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Capítulo 46 - Meu grande amor II


🚨🚨Contém cena de sangue, tensão e parto🚨🚨

Contém 3486 palavras.

Boa leitura💜

Sarah, pálida como a lua, seus olhos arregalados e cheios de um pânico que me cortava como uma faca, seus lábios entreabertos em um gemido silencioso que mal conseguia ultrapassar a tensão em sua garganta, apertava as mãos em punhos cerrados, os nós dos dedos brancos como ossos. O suor escorria por sua testa, pintando-a de um brilho macabro sob a luz trêmula das velas, cada gota um reflexo de sua agonia, e o meu coração se partia em mil pedaços a cada contorção de seu corpo. Seu olhar, cheio de medo e dor, encontrou o meu, e naquele instante senti o peso da minha impotência esmagando meu peito como um bloco de pedra. O cheiro metálico do sangue ainda pairava no ar, um lembrete constante da minha incapacidade de protegê-la. A conexão que sempre nos uniu parecia se desfazer, e aquela sensação de impotência me paralisou, me deixando preso em uma gaiola de desespero e culpa, enquanto a observava sofrer.

— Hades... o que... o que está acontecendo? — A voz de Sarah, fraca e tremida, cortou o silêncio como uma lâmina afiada, a pergunta carregada de medo e desespero ecoando no quarto opressivo.

A fragilidade em sua voz, a sua vulnerabilidade, me atingiram como um golpe brutal no peito. Cada sílaba era um peso insuportável sobre a minha alma, um espelho da minha própria incapacidade, da minha impotência diante da situação. Não consegui responder. As palavras pareciam presas na minha garganta, engolidas por um nó de angústia que me impedia de respirar. Um sorriso tenso e sem vida se formou em meus lábios. A visão de seu rosto pálido, banhado em suor, me inundou com um desespero avassalador.

— Hécate? — ela voltou-se para Hécate, sua voz um fio de esperança em meio ao desespero. A situação estava a ponto de se descontrolar, e pela primeira vez não conseguia controlar a situação, o medo de perder Sarah e nossos filhos me consumia.

— Ela não está com dilatação suficiente e não creio que vá conseguir dar à luz normalmente. — A voz de Hécate cortou o silêncio, carregada de uma gravidade que fez meu sangue gelar. Com um movimento rápido e preciso, ela rasgou o vestido de Sarah, o tecido se desfazendo como papel sob suas mãos experientes.

— Hécate, o que está...? Aí! — O grito de Sarah ecoou pelo quarto, um gemido de dor que rasgou o ar. A contração a dobrou, seu corpo tremendo sob a força imensa que a consumia. Meu olhar se voltou para Hécate, que suspirou pesadamente, a preocupação estampada em seu rosto.

— Mas como você vai fazer? — perguntei, a voz falhando. A urgência da situação me sufocava.

— Ajude-me a retirar o resto de roupa para que tenhamos mais espaço — Hécate declarou, sua voz firme e autoritária, ignorando minha pergunta. Minhas mãos tremiam enquanto obedecia, cada movimento lento e hesitante.

— Ela vai ficar nua? — perguntei, a voz quase inaudível. Ela lançou-me um olhar fulminante, seus olhos frios e penetrantes.

— Nada do que você não tenha visto antes! Agora cale-se, ou o colocarei para fora! — A fúria em sua voz me deixou petrificado.

Assenti rapidamente, a cabeça baixa, meu olhar fixo em Sarah. Seu corpo, banhado em suor frio e pegajoso, tremia sob os lençóis brancos, agora manchados de um vermelho escarlate que pulsava como um coração à beira da morte. Cada respiração era um gemido doloroso, um som que rasgava o silêncio do quarto, um som que ecoava a urgência da situação. O cheiro metálico do sangue preenchia o ar, intenso e avassalador, misturando-se ao aroma das flores e das velas, criando uma fragrância nauseante que me deixava ainda mais perturbado. A visão de sua vulnerabilidade me dilacerava por dentro, e a urgência da situação era uma força física, sufocante, me aprisionando em uma espiral de pânico. A cena era brutal, visceral, um turbilhão de imagens e sensações que me esmagavam, me deixando sem fôlego, enquanto o medo de perdê-la me consumia.

Seus olhos, antes brilhantes e cheios de vida, estavam agora semicerrados, turvos e cheios de uma dor tão intensa que parecia transpassar a própria realidade. A cada contração, seu rosto se contorcia em uma máscara de agonia, a testa enrugada, os lábios comprimidos em uma linha fina, quase invisível. Apesar da dor, havia uma determinação em seu olhar, uma força de vontade que me dava um fio de esperança em meio ao desespero. Era como se ela estivesse lutando contra uma força imensa, uma força que ameaçava consumi-la, mas ela se recusava a ceder, se agarrando à vida com todas as suas forças. E essa luta, essa resistência, me dava forças para continuar, para ajudá-la a superar esse momento tão difícil.

Impediendum sensibus — A voz de Hécate ecoou pelo quarto, uma onda de poder mágico que parecia vibrar no ar.

As palavras, pronunciadas com uma autoridade inabalável, ressoaram como um trovão, e um arrepio percorreu o corpo de Sarah, da cabeça aos pés. Um choque, uma onda de dormência fria que subiu pelas suas pernas, congelando-as em uma imobilidade absoluta. Um grito de surpresa escapou de seus lábios, um som abafado pela dor e pelo choque, enquanto ela sentia o controle sobre seu corpo se esvair, como areia pelas mãos.

— HÉCATE! O QUE ESTÁ ACONTECENDO? — O grito de Sarah foi rasgado pelo pânico, ecoando no quarto, uma onda de terror que me atingiu com força. Seu desespero era palpável, aumentando a minha própria angústia.

Hécate suspirou, um som pesado e cheio de pesar, seu olhar sério e compassivo, mas inabalável, fixo em Sarah, transmitindo uma mistura de compaixão e determinação que me deixava dividido entre a esperança e o medo.

— Querida, seus bebês não estão encaixados e preciso fazer uma cirurgia para retirá-los. — A voz de Hécate era suave, mas firme, carregada de uma autoridade inabalável. Sarah arregalou os olhos, o medo a consumindo por completo.

— Eles correm risco? — a pergunta dela saiu como um sussurro, carregada de uma angústia que me dilacerava por dentro.

Hécate suspirou, o som pesado de seu alívio misturado com a tensão que pulsava no ar. Ela segurou as mãos de Sarah com firmeza, seus dedos ágeis envolvendo os dela como um fio de esperança em meio ao desespero. Os olhos de Hécate, normalmente tão serenos e enigmáticos, agora refletiam uma preocupação genuína.

— Querida, não sei dizer o que vai acontecer — começou, sua voz suave, mas carregada de uma gravidade que pesava sobre nós. — Juro a você que farei o impossível para que eles fiquem bem.

Os olhos cinzentos de Sarah se voltaram para mim, cheios de uma intensidade que parecia atravessar a sala, uma mistura de medo e esperança que me atingiu como um golpe. A luz fraca do quarto iluminava seu rosto, ressaltando as sombras sob seus olhos, que estavam tão grandes e vulneráveis, refletindo a angústia que se acumulava entre nós. Meu coração apertou ao ver a dor estampada em sua expressão, como se cada batida fosse um eco de seu sofrimento.

— Hades, não deixe nada ocorrer com eles! — ela murmurou, a voz trêmula quase sufocada pelas emoções que transbordavam, cada palavra uma súplica que cortava o ar pesado ao nosso redor.

Aproximando-me de seu lado, fui tomado por um desejo urgente de protegê-la, de confortá-la em meio ao caos. Segurei suas mãos nas minhas, sentindo a frieza de sua pele, úmida de suor e medo. O contraste entre meu calor e o dela era alarmante, como se minha própria vitalidade estivesse se esvaindo. O quarto, antes vibrante, parecia agora um espaço opressivo, as sombras jogadas pelas velas tremulantes dançando nas paredes como se refletissem a tensão da situação, envoltos em um manto de desespero que me envolvia.

— Não se preocupe, meu amor — respondi, a voz firme, mas um tremor quase imperceptível denunciava a mentira. A coragem que tentava transmitir era uma máscara, um escudo contra o medo que me consumia. — Vai dar tudo certo, logo teremos eles conosco.

A fragilidade de Sarah amplificava meu próprio terror. Enquanto falava, senti o peso do mundo recair sobre mim, esmagando meu peito. O calor das minhas mãos envolvendo as dela era um pequeno consolo, um gesto insignificante diante da imensidão do meu medo. Precisava que ela sentisse a força que tentava transmitir, mas minhas próprias mãos tremiam. A atmosfera era densa, sufocante, cada segundo se estendendo como uma eternidade.

O olhar de Sarah se suavizou por um momento, como se uma leve brisa tivesse passado por entre as árvores em uma tarde de verão, mas o medo ainda brilhava em seus olhos, como estrelas cintilantes em uma noite escura. Podia sentir seu coração batendo descompassado sob a tensão, um ritmo frenético que ecoava no silêncio do quarto, um eco da minha própria angústia. Era como se a sala estivesse cheia de uma eletricidade palpável, uma expectativa que deixava o ar pesado, denso e sufocante, cada respiração um esforço. O cheiro metálico do sangue ainda pairava no ar, misturando-se ao suor e ao medo, criando uma atmosfera opressiva que me deixava sem fôlego. A fragilidade de sua expressão, a sua vulnerabilidade, me dilaceravam por dentro. Queria que tudo fosse diferente, que a dor e o medo desaparecessem, mas tudo que podíamos fazer era nos agarrar um ao outro.

As servas de Poseidon entraram no quarto, carregando uma variedade de utensílios que reluziam sob a luz tênue das velas, um brilho sinistro que refletia nosso desespero. O som de metal contra metal ecoou no ar e a ansiedade permeava o ambiente. Hécate suspirou profundamente, um gesto que denunciava a tensão que pesava sobre nós, enquanto pegava um bisturi, sua expressão determinada, mas com um leve tremor que revelava seu nervosismo.

Com precisão, ela começou a cortar a região da linha do biquíni de Sarah, uma de suas servas, auxiliando-a com destreza. Cada camada de pele que ela cortava parecia um ato de desespero, mal conseguia respirar, minhas entranhas se contorciam ao ver a cena se desenrolando diante de mim, como se o mundo ao nosso redor tivesse desaparecido.

Ao cortar a última camada, Hécate rapidamente retirou o primeiro bebê, suas mãos ágeis cortaram o cordão umbilical com um movimento fluido. Ela entregou a criança à serva, que a envolveu com um pano limpo, mas meu coração disparou ao perceber que o segundo bebê estava atravessado. A tensão no ar era palpável, como se o próprio tempo tivesse desacelerado, cada segundo se arrastando em um silêncio ensurdecedor. Hécate, com a fúria de uma mãe lutando por sua prole, colocou a mão para puxá-lo, mas logo seu olhar se estreitou ao ver que o cordão umbilical estava enrolado ao redor do pescoço da criança. O desespero se apossou de mim, um grito silencioso ecoou em minha mente, enquanto a realidade cruel da situação se impunha, temia o que estava por vir.

Um frio glacial percorreu minha espinha, congelando meu sangue. O leve nervosismo de Hécate se transformou em uma tempestade de preocupação, seus movimentos agora hesitantes, inseguros. As crianças estavam quietas demais, e a última, levemente roxa, parecia lutar contra a própria vida. A sua fragilidade, a sua vulnerabilidade, me atingiram como um golpe brutal. O silêncio que se seguiu não era apenas a ausência de som, mas uma presença opressiva, um vácuo que amplificava cada batida do meu coração, cada respiração ofegante. Era um silêncio que gritava, que me esmagava e prenunciava o pior. O desespero se apossou de mim, uma onda avassaladora que me deixava sem fôlego, me sufocando. Queria gritar, implorar, mas a única coisa que conseguia fazer era observar, impotente, enquanto o tempo parecia se esvair.

— Eles estão quietos! Hades, o que está acontecendo? — A voz de Sarah, fina e trêmula, cortou o silêncio, carregada de um medo tão intenso que me gelou até os ossos.

Cada palavra era um grito silencioso de desespero, uma súplica desesperada por uma resposta que não conseguia dar. A sua angústia era palpável, uma onda de terror que me envolveu, me sufocando.

Meu coração apertou ao escutar apenas o silêncio, um vazio opressivo que ecoava a minha própria impotência e amplificava o meu próprio medo. A visão de nossos filhos nascendo em silêncio, sem os sons naturais de vida que deveriam preencher o quarto, era uma dor insuportável, uma imagem que se gravou na minha memória como uma marca indelével. O cheiro de sangue e suor preenchia o ar, intensificando o meu desespero. Fechei os olhos, um desespero profundo me consumindo, me afogando em um mar de culpa e angústia, incapaz de encontrar coragem para responder à Sarah, incapaz de lhe oferecer qualquer consolo, preso em um torpor de angústia.

Meus filhos não estão respirando! Por favor, não deixe que algo aconteça a eles!

A angústia me invadiu como um veneno mortal, me paralisando. Sabia que não suportaria a perda deles, que a minha própria existência se desfaria se algo acontecesse a nossos filhos. A visão de Sarah, devastada pelo medo, me dilacerava. A ideia de que tudo poderia acabar antes mesmo de começar me esmagava, aprisionando-me em um torpor de angústia e impotência. A fragilidade da situação, a sua incerteza, me deixavam completamente paralisado, preso em um desespero profundo e avassalador.

Enquanto Hécate se aproximava da cama improvisada, um silêncio pesado pairou no ar, carregado de expectativa e medo. Seus movimentos eram lentos e cautelosos, como se temesse quebrar algo incrivelmente frágil. Suas mãos brilhavam com uma luz sobrenatural, um brilho etéreo que contrastava com a palidez dos bebês, iluminando seus corpos tão vulneráveis, tão pequenos e frágeis, que pareciam feitos de vidro. Um deles apresentava a pele mais pálida, quase translúcida, como se a vida estivesse se esvaindo dele, enquanto o outro estava com um tom roxinho, quase ameaçador, aumentando minha preocupação a cada segundo que passava. O ar ficou mais denso, mais pesado, carregado de uma expectativa sufocante que me deixava sem fôlego. Sentia cada batida do meu coração ecoando no silêncio do quarto, um prenúncio da tragédia que eu temia. A sua vulnerabilidade, a sua fragilidade, me dilaceravam.

Sarah mantinha a respiração acelerada, seus olhos percorrendo o quarto em busca de respostas, de um sinal de que tudo ficaria bem. A tensão era quase insuportável, e a esperança estava se esvaindo lentamente, como a luz do dia que se despedia do horizonte.

Aer intret in pulmones — Hécate decretou, suas palavras ressoando com uma autoridade ancestral que parecia ecoar através do tempo.

Com determinação, ela pressionou ambas as palmas nos pulmões dos bebês e uma energia mágica começou a emanar de suas mãos, criando uma onda de luz que iluminou o quarto com um brilho intenso e vibrante.

De repente, uma luz ofuscante não apenas irradiou de Hécate, mas também começou a brilhar a partir dos próprios bebês, formando um halo resplandecente que os envolveu em um brilho etéreo. O ambiente se transformou, senti uma onda de esperança inundar meu ser, como se a própria vida estivesse sendo convocada de volta, vibrando ao nosso redor, e meu coração acelerou, um misto de temor e esperança nascendo dentro de mim.

Em um instante que se arrastou como uma eternidade, o choro de um dos bebês irrompeu pelo ar, um som puro e estridente que cortou o silêncio tenso como uma lâmina afiada. Era uma nota de vida que reverberou nas paredes do quarto, ecoando em meus ouvidos e despertando uma onda de emoções que eu mal podia conter. O choro, embora pequeno, era poderoso, uma afirmação de que eles estavam aqui, vivos e prontos para lutar por suas vidas.

Meu coração se inundou de um alívio sem igual, uma sensação tão intensa que quase me deixou tonto. Era como se uma tempestade furiosa tivesse finalmente se dissipado, liberando uma brisa suave que acariciava meu rosto e permitia que a luz do sol penetrasse as nuvens escuras que haviam pairado sobre nós. A luz parecia dançar ao redor dos bebês, envolvendo-os em um brilho dourado que simbolizava esperança e renascimento.

As lágrimas de alegria começaram a se formar nos meus olhos, não consegui evitar um sorriso que iluminou meu rosto. O peso que carregava nos ombros, a ansiedade e o medo que me consumiam, começaram a se dissipar como a névoa da manhã. Era como se o universo tivesse conspirado a nosso favor, permitindo que essa nova vida florescesse em meio ao caos. O choro deles era a música mais doce que já ouvi, uma sinfonia de esperança que ressoava em meu coração, prometendo um futuro cheio de possibilidades.

— Hades, como eles estão? — Sarah perguntou aflita, sua voz trêmula, mas agora carregada de uma esperança renovada.

Voltei-me para ela, um sorriso amoroso se espalhando pelo meu rosto enquanto beijava suavemente sua testa, um gesto de carinho que tentava transmitir a força que eu sentia.

— Estão bem, meu amor — respondi, os olhos brilhando ao olhar para nossos filhos, agora envoltos em uma luz reconfortante. A visão deles, pequenos e indefesos, mas vivos, era tudo o que precisava para sentir que a batalha havia sido vencida.

Hécate, com um foco intenso, voltou sua atenção para Sarah, suas mãos ágeis e experientes realizando um feitiço que fechava a pele da mãe com uma precisão mágica. O movimento era tão delicado que não deixou nem uma marca, como se o próprio tecido da realidade estivesse se moldando para restaurar a integridade de Sarah.

Depois de analisar cuidadosamente sua condição, Hécate se virou para pegar os bebês, envolvendo-os sob seus braços com um cuidado quase maternal. O quarto, agora iluminado por uma aura de esperança, parecia pulsar com a vida que havia sido trazida de volta.

— Oh!? Céus! — Sarah exclamou, seus olhos brilhando com uma paixão avassaladora enquanto olhava para os dois pequenos em seus braços. A expressão dela era um retrato de amor e admiração, não pude deixar de me perder na beleza daquele momento.

Olhei encantado, completamente cativado pela cena diante de mim. Eles eram tão pequenos, tão frágeis, que pareciam quase desaparecer em seus braços. Uma onda de amor profundo e incondicional me invadiu, preenchendo meu coração de uma maneira que nunca havia experimentado antes. Finalmente, minha família estava completa.

— Hades, um casal e são a sua cara! — Sarah disse, um sorriso radiante iluminando seu rosto, mesmo enquanto lágrimas de alegria escorriam por suas bochechas.

Aproximando-me, não pude resistir a me perder nos detalhes adoráveis de nossos filhos. Ela tinha razão, ambos eram parecidos demais comigo. Seus cabelos cinza estavam bagunçados em todas as direções, como se tivessem herdado minha própria indisciplina, e a pele clara refletia a luz suave do quarto. Era como me ver ali, em miniatura, e a realização dessa herança me encheu de um orgulho indescritível.

Sorri para Sarah, os olhos marejados de emoção.

— São perfeitos!

Peguei as pequenas mãos deles, que eram tão delicadas e suaves, e senti um calor se espalhar por mim, como se a vida estivesse pulsando em cada dedo.

A emoção era tanta que eu não conseguia conter as lágrimas. Esperei tanto por aquele momento, que parecia surreal vê-lo finalmente se concretizar. Os olhos de Sarah brilhavam com pura admiração, apostava que os meus refletiam a mesma coisa. Afinal, estava olhando para meus tesouros.

Os pequenos abriram os olhos e todos nós arfamos surpresos. Um deles tinha os olhos tão roxos quanto os meus, uma cor vibrante e intensa que parecia conter a essência do crepúsculo. O outro, com olhos cinzas como os de Sarah, era um reflexo de sua força e sabedoria.

— Como eles vão se chamar? — Hécate perguntou, sua voz trêmula de emoção, como se também estivesse tocada pela profundidade daquele momento.

— Esse é Daemon — declarei, apontando para o menino com os olhos cinzentos, tão escuros e profundos como uma tempestade. Sarah sorriu, seu olhar cheio de orgulho e amor.

Devia muito ao lobo que a salvou, um símbolo de coragem e lealdade. O nome significava divindade, destino e espírito, mas agora também carregava o peso do cuidado, amor e proteção. Ele deu sua vida pela minha família, e nada mais justo que meu menino carregasse o nome do corajoso lobo.

— E esta pequena aqui é a Raven — Sarah declarou, sua voz embargada de emoção ao apresentar nossa menina de olhos intensos e roxos, que pareciam brilhar com uma luz própria. Raven, que significava corvo, era um símbolo de astúcia, cura, sabedoria, fertilidade e esperança. Assim como seu irmão, ela representava a esperança que brotava em nossas vidas.

Olhei para nossos filhos, um orgulho profundo e avassalador transbordando em meu peito. Meu coração se preenchia com um amor que até então não conhecia, e a plenitude que sentia era quase esmagadora. Pela primeira vez em muito tempo, chorei copiosamente ao ver nossa linda família reunida.

— Obrigado, vocês são a minha vida! — declarei, a voz embargada de emoção, cada palavra transbordando o que eu sentia por eles.

Sarah sorriu ao ver meu olhar de devoção. A imagem dela, envolta em amor, segurando nossos filhos nos braços, era como testemunhar a própria criação do universo. Eles eram minha força, a razão pela qual lutaria com todas as minhas forças. Sentia-me cada vez mais pronto para enfrentar o mundo, determinado a protegê-los a todo custo.

Impediendum sensibus: Paralise seus sentidos.

Aer intret in pulmones: Que o ar entre em seus pulmões. 

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