Capítulo 51 - Combate pelo trono I
🚨🚨Contém cenas de luta, sangue e violência🚨🚨
Contém 3570 palavras.
Boa leitura💜
Olhá-la era difícil demais. A cada ataque direcionado a Sarah, meu corpo se contraía, meus músculos enrijecendo com a tensão. Meu coração batia forte no meu peito, num ritmo frenético que ecoava o meu próprio terror. Mas, ao ver as chamas do inferno indo para ela, pulei apavorado, meu corpo reagindo instintivamente. Ela saiu intacta, para alegria do meu irmão, que gritava eufórico, seus olhos brilhando de alegria. Ele me puxou de volta para o meu assento, sua força me surpreendendo, mas mal percebi, meus olhos fixos em Sarah.
Sarah me olhou animada e piscou para mim.
Um medo glacial me gelou por dentro, o aperto no peito ecoando o ritmo frenético do meu coração.
Ela vai me matar até o final da luta!
O sangue escorria da ferida aberta em sua barriga, pintando de vermelho sua túnica verde. Perséfone se levantou, cambaleando levemente, mas os olhos dela brilhavam com uma fúria implacável. Ela estudou Sarah, a testa franzida em uma expressão de concentração intensa, como se estivesse avaliando o campo de batalha antes de lançar seu próximo ataque. O ar ficou pesado, carregado com a expectativa da próxima investida.
O ar ficou pesado com a magia de Perséfone. Veneno do corpo, sibilou a deusa, e uma névoa verde-escura começou a se espalhar, um cheiro acre e nauseante que me fez querer vomitar. O veneno parecia vivo, pulsando com uma energia mortal, seus tentáculos invisíveis se estendiam como se tentassem alcançar cada espectador. Vi o terror nos olhos de Sarah, a boca aberta em um grito silencioso. Meu coração disparou no peito, num ritmo frenético que ecoava o meu próprio pavor.
Então, com uma velocidade sobrenatural, seus olhos brilharam e um brilho intenso e cristalino começou a emanar de suas mãos. Não foi um movimento lento e premeditado,foi uma explosão repentina de energia, como se a própria luz estivesse irrompendo de seu interior. A energia cintilou, coalescendo em uma esfera de energia cristalina, um domo de luz brilhante que se expandiu com uma velocidade incrível, aprisionando Perséfone e a nuvem tóxica antes que ela pudesse atingir a plateia. Era como se ela tivesse tecido um escudo de luz pura, uma barreira impenetrável contra a magia mortal de Perséfone. A esfera pulsava com uma energia suave, mas poderosa, isolando o veneno e impedindo sua propagação.
Mas que droga, a Sarah é louca!
Sentia um aperto de pavor no peito ao vê-la envolta na névoa verde-escura do veneno. Adamanto tentou me controlar, mas estava paralisado, meus olhos fixos em Sarah. Então, algo incrível aconteceu... Suas mãos se ergueram e uma luz esverdeada começou a dançar ao seu redor, pulsando com uma energia vibrante que parecia quase palpável. O ar ficou carregado de eletricidade, um zumbido que me fez estremecer. A luminosidade aumentou rapidamente, como se uma tempestade mágica estivesse prestes a eclodir. O veneno se expandiu, chocando-se contra o domo com uma força esmagadora, vibrando como se estivesse tentando romper a barreira. O impacto foi tão intenso que o próprio ar pareceu tremer. Arremessado de volta para Perséfone, o veneno atingiu-a com uma força devastadora, deixando-a visivelmente surpresa.
Um relâmpago de névoa, veloz e implacável como uma serpente de energia pura, disparou de suas mãos em direção a Perséfone. A energia bruta cortou o ar com um sibilo audível, um clarão cegante de luz azulada que deixou um rastro de eletricidade estática. O impacto atingiu a deusa com força devastadora, seu corpo se contorcendo sob a descarga elétrica. A própria força do ataque fez o chão tremer levemente.
Os gritos agonizantes de Perséfone ecoaram pela arena, um lamento dissonante que reverberava em meus ouvidos, como uma sinfonia macabra da dor. Era um som horrível, uma mistura de agonia e raiva, que ecoou por um longo instante, antes de ser substituído por um silêncio pesado e tenso que foi ainda mais perturbador que seu próprio grito. Os deuses ficaram paralisados, seus rostos refletiam a incredulidade e horror da cena, seus olhos fixos no corpo convulsionando de Perséfone.
Os poderes de Sarah estavam realmente mais intensos! Um sorriso de orgulho e admiração se espalhou pelo meu rosto. A força bruta que emanava dela era palpável, uma aura de poder que ofuscava a própria arena.
Perséfone tremia, suas pernas bambas enquanto tentava se levantar, a força abandonando seu corpo. Seus olhos, cheios de terror e incredulidade, encontraram os de Sarah, que mantinha um semblante sereno e implacável, um contraste absoluto com a deusa derrotada à sua frente.
— É a primeira vez que vejo esse olhar em você — Sarah murmurou, inclinando a cabeça, sua voz suave, mas carregada de um poder inegável.
— Seus poderes... eles... eles... são de Hécate! — Perséfone gritou, a voz quebrada, o terror e a incredulidade evidentes em cada palavra.
O som que escapou dos lábios de Sarah não foi uma simples risada, foi um rugido frio e perverso, que ecoou pela arena, reverberando nas paredes de mármore e atingindo cada um dos presentes como uma onda de gelo cortante. Era o rugido de uma leoa, um som que carregava a força bruta da natureza, a frieza implacável do inverno, a fúria indomável de uma deusa em seu auge. A potência da risada era palpável, uma vibração que se espalhava pelo ar, deixando um rastro de arrepios na pele de todos. A confiança que emanava dela era palpável, uma aura de poder que a envolvia como uma armadura invisível, mas inquebrantável, protegendo-a, elevando-a acima dos outros, os deixando submissos, mas não por medo, e sim por respeito e admiração. Senti um arrepio percorrer minha espinha, uma sensação de admiração e fascínio puros, uma profunda reverência diante de tamanha força e determinação.
— Sou sua filha, logo, é normal possuir seus poderes — respondeu Sarah, a ironia pingando em cada sílaba.
Perséfone arfou, o ar saindo de seus pulmões em um suspiro abafado, um som entre um gemido de dor e um grito de incredulidade, que ecoou no silêncio que se seguiu ao ataque. Seus olhos, antes brilhantes de arrogância e superioridade, arregalaram-se, dilatados pelo choque e pelo medo. Era um medo frio e profundo, um medo que ia além da dor física, um medo que atingia o âmago de sua alma, que a deixava vulnerável e exposta. Seu olhar percorreu a multidão de deuses, registrando o choque e a admiração, uma admiração que se transformava em medo, em respeito, em uma admiração incrédula diante do poder avassalador de Sarah, um poder que ela nunca havia imaginado.
A expressão de Perséfone mudou drasticamente, o orgulho e a arrogância derreteram-se como neve ao sol, substituídos por um medo frio e profundo, um medo que a paralisou, que a deixou sem defesa. Ela percebeu, finalmente, com uma clareza terrível, que havia subestimado Sarah, que havia se deparado com uma força que transcendia a sua compreensão, uma força que a deixava pequena e insignificante.
Meu orgulho, por outro lado, crescia a cada segundo, uma onda de satisfação que me inundava, misturando-se à admiração, ao desejo e a uma profunda sensação de alívio. Era um orgulho que transcendia a simples vitória, era um orgulho que vinha da alma, da certeza de que minha esposa era mais forte, mais poderosa, mais incrível do que jamais poderia imaginar.
— I-isso foi um maldito truque para que me matasse! — Perséfone murmurou, sua voz trêmula traindo a vulnerabilidade que ela tentava desesperadamente esconder.
O sorriso de Sarah se alargou, iluminando seu rosto como um raio de sol que rompia as trevas, um brilho travesso que brilhava em seus olhos, como estrelas cintilantes em um céu noturno. Senti o calor de seu sorriso me alcançar, me aquecendo, me envolvendo como um abraço reconfortante, dissipando a tensão que me aprisionava. Não pude evitar que meu próprio sorriso se formasse, me inundando com uma onda de alívio e felicidade profunda. Era um sorriso contagiante, que me transmitia não apenas sua confiança e sua força, mas também uma conexão profunda, uma ligação inquebrantável que transcendia as palavras. Senti uma união intensa com ela, uma cumplicidade que me deixava sem fôlego. Foi um momento de pura reciprocidade, de compartilhamento de emoções, de união em meio à escuridão. A tensão que me aprisionava momentos antes se dissipou, substituída por uma alegria reconfortante que me invadiu por inteiro.
— Pensei que seria o seu prêmio me matar sem que ninguém a questionasse — retrucou Sarah, a voz mordaz, um sorriso maroto nos lábios.
Droga! Meu sangue ferveu, uma reação inapropriada, visceral e incontrolável, que me atingiu como um choque.
Ela era deslumbrante, uma visão de força bruta e beleza selvagem que me deixava completamente hipnotizado. A força bruta de seus poderes combinava com uma sensualidade inegável, uma aura que a envolvia como um véu de poder e mistério. Cada movimento, cada gesto irradiava poder e uma sensualidade quase palpável, criando uma tensão que me deixava completamente sem fôlego. Seus cabelos, antes negros e rebeldes, agora pareciam brilhar com uma luz interna, emolduram um rosto radiante, os olhos brilhando com uma intensidade que me deixava completamente cativado. Era uma visão que me incendiava por dentro, uma mistura explosiva de admiração, desejo e uma profunda e incontrolável excitação que me deixava completamente sem fôlego, completamente subjugado. Apesar da impropriedade do momento, era impossível desviar o olhar.
Um silêncio pesado, denso e carregado de expectativa antecedeu o ataque. O ar ficou estático, como se a própria respiração tivesse sido contida. Então, raios roxos, grossos e pulsantes como veias de energia pura, se formaram lentamente entre os dedos de Sarah, irradiando um calor intenso que senti mesmo à distância. Era uma magia viscosa, carregada de poder, que parecia emanar de seu interior, uma força bruta e indomável que me deixou sem fôlego. Com um movimento preciso e calculado, ela direcionou os raios para Perséfone, que foi arremessada para fora do domo com uma força devastadora. O impacto foi tão violento que senti o tremor no chão, mesmo à distância, e o ar vibrou com a força do choque. Vi o corpo de Perséfone se contorcer sob o impacto, os músculos se contraindo em uma convulsão de dor, antes de ficar inerte, esticado no chão como um boneco de pano.
O silêncio que se seguiu foi ainda mais pesado, carregado de uma tensão palpável que me deixou sem ar. O ar ficou pesado, carregado de expectativa e medo. Heimdall, com passos hesitantes, se aproximou cautelosamente para verificar se ela estava viva, seus movimentos lentos e cuidadosos como se temesse perturbar algo sagrado. Quando Perséfone finalmente se levantou, cambaleando e com dificuldade, seus olhos estavam em chamas, cheios de uma fúria incontrolável e uma sede de vingança que me gelou a alma. Seu olhar era um turbilhão de raiva e dor, fixo em Sarah, prometendo uma vingança implacável.
— Semente sanguessuga — ela sibilou, a voz rouca e carregada de ódio, lançando uma semente obscura em direção a Sarah. A semente pulsava com uma energia sinistra, uma força escura e malévola que sugava a luz ao redor, criando uma distorção no ar, como se o próprio espaço estivesse se curvando em torno dela. Vi Sarah tremer, não de medo, mas de uma força externa que a drenava, a energia escorrendo por seus dedos como areia fina, o vigor sendo sugado por aquela semente maléfica. Senti meu coração acelerar, o medo me apertando o peito, a angústia se misturando com a adrenalina.
Ao redor de Perséfone, chamas etéreas começaram a se formar, criando um vórtice que parecia envolvê-la, emanando uma aura tensa e perigosa. Seus braços se esticaram, as veias se tornaram mais visíveis e pulsantes, até que vinhas espinhentas foram lançadas na direção de Sarah. Ela teve apenas o tempo de erguer as mãos para se proteger, mas o chicote de espinhos deu a volta em seu corpo, atingindo-a nas costas e a lançando para frente. A força do ataque a fez bater contra a parede da arquibancada ao lado de Perséfone.
O sangue de Sarah, um vermelho vivo e grotesco que contrastava com a palidez de seu rosto, me atingiu como um choque físico. Um grito rasgou minha garganta, o nome dela escapando em um gemido de pavor que ecoou pela arena, um som rouco e desesperado que cortava o silêncio tenso. Meu coração se contraiu, um aperto doloroso e visceral que me roubou o ar dos pulmões, me deixando sem fôlego. Senti um calor subir pelo meu corpo, uma mistura de raiva, pânico e uma dor lancinante que me deixava paralisado. Antes que pudesse me mover, uma mão de ferro, fria e implacável, agarrou meu braço com força, paralisando-me. A força do aperto era inabalável, me prendendo como em uma armadilha.
— Não pode interferir! — Adamanto sibilou, sua voz áspera e ameaçadora, cortando o ar como uma lâmina afiada. O aperto em meu braço se intensificou, como se ele pudesse sentir a minha crescente fúria.
Senti o aperto de Adamanto em meu braço como uma mordaça, sufocando-me, prendendo-me, me limitando. Com um rugido gutural primitivo, arranquei meu braço de seu aperto com uma força bruta que me surpreendeu, meus músculos tensos se contraindo como molas prestes a arrebentar. A raiva me consumia, um fogo inextinguível que me queimava por dentro, me cegando, me impulsionando para a frente, me levando a um estado quase animalesco. Senti o calor da raiva me invadir, um fogo inextinguível que me queimava por dentro, secando a alma. Senti o sangue pulsar em minhas veias, um ritmo frenético que ecoava a fúria que me consumia, um ritmo que me deixava sem fôlego. O calor me queimava a pele, me deixava ofegante. Meus olhos, cheios de uma fúria incontrolável, ardiam, lacrimejando, enquanto encarava Adamanto, a visão turva pela raiva, obscurecendo qualquer outro pensamento, qualquer outra sensação além da fúria que me consumia, me cegando, me impelindo para a frente. Era uma fúria cega, bruta, incontrolável.
— Que se dane o trono do submundo! — rosnei, a raiva fervendo em minhas veias, quase insuportável, uma força bruta e incontrolável que ameaçava me consumir. A frase escapou como um rugido selvagem, carregada de uma fúria que mal conseguia controlar.
Adamanto suspirou, cansado e resignado, sua postura relaxando levemente, como se ele soubesse que não poderia me deter.
— Sarah sairá humilhada e não perdoará você — uma voz calma, mas firme, ecoou em minhas costas, uma voz que carregava a sabedoria fria e implacável de Eros. A voz cortou o ar tenso, como uma adaga afiada.
Virei-me, a fúria borbulhando dentro de mim como lava prestes a entrar em erupção, um turbilhão de emoções que me deixava sem fôlego. Meus músculos estavam tensos, prontos para agir, para atacar, para desferir um golpe devastador.
A raiva me consumia, me cegava, me impedia de pensar com clareza, me levando a um estado quase animalesco. Senti o calor da raiva em meu rosto, o sangue pulsando em minhas veias com um ritmo frenético, a respiração ofegante. Então, a visão do rosto sério de Eros, impassível e observador, me atingiu como um golpe físico, um choque que me fez parar, que me fez respirar fundo, que me fez conter, momentaneamente, a fúria que me consumia.
Seus olhos, frios e calculistas, me analisavam, me julgavam, me penetravam com uma frieza que me gelou a alma. Era um olhar que me via por dentro, que conhecia a minha alma, que conhecia a minha dor, que conhecia a minha fúria. Senti o calor da raiva diminuir, substituído por uma sensação de frustração e impotência, uma sensação de impotência que me deixava ainda mais furioso. Era um olhar que me via por dentro, que conhecia a minha alma, que conhecia a minha dor, que conhecia a minha fúria, mas que também compreendia a minha impotência.
— Ela é a minha esposa! Não consigo vê-la ferir-se apenas para provar àqueles insetos que é digna de ser a soberana do submundo! — repliquei, a preocupação e a dor transparecendo em minhas palavras, a voz quebrada pela angústia, pela impotência. A preocupação era sincera, a dor profunda e dilacerante.
O sorriso de Eros, triste e compreensivo, me atingiu como um raio de sol em meio à tempestade, aquecendo, mas também revelando a intensidade do que estava sentindo. Era um sorriso que carregava a compreensão da minha dor e a aceitação da minha impotência, mas havia algo mais, uma sutil ponta de superioridade que me deixava irritado. Seu gesto, ao indicar o banco ao lado com a cabeça, foi suave e resignado, como se soubesse que precisava de um momento para processar tudo, mas também como se estivesse me guiando para onde ele queria que fosse.
Senti meu corpo dormente, pesado, como se a fúria que me consumia tivesse sido drenada por sua influência. A energia que antes me impulsionava agora parecia escapar de mim, deixando apenas um vazio inquietante. Os sentimentos ainda eram intensos, pulsando sob a superfície, mas a vontade de agir, a força bruta que me dominava momentos antes, desapareceu, substituída pela irritação crescente. Sentei-me, carrancudo e inquieto, a raiva ainda borbulhando sob a superfície, como brasas cobertas por cinzas quentes, mas principalmente irritado ao perceber que Eros havia manipulado meus sentimentos com seus poderes, me acalmando contra a minha vontade.
A revelação de que ele usou minha vulnerabilidade como uma ferramenta para me controlar me deixava ainda mais furioso, uma fúria que se intensificava pela sensação de que havia perdido o controle sobre mim mesmo.
— Entendo a sua dor, mas no momento deve confiar nela. Prometo a você que, ao menor sinal de que ela perderá, ajudarei você a tirá-la de lá. Mas agora não é o momento, Sarah está dominando a luta — Eros decretou seriamente, sua voz carregada de uma confiança que tentava em vão encontrar em mim mesmo. Suas palavras, apesar de firmes, carregavam um toque de compaixão.
Meu olhar voltou para Sarah, e meu coração se apertou ao vê-la. Ela se levantava lentamente, cada movimento, um esforço visível, a dor e a exaustão estampadas em seu rosto. O sofrimento era evidente, mas havia algo mais que me deixou sem fôlego. Era uma força inabalável, uma determinação que brilhava intensamente em seus olhos, como uma chama que não se apagava mesmo nas horas mais sombrias.
Vi os músculos de suas pernas tremerem sob o peso da luta, o suor escorrendo por sua pele, mas sua postura era firme, sua cabeça erguida. Essa força, essa determinação, me encheram de um misto de orgulho e medo, uma mistura explosiva que me deixava paralisado. Um suspiro pesado escapou dos meus lábios, um suspiro carregado de resignação, mas também de esperança, uma esperança tênue, mas inabalável, que pulsava dentro de mim. Era difícil, quase insuportável, ver sua luta, mas sabia que precisava confiar nela, que precisava acreditar naquela força que ela possuía.
— Está mais forte, mas ainda não chega aos meus pés! — Perséfone sibilou, a voz fria e cortante como um fio de gelo, um sorriso malicioso e cruel curvando seus lábios. Seus olhos brilhavam com uma satisfação cruel, enquanto ela analisava Sarah de cima a baixo, como se estivesse avaliando uma presa. A arrogância em sua postura era palpável, uma demonstração de superioridade que beirava a zombaria.
Sarah ergueu as mãos, seus dedos longos e delicados traçaram o símbolo da lua crescente no ar com um movimento fluido, quase hipnótico, que prendeu minha atenção e me deixou sem fôlego. Era um movimento tão gracioso e preciso que parecia mais uma dança do que um gesto mágico. Seus olhos, antes cinzas e opacos, como o céu nublado de um dia chuvoso, gradualmente mudaram para um violeta suave e intenso, como se a própria energia da lua estivesse despertando dentro dela, irradiando uma luz interna que a transformava, a iluminava de dentro para fora. À medida que a forma de donzela se manifestava, uma aura de luz prateada e cintilante cresceu ao seu redor, irradiando poder e uma determinação inabalável, uma aura que a envolvia como uma armadura brilhante e impenetrável, protegendo-a e, ao mesmo tempo, a elevando. A marca da luz se expandiu, pulsando com uma energia crescente e vibrante, como um símbolo de sua ascensão como deusa, uma ascensão triunfal que me deixava sem fôlego. Era a personificação do poder feminino, da força indomável da natureza.
— Lunae Vortex Creatio — Sarah recitou, sua voz ressoando com poder, uma voz que carregava a força da lua, a força da natureza, a força da própria vida. A pronúncia era clara, precisa, cada sílaba carregada de energia.
Um vórtice de energia prateada, brilhante e implacável como uma lâmina de luz, se formou em suas mãos, pulsando com uma energia crescente e vibrante. O vórtice girou, crescendo em tamanho e intensidade, antes de disparar em direção a Perséfone com uma velocidade incrível, deixando um rastro de luz cintilante em seu caminho. O impacto atingiu seu ombro esquerdo com uma força devastadora, um golpe brutal e implacável que a jogou para trás com violência, deslocando o ombro com um som horrível de ossos se quebrando, um som que ecoou na arena.
— Realmente não chego aos seus pés! — As palavras de Sarah, carregadas de um sarcasmo tão cortante quanto um cristal, ecoaram pela arena, silenciando a arrogância de Perséfone.
Ela inclinou a cabeça levemente, um gesto quase imperceptível, mas que revelava sua superioridade com uma elegância mortal. Seus olhos cintilaram, um brilho travesso e divertido que contrastava com a seriedade mortal da situação, um brilho que refletia a inteligência estratégica por trás de sua aparente humildade. Era um deboche sutil, mas profundamente eficaz, uma provocação que atingia Perséfone em seu ponto mais vulnerável: seu orgulho ferido, sua crença inabalável em sua própria superioridade.
Meu sorriso foi incontrolável, um sorriso amplo e radiante que não conseguia conter a admiração e o orgulho que sentia.
Minha bruxinha!
Lunae Vortex Creatio: Criação de vortice lunar.
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