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Capítulo 49 - Os Reis dos deuses

Contém 3830 palavras

Boa leitura 💜

O tempo voava, embora soubesse que tínhamos problemas importantes para resolver, cada descoberta dos gêmeos me prendia a esse momento precioso, roubando minha capacidade de pensar em qualquer outra coisa.

Raven era a imagem de Hades: calma, observadora, mas com um olhar penetrante que parecia ver através das pessoas. Sua serenidade era quase sobrenatural, uma tranquilidade que contrastava com a intensidade de seu irmão. Daemon, por outro lado, era um furacão de energia, tão intenso e impaciente quanto eu. Seus gritos eram poderosos, sua raiva explosiva, mas seus momentos de carinho eram tão doces quanto mel.

Apesar de prematuros e do parto difícil, ambos estavam crescendo saudáveis, fortes e extraordinários. Seus poderes se manifestavam de maneiras surpreendentes. A manipulação da escuridão por Daemon era assustadora, mas fascinante, ele conseguia se esconder nas sombras, mesmo estando fisicamente presente, o que deixava Hades tenso. Raven, por sua vez, já levitava objetos com uma facilidade assustadora. Ela trazia objetos pesados para perto de si, sem entender a gravidade da situação.

A cada dia, a ansiedade se tornava mais intensa, um nó na garganta que apertava a cada nova demonstração de poder. A ideia de como seriam quando crescessem me enchia de uma mistura de orgulho, medo e uma profunda, quase angustiante, expectativa.

Os passos leves sobre o tapete macio me guiaram até a porta do quarto. A voz suave de Hades, um ronronar reconfortante, sem querer, ocultei minha presença na sombra da porta, sorrindo marota ao observá-lo de longe, envolvido em uma conversa animada com nossos filhos, que mantinham seus olhinhos fixos nele, hipnotizados.

Era o nosso ritual: Hades contava histórias para os pequenos, e eu, escondida na penumbra, observava a cena. Amava aqueles momentos de interação, o som das risadas suaves, o brilho nos olhos de Hades enquanto ele se dedicava aos filhos.

— Sou mais velho de quatro, cuidei dos seus tios e, apesar de parecer, Poseidon não foi o mais difícil não.

Ao ouvir o nome do tio Poseidon, um sorriso suave surgiu nos lábios de Raven, seus olhos roxos brilhando com admiração. A pequena pulou, balançando as perninhas no ar, um gesto tão espontâneo e adorável que fez o sorriso de Hades aumentar ainda mais.

— Zeus foi mais complicado, ele era... é muito teimoso e adora confusões. Quem não me deu trabalho foi Adamanto, ele, quando pequeno, era um amor... até Poseidon nascer e ele ficar mal-humorado e com ciúmes, mas era divertida aquela época.

As risadas gostosas ecoavam pelo quarto, fazendo-me sorrir também.

— Vocês são só os primeiros, sabe? Estamos planejando muitos irmãos... — ele confessou baixinho, seu olhar cheio de amor e ternura.

Engasguei-me com a própria saliva, surpresa com a confissão. Não que a ideia de mais filhos fosse ruim, mas naquele momento, meu coração transbordava de amor por Hades e pelos gêmeos, só queria aproveitar cada instante.

— Quer parar de mentir para seus filhos? Coisa feia! — exclamei, minha voz divertida, mas com um toque de repreensão. Meu olhar encontrou o dele, um brilho maroto nos seus olhos roxos que me fez sorrir.

— Coisa feia é escutar conversas alheias... — ele retrucou, um sorriso maroto se espalhando por seus lábios.

Até então, ele nunca percebeu minha presença. Sempre conseguia pegá-lo de surpresa, assim como os outros deuses. Eles nunca conseguiam me encontrar no recinto. Gradualmente, estava aprimorando meus poderes, me acostumando à minha nova realidade. Era como se fossem uma extensão de mim mesma, dons que já possuía em minha vida passada como deusa. Uma sensação familiar, reconfortante e poderosa.

— Como soube? — perguntei, sentando-me na cama macia. Meus pequenos tinham os olhinhos vidrados no pai.

— Controlo as sombras, minha querida. Agora sei como se esconde — ele disse, piscando marotamente, um sorriso travesso em seus lábios. Seus olhos roxos brilhavam com orgulho e admiração.

Olhei novamente para aquela cena: Hades, nossos filhos, todos juntos, envoltos em amor e paz. A visão me encheu de uma alegria tão profunda que quase me fez chorar. Era isso que queria: a normalidade, a tranquilidade, a chance de curtir a família que construí com tanto esforço e sacrifício. Desde que conheci Hades, em qualquer época, a felicidade sempre parecia fugir de nós, mas dessa vez seria diferente. Lutaria por essa família, por essa paz.

Aquela maldita mexeu com a bruxa errada!

Hoje completavam dois meses desde o nascimento dos gêmeos. Zeus pediu uma audiência ao conselho em meu nome, mas ninguém sabia que Hades estava vivo. Todos acreditavam que queria reivindicar o trono para meus filhos, uma estratégia conveniente para despistar Perséfone. Meu cunhado não negou, nem confirmou a informação, o que era perfeito para nossos planos. Precisávamos pegá-la desprevenida.

— Está preparado? — perguntei, meu olhar fixo nos olhos roxos de Hades.

Ele assentiu lentamente, sua expressão séria e preocupada.

— Apenas me prometa que me ouvirá. Estou aflito só de pensar em algo acontecer a você — ele declarou, sua voz carregada de preocupação.

Sorri docemente, entrelaçando minha mão na sua.

— Assim como não se arriscará sozinho! — resmunguei, apertando sua mão com firmeza.

Hades suspirou, elevando minha mão até seus lábios, num gesto de carinho e ternura.

— Prometo. — ele disse, sua voz firme e cheia de amor.

— Então prometo.

Suspirei, pegando Raven em meus braços. Daemon estava distraído, observando o pai. Sorri ao ver os olhos sonolentos da pequena, sempre tão calma, mesmo na hora do sono. A amamentei com cuidado, e depois fiz o mesmo com Daemon, um pouco mais agitado que a irmã.

— Eles não ficarão com fome depois? — Hades perguntou, sua preocupação evidente.

Também estava preocupada. Não sabia quanto tempo ficaríamos lá, nem o que poderia acontecer. Era melhor me precaver para todos os cenários possíveis.

— Coletei meu leite e dei para as servas do seu irmão guardarem, elas vão ficar atentas, embora acredite que seu irmão ficará de olho pessoalmente, já que ele não os larga. Consigo até o imaginar afugentando as servas, pois nenhuma é digna de tocar em seus sobrinhos — comentei risonha, fazendo-o rir.

Um aperto doloroso me invadiu o peito ao colocar os pequenos no berço. Desde o nascimento, não me separei deles nem por um instante. A ideia de ficar longe, mesmo por um curto período, me causava uma angústia insuportável.

Virei-me para Hades, seu sorriso terno me envolveu. Ele me abraçou com carinho, seu corpo forte e protetor me transmitiu segurança. Suspirei, aceitando o gesto, sentindo que ambos precisávamos daquele momento de conforto. Quando ele me soltou, seus olhos roxos estavam cheios de amor e firmeza. Segurando minha mão, ele caminhou até a beirada da cama, onde havia um pequeno baú que eu não tinha notado antes.

Hades pegou uma enorme coroa feita de ouro envelhecido, sua superfície lisa e fria ao toque. Ela era toda ornamentada com pequenas pedras negras, brilhantes como estrelas no céu noturno, remetendo ao submundo, às profundezas da terra.

— É linda! — murmurei, admirada com a beleza da coroa. Hades sorriu ternamente, colocando-a sobre minha cabeça. O peso do ouro era suave, e as pedras negras pareciam brilhar com uma luz própria.

— Sou o rei dos deuses, você é minha rainha. Nada mais justo do que eles se lembrarem disso ao vê-la hoje — ele disse, um brilho malicioso em seus olhos roxos. Sorri ternamente, entrelaçando minha mão na sua.

Observá-lo se tornando invisível nas sombras me encheu de uma mistura de admiração e apreensão. Ele usaria seus poderes para chegar sem ser visto, forçando Perséfone a não fugir, pois ninguém sabia como ela reagiria ao saber que ele estava vivo.

Zeus e Hécate já se encontravam no submundo. Adamanto seguiria comigo, enquanto Poseidon, com a mais absoluta seriedade, assumiu a guarda dos gêmeos. Sua promessa de protegê-los, firme e convicta, dissipou minhas preocupações, era uma promessa inabalável. O que acontecesse na reunião pouco importava, meus filhos estavam em segurança.

Ao chegarmos ao submundo, fui envolvido por uma aura de melancolia que permeava o ar, um odor de umidade e tristeza que não existia antes. Era como se a própria terra estivesse de luto, acreditei que, com Perséfone como imperatriz, o lugar deveria refletir sua essência vibrante, mas agora parecia ofuscado pela escuridão.

— Todos estão à sua espera, vamos — Hécate disse, pairando ao meu lado e de Sarah, seu olhar sério e compenetrado.

Senti a tensão de Sarah ao meu lado, seus músculos enrijecendo enquanto caminhava pelo extenso corredor. Os calafrios percorriam seu corpo, me perguntava se ela estava mais assustada com o local ou com o que nos aguardava.

Os demais deuses já aguardavam na sala escura e sinistra, e a presença de Perséfone era quase opressiva. Quando seus olhos se fixaram em Sarah, a fúria ardia neles como chamas. Era uma expressão que conhecia bem, mas ver minha amada esposa ao lado dela, adornada com a coroa, trouxe um sorriso malicioso aos meus lábios. Era bom que Perséfone entendesse que Sarah era a rainha, não ela!

Um silêncio pesado caiu sobre a sala, como se o ar estivesse carregado de tensão. Adamanto se adiantou, guiando Sarah com firmeza, assegurando que ela se sentasse ao lado de Hécate, representando o panteão grego. Ele era um escudo protetor, enquanto permanecia nas sombras, atento a cada movimento, pronto para agir se necessário.

Manteve-me perto, mergulhado na escuridão que me abraçava. Meus sentidos estavam aguçados, atentos a cada movimento, cada respiração, enquanto barrava todas as saídas.

— Não caia nas provocações dela. Fique tranquila, estamos aqui por você — Adamanto sussurrou quase inaudível para Sarah, evitando que os demais deuses escutassem.

Ela assentiu seriamente.

Precisávamos manter a calma, com a tensão no ar quase palpável. A tarefa que nos aguardava era difícil, e qualquer deslize poderia ter consequências catastróficas. Aproximando-me de Sarah, procurei seu olhar, mesmo que ela estivesse confusa sobre o ambiente ao seu redor.

— Então, ela é a Sarah? — Freya perguntou, seus olhos azuis intensos brilhando com curiosidade e bondade. A deusa nórdica, com longos cabelos dourados que pareciam raios de sol, emanava uma força tranquila que contrastava com a tensão do momento.

— Sim, sou a esposa de Hades — ela respondeu suavemente. A deusa sorriu em aprovação, fazendo Perséfone suspirar irritada.

— Lembro do casamento dela com Hades. Estavam muito harmoniosos — Kali declarou, sua voz suave e tímida, um sorriso gentil iluminando seu rosto. A deusa, uma das esposas de Shiva, irradiava uma energia amorosa e acolhedora.

Sarah sorriu para Kali, apostava que não sabia quem ela era ou se lembrava dela na cerimônia. Ao menos, as primeiras impressões me deixavam mais tranquilo.

— Esta é Sarah, Deusa da Magia, esposa legítima de Hades, minha filha e rainha dos deuses — Hécate proclamou, sua voz cheia de orgulho e amor.

Um silêncio pesado pairou sobre a sala enquanto os deuses olhavam para Perséfone, cujo olhar fixo em Sarah era uma mistura de fúria contida e nojo. Seus olhos verdes brilhavam com uma intensidade quase animalesca, transmitindo uma repulsa visceral que deixava todos desconfortáveis.

— Foi dito que ela é humana — Adroa declarou, sua voz carregada de desprezo. Sua pele negra reluzia sob a luz fraca, seus olhos amarelos como brasas incandescentes, fixos em Sarah com um olhar de puro nojo. A beleza dele era inegável, mas sua arrogância era ainda mais evidente.

Meu sangue ferveu ao ouvi-lo, numa onda de calor que quase me fez perder o controle. Era mais um desses deuses guiados pela ignorância, convencido de sua superioridade. Ele era um idiota arrogante!

— Sarah foi minha filha em outra vida. Quando morreu, guardei sua alma, esperando o receptáculo perfeito. Guiei sua alma para essa nova vida, e, embora ela não carregue meu sangue, eu a tornei imortal, e nenhum deus tem poder sobre ela — Hécate respondeu, seu olhar fixo em Perséfone, que mantinha o olhar vazio, como se estivesse em choque.

— Uma mera humana! — Ah Puch exclamou com nojo, sua voz rouca e sinistra.

Uma veia saltou na testa de Hécate, e até mesmo Adamanto pareceu surpreso com a intensidade de sua raiva. Seus olhos estavam fixos em Ah Puch, mas sua expressão não demonstrava medo, apenas uma fúria crescente. A proteção que ela sentia por Sarah era evidente, entendia perfeitamente. Ela era sua filha, e ninguém ousaria machucá-la.

— Sarah tomou meu sangue, e agora ela é a deusa da magia e minha filha. Quando Perséfone atacou Hades, Sarah deu sua imortalidade para salvá-lo, e a transformei em deusa — Hécate declarou, seus olhos brilhando com fúria enquanto encarava Ah Puch.

O olhar dele sobre Sarah era intenso, quase predatório, senti meu sangue ferver.

— Hades está vivo? — Perséfone balbuciou, seu tom de voz revelando um choque profundo.

A menção do meu nome fez todos olharem para ela, sua expressão uma mistura de incredulidade e pânico.

— Sempre foi apaixonada por ele. Achei que ficaria alegre com a notícia. — Belzebub alfinetou, sua voz carregada de sarcasmo.

— Claro que estou alegre! — Perséfone retrucou, mas sua voz tremia, revelando sua mentira.

Os olhos desconfiados dos deuses a deixaram visivelmente desconfortável. Ela olhou pela sala, percebendo a armadilha. Todas as saídas estavam bloqueadas, deixando-a completamente vulnerável.

— Se Hades está vivo, onde ele está? — Belzebub perguntou, seus olhos brilhando com malícia.

Um sorriso malicioso se espalhou pelos meus lábios enquanto a escuridão ao meu redor se dissipava, revelando minha presença.

— Estou aqui. Apenas não queria que a verdadeira culpada fugisse — declarei, minha voz ecoando na sala.

Surgi ao lado de Sarah, e Perséfone ofegou em surpresa, seu rosto pálido como a morte. Sabia que, se ela pudesse fugir, já teria feito. Seu olhar estava fixo em mim, uma mistura de pânico e culpa em seus olhos verdes. Ela estava presa, não apenas fisicamente, mas também pela própria consciência.

— Ficamos sabendo que foi morto ao confrontar o amante da sua esposa, pelo visto, não é a verdade — debochou Belzebub, um sorriso sarcástico curvando seus lábios.

Olhei irado para Perséfone. O choque era tão evidente em seu rosto pálido que quase conseguia sentir a temperatura da mentira queimar sua pele. Seus dedos traçavam nervosamente o tecido do vestido. Entre todas as mentiras que ela poderia contar, essa era, sem dúvida, a mais ridícula!

— Foi isso que ela disse? — perguntei, meu tom de voz carregado de sarcasmo.

Perséfone forçou um sorriso tenso, mas seus olhos estavam cheios de medo.

— Meu querido, deve ter esquecido devido ao trauma, mas quem o atacou foi o amante de Sarah, o legítimo pai de seus filhos — ela declarou, sua voz calma, mas trêmula.

A raiva me invadiu como uma onda, senti meu sangue ferver, meus músculos enrijecerem. Era tão fácil, tão tentador, matá-la ali mesmo, silenciá-la para sempre. Mas não podia agir pela emoção, não com a vida de minha família em jogo. Precisava ser frio, preciso controlar minha fúria, pois aquela víbora me irritaria até o limite.

— Quem me atacou foi você! Minha esposa não tem amante! E os filhos são meus! — rosnei, a voz baixa, controlada, mas carregada de uma ameaça mortal.

Perséfone cambaleou, a fúria nos meus olhos a paralisando. Suas mãos, inúteis, cobriram o rosto em vão, incapazes de bloquear a força bruta da minha raiva. Seus ombros tremiam, pequenos e frágeis, e as lágrimas escorriam entre seus dedos, uma demonstração de impotência que me deixava ainda mais furioso.

— Está enganado, meu querido. Ela nunca quis se casar com você. Na primeira vida, ela se matou para evitar o casamento. Na segunda, ela lutou pela liberdade, e teria conseguido se você não tivesse roubado. Sinto muito, mas ela não te ama. — Perséfone declarou, sua voz carregada de uma satisfação cruel.

Suspirei pesadamente, sentando-me ao lado de Sarah, meu olhar totalmente voltado para Perséfone, que ficou mais tensa.

— E quem seria o amante dela? — perguntei, meu tom de voz carregado de sarcasmo.

— Alguém com poderes suficientes para enganá-lo, até mesmo Eros ela iludiu — Perséfone continuou, me irritando deliberadamente.

Minha raiva estava prestes a explodir, mas Sarah apertou minha mão, me mantendo ancorado.

— Pensei que fosse mais inteligente, Perséfone. Deveria ter inventado uma desculpa melhor. Meus filhos têm minha aura e são a minha cara! — rosnei.

— E isso nem teria como forjar. Todos podem perceber! — Adamanto declarou, seu olhar fixo em Perséfone, que ficou visivelmente nervosa.

— Eles vieram para desmenti-la! — Hécate exclamou, sua voz carregada de fúria.

Os outros deuses permaneceram em silêncio, aguardando o próximo movimento, enquanto Perséfone se mantinha em silêncio, sua expressão atônita.

— Estou vivo e não permitirei que Perséfone ocupe meu lugar! Diante deste conselho, declaro Sarah, Deusa da Magia, minha esposa, e nossos filhos, meus herdeiros! Retiro a bênção que concedi a Perséfone! — declarei, minha voz firme e cheia de autoridade. Meu olhar percorreu a sala, fixando-se em cada um dos deuses presentes, desafiando-os a questionarem minha decisão.

Perséfone se levantou de um salto, sua mão batendo com força na mesa, fazendo os objetos tremerem. A fúria emanava dela como um calor escaldante.

— Não pode fazer isso! Tenho os deuses a meu favor! — ela gritou, sua voz carregada de raiva e desespero.

— De fato, nós preferimos Perséfone. Diante de nós, ela é sua primeira opção. — Adroa respondeu, sua voz carregada de arrogância. Seu olhar frio e calculista se fixou em Perséfone, transmitindo uma satisfação cruel.

Perséfone sorriu, sentando-se com o semblante vitorioso. Já sabia que isso poderia ocorrer, mesmo assim era irritante!

— Sou o rei dos deuses, o imperador deste lugar! E Sarah, sendo minha esposa, é a imperatriz ao meu lado! — rosnei, minha voz vibrando com raiva.

Os outros deuses deram de ombros, sem me responder.

— Meu querido, isso não significa nada. São reis dos deuses, mas para governar o submundo ao seu lado, Sarah precisa da aprovação dos outros deuses presentes — Perséfone disse, um sorriso malicioso se espalhando por seus lábios.

A arrogância deles era insuportável. Mesmo Sarah sendo uma deusa, suas origens humanas eram uma ofensa a eles. Eles acreditavam que ela era mais fraca que Perséfone.

— Já que chegamos a um impasse, vamos votar. — Belzebub declarou, um sorriso malicioso curvando seus lábios. Seus olhos brilhavam com uma satisfação cruel.

Perséfone olhou para Belzebub com uma expressão de esperança. Seus olhos verdes brilhavam com uma nova chama, e um sorriso sutil se formou em seus lábios.

— Apenas os presentes poderão votar, e seu voto não conta, Hades — Perséfone exclamou, lançando um olhar debochado em minha direção.

Um suspiro de fúria escapou dos meus lábios enquanto apertava a mão de Sarah, sentindo seu corpo tremer ao meu lado. Minha angústia era palpável. Sabia que muitos deuses eram preconceituosos com humanos transformados em deuses, acreditando que são inferiores. Meu coração batia forte no peito, a angústia me consumindo. Ao menor sinal de derrota, desistiria de tudo. Minha família era mais importante que qualquer trono!

— Mas você não pode presidir essa votação! — Zeus declarou, sua voz ressoando na sala. Seu olhar fixo em Perséfone era implacável.

Ela deu de ombros, mas Zeus se voltou para os outros deuses, que assentiram em concordância. Ele se levantou, sua figura imponente dominando a sala, enquanto analisava cada um dos presentes. A tensão era palpável.

— Adroa? — Zeus perguntou, sua voz grave ecoando na sala.

Os olhos amarelos de Adroa brilharam intensamente, fixos em mim por um instante antes de se voltarem para Perséfone. Um sorriso malicioso curvou seus lábios.

— Perséfone.

Um aperto de raiva me invadiu. Segurei com força a mão de Sarah, sentindo seu corpo tremer ao meu lado.

Zeus assentiu, deslocando-se para o lado, onde o deus cadavérico estava.

— Ah Puch? — ele perguntou.

Ele suspirou, visivelmente entediado.

— Perséfone.

A tensão na sala era quase palpável. Zeus se voltou para o panteão egípcio.

— Anúbis? — ele perguntou, sério.

Anúbis olhou atentamente para mim com um sorriso tenso nos lábios.

— Perséfone.

Zeus assentiu, voltando a caminhar pelo recinto, parando próximo às deusas nórdicas.

— Freya?

Freya sorriu, seus olhos brilhando com determinação.

— Sarah!

— Hela? — Zeus olhou a deusa, que suspirou pesadamente.

Hela hesitou por um momento, antes de responder com firmeza.

— Perséfone.

Zeus assentiu, voltando-se para o pantão indiano.

— Kali?

— Sarah! — Kali exclamou, sua voz carregada de indignação. — Aliás, nem deveria ser discutido isso! Ela é a esposa dele e mãe de seus filhos!

Zeus voltou a caminhar, parando próximo ao nosso panteão.

— Hécate?

— Sarah! — Hécate respondeu, sua voz firme e cheia de convicção.

Perséfone bateu irritada contra a mesa, chamando a atenção.

— O voto dela nem deveria valer! — Perséfone resmungou irada, sua voz carregada de frustração.

Zeus ergueu a sobrancelha, debochado.

— Ela é uma das principais deusas desse conselho, então tem todo direito de votar — ele respondeu seco, seu olhar fixo em Perséfone.

Perséfone revirou os olhos, cruzando os braços com um gesto de desdém. Seus lábios se curvaram em um sorriso amargo, mas seus olhos brilhavam com uma fúria contida.

A cada voto a favor de Perséfone, minha aflição crescia como uma tempestade se formando no horizonte. O peso da situação me oprimia, e a certeza de que ela estava ganhando me deixava em um estado de inquietação. Desviei meu olhar até Belzebub, que mantinha um semblante neutro, mas isso só aumentou minha aflição. Ele nunca comparecia às reuniões, e sua presença era, no mínimo, surpreendente.

— Belzebub? — Zeus perguntou, sua voz grave cortando o silêncio como uma lâmina afiada. A tensão na sala aumentou, todos os olhares se voltaram para ele, que, por sua natureza, sempre trazia uma aura de mistério.

O sorriso de Perséfone se alargou, e a satisfação iluminou seu rosto, como se ela estivesse prestes a vencer uma batalha. Já Belzebub ofereceu um sorriso leve, mas havia algo mais em seu olhar que sugeria que ele estava ciente do jogo que estava prestes a se desenrolar.

— Sarah! — ele declarou arrogante.

O sorriso de Perséfone morreu instantaneamente, e a surpresa estampada em seu rosto foi quase cômica.

— Disse que ficaria ao meu lado! — Perséfone exclamou, sua voz cheia de raiva.

Belzebub elevou a sobrancelha, sorrindo divertido.

— Nunca disse isso. Você supôs isso pelo simples fato de suportar a sua presença, mas você é insuportável! — ele retrucou, com um tom azedo.

Perséfone ficou vermelha de raiva e não pude conter o riso. Sarah apertou minha mão, atraindo levemente meu olhar para o seu rosto contido, mas o brilho em seus olhos era claro, ela queria rir também.

— Se contei bem, elas estão empatadas? — Belzebub perguntou maroto, olhando para Zeus, que assentiu.

— Então Hades deve decidir, já que é seu futuro — Zeus declarou, um sorriso malicioso em seus lábios.

Perséfone saltou, furiosa.

— Ele decidirá por ela! Está completamente cego! — Perséfone declarou, irritada.

Meu olhar se voltou para Sarah, que se mantinha quieta ao meu lado, seu olhar fixo na mesa, completamente perdida em pensamentos. Não importava mais se Perséfone queria tanto o trono, que ficasse com ele!

Estava prestes a falar, mas antes que pudesse articular uma palavra, Sarah se levantou. Sua aura se elevou à sua volta, semelhante à de Hécate, mas com uma intensidade esmagadora que fazia a sala parecer tremer. Ela se portava como uma imperatriz, e o poder emanava dela, impressionando a todos os presentes.

— Proponho uma luta entre nós duas, então? — Sarah declarou, seu tom doce contrastando com a tensão no ar. Perséfone arregalou os olhos, aturdida em sua direção.

Meu instinto gritava para que a impedisse, mas havia uma centelha de admiração na maneira como ela se levantou. A coragem dela era impressionante, mas o medo do que poderia acontecer me paralisava.

Coroa que Hades deu para Sarah:

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