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Capítulo 36 - Comunicado do Espectro

🚨🚨Contém luta, sangue e morte🚨🚨

Contém 3574 palavras.

Boa leitura❤️

Analisava constantemente a porta, suspirando, enquanto a inquietação se acumulava em meu peito. Não queria participar daquela reunião, estava nervoso desde a noite anterior. Embora Sarah não dissesse nada, observei-a se movimentar inquieta a noite inteira.

Por que os gigantes apareceram para dar trabalho justo agora?

A única coisa que queria era estar ao lado da minha esposa. Decidi não trazê-la, pois sabia que ela iria querer se envolver no confronto iminente. A última coisa de que precisava era de mais uma preocupação em relação a ela.

Sabia o quão forte ela era, mas a preocupação nunca deixava minha mente. A recente notícia sobre o desaparecimento de Perséfone e Eros apenas aumentava a inquietação que me consumia. Sentia como se ambos estivessem à espreita, prontos para atacar.

— Hades! — Adamanto chamou minha atenção, fazendo-me pular levemente na cadeira.

Olhei nervosamente em sua direção e percebi a troca de olhares assustados entre meus irmãos. Estava disperso, mas não conseguia evitar essa sensação de inquietude, acompanhada de um aperto no coração.

— Você está distraído. Não costuma ser assim. O que está acontecendo? — Poseidon perguntou, sua preocupação evidente.

— Apenas pensando em Sarah. Não se preocupe com isso — respondi, fechando o semblante.

Queria resolver aquele assunto logo. Cada instante longe dela aumentava meu nervosismo, sentia que não deveria estar ali, e essa sensação apenas me deixava mais aflito.

— Vamos acabar logo a reunião para você poder ir para casa — Zeus declarou, fazendo-me assentir rapidamente.

De repente, um vento forte abriu a porta, assustando os deuses presentes, que imediatamente assumiram posturas de combate. Uma figura enorme em forma de lobo parou em minha frente, olhando para mim como se quisesse falar. O aperto em meu peito aumentou até reconhecê-lo.

— Parem! É Zaebos, espírito mensageiro de Sarah! — ordenei, evitando que meus irmãos atacassem.

— Perséfone invadiu o submundo. Seus servos estão, em sua maioria, feridos ou mortos. Minha senhora está pronta para lutar contra a deusa — Zaebos proclamou, ocasionando uma comoção no local.

O arrependimento preencheu meu ser. Sabia que não deveria tê-la abandonado daquela maneira. A única coisa que desejava era chegar a tempo!

༺۵༻

Nossos passos eram apressados no retorno ao submundo, e o caos que encontramos lá foi uma surpresa aterradora. Meus servos haviam sido atacados sem terem a chance de se defender, algo incomum, considerando que muitos deles eram excelentes guerreiros.

Analisei cuidadosamente o local. O cenário de destruição era devastador, paredes quebradas, escombros espalhados e um silêncio pesado pairava no ar. Quando começamos a avançar, deparamo-nos com uma barreira impenetrável: um muro de cipós negros e retorcidos, grossos como cobras, erguia-se diante de nós, suas folhas pontiagudas brilhando com uma luminescência sinistra.

O escudo vegetal se estendia por toda a entrada, formando um muro impenetrável que se elevava até o teto, obscurecendo completamente a entrada do submundo e bloqueando totalmente o nosso caminho. As plantas, apesar de sua aparência ameaçadora, pareciam macias e sedosas ao toque, dando a falsa impressão de serem inofensivas. Entretanto, sua aparência enganosa escondia uma mortalidade terrível. Elas pulsavam com uma energia sombria, suas raízes se contorcendo como serpentes sob o solo, e um cheiro nauseante, como de carne em decomposição, emanava delas. Mais do que uma barreira física, era uma barreira mágica, impedindo qualquer tipo de teletransporte para o interior do castelo. Por isso, não conseguíamos nos teleportar para o interior.

Uma onda de raiva subiu em meu peito ao vê-lo, aquela era a maldita marca de Perséfone!

— Droga! Não corte, Adamanto! Essas plantas soltam um veneno mortal quando são feridas! — gritei, impedindo-o de mover sua foice.

Ele parou, seus olhos se fixaram na barreira, analisando cuidadosamente o local, a tensão visível em seu corpo.

— E o que vamos fazer? — Zeus perguntou, tentando se aproximar, mas me movi mais rápido, parando seu movimento com um gesto firme.

— Elas atacarão qualquer um que se atreva a se aproximar. É uma defesa absoluta que requer cuidado para ser desarmada.

Como Perséfone teve a audácia de fazer isso?

Só conseguia pensar em Sarah e nossos filhos. Se ela ousasse feri-los, reduziria sua existência a nada!

Os olhos da deusa, cintilantes e frios como gelo, fixaram-se em mim com uma malícia que me deixou arrepiada. Perséfone estava tão tranquila, tão serena, como se estivesse prestes a concluir um ato final, aumentando minha preocupação. Ela não estava atacando ao acaso, pelo contrário, estava agindo com uma frieza calculada que me deixou surpresa. Seu vestido negro, tão escuro quanto a noite, parecia absorver a luz ao seu redor, e um sorriso cruel curvou seus lábios pintados de vermelho sangue.

Perséfone começou a rir quando viu o enorme lobo cambalear e cair sob meus pés. Uma onda de atordoamento me invadiu, senti a essência vital de Daemon se esvaindo, e um frio gélido percorreu minha espinha.

Aquilo não deveria ter acontecido! Como meu feitiço não funcionou?

— Seu pulguento está morrendo — a deusa decretou, sua voz suave, mas carregada de triunfo.

— Seus... seus poderes... eles não podem contra os meus — murmurei, a voz trêmula de medo. Um suor frio cobriu minha pele.

— Cortesia de Hades. Quando fui sua noiva, ele me deu uma bênção para que tivesse respeito no submundo, ou seja, ele me deu uma centelha de seus poderes — a fala de Perséfone ecoou na câmara vazia, atingindo-me como um golpe físico. O ar ficou pesado e abafado, o cheiro metálico de sangue e de morte me sufocando. — Sempre pude anular seus poderes com os meus, Sarah, apenas não quis.

Um choque gelado percorreu minha espinha, paralisando-me por um instante. O ar se esvaiu dos meus pulmões e uma onda de tontura me invadiu. Meu corpo tremia e um suor frio cobriu minha pele. Não conseguia respirar, e a sensação de pavor era tão intensa que parecia me sufocar. A luz fraca e sinistra do submundo parecia realçar a frieza nos olhos de Perséfone. Não, isso não podia ser verdade.

A imagem dos meus filhos, indefesos e vulneráveis, invadiu minha mente. Não poderia deixá-los. Não poderia morrer. Mas como poderia lutar contra Perséfone, sabendo que meus poderes eram inúteis?

Estava mais enrascada do que imaginei. A revelação de Perséfone me expôs em minha fragilidade. Era indefesa, sem poder. Mas não podia me deixar dominar pelo medo. Precisava pensar rápido, encontrar uma maneira de sobreviver, de proteger meus filhos. Precisava ganhar tempo.

— Se me tocar, nunca conseguirá o amor de Hades! — declarei, minha voz carregada de fúria, mesmo que minhas pernas tremessem.

— Estou nem aí para isso, ele nunca será meu... Você devia ter continuado morta! — ela resmungou, seus olhos brilhando com uma raiva intensa.

— O quê? — perguntei, aturdida pela revelação.

— Hades nunca quis se casar comigo. Usei meus poderes para que ele fosse meu noivo. Com um aroma profundo, fiz com que ele ficasse suscetível a influências mentais, assim o fiz me pedir em noivado. Tentei por anos o casamento, mas nem mesmo com meus poderes o fiz ceder! — Perséfone declarou, sua voz fria e calculista.

Ela manipulou Hades desde o início! Nada do relacionamento deles foi real!

— Está surpresa, minha querida? — Perséfone perguntou, um sorriso frio e cruel curvando seus lábios. Seus olhos brilhavam com um prazer sádico.

Ela era um monstro!

— Hades nunca me quis, e a culpa é toda sua! Agora vou fazê-lo sofrer pela eternidade com a perda de sua amada e seus... bastardinhos — Perséfone sibilou, a palavra "bastardinhos" tendo um peso especial, carregada de veneno.

Meus músculos se tencionaram, a raiva subiu como lava em meu peito. Minha respiração ficou ofegante, minhas mãos se fecharam em punho.

— Não chame meus filhos de bastardos! — rosnei, a voz baixa, mas carregada de fúria. A raiva me consumia.

Perséfone riu, um som alto e estridente que ecoou pela câmara, se divertindo com minha dor. O cheiro metálico de sangue, o cheiro de morte, preenchia o ambiente e apenas aumentava minha fúria.

Daemon soltou um suspiro baixo, um som rouco e cheio de dor, antes de se levantar cambaleante, pondo-se à minha frente. Sua pelagem, antes negra e brilhante como a obsidiana, agora estava opaca e sem vida, como se tivesse sido coberta por uma fina camada de cinzas. Seus olhos, antes cheios de uma vitalidade ardente, estavam turvos e opacos, como se a luz se tivesse esvaído deles. Um gemido baixo e rouco escapou de seus lábios, um som de dor e despedida. Não queria que ele lutasse. Não poderia perdê-lo também!

— Daemon, pare! — gritei, as lágrimas escorrendo pelo meu rosto, enquanto o via estufar o peito, preparando-se para o sacrifício. Um grito silencioso escapou de meus lábios, preso na minha garganta. Meus músculos se tencionaram e minhas mãos se fecharam em punho.

Meus olhos marejaram, o nó na minha garganta apertava a cada segundo. A decisão em seu olhar era inabalável, e o peso da sua lealdade caiu sobre mim como uma tonelada de tijolos. Não poderia lutar contra Perséfone sem ajuda, e ele sabia disso. Vê-lo se sacrificar dessa maneira, com essa serenidade, partiu meu coração.

— Meu dever como seu guardião, eu irei cumprir... prepare-se para lutar contra ela, darei toda minha energia a você! — ele declarou, sua voz fraca, mas firme. Seus olhos, cheios de amor e despedida, encontraram os meus.

Assenti, as lágrimas escorrendo livremente pelo meu rosto, enquanto um nó se formava em minha garganta.

— Espero que eles cresçam felizes e fortes — Daemon murmurou, roçando seu focinho em minha barriga. Um calor intenso, uma energia vital, fluiu de seu corpo para o meu, me deixando fraca, mas, ao mesmo tempo, forte. Senti a vida se esvair dele.

Em seu último suspiro, senti uma conexão profunda e inquebrantável com Daemon, como se nossas almas se fundissem em um único ser. Uma transformação me invadiu, deixando-me fraca, mas imbuída de uma força sobrenatural. Seus olhos, que antes estavam turvos e cheios de dor, agora brilhavam com uma paz radiante e serena que transcendia a própria morte, encontrando os meus pela última vez em um olhar de amor e despedida, selando um laço eterno entre nós, além da vida e da morte.

— Diga-lhes sobre mim, fale que os amei muito — ele sussurrou, antes de fechar os olhos, caindo num baque silencioso no chão. O silêncio que se seguiu foi ensurdecedor, um vazio que parecia me consumir. O ar ficou pesado e abafado, o cheiro metálico de sangue e de morte me sufocou.

Meu coração se partiu ao vê-lo desfalecido. A dor me atingiu como uma onda física, me jogando contra o chão. Meu corpo tremia, minhas pernas bambas, a respiração ofegante. Senti um aperto no peito, como se meu coração estivesse sendo esmagado. As lágrimas escorriam pelo meu rosto, quentes e salgadas, misturando-se com o suor frio que cobria minha pele. Mas, ao mesmo tempo, uma onda de raiva cresceu em meu interior. Uma raiva tão intensa, tão avassaladora, que me fez tremer. A faria pagar por isso!

— Maldita! — sibilei, a promessa de vingança ecoando na câmara vazia.

— Sacrifício tocante, mas não adiantará. A matei quando era uma deusa... agora será fácil — Perséfone declarou, um sorriso lento e cruel contorcendo seus lábios, enquanto seus dedos finos e longos brincavam com um fio de cabelo. Seus olhos brilhavam com uma cruel satisfação, enquanto ela observava minha reação com uma frieza glacial.

Suas palavras ecoaram na câmara vazia, atingindo-me como um golpe físico. Um choque gelado percorreu minha espinha, paralisando-me por um instante. O ar se esvaiu dos meus pulmões e uma onda de tontura me invadiu. Meu corpo tremia e um suor frio cobriu minha pele. Não conseguia respirar, e a sensação de pavor era tão intensa que parecia me sufocar.

— Você... o quê? — perguntei, a voz falhando. A descrença era tão intensa que parecia me paralisar. O silêncio que se seguiu à minha pergunta foi ensurdecedor, um vazio que parecia me consumir. O ar ficou pesado e abafado, o cheiro metálico de sangue e de morte misturando-se com o cheiro fétido e úmido do submundo. A luz fraca e sinistra do submundo parecia realçar a frieza nos olhos de Perséfone.

Ela riu, um som alto e estridente que ecoou pelo ambiente, deliciando-se com minha confusão. O ar ficou pesado e abafado, o cheiro metálico de sangue e de morte me sufocou.

— Quem você pensa que aumentou um milhão de vezes o sentimento de vazio que sentia, fazendo-a se matar? Quem você pensa que lhe guiou para a morte com aquele feitiço? — Perséfone perguntou, sua respiração quente em meu rosto, sua voz suave como uma cobra sibilando em meus ouvidos. Seus dedos longos e finos roçaram meu braço, um toque gelado que me percorreu como uma corrente elétrica.

Olhei-a, completamente incrédula, minha mente mergulhada num turbilhão de imagens e emoções, um caos de lembranças e descrença. Vi-me novamente, destroçada pela dor, o vazio dentro de mim tão profundo que parecia me consumir inteiramente. As palavras de Perséfone ecoavam em minha mente, distorcendo meus pensamentos e minhas ações.

Era possível? Ela era capaz disso? Não conseguia compreender suas palavras. Sempre questionei os motivos de ter feito aquilo, principalmente por saber o quão horrível seria. Não era daquela maneira. Jamais atentaria contra minha própria vida.

A possibilidade, tão terrível e horripilante, me congelou no lugar. Um frio glacial me percorreu, paralisando-me no lugar. Meu corpo tremia incontrolavelmente, e um suor frio me cobria. Senti um aperto no peito, como se meu coração estivesse sendo esmagado. Minha respiração ficou presa na minha garganta, e a sensação de pavor era tão intensa que parecia me sufocar. O ar ficou pesado e abafado, o cheiro metálico de sangue e de morte misturando-se com o cheiro fétido e úmido do submundo. A luz fraca e sinistra do submundo parecia realçar a frieza nos olhos de Perséfone.

Arregalei os olhos em choque para ela, que sorriu maliciosa, seus lábios contorcendo-se em um sorriso cruel. O medo, frio e cortante como uma lâmina, perfurou meu coração.

— Vamos, Sarah... não pensou que fosse ser tão burra a ponto de se matar por conta de um amor perdido! Sua personalidade era mais para matar Hades e a mim! Fui eu que a controlei, que a induzi a se matar, e tudo deu exatamente como planejei — a deusa respondeu, sua risada alta e triunfante ecoando pela câmara.

As lembranças do meu passado como deusa invadiram minha mente, como um turbilhão de imagens e emoções. Vi-me novamente, destroçada pela dor, o vazio dentro de mim tão profundo que parecia me consumir inteiramente. Senti a influência de Perséfone, uma presença sinistra que amplificou minha dor, distorcendo meus pensamentos e minhas ações. Vi o meu reflexo no espelho, uma figura sombria e desesperada, pronto para cometer o ato final. Foi então que o arrependimento me atingiu, me deixando com uma sensação de culpa intensa, ao olhar Hades. Ele era inocente.

— Vou matar você! — gritei, a raiva me consumindo inteiramente, a dor se transformando em pura fúria.

Com um suspiro profundo, ergui as mãos e uma onda de poder explodiu de meu interior, como se meu próprio corpo fosse uma fonte inesgotável de magia. O ar ao meu redor vibrava com energia, e um brilho intenso iluminou a câmara, refletindo a complexidade das emoções que me invadiam: raiva, medo, determinação, amor. Senti uma ligação profunda com o cetro, como se ele fosse uma extensão de minha própria alma. Ele surgiu em minhas mãos, materializando-se a partir da própria energia que emanava, não como um objeto inanimado, mas como um ser vivo, pulsando com energia. O material parecia mudar a cada instante, ora obsidiana escura e fria ao toque, ora um brilho cristalino, refletindo a intensidade de meus sentimentos. A pedra central, um rubi ardente e pulsante, vibrava com a força de minhas emoções, irradiando um calor que me confortava e me fortalecia ao mesmo tempo que me enchia de força e determinação. Era uma extensão de mim mesma, uma manifestação física da minha alma guerreira, pronta para enfrentar qualquer desafio.

Surge vitreum murum — recitei o feitiço, a voz firme, mas tremula de determinação. Uma onda de poder percorreu meu corpo, como se a própria terra respondesse ao meu chamado, criando uma parede de vidro imponente entre mim e ela. A parede cintilou, um brilho translúcido que parecia cristalizar o ar ao seu redor.

Perséfone gargalhou, um som estridente que ecoou pela câmara, enquanto observava a parede com escárnio. O ar ficou pesado, carregado de expectativa. A faria pagar por todo o mal que fez!

Haec fragmenta vitrea cutem tuam pungunt ingenti dolore — murmurei, a voz ressoando como um eco distante. Meus dedos deslizaram pelo ar, sentindo a energia mágica vibrar ao meu redor, como se o próprio espaço estivesse respondendo ao meu chamado. Um estrondo ensurdecedor reverberou pela câmara, fazendo as paredes tremerem. A parede de vidro se fragmentou em mil pedaços, cada fragmento brilhando como estrelas cadentes, refletindo a luz de maneira hipnotizante enquanto se despedaçava.

Os fragmentos afiados cortaram o ar, disparando em direção a Perséfone. Ouvi o sibilar do ar, o impacto dos cacos em sua pele e o grito de agonia que escapou dos lábios da deusa. A imagem de sua pele rasgada e sangrando me encheu de uma satisfação cruel, um momento doce de vitória que, no fundo, era efêmero e carregado de um peso sombrio.

Retirei os fragmentos rapidamente e os lancei novamente em sua direção, mas a frustração me consumia. Perséfone, com um movimento rápido e preciso, criou uma barreira de energia, parando meu ataque. Um grito de raiva ficou preso em minha garganta, mas não podia me dar ao luxo de hesitar. Seu corpo estava completamente ensanguentado, mas aquilo não era o suficiente. O sangue escorria por sua pele, um contraste chocante com o brilho de sua aura, que parecia pulsar com poder e arrogância.

Campo de força — Perséfone sibilou, sua voz ressoando como um veneno. Um campo de força esférico surgiu, envolvendo-a completamente em uma onda de energia pulsante, brilhando com uma luz ofuscante que quase me cegou.

Firestorm — gritei, lançando uma tempestade de fogo furiosa em sua direção. As chamas rugiram, um inferno de calor e luz que iluminou a câmara, dançando e se contorcendo como serpentes enlouquecidas. Mas, ao atingir o escudo que a protegia, dissiparam-se em um brilho intenso, como se uma estrela tivesse explodido.

O olhar da deusa era extremamente arrogante, seus olhos brilhavam com desprezo. Um sorriso de triunfo curvava seus lábios, como se ela estivesse saboreando cada momento da minha frustração. Essa maldita!

Pirocinese Sombria — Perséfone murmurou, uma onda de escuridão emanando de suas mãos. Um fogo negro, viscoso e ameaçador disparou em minha direção.

Tentei conter as chamas, mas a sensação de impotência me consumia. Meus feitiços eram ineficazes, escorregando entre meus dedos como areia. O calor era insuportável, me queimando por dentro e por fora, como se uma fornalha estivesse sendo alimentada por minha própria energia.

Senti meu espírito sendo atingido, uma onda de tontura me invadiu, como se a terra estivesse girando sob meus pés. Minha visão ficou turva, as bordas do mundo se desfocando, enquanto meus ouvidos zuniam como um enxame de abelhas. Uma náusea avassaladora me invadiu, o gosto amargo da bile subindo pela minha garganta.

Passei a usar feitiços de cura, mas nada conseguia apagar as chamas. Estava gastando minha energia à toa. A gravidez tornava meu corpo um campo de batalha, priorizando os meus filhos acima de mim, deixando-me mais vulnerável e fraca. Cada feitiço que tentava lançar drenava minha energia, e a consciência de que não conseguiria lutar contra ela me esmagava como uma pedra.

Mas não a deixaria fazer mal a eles. Daria toda a minha energia restante para protegê-los, mesmo que isso significasse sacrificar minha própria força e, eventualmente, minha vida. Eles eram tudo para mim, e nada, nem mesmo uma deusa, me impediria de salvá-los.

— Vai voltar para a morte, de onde você não deveria ter saído — Perséfone declarou, um sorriso cruel curvando seus lábios. Sua voz, fria e cortante como um fragmento de gelo, soou como um sino fúnebre, ecoando na câmara vazia e penetrando até os ossos, congelando meu sangue nas veias.

— N-não p-pode me m-matar — arfei, ajoelhada no chão, em agonia, minhas pernas bambas, a respiração ofegante. A dor era incontrolável, me consumindo por dentro e por fora, como se meu corpo estivesse sendo lentamente devorado por chamas infernais. Cada respiração era uma tortura, cada batida do meu coração ecoava como um martelo em meu crânio. Senti meu corpo tremer, minhas pernas bambas, minhas mãos úmidas de suor frio. A sensação de impotência era tão intensa que parecia me esmagar.

Perséfone ergueu uma sobrancelha, seus olhos frios e calculistas examinaram meu sofrimento com uma satisfação cruel. Então, ela riu, uma risada alta e estridente que ecoou pela câmara, um som horrível que parecia se infiltrar em meus ossos. A imagem do seu sorriso, cruel e triunfante, gravou-se em minha memória.

— Não pode morrer de fato, mas vai dormir para sempre, e seus filhos apodrecerão em seu ventre — ela mostrou um punhal banhado em um líquido negro e viscoso, seu brilho ominoso refletindo em seus olhos frios. O cheiro nauseabundo do líquido, acre e fétido como a morte em si, me atingiu como um golpe físico, me fazendo querer vomitar. A luz fraca e sinistra do submundo parecia realçar a frieza nos olhos de Perséfone, enquanto o silêncio que se seguiu à sua risada era mais opressivo que qualquer som.

Arregalei os olhos em puro terror, minhas mãos indo instintivamente para meu ventre, protegendo meus filhos. Não poderia acabar assim!

— Hades, por favor! — sussurrei em uma oração desesperada, meu corpo trêmulo, minha voz fraca. Ele precisava chegar quanto antes!

Surge vitreum murum: Levante a parede de vidro

Haec fragmenta vitrea cutem tuam pungunt ingenti dolore: Esses cacos de vidro perfuram sua pele com uma dor excruciante

Firestorm:  Tempestade de fogo

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