Dois meses se passaram, Viviane viajou com a família para que ela conhecesse a neta que já tinha dois meses, mas Eladio não pôde ir por conta de uma reunião de negócios com alguns investidores em uma cidade próxima a que morava.

Na residência do casal Almeida, Julie começava com contrações e começou a fazer o que a médica orientou para atingir a dilação e Vinícius passava tranquilidade para amada que sentia as dores.

Vinícius: Respira, meu amor. (Segura a mão dela).

Julie: Não suporto a dor Vini. (Cara de dor).

Vinícius: Pera. (Esfrega as costas dela). Melhor?

Julie: Sim, obrigada, amor.

Vinícius: Vamos caminhar um pouco?

Julie: Vamos. (Se levanta com a ajuda do amado). Cada contração vem com mais força.

Vinícius: Vai valer a pena quando tivermos os nossos gêmeos nos braços, meu amor.

Julie: Eu sei e só consigo pensar no rostinho deles, do nosso príncipe e da nossa princesa.

Vinícius: E vendo pelo lado bom, já se passaram algumas horas, logo vamos para o hospital.

Na casa de Alba ela estava sozinha quando sua bolsa estourou silenciosamente, sem qualquer contração e tendo lido bastante, percebeu que já tinha dilatação e era questão de pouco tempo até o bebê nascer.

Alba: Estou de oito meses, não era pra você nascer agora Henrique. (Preocupada). Preciso avisar o Eladio. (Pega o celular e liga pro amado).

Eladio: Oi, meu amor. Tudo bem? Te percebo preocupada.

Alba: Amor, o nosso filho vai nascer.

Eladio: O que? Mas estamos no oitavo mês. (Preocupado).

Alba: Preciso de você, a qualquer momento vou dar a luz e não dá tempo de ir pro hospital.

Eladio: Aguenta mais um pouco.

Alba: Por favor, continua falando comigo, preciso de você.

Eladio: Vou continuar falando sim, mi amor.

Alba: Que barulho de sirene é esse, Eladio?

Eladio: Mi amor, acho que não vou conseguir chegar.

Alba: Você vai chegar sim, seu filho tá vindo, Eladio.

Eladio: Não vou parar, não vou parar, eu não vou parar.

Alba: Eladio, você está sendo perseguido pela polícia?

Eladio: De verdade? Sim estou, mas vou chegar antes de nuestro barón nascer.

Alba: Eladio, se você não chegar a tempo... (Sente uma contração).

Nesse momento uma viatura da polícia se atravessou na frente do carro de Eladio e uma ficou atrás, Eladio já estava tenso e Alba ouvia tudo do outro lado da linha.

Policial: Podemos saber onde o senhor vai com tanta pressa?

Eladio: Seu policial tem piedade de um marido e pai desesperado, minha mulher está do outro lado da linha, está grávida e entrou em trabalho de parto sozinha, por favor me deixe seguir o caminho pra casa eu imploro.

Policial: Senhora, é verdade o que o seu marido diz?

Alba: Sim, seu policial, estou prestes a dar a luz e preciso do meu marido. (Ofegante).

Policial: Está com sorte, também sou pai, minha mulher deu a luz ontem e eu agi igual a você, vamos escoltá-lo até em casa.

Eladio: Obrigado, seu policial.

Policial: Pessoal vamos, precisamos ajudar esse homem a chegar em casa para ver o nascimento do filho.

O policial entrou na viatura que estava na frente do carro de Eladio e ligou a sirene, então escoltado Eladio chegou em casa, o bebê já estava nascendo quando ele entrou no quarto, ao ver sangue o durão com pose de machão quase desmaiou, mas conseguiu se manter consciente e foi ajudar a amada, o pequeno nasceu forte e saudável e chorava muito, Eladio então cortou o cordão umbilical do filho, tirou sua camisa e enrolou o menino para colocar nos braços da mãe.

Eladio: Parabéns, acaba de ser promovida a mamãe, mi amor. (Beija a amada). El barón del papá. (Acaricia a cabecinha do filho).

Alba: E você acaba de ser promovido a papai de um menininho. (Sorri pro amado e segura a mãozinha do filho).

Eladio: Obrigado por esse presente, agora eu poderei ter o que eu me neguei a ter com a minha filha, mas dessa vez será diferente, prometo cuidar de você e do nosso filho.

Alba: Promete?

Eladio: Prometo, vou amar vocês e cuidar de vocês, serei fiel como tenho sido desde que começamos a viver nosso amor Alba e vou respeitar e proteger você e o nosso amado filho Henrique. (Pega o filho no colo). Se me dá licença, darei banho nesse pequeno barón.

Alba: E desde quando você sabe dar banho em bebê?

Eladio: Desde que fiz um curso para ser um bom pai.

Alba: Que mudança. (Diz encantada com as palavras dele).

Eladio: O amor faz isso.

Eladio deu banho no filho e colocou uma roupinha que ele e a amada haviam escolhido para o pequeno, quando voltou ao quarto para deitar o bebê no berço que havia sido colocado no quarto para quando Henrique chegasse, Alba tinha adormecido por conta do cansaço, mais tarde quando ela acordou, o casal ficou sentado na cama admirando Henrique dormir tranquilo e seguro perto dos pais.

Fase de escrita 15/3 e 16/3/21

Julie Vale