava (e cuidaria muito bem, que fique claro) do negócio de vinhos da família que era o que, de verdade, lhes trazia a riqueza e o sustento, não só deles, como o de várias outras famílias.

Ela acelerou um pouco mais, pisando fundo.

Não entendia porquê o pai era tão contra a sua participação ativa nos trabalhos na vinícola.

Ela iria se formar em breve e Deus sabe o quanto poderia ser útil. Poderia melhorar em cem por cento o funcionamento de tudo por lá e eles cresceriam e continuariam no topo da lista das melhores vinícolas do país.

Mas não. Ele sempre tinha que se impor.
Por que? Era a pergunta que não saía da sua cabeça.

Ficou parada por cerca de dez minutos num sinal vermelho e após este ser aberto, ela arrancou, novamente com tudo, pouco se lixando para a velocidade em que dirigia na avenida razoavelmente movimentada.

Foi por pouco. Freou bruscamente a tempo, com os quatro pneus do Maserati chiando alto, e com o coração acelerado.

Quase matara duas pessoas!

Do lado de fora e também com o coração na mão, a mulher estava estática, segurando a mão de um garoto pequeno.

Quando Anabella olhou melhor, viu que a mulher estava grávida.

"Então seriam três..." Pensou ela.
Sentiu a raiva dominando-a.

Abriu os vidros do carro e gritou para a mulher, que caminhava com o garoto para a calçada, em segurança.

-Você ficou louca?? Tá querendo se matar??

A mulher, ainda jovem, fez que não com a cabeça, assustada.

-Não viu que o sinal estava fechado para pedestres??- Vociferou Anabella, verdadeiramente irritada com a imprudência da mulher.

-Des-desculpe, moça... Eu não...- A mulher tentou balbuciar uma desculpa.

-Você tem um filho pequeno e outro na barriga, devia pensar antes de sair por aí andando na frente dos carros, que droga! Da próxima eu posso não ver e acabar passando por cima!

Chocada, a gestante apertou firme a mão do menino que, sem entender nada, só olhava para o carro da moça que gritava com braveza.

Anabella saiu dirigindo para longe dali, sentindo-se incontrolavelmente furiosa com o ocorrido.

Tomou então o rumo de um lugar que era sagrado para ela. Ali ela sentia paz e poderia pensar com calma.



🍷

Ana Lúcia fechou a mala de cor lilás e olhou ao redor do quarto do hotel para ter certeza de que não havia esquecido nada.
Estava tudo certo.

Dentro de algumas horas estaria dentro do avião de volta para o Espírito Santo e de lá, seguiria de táxi até São Bento do Amaral, onde estava a família que tanto amava.

"Até a carrancuda da Bella." Pensou, divertida.

Mas, suspirando, lembrou de Jader. Bom, lembrar não é bem a palavra certa, já que ele não saía mais da sua mente. Principalmente depois daquele beijo.

O fato era que ele ainda ficaria por ali e só iria para Vitória no dia seguinte. Ela, de um momento para o outro, sentia a necessidade da presença de alguém que não era o pai nem a mãe em sua vida.

Esse alguém era Jader. O gentil e prestativo Jader.

Aonde aquilo iria dar? Ela não fazia a menor idéia, mas estava ansiosa para descobrir.

Eles não haviam trocado número de telefone, nem e-mail, nada. Mas estavam hospedados no mesmo hotel!

Exultante, ela saiu de seu quarto e foi procurá-lo no andar de baixo, no quarto 112, que era onde ele havia dito que estaria.
Queria se despedir antes de partir.

Bateu na porta, suando de nervosismo.

Conferiu, no vidro espelhado das paredes se o cabelo estava legal.
Ela estava impecável e sabia disso, mas a ansiedade e o nervosismo a deixavam insegura.

Ninguém atendeu à porta. Bateu mais vezes e não obteve resposta.

Achou que ele poderia estar no salão da recepção lá embaixo e desceu, praticamente pulando no mesmo lugar, dentro do elevador.

Não havia sinal dele em lugar algum.

Foi até o balcão da recepção.
O recepcionista sorriu para ela.

-Posso ajudar, moça bonita?

-Er... pode. Liga para o quarto 112 para mim, por favor.

Prontamente, o recepcionista fez o que ela pediu. Ao cabo de uns dois minutos, fez um bico, contorcendo a boca e colocando o telefone de volta no gancho.

-O que foi?- Ana Lúcia quis saber, já aflita.

-Ninguém atende. A pessoa que está hospedada neste quarto deve ter saído.

Ela agradeceu e saiu dali, preocupada. Por que Jader não estava no quarto? E, aparentemente, também não estava no hotel.

O que poderia ter acontecido?

Desanimada e cabisbaixa, subiu de volta para o seu andar, a fim de esperar a hora certa de chamar o táxi para o aeroporto.


🍷

Com o carro parado a alguns metros de distância, Anabella aproveitava a incrível visão que tinha só para si, naquele fim de tarde.

A cidade mergulhava aos poucos na semi escuridão, que não era total por causa das luzes dos postes que já estavam acesas por todo lado.

Ela chamava aquele lugar de Pacífico. Na verdade, era apenas um mirante, mas ela o chamava assim por causa da imensa paz que sentia quando estava lá.

Ela se perguntava como um lugar que tinha uma vista tão fabulosa ainda não havia sido descoberto por mais pessoas, mas ao mesmo tempo, ficava agradecida por sempre estar ali sozinha. Assim, podia desfrutar de uma visão única - e provavelmente a mais bela - da cidade.

Agora, com a cabeça um pouco mais fria, começou a pensar na mulher grávida e no menino que quase atropelara.

Sabia que não devia ter explodido daquela forma, mas havia sido mais forte do que ela.

Não tinha paciência com atitudes idiotas como aquela!

Mas sentiu, lá no fundo, um certo remorso.

"Bom, espero que isso passe logo." Pensou consigo.

O som de passos a alertou que mais alguém estava ali.
Mas que droga! Seria possível que seu lugar único e exclusivo agora estava descoberto?

Ela se virou, para ver quem era o intruso ou intrusa e então seus olhos se arregalaram.

-Olá, Anabella.

〰〰〰〰

Quem será, hein???





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