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Capítulo 31 - Audácia divina Ⅰ

Contém 3800 palavras.

Boa leitura 💜

— Está ocupado? — a pergunta dela era um misto de ansiedade e expectativa.

Sorri abertamente.

— Para você, nunca. O que você deseja, meu amor? — minha voz era doce, carregada de afeto.

— Um pequeno piquenique, só nós dois. Preciso de uma dose extra de carinho antes de encarar seus irmãos! — ela resmungou, um sorriso travesso em seus lábios.

Olhei-a com divertimento.

— Pensei que gostasse deles — começamos a caminhar, carregando a cesta de piquenique.

— Gosto muito do Adamanto e do Poseidon, mas Zeus... ele me irrita! — o resmungo dela era adorável.

— Bom... eles são minha família. Sabe que nunca a forçaria a conviver com eles, mas preciso avisar Zeus também... ele é meu irmão e o chefe do panteão grego — expliquei com suavidade.

Ela suspirou, culpada.

Não a julgava. Dadas as circunstâncias, era compreensível. Ela nunca me pediu para escolher entre ela e meus irmãos, ela sabe o quanto sou apegado a eles, mas jamais a forçaria a uma convivência que a deixasse desconfortável. Ainda assim, queria compartilhar minha alegria com eles.

— Eu sei, mas estou avisando... uma gracinha dele e ele já era! — a ameaça velada dela era hilária.

Não consegui conter a gargalhada. — Ele vai se comportar — pisquei, maroto.

Até porque ele não tem escolha. Uma gracinha dele e farei um serviço à humanidade, retirando seu maldito aparelho reprodutor!

༺۵༻

Aos pés da velha árvore, estendemos a toalha e arrumamos os manjares da cesta. Meu olhar se prendeu à Sarah enquanto ela, com um apetite que me surpreendia a cada dia, saboreava os quitutes. Seus movimentos eram delicados, mas constantes, ela comia com prazer, apreciando cada garfada, e a quantidade de comida que desaparecia era impressionante. Um leve rubor subiu em suas faces, mas me contive, não queria alimentar sua insegurança. Apesar disso, a verdade é que tinha comida como se estivesse um exército faminto aqui.

Comemos em silêncio, apenas a nossa presença mútua era suficiente para preencher o espaço entre nós. Em alguns momentos, levava a comida aos seus lábios, a cada toque, um arrepio percorria meu corpo. Seus risinhos eram a melodia perfeita para o nosso piquenique improvisado.

— Você acha que é certo contar a eles agora? — sua voz era suave, carregada de uma fragilidade que me partia o coração.

Encostei-me à velha árvore, aconchegando-a contra mim. Seu corpo delicado, tão vulnerável, tão precioso, me enchia de uma responsabilidade avassaladora.

— Todos no submundo já estão comentando. Estou usando todo o meu poder para esconder, mas a verdade é que a presença do bebê já está sendo notada, não tem mais como esconder. É como se uma aura brilhante, tão parecida com a minha, a envolvesse constantemente, um farol que atrai olhares curiosos e indesejados — cada palavra, a angústia apertava meu peito, como se uma serpente fria se enroscasse em minhas entranhas.

Esse era o meu maior medo. Apesar da lealdade inabalável dos seres do submundo, a necessidade de protegê-los era mais forte que qualquer outra coisa. Não queria expô-los a perigo, não por minha causa, mas pela segurança de Sarah e do nosso filho. Era um fardo pesado demais para carregar sozinho.

E havia algo mais. Apesar de sua imortalidade e poderes de bruxa, Sarah ainda era humana. Minha aura, tão poderosa e intensa, estava causando um choque em seu corpo. Sua fome insaciável, o cansaço extremo, tudo era consequência da força do meu sangue, um sangue que nutria o nosso filho, mas também drenava a energia dela. Não queria que ela sofresse, não queria que ela sentisse essa limitação.

Por isso, escondia a gravidez. Tínhamos muito com que lidar, sem que a notícia vazasse e colocasse ela e o bebê em perigo. Era uma luta contra o tempo, uma corrida contra a sombra da ameaça.

— Estou com medo — sua voz era um sussurro fraco, mas cheio de coragem.

Segurei-a com mais força.

— Amor, não se preocupe, ninguém vai ousar tocar em vocês — minha voz soou gélida, uma promessa inabalável. A proteção dela era minha prioridade máxima.

— Confio em você, mas não consigo controlar minha preocupação. Já faz dois meses que você voltou, e Eros e Perséfone não deram sinal de vida! — a menção dos nomes deles me fez apertar os dentes.

Desviei o olhar, a culpa me corroía por dentro, omiti algo crucial.

— Estando no submundo, vocês estão totalmente seguros sob meu controle, por isso eles não estão tentando nada — menti, tentando disfarçar minha hesitação. Mas ela percebeu.

— Hades, eles tentaram alguma coisa? — seus olhos, penetrantes e cheios de desconfiança, me prenderam. A verdade era inevitável.

A culpa me esmagava. Não contei por medo de aborrecer Sarah, mas isso não justificava minha omissão.

— Conte a verdade! — sua voz era um comando implacável.

Suspirei, derrotado.

— Perséfone me procurou várias vezes durante esses meses, quando estávamos brigados e depois que fizemos as pazes — cada palavra era um peso em minha consciência.

Seus olhos brilharam de fúria.

— Por que não me contou nada? — a dor em sua voz me atingiu como uma facada.

— Porque não queria que se aborrecesse com isso. Não importa o que ela queira, rejeitei todas as tentativas de aproximação dela, e ela está proibida de pisar no submundo — minha voz era firme, mas minha alma tremia.

— Hades, você não pode esconder essas coisas de mim! — a ira dela era justa.

Não consegui impedir o sorriso amargo que se formou em meus lábios.

— Não escondi porque você nunca perguntou — a verdade era tão simples, tão cruel.

Sei que ela estava furiosa, mas faria tudo de novo. Não a deixaria sofrer por causa daqueles idiotas.

— Pode brigar à vontade comigo, mas não vou deixar que ela aborreça você. Você está grávida e não precisa se lembrar da existência dela! — minha voz era uma declaração de guerra, uma proteção implacável.

— Impossível esquecer que ela existe! — sua resposta era uma afirmação da realidade que não podia ignorar.

Dulce meum, não se preocupe, vou fazer o que for preciso para mantê-los seguros — segurei seu rosto, toque suave, buscando acalmá-la. Amava a vulnerabilidade que a gravidez havia trazido, a fragilidade que me permitia protegê-la.

Entendia sua raiva, mas só queria sua segurança, sua paz.

— Por favor, não me esconda nada! — sua voz era um pedido, uma súplica que me partia o coração.

— Sarah, a própria Hécate concordou em manter isso em segredo, pelo menos até você completar três meses — minha explicação era uma tentativa de justificar minhas ações.

Ela me olhou por longos segundos, até a compreensão surgir em seus olhos. Os servos estavam espalhados por todo o meu território e o de Hécate sempre alerta à sua localização. Daemon estava sempre ao seu lado, e eu, quando não podia estar perto fisicamente, minha aura a envolvia como um escudo invisível.

Podia irritá-la, mas era a minha maneira de mantê-la segura.

— Por isso que Daemon me segue para todo lugar? — a pergunta dela era uma constatação, não uma acusação.

— Sim! — minha resposta era simples, direta.

— Tudo bem... não vou brigar por isso — seu suspiro era um sinal de rendição, de confiança. Um selinho suave selou nossa trégua.

— Até porque você não tem escolha, Daemon não vai sair da sua cola — meu tom era brincalhão, buscando aliviar a tensão.

Ela se aconchegou novamente em meus braços, olhando de soslaio para o relógio. Sabia que seus pensamentos estavam se voltando para o jantar, a alegria diminuindo por ter que encarar meus irmãos, Zeus em particular, e Hera.

— Vamos, temos que nos arrumar para esse bendito jantar. — Sua voz era um resmungo divertido.

Sorri, maroto, em seu encalço, sem conseguir conter a alegria em vê-la resmungar. 

༺۵༻

O olhar ardente que se fixava nela, sem conseguir se desgrudar. A textura do vestido cinza-escuro, macia contra sua pele, suas bochechas estavam coradas, um rubor delicado que contrastava com a palidez suave de sua pele, um sinal da vergonha que sentia por ter que alargar o vestido no busto. Como ela não via o quão deslumbrante estava?

O vestido, como uma segunda pele, moldava-se às suas curvas, delineando-as com uma perfeição que me roubava o fôlego. Sua barriga, uma suave ondulação sob o tecido, era uma obra de arte esculpida pela própria vida. Seus seios, cheios e redondos como suculentas ameixas maduras, estavam maiores, presos por um generoso decote que desafiava a decência e acendia meu desejo. Cada centímetro de seu corpo, transformado pela gravidez, era uma prova do nosso amor, uma celebração da vida que criávamos juntos.

Minha boca ficou seca, meu coração disparou. A respiração ofegante denunciava a intensidade do meu desejo, uma chama que ardia sem controle. Ela estava a cada dia mais gostosa, mais radiante, mais minha. E ainda se preocupava com isso! Era simplesmente lindo observar as mudanças, cada curva, cada detalhe me enchia de um orgulho avassalador. Meu ego, alimentado por saber que sou o culpado.

Deslizei o olhar novamente pelo seu corpo, saboreando cada detalhe. Seus quadris mais largos, suas coxas roliças, a perfeição de seus seios, tudo era uma sinfonia de beleza que me hipnotizava. Não conseguia entender como ela achava que estava gorda, quando estava mais bela do que nunca, mais perfeita do que nunca. Seu corpo, transformado para abrigar nosso filho, era uma obra-prima que celebrava a vida, o amor e a nossa união indissolúvel.

O som suave de seus passos, enquanto ela se aproximava, quebrou o silêncio, um ritmo lento e sensual que me deixava ainda mais ansioso.

— Se continuar a me olhar assim, não vou deixá-lo sair desse quarto — a voz rouca dela, carregada de desejo, me trouxe de volta à realidade. Seus olhos cinza, brilhantes e intensos eram um espelho do meu próprio desejo.

Um sorriso malicioso se espalhou por meus lábios. Pelo visto, não era o único com desejos bem despertados aqui.

— Estou com fome — respondi, a voz rouca era um convite.

— Então tenho que saciar a fome do meu imperador — seus passos firmes e confiantes, a cada passo, a tensão aumentava, a expectativa se intensificava.

O ar entre nós vibrava, carregado de uma eletricidade que me percorria as veias como um choque. O silêncio, quebrado apenas pela respiração ofegante, era um prelúdio do que estava por vir.

Seus olhos, cinzas como tempestade, me hipnotizaram. Ela deslizava, uma visão etérea, sobre o piso. Com um sorriso predatório, puxei-a contra mim, sentindo a maciez de sua pele sob meus dedos, a textura sedosa do vestido sob minhas mãos. Seu perfume, floral, levemente picante, me embriagou. Um arrepio percorreu minha espinha ao sentir seus dedos entrelaçados em meus cabelos, puxando-me para perto.

Seus lábios, doces e inebriantes, estavam a um palmo dos meus. Mordi seu lábio inferior, um toque leve que a fez gemer baixinho. O olhar provocativo que trocávamos era mais eloquente que qualquer palavra. Nossos lábios se encontraram em um beijo voraz, uma explosão de desejo que nos consumiu por inteiro.

Nossos corpos se fundiram, uma sinfonia de calor e desejo. Cada toque, cada movimento era uma descoberta, uma explosão de sensações. A parede fria sob nossas costas, o atrito de nossos corpos, o calor úmido entre nossas pernas. Delicadamente, a prendi contra a parede, sentindo seu corpo se moldar ao meu, se entregar ao meu domínio.

— Está tão gostosa... — sussurrei, minha voz rouca, próxima ao seu ouvido. A textura de sua pele sob meus dedos me deixava louco. O cheiro de seu perfume, misturado ao aroma inebriante de seu corpo, me enlouquecia.

Com um movimento rápido, puxei seu vestido, revelando a visão deliciosa de sua fina calcinha. A penetração foi profunda, rápida, intensa. Seu gemido, um som selvagem e prazeroso, ecoou pelo recinto. Meu corpo se contraiu, a satisfação me percorreu como uma onda de choque.

Meu corpo se movia contra o dela, num ritmo frenético que nos levava ao limite. A cada estocada, gemido e toque, o desejo se intensificava, nos unindo em um único ser. Suas unhas cravaram-se em minhas costas, deixando marcas. Deslizei minhas mãos por seu corpo, explorando cada curva, cada textura. Seu monte de Vênus, inchado e sensível, me respondia com uma intensidade que me deixava sem fôlego.

— Se não tivéssemos esse jantar... rasgaria esse vestido — rosnei, minha voz carregada de desejo, mordendo seu pescoço, deixando uma marca ardente em sua pele.

— N-não sou contra... — ela murmurou, ofegante, seus dedos apertando meus cabelos.

— Travessa... — sussurrei, mordendo seu lóbulo da orelha, um toque que a fez gemer. — Vou puni-la mais tarde.

Seu corpo se arqueou, entregue ao prazer, ao desejo, à loucura. Seus gemidos eram uma sinfonia selvagem que me enchia de poder. A possuía, e ela se entregava completamente. Era uma dança visceral, uma união de corpos e almas.

O êxtase me atingiu como uma onda, me deixando satisfeito e completamente dominado por ela. Seus hormônios, amplificados pela gravidez, a tornavam ainda mais intensa, mais selvagem, mais minha.

O sorriso no rosto de Hades era extremamente visível para seus irmãos. Sabia que eram sua família e queria vê-lo animado daquela maneira. Então, por ele, aguentaria o cunhado e a esposa dele, mesmo que isso exigisse paciência, especialmente quando se tratava de Hera, que conseguia ser mais irritante que Zeus.

Assim que nos aproximamos da sala de estar, todos os olhares se voltaram em nossa direção, mas foi Poseidon que me intrigou. Ele olhou para mim por alguns instantes, focando em meu ventre, antes de direcionar um olhar amoroso para Hades.

— É muito bom vê-los alegres assim — Adamanto comentou, alegre, fazendo-me sorrir. — Ficam mais bonitos!

— Concordo! Bem-vindos, há tempos não nos vemos — comentei feliz, olhando para Poseidon e Adamanto.

Adamanto concordou com um aceno, enquanto Poseidon abriu um sorriso debochado.

— Sim, faz um certo tempo. Alguns estavam fugindo de você... — Poseidon declarou, rindo, enquanto o olhei confusa. O que só aumentava a diversão dele. — Adamanto, ele estava fugindo de você.

O ruivo olhou para Poseidon, completamente irritado.

— Como assim? — perguntei, confusa.

Hades e os irmãos se entreolharam, rindo, ao contrário de Adamanto, que ficou rubro.

— Conseguiu assustar Adamanto, agora ele tem medo de você — Poseidon comentou, com um ar de satisfação.

Não aguentei o riso, vendo a vermelhidão no rosto de Adamanto. Não acreditava que os dias em que o persegui para descobrir sobre o paradeiro de Hades tinham deixado ele tão apavorado. De maneira alguma tive a intenção de deixá-lo assim, mas era divertido saber que, mesmo sendo um deus arrogante, ele sabia reconhecer que eu era mais forte.

— Não liga para ele, está inventando coisas! — Adamanto fuzilou Poseidon, tentando recuperar a dignidade.

Observei o olhar divertido de Poseidon, que sorriu olhando para Hades. Aquela era uma nova visão deles, embora não parecesse novidade para Hades, que mantinha o semblante alegre em direção aos irmãos.

— Sua casa está bem ao seu gosto, querida — Hera disse, sua entrada tão sutil quanto um elefante numa loja de cristais. A falsidade em sua voz era tão espessa quanto o perfume enjoativo que ela usava. Senti um arrepio percorrer minha espinha, sua presença era opressiva, como uma névoa tóxica.

Senti meu estômago embrulhar ao ouvir sua voz, quase havia me esquecido de sua presença, mas o cheiro enjoativo de seu perfume me lembrou imediatamente. Ela realmente achava que podia me intimidar com essa fragrância doce e enjoativa?

Nossos olhares se encontraram. Seus olhos, frios e calculistas, brilhavam com uma raiva contida. A prepotência em seu rosto era um insulto à minha inteligência. Cada músculo dele estava tenso, como se ela estivesse prestes a explodir.

— Obrigada, mas a decoração já era assim. Deve se lembrar de que Hades a decorou, e pelo que vi da sua casa, não é muito diferente, o que só comprova que vocês se inspiram nos humanos — alfinetei, a frieza em minha voz era uma resposta direta à sua arrogância. Senti um sorriso se formar em meus lábios, estava me divertindo com isso.

Seus olhos se estreitaram, seus lábios se apertaram numa linha fina e cruel. A raiva agora era aberta, sem disfarces. A veia pulsando em sua testa era visível a olho nu, como um verme rastejando sob sua pele perfeita. O silêncio na sala ficou pesado, carregado de uma tensão palpável. Até mesmo a respiração de Poseidon parecia mais alta.

— Não tem educação ao falar com uma deusa? — ela sibilou, sua voz carregada de veneno. Cada palavra como uma gota de ácido corroendo minha paciência.

Meu sangue ferveu. Prometi não matar Zeus, mas não disse nada sobre aquela mulher.

— Não com aquelas que não têm educação para se comportar na minha casa. Devo lembrá-la de que sou a imperatriz deste lugar, e este é o domínio de Hades, meu marido? — declarei, minha voz firme e fria como o gelo, acertando seu orgulho ferido.

Estava sentindo um prazer perverso em vê-la se contorcer de raiva.

— Hades vai permitir que ela me trate assim? — Hera resmungou, furiosa, para Hades. Sua voz era um rosnado baixo, quase animal.

Ele suspirou, irritado.

— São meus domínios. Sendo assim, minha esposa tem total voz aqui. A casa é dela, quem deve respeito é você! — a frieza em sua voz a surpreendeu.

Hera se voltou rapidamente para Zeus, em busca de apoio, mas os olhos dele estavam furiosos, direcionados a ela. Um silêncio mortal caiu sobre a sala, quebrado apenas pela respiração ofegante de Hera.

— Tenha respeito, aqui não é seu lugar! — Zeus declarou, sério. Sua voz, embora calma, carregava uma ameaça velada que fez Hera hesitar.

Ela o olhou por longos instantes, a fúria em seus olhos. Seus dedos estavam cerrados em punho, suas unhas cravando na pele. Ela estava prestes a explodir.

— Sarah, desculpe pelo inconveniente, não acontecerá novamente — Zeus murmurou, seu tom era formal.

Percebi seu esforço para acalmar as coisas em nome de Hades e decidi fazer o mesmo. Hades era mais importante que permitir que a atitude mesquinha daquela mulher atrapalhasse a noite.

— Tudo bem. Temos algo mais importante para celebrar essa noite — respondi, voltando meu olhar para Hades.

Ele sorriu abertamente ao perceber a deixa, seu sorriso radiante como um raio de sol rompendo as nuvens escuras que pairavam sobre nós. Sem conter a alegria, voltou-se para os irmãos, que o olhavam curiosos, seus rostos refletindo uma mistura de expectativa e divertimento.

— Temos uma novidade! — Hades anunciou, a voz vibrante de emoção. A alegria contagiante numa onda de calor preencheu a sala, dissipando a frieza glacial de antes.

Seus irmãos assumiram um semblante curioso, assim como Hera, mesmo com o olhar irritado. Mas Poseidon abriu um enorme sorriso, genuíno, tão brilhante quanto o sol do meio-dia.

— Sarah está grávida! — Hades anunciou, sua voz ecoou em êxtase.

A felicidade explodiu na sala como um fogo de artifício, iluminando cada rosto com um brilho intenso. Sorri ao vê-los, verdadeiramente alegres. Até mesmo a aura gélida de Hera parecia ter amolecido por um instante, substituída por uma expressão de surpresa, que rapidamente se transformou em uma careta de desgosto.

— Que ótima notícia maravilhosa! — Adamanto exclamou, dando um abraço caloroso no irmão. Sua alegria era palpável, uma energia vibrante que me envolveu por completo.

Hades sorriu abertamente, retribuindo o abraço. Não contive os olhos marejados diante da cena, percebendo o quanto a família era importante para ele.

— Parabéns! Percebi isso no momento em que a vi. Está totalmente envolvida na aura de Hades — Poseidon comentou, polidamente, sorrindo em nossa direção. Sua voz suave, porém, não escondia a intensidade de suas palavras, nem a satisfação em ter sido um dos primeiros a saber.

Então era por isso que ele me olhou daquela maneira! Ele já tinha sentido o bebê.

— Oh! Hades e Sarah, meus parabéns! Tenho certeza de que essa criança vai alegrá-los ainda mais! — Zeus comentou, extremamente feliz. Sua voz, embora alegre, carregava um tom de solenidade, um reconhecimento da importância do momento.

Minha felicidade aumentou ao ver que eles estavam verdadeiramente alegres com a chegada do bebê. Sempre os vi como seres mesquinhos, que não se importavam com nada além de si mesmos. Então, saber que possuíam um lado tão amoroso foi uma surpresa incrível.

— Agiu rapidamente, querida — Hera comentou, sua voz era um veneno puro, frio e calculista. — Pena que seja mesmo de Hades!

— O que você quer dizer? — perguntei, séria, meu coração batendo forte no peito.

Hera sorriu maliciosamente, seus olhos brilhando com uma crueldade fria.

— Arrumou uma gravidez para prendê-lo! — ela declarou, perversa, sua voz carregada de desprezo e maldade.

Essa corna! A raiva me invadiu como uma onda.

Sorri desdenhosamente em resposta.

Entre todas as pessoas, não imaginei que fosse ela a dizer tal coisa. Era até irônico!

— Curioso dizer isso, Hera. Me diga, querida, se gravidez prende o marido, por que motivo o seu teve tantos casos por aí? — perguntei, mordaz, fazendo-a ofegar. — Sim, pois seu marido não é chamado de pai dos deuses à toa, já que ele tem milhares de filhos, e nem todos são seus.

Meu sorriso aumentou ao ver a fúria no rosto dela. Não permitiria que ela me diminuísse, muito menos que usasse meu filho como bode expiatório!

— Como se atreve a me tratar assim? — Hera perguntou, furiosa, aproximando-se perigosamente. Seu corpo emanava uma aura de poder, mas não recuaria.

Percebi sua aura tentando me dominar, mas isso só aumentou minha determinação. Sentia o poder dela, mas meu próprio poder, alimentado pela minha raiva e pela proteção do meu filho, estava crescendo.

— Abaixe sua cabeça ao falar com a imperatriz deste lugar — retruquei, sorrindo maliciosamente. Minha voz estava calma, mas firme, como o aço. — Aqui, você não manda, então melhor agir como uma lady!

Uma veia saltou na testa dela. Então, Hera se aproximou até ficar cara a cara comigo. Levantei o rosto, encarando-a com firmeza, deixando-a ainda mais furiosa. Nossos rostos estavam tão próximos que podia sentir sua respiração ofegante. A mão dela se elevou rapidamente em minha direção, mas antes de sentir o impacto, uma sombra parou-a de imediato.

— Hera — Hades rosnou, perigosamente frio, fazendo-a tremer e se afastar dele. Sua voz era um trovão que silenciou a sala inteira. — Se chegar novamente agressiva assim perto da minha esposa, vou matá-la, e pouco me importará se é esposa do meu irmão.

Vê-la com medo não tinha preço!

— Hera, chega disso! — Zeus puxou-a pelo braço. Sua voz carregava uma ameaça velada, um aviso para que ela não se atrevesse a mais nada.

Escutei os comentários nada discretos de Adamanto e Poseidon, mas não pude conter meu riso ao ouvi-los rirem, debochados. O alívio da tensão era tão grande que até mesmo a fúria de Hera parecia menos ameaçadora.

— Como se Zeus fosse dar falta da esposa! — Adamanto declarou mais alto, e Poseidon riu.

O clima ficou pesado com os olhares gélidos de Hera em minha direção, mas sabia que ela não conseguia sequer me arranhar. Estava preparada para qualquer coisa.

— Vamos ao jantar? — anunciei, alegre, quebrando a tensão. Não valia a pena continuar aquela discussão.

— Vamos — Hades concordou, guiando-nos para a sala de jantar. Seu braço ao redor da minha cintura era uma promessa de proteção, uma garantia de que tudo ficaria bem.

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