Capítulo 30 - Sensibilidade
Em itálico são lembranças.
Contém 3614 palavras
Boa leitura 💜
Um sorriso constante, um coração transbordando de amor. Desde o seu retorno, a alegria me envolvia. Hades, em cada gesto, em cada detalhe, revelava a profundidade de seu amor. Sua dedicação, sua ternura me surpreendiam a cada instante. Sabia que ele era carinhoso, mas este amor, este cuidado com nosso bebê, me deixava sem palavras.
"Um leve carinho em meu ventre, o toque suave de sua mão sobre minha pele, me despertou. Mas a proximidade dele, o calor de seu corpo me envolvendo, era tão reconfortante que mantive os olhos fechados, embevecida naquele momento de pura ternura.
— Amor do papai, estou louco para te ver — Hades sussurrou, bem próximo ao meu ventre.
Um arrepio percorreu meu corpo, sua voz, baixa e rouca, era um bálsamo para a alma. Sua ternura me inundou, um tsunami de amor que me deixou sem fôlego. Sempre soube o quanto ele era carinhoso, mas esse sentimento agora parecia infinitamente maior, multiplicado pela imensa alegria da paternidade.
— Quando soube da sua existência, meu coração se encheu de uma alegria tão intensa que mal pude conter as lágrimas. Você e a mamãe são tudo para mim — sua voz, embargada pela emoção, me fez abrir os olhos.
Seu rosto estava encostado em meu ventre, os olhos brilhando com uma ternura imensa, um brilho que refletia a profundidade de seu amor. Um sorriso enorme se abriu em meu rosto, um sorriso que espelhava a felicidade que inundava meu coração.
— Vou protegê-los de tudo, prometo! — ele declarou, sua voz firme, mas seus olhos cheios de uma ternura infinita, enquanto beijava minha barriga com cuidado.
Sorri, acariciando seus cabelos rebeldes, um gesto tão delicado que fez seu corpo se remexer levemente contra o meu.
— Bom dia, stella mea — disse, bem-humorada, observando o rubor que tingia suas bochechas, o deixando ainda mais adorável. — Pelo visto, está bem animado — comentei, sorrindo.
Nunca o vi tão vulnerável, tão doce. Sua timidez, inesperada e tocante, era um encanto a mais em sua já irresistível personalidade.
— Bom dia, dulce meum. Como dormiu? — ele me beijou suavemente.
— Maravilhosamente bem, mas estamos morrendo de fome, papai — um ronco alto confirmou minhas palavras, arrancando um riso dele.
— Então vamos alimentá-los! — ele me abraçou. — Não posso deixar meus amores com fome."
Um sorriso suave tocou meus lábios ao recordar sua ternura. Ele era tão amoroso, carinhoso... uma pena que nossos momentos juntos agora se resumiam a essas breves manhãs. A cada dia que passava, sentia-me mais esgotada, como se uma força invisível estivesse sugando minhas energias, deixando-me exausta. Ainda assim, ele nunca falhava em nos desejar um bom dia, um pequeno gesto que sempre enchia meu coração de alegria.
"Acordei com a sensação de vazio ao meu lado, o calor de Hades já se fora. Mais uma vez, dormi demais e perdi o momento em que ele se levantou. Um suspiro escapou dos meus lábios, e me levantei emburrada. Ao sentar na cama, meus olhos pousaram na mesa: um farto café da manhã, tudo o que mais gostava, e um vibrante buquê de tulipas vermelhas, cujas pétalas aveludadas pareciam brilhar sob a luz da manhã.
Levantei-me num pulo, meu coração acelerado pela surpresa. Um cartão elegante repousava ao lado das flores. Reconheci imediatamente a caligrafia de Hades. Com as mãos trêmulas, abri o cartão:
Um sorriso radiante iluminou meu rosto. Suas palavras eram tão doces, tão cheias de amor... E estava faminta!"
Finalmente, entrando no terceiro mês, a esperança de um pouco de calma se esvaía. A exaustão me dominava, um peso constante que me fazia sentir como se estivesse carregando o mundo nos ombros, além do bebê. Os enjoos, fome insaciável, cansaço... tudo era intensificado pela sensação de que meu corpo me traía. Comia o dobro, o triplo, e ainda assim a fome me consumia, uma voracidade que me assustava.
A decisão de Hades de contar aos irmãos sobre o bebê era inevitável. Meu ventre já era uma declaração pública, e a aura da criança, forte e radiante, transparecia para além da minha pele. A satisfação de Hades era palpável, a certeza da força de nosso filho o enchia de orgulho, um orgulho que Daemon compartilhava com entusiasmo.
— Para uma grávida, seu cheiro está bem mais forte do que o comum — a voz de Daemon, embora gentil, carregava um tom de observação que me deixou desconfortável.
Ele, desde o início, se mostrava um guardião incansável, um escudo contra o mundo. Sua presença constante era um bálsamo para minha alma.
— Por que diz isso? — perguntei, a voz fraca, enquanto pegava uma cesta de frutas.
Queria surpreender Hades, compensar por ter dormido cedo, além de não vê-lo muito por conta dos problemas que ele precisava resolver antes do jantar com seus irmãos.
— Se alguém com o poder de sentir a fertilidade a vir, saberá que está grávida — Daemon respondeu, sua voz grave, séria, como um prenúncio.
Estava gritando minha gravidez para o mundo!
— Bom... por isso Hades resolveu fazer essa reunião com seus irmãos... — a irritação me invadiu, uma onda de frustração que me fez revirar os olhos. — Não podemos mais esconder, já estão comentando por aqui.
Daemon se aproximou, o focinho encostado em minha barriga, num gesto carinhoso.
— Tem certeza de que é só um? — a pergunta dele, carregada de uma preocupação que me tocou profundamente, me fez tremer. — Está enorme, e seu cheiro também está muito forte.
As palavras dele foram um golpe direto na minha insegurança. Estou gorda? A pergunta ecoou em minha mente, amplificando meus medos.
Olhei para meu ventre, para as curvas que se multiplicavam a cada dia, para a imagem distorcida de meu corpo no espelho. Estou roliça!
A culpa me invadiu. Estava comendo demais, era óbvio.
Estou gorda! A palavra repetia-se como um mantra, um julgamento implacável.
As lágrimas vieram sem aviso, um rio incontrolável que inundou meu rosto, enquanto a vergonha e a tristeza me consumiam.
— Sarah, o que houve? — a voz assustada de Daemon me fez intensificar o choro, uma explosão de fragilidade que me deixava impotente. — Está com dor?
O medo em sua voz me partiu o coração. Não conseguia explicar, não conseguia controlar as lágrimas, a tristeza, a insegurança que me corroía. Meu corpo estava mudando, sim, mas não estava preparada para essa avalanche de emoções.
O sorriso não saía do meu rosto desde que soubemos que seria pai. Uma alegria tão intensa me invadia que transbordava, me inundando de uma forma que nunca imaginei possível. Antes, minha vida era escuridão, uma fortaleza impenetrável. Agora, Sarah e o pequeno que ela carregava em seu ventre eram a luz que transformava meu mundo, a chave para um futuro que nunca havia imaginado. A ideia de um futuro sem eles era impensável.
A cada dia, a expectativa por vê-lo, por senti-lo em meus braços, por contemplar seu rostinho, crescia exponencialmente. Queria que o tempo voasse, mas, ao mesmo tempo, sentia uma profunda gratidão por cada momento, por cada batida do coração de Sarah, um milagre da vida que estava ansioso para presenciar. Cada mudança e detalhe era um presente, uma promessa de um futuro que estava ansioso para abraçar. Mas a verdade era que, apesar da imensa felicidade, também sentia um peso imenso, uma responsabilidade quase esmagadora. Precisaria protegê-lo, guiá-lo e amá-lo incondicionalmente.
E mesmo com os desafios que certamente viriam, estava pronto. Pronto para proteger, para amar e ser pai. Cada nova descoberta era sublime, embora algumas fossem um baque para meu ego. Como seu primeiro desejo...
"Uma profunda felicidade tão intensa, que sentia meu corpo flutuar. Era uma sensação de leveza inebriante, como se estivesse pairando sobre o mundo. De repente, um leve tremor, uma vibração sutil na cama, me arrancou do sono.
Sarah estava ali, ansiosa, seus olhos brilhando com uma intensidade que me deixou imediatamente inquieto, como duas brasas incandescentes, ardendo com um desejo algo que não conseguia decifrar. Um frio cortante percorreu minha espinha, gelando meu sangue como uma onda fria que me invadiu.
— Aconteceu algo? Está sentindo dor? — perguntei, analisando-a por completo, à procura de qualquer sinal de problema. A preocupação me atingiu em cheio, um peso incômodo no peito.
— Quero melomakarona — disse ela, os olhos brilhando com uma intensidade que me deixou inquieto. Era um brilho diferente, quase hipnótico, como se estivesse possuída por um desejo incontrolável. — Sonhei com a mamãe e ela estava fazendo-as para mim, fiquei com vontade!
A declaração dela ecoou na minha mente, e meu cérebro travou, tentando processar a informação. Mel... o quê?
Uma onda de irritação me invadiu, misturando-se a uma confusão que me deixou sem palavras. Ela me acordou para isso?
— O que é isso? — perguntei, a voz carregada de incredulidade e irritação, a paciência se esgotando rapidamente.
— É um doce no mundo humano, normalmente feito só no Natal — ela explicou, animada, sob meu olhar impassível. A paixão em sua voz era palpável, uma onda de calor que me atingiu em cheio. Seus olhos brilhavam hipnotizados pela lembrança. — Mamãe adorava fazer, sei que ela faria com alegria para nosso bebezinho — continuou, a voz rouca de desejo. — Senti um pouco de saudade, e a fome aumentou aqui.
Observá-la era como testemunhar uma possessão. Nunca a vi com aqueles olhos brilhando daquela forma, tão cheios de desejo e saudade. Juro que a vi salivar, um brilho quase perceptível nos lábios, ao mencionar o doce. Não era apenas fome. Era algo mais profundo. Uma ânsia quase física.
Não poderia deixá-la com fome. Aquele doce... humano, feito especialmente no Natal... nenhum Deus saberia fazê-lo. Encontrar seria um desafio. Afinal, pelo que sabia, estávamos distantes das festividades humanas.
— Se é feito apenas no Natal, como vou achar isso? — a pergunta escapou como um gemido, a preocupação me corroendo por dentro.
O medo de não conseguir satisfazer seu desejo me invadiu como uma onda gélida.
— Você é um Deus! Devo lembrá-lo que meu corpo está sofrendo várias mudanças para trazer ao mundo nosso filho? — a pergunta veio como um soco, acompanhada de um puxão na minha gola. Seus olhos, escuros e intensos como a noite mais profunda, prenderam os meus. Havia uma determinação inabalável em seu olhar. Senti um choque percorrer meu corpo, uma descarga de energia que me deixou atordoado.
— Eu sei... — respondi, a voz rouca.
— Você me engravidou e agora vai se recusar a saciar meus desejos? — a pergunta veio como um desafio, a sobrancelha erguida. — Custa trazer para mim? — a voz dela ecoou pelo quarto, carregada de uma força que nunca havia presenciado. — Se minha mãe estivesse aqui, nem seria você que iria incomodar! Não posso ir ao mundo humano, mas você sim!
Aquela foi a primeira vez em eras que senti medo. Nunca a vi assim, muito menos usando nosso filho como meio de conseguir algo! A minha insegurança e a responsabilidade como pai se chocaram de uma maneira que jamais havia imaginado.
— Não precisa me chantagear, vou achar essa melokamarona — resmunguei, levantando-me da cama sob o olhar divertido dela.
A minha irritação era apenas uma fachada, por dentro, estava determinado a satisfazê-la.
— É melomakarona — ela respondeu, rindo, um som melodioso que me fez sorrir apesar da situação. — E não demora!
༺۵༻
Corri o mundo inteiro em busca do doce. Ela não estava brincando quando disse que era feito apenas no Natal. A impossibilidade de não o encontrar me corroía. A ideia de procurar no Olimpo me causava calafrios, a notícia se espalharia como um incêndio, e não queria isso.
Suspirei, encostado na fria parede, até que meus olhos se fixaram em algo à frente: uma doceria, ou o que seria uma, pois estava em construção. Um lampejo de esperança, uma fagulha no meio da escuridão.
Dei um pulo, impulsionado por uma súbita onda de ansiedade. Esperava, ao menos, que soubessem fazer o doce. Sentia que, se voltasse de mãos vazias, Sarah me mataria. A possibilidade era real demais para ser ignorada.
— Olá, senhor, não estamos recebendo clientes ainda — a voz da senhora era gentil, mas firme.
— Por favor, pago o que quiser, mas me diga que sabe fazer melokamarona — minha voz carregava o peso da minha angústia.
Não poderia voltar sem isso. A situação me parecia absurda, principalmente por estar implorando a um humano algo tão... trivial.
— Melamakarona? Sim, claro, querido — a resposta dela foi um bálsamo.
— Pode fazer para mim? Minha esposa está grávida e com desejos — resmunguei, a minha voz carregada de fadiga e exaustão.
O sorriso doce da senhora foi um pequeno consolo.
— Claro que sim, me dê alguns minutos — ela respondeu, apontando para uma mesa próxima.
Suspirei, jogando-me na cadeira. Estava exausto. Não acreditava que a busca por um simples doce me havia cansado mais que uma batalha épica. A ironia da situação me atingiu em cheio.
Quem diria que precisaria de um humano? A ideia era tão absurda que não consegui conter o riso. Afinal, o que não faria para ver minha esposa feliz? O pensamento me aqueceu, dissipando um pouco da irritação.
O tempo passou em um borrão. De repente, um doce aroma invadiu o ambiente, me fazendo salivar. O cheiro era simplesmente perfeito, irresistível. Uma promessa de satisfação.
A senhora se aproximou, carregando uma cesta enorme, repleta de doces que pareciam brilhar sob a luz fraca. Sorri, um sorriso genuíno e satisfeito. Minha Sarah adoraria.
— Para a senhora, obrigada pela sua hospitalidade — entreguei-lhe uma pequena fortuna, um gesto grandioso para aqueles doces humildes, fazendo-a arregalar os olhos.
— Aqui tem muito mais do que o preço normal para esses doces, não posso aceitar — a voz dela era um sussurro, tímida e agradecida. Ri, um som baixo e divertido.
Aquilo não era nada, comparado à alegria que sentiria ao ver o sorriso de Sarah. Percebi a bondade em sua alma, algo raro e precioso.
— Aceite, fez mais do que o esperado em uma madrugada. Abençoo seu estabelecimento — e então desapareci, deixando-a com um olhar completamente aturdido. A imagem de sua surpresa me trouxe um sorriso.
༺۵༻
Ao chegar no quarto, a imagem do seu rosto iluminado pela alegria, a satisfação pura e simples diante daqueles doces, apagou todas as outras lembranças e preocupações. Nada, absolutamente nada, poderia superar aquela visão.
— Hades! — ela saltou em meus braços, a energia vibrante e contagiante. Seus dedos se fecharam em torno da cesta, roubando-a de minhas mãos sob o meu olhar divertido, um olhar que refletia a satisfação de ter conseguido lhe proporcionar aquela alegria."
Por ela, por aquele sorriso, enfrentaria qualquer desafio, percorreria infinitas vezes o caminho até o mundo humano. A lembrança da sua alegria era um bálsamo que curava todas as minhas feridas.
Segui pelo longo corredor, a mente repleta de imagens dela, um turbilhão de memórias que me traziam conforto e esperança. Mas então, um som cortou o silêncio, um som que gelou meu sangue: um choro. Um choro agudo, desesperado, que me paralisou por um instante. Meu coração disparou, num ritmo frenético que ecoava a minha crescente preocupação. Era a voz dela, reconhecia. Era Sarah.
O pânico me impulsionou para frente. Meus passos se tornaram mais rápidos, mais decididos. Precisava chegar até ela, saber o que estava acontecendo. A cada passo, a angústia crescia, uma onda que me ameaçava afogar.
Ao final do corredor, a cena se revelou: Sarah, envolta em um turbilhão de lágrimas, abraçada em Daemon, que tentava, em vão, acalmá-la.
— O que aconteceu? — a pergunta escapou como um sussurro, carregada de uma angústia.
Ao me aproximar, seus olhos vermelhos e inchados encontraram os meus. Num instante, ela se atirou em meus braços, um corpo pequeno e trêmulo que se agarrava a mim com uma força desesperada. Fiquei completamente atônito. Nunca a vi assim, tão frágil, vulnerável e quebrada. O choro compulsivo dela era um som que rasgava meu coração.
— Daemon, o que aconteceu? — minha voz era rouca, a preocupação me sufocando. O lobo suspirou, cansado e confuso.
— Não sei, estávamos conversando quando ela começou a chorar — a resposta dele foi um sussurro.
Embalei-a por um longo tempo, sentindo seus soluços abafados contra minha camisa. Deixei-a chorar, deixando que as lágrimas lavassem sua dor. Não entendia o que estava acontecendo. Mas em meus braços, ela parecia, aos poucos, encontrar um pouco de paz, um refúgio contra a tempestade que a assolava.
— Amor, está sentindo algo? — perguntei baixinho em seu ouvido.
— Daemon disse que estou enorme! — ela resmungou, fungando entre as palavras, como se cada respiração fosse uma batalha.
A frase pairou no ar por alguns segundos, e então a compreensão me atingiu como um golpe. O motivo de seu desespero ficou claro. A gravidez trazia mudanças drásticas ao corpo, e os hormônios estavam em um turbilhão. Nos últimos dias, suas roupas eram constantemente trocadas, os quadris se alargando rapidamente. Era uma transformação que, embora natural, a deixava mais sensível.
Não pude evitar o olhar atônito que lancei em direção ao lobo. Não acredito que ele não segurou a língua!
Hécate havia me alertado para não mencionar nada sobre isso. Tentava controlar a alimentação de Sarah, mas era uma tarefa quase impossível. Ela frequentemente optava por alimentos saudáveis, mas ainda assim comia mais do que o normal. E, claro, suas medidas estavam mudando. Para mim, isso não era um problema, eu a amava, não importava como ela fosse. Mas ela não estava em seu estado normal para ouvir um comentário como aquele sem se ofender.
Daemon balançou a cabeça rapidamente e soltei um suspiro exasperado. Provavelmente, ele não falou aquilo com a intenção de ofender, ou talvez nem tenha percebido o impacto das suas palavras. Mas, ao olhar para Sarah, percebi que precisava ser cuidadoso. A situação exigia delicadeza, e estava disposto a fazer o que fosse necessário para protegê-la de mais dor.
— Dulce meum, não está enorme, está carregando nosso filho — minhas palavras foram um sussurro, um bálsamo para acalmar sua aflição.
Sarah se afastou, os olhos cerrados, a insegurança pintando seu rosto. A dor em seu olhar me atingiu como uma facada.
— Então estou gorda? — a pergunta saiu como um lamento, carregada de uma fragilidade que me partiu o coração.
Que grande besteira! A ideia de que ela pudesse se sentir menos atraente, menos amada me encheu de uma raiva silenciosa.
Não contive o sorriso malicioso que se formou em meus lábios. Puxei-a pela cintura, colando seu corpo voluptuoso ao meu, sentindo a textura suave de sua pele, o calor de seu corpo contra o meu. A cada dia, eu a amava mais, cada curva e mudança me enchia de um desejo profundo e incontrolável. Por mim, ela viveria grávida para sempre.
— Não, está a cada dia mais gostosa! — minhas palavras foram um sussurro rouco, próximo ao seu ouvido. Apertei sua bunda com ternura e desejo, sentindo-a ofegar rendida sob meu toque. — Amo seu corpo, suas curvas, a maneira sexy como ele muda a cada dia. Isso me excita, ainda mais sabendo que sou responsável por essa transformação.
— Pelos céus, estou aqui! — Daemon resmungou, ofendido.
Rimos de sua indignação, enquanto ele saía resmungando, deixando-nos a sós, envoltos em um mar de desejo e ternura.
— Amor, está muito gostosa, e não falo isso da boca para fora! — Apertei-a mais contra mim, suspirando em deleite. — Acredite, meus olhos não saem de você, pura e simplesmente porque estou cada dia mais rendido à sua beleza, à sua força, à sua essência.
Sarah sorriu, os olhos brilhando em puro êxtase, um brilho que refletia a profundidade dos meus sentimentos.
— Amor, não quero você preocupada com esse assunto. Não tem problema nenhum. Seu corpo está mudando para acomodar nosso filho, e, sendo sincero... estou louco para sua barriga crescer, seus seios ficarem maiores... seu corpo está a cada dia mais apetitoso... — murmurei rouco, rente ao seu ouvido, minhas palavras carregadas de um desejo intenso e avassalador.
A melhor parte de vê-la resmungar diariamente pelas roupas era vê-la desfilar nua, ou com uma minúscula calcinha que não tapava quase nada. Muitas vezes, confesso, a fazia trocar de peças, apenas para admirar seu lindo corpo em constante transformação.
— Você é um tarado! — ela comentou, inclinando a cabeça contra mim.
Sorri arrogantemente em resposta. Minha devoção por ela era tão intensa, tão avassaladora, que transcendia qualquer julgamento. Ela era minha, e eu a amava em cada detalhe, em cada mudança, em cada instante.
— Sou! — respondi, a voz rouca de desejo. — Com uma mulher gostosa como você ao meu lado... não tem como ser diferente. — E então, a beijei. Um beijo que transcendeu qualquer expectativa, um beijo que era a própria essência do nosso amor que me consumiu por inteiro.
A paixão explodiu entre nós, um turbilhão de sensações que nos envolveu em um abraço ardente. Senti o sabor doce de seus lábios, a textura macia de sua pele, o calor de seu corpo colado ao meu. A cada toque, a cada suspiro, nosso desejo se intensificava, nos levando a um ápice de prazer que nos deixava sem fôlego. Quando finalmente nos separamos, seus lábios inchados e vermelhos, seus olhos brilhando como brasas, eram uma prova irrefutável da entrega total que havíamos experimentado.
Ao nos separarmos, meus olhos não conseguiam se desgrudar dos seus. Um olhar de adoração profunda, um olhar que refletia a intensidade do meu amor. Deixei-a ofegante, e seu corpo tremia sob meu toque. Ela era a joia mais linda de todo o universo, uma obra-prima esculpida pela própria perfeição. Não havia ninguém que se comparasse a ela. Nunca.
Sarah corou, aconchegando-se ainda mais contra mim, buscando o calor do meu corpo, o conforto da minha presença, um refúgio na tempestade de emoções que havia nos atingido.
Melomakarona é um doce grego feito apenas nas festividades de final de ano.
Receita do doce para que tem curiosidade 😁 ➜ http://cozinhadagrega.blogspot.com/2012/12/melomakarona.html
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