Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 3 - Começo complicado

Contém 3444 palavras.

Boa leitura 💜

Não consigo acreditar que estou presa!


Como uma maldita prisioneira no submundo, somente porque eles não sabem lidar com o que não conhecem!

Sim, sinto vontade de estrangular todos os deuses, mas agora só quero distância deles. Isso deveria me dar o direito de ser livre, mas não!

Estou no submundo, presa ao senhor desse lugar!

Ainda que estivesse furiosa com ele, sigo seus comandos, permitindo que seu servo me guie.

Melhor do que continuar na presença dele e dos demais estúpidos, que só me fazem lembrar por que detesto tanto os deuses.

Adentro um enorme cômodo indicado pelo servo que Hades designou para me acompanhar, e mal consigo conter a surpresa. O quarto é imenso!

Nunca imaginei que o imperador do submundo me daria um aposento digno de uma rainha, especialmente sabendo que estou aqui como prisioneira. Achei que ficaria numa cela ou, no máximo, em um quarto simples. Mas, admito, estou satisfeita por saber que ficarei em um lugar confortável.

Uma preocupação a menos!

Meu olhar percorre curiosamente o ambiente, analisando-o por completo. O quarto é luxuosamente decorado, amplo e arejado, com paredes de mármore branco polido e detalhes dourados que brilham à luz, adornados com tapeçarias ricamente bordadas. Ao centro, uma grande cama com dossel, coberta por lençóis de seda. Em frente, uma janela que vai do chão ao teto, com uma cortina preta que mantém o ambiente na penumbra. Ao lado da cama, uma cômoda avantajada, onde vejo joias e objetos femininos espalhados. Um sofá branco acrescenta um toque de sofisticação ao recinto.

Aposentos femininos e muito bem arrumados para terem sido preparados às pressas.

Por que estou neste lugar?

— Senhor Hades disse que pode fazer as mudanças que quiser. Precisa de algo, senhorita? — o servo perguntou. Eu neguei com a cabeça e ele se retirou com uma reverência, deixando-me sozinha.

Mentiria se dissesse que não estou encantada com o espaço, mas a curiosidade sobre os objetos femininos me deixou inquieta. Obviamente, isso não é para mim. Será o quarto de outra pessoa?

Outra pessoa...

Observo o ambiente novamente, delicado e perfeito, com toques pessoais em cada detalhe.

Ele me colocou no quarto onde suas amantes ficam?

Não acredito que teve a ousadia de fazer isso!

A raiva me consome, a cada segundo me sinto mais estranha e deslocada.

O que aquele idiota tem na cabeça?

Um arrepio percorre meu corpo, como um aviso. Viro-me de supetão e me deparo com Hades, que me olha com curiosidade e divertimento.

Sinto um misto de raiva e nervosismo, sua presença parece ocupar todo o espaço e me deixa sem ar.

Deve ser pela arrogância que os deuses possuem!

— Parece que gostou do quarto — ele me olhou intensamente.

Seus olhos são tão... roxos. Tão profundos.

Que droga! Esse idiota me afeta mais do que gostaria de admitir!

Um sorriso ladino surge em seu rosto assimétrico, evidente que se diverte ao me ver tão perturbada.

Minha raiva só cresce ao perceber que ele notou o quão instável estou. Sempre fui boa em esconder meus sentimentos, mas agora não estou conseguindo. Entre todos os deuses que já conheci, ele é o que mais desperta essa ira em meu coração, porque ele não me dá nem espaço para pensar.

Desvio o olhar, focando no quarto. Preciso me acalmar, mas os objetos femininos ao redor me incomodam. Ficar aqui, sendo tratada como uma meretriz, é repugnante!

— Este é o quarto de alguma amante sua? — resmunguei, irritada.

— Por que a pergunta? — seus olhos brilham de diversão, o que só aumenta minha raiva.

Qual é a probabilidade de eu conseguir bater nele?

— Por causa dos objetos femininos espalhados! Não acredito que teve coragem de me colocar num lugar desses! — respondi, furiosa, para o Deus que sorri malicioso.

Ele se aproxima lentamente, e o brilho em seu olhar faz minha raiva crescer, misturada a uma sensação confusa. Quero matá-lo, mas não consigo me mexer. Sua simples presença me paralisa.

— Está se considerando na categoria de amante? — sua voz rouca me arrepiou.

Minha respiração falha, e um arrepio percorre minha espinha apenas pelo timbre de sua voz. Isso me deixa ainda mais furiosa.

Maldito bastardo!

— Como se eu fosse me deitar com você! — rebati com arrogância, o que provoca um sorriso maroto nele. — Prefiro morrer!

Ele se aproxima mais, e nossas respirações se misturam. Apesar da diferença de altura, fico momentaneamente fora de órbita até sentir sua mão brincar com uma mecha de meu cabelo, sem desviar o olhar dos meus.

— Este quarto foi feito para você — ele sussurrou.

Ofego diante de sua voz baixa e rouca, que envia choques por todo o meu corpo.

Estou agindo como se ele tivesse um maldito poder sobre mim!

— Tome cuidado ao dirigir-se a mim, bruxa — ele concluiu, soltando meu cabelo. — Não se esqueça de que sou o soberano deste lugar, e não tolero ser tratado assim.

O encanto se desfaz como uma bolha de sabão. Ele está se divertindo com tudo isso.

A insinuação sobre respeito me irrita profundamente.

Ele acha que eu tenho medo?

— Não tenho medo de você — afirmei com ousadia, vendo-o arquear uma sobrancelha, um sorriso leve brincando em seu rosto.

Sem dizer mais nada, ele segura minha mão de leve, guiando-me pelo quarto até uma porta ao fundo. A curiosidade me vence e o sigo em silêncio.

Hades abre a porta de madeira escura, revelando um closet que me deixa deslumbrada. O lugar é quase do tamanho de um quarto, com paredes cobertas de prateleiras e cabides, todos repletos das roupas mais ricas que já vi. Vestidos de seda, túnicas de veludo e mantos de lã, todos adornados com bordados de ouro e prata, pérolas e pedras preciosas.

Cada peça de roupa é uma obra de arte!

Passo a mão por um vestido de cetim azul profundo, sentindo a suavidade do tecido, impressionada pelos detalhes como as flores bordadas e as estrelas que parecem brilhar.

Tudo é lindo!

Volto o olhar para Hades, que me observa em silêncio, divertido com minha reação. Fecho a expressão ao perceber que estou sendo transparente demais. Ele revira os olhos e sorri. Sua mão vai até meu queixo, puxando-o delicadamente até a altura de seu rosto.

Perto demais!

O ar prende-se nos meus pulmões. Ele está perto demais, e o olhar intenso dele me desestabiliza.

— Vista-se. O jantar começará em instantes — murmurou arrogantemente, soltando meu queixo como se nem tivesse me tocado.

Vou acabar matando esse idiota!

A fúria cobre meu coração, e a vontade de usar meus poderes nele é quase incontrolável. Sinto a magia circular meu corpo, e ele percebe, pois sorri maroto. Bufo, virando o rosto, tentando me acalmar.

Não posso perder a calma!

— Quão longe é o alcance dessas correntes? — perguntei entredentes.

Ainda estou furiosa por ele me prender, mas, por outro lado, entendo. Se não fosse pelas correntes, eu já teria partido. Ele está certo em não confiar em mim.

— Você não pode sair do submundo sem mim. Aqui, no entanto, é livre para ir onde quiser. Mas saiba que saberei se tentar algo. Então, por seu próprio bem, comporte-se — ele respondeu, me dando as costas.

Olho irritada, para onde ele saiu. Odeio ser mandada assim, especialmente por um Deus. Mas ao menos não precisarei ficar grudada nele o tempo todo.

Ele me causa reações incomuns e desconhecidas. Tudo gira em torno de raiva e algo mais, que ainda não consigo identificar. Isso é apavorante, porque ele me deixa extremamente nervosa.

Será bom manter distância até que eu saiba como lidar com isso.

Balanço a cabeça, tentando afastar esses pensamentos.

Meu olhar recai sobre outro cômodo e, ao entrar, sorrio ao ver uma enorme banheira que parece uma piscina. O ambiente, todo feito de pedras negras, tem um ar sombrio, mas o banho é tudo que preciso agora. Depois, poderei me deleitar com essas roupas maravilhosas. Embora me vestir como uma deusa me deixe um pouco desconfortável, não posso negar o quanto essas roupas são lindas. Talvez eu mereça algo assim para mim.

༺۵༻

A sala de jantar, como todos os cantos do castelo, exala um poder absoluto. Meu olhar percorreu o ambiente, incapaz de conter o espanto diante dos arcos, vitrais, lareiras e móveis ricos em detalhes intricados.

Passo a mão na minha roupa, embora já saiba que está impecável, mas é impossível conter o nervosismo.

Por que estou tão preocupada?

É só um jantar com o imbecil que manda aqui, não há motivo para estar nervosa!

A mesa central de madeira maciça, com entalhes que parecem feitos à mão, e as cadeiras, estofadas em couro, gritam luxo. Duas cristaleiras antigas, adornadas com ferro forjado, flanqueiam o ambiente, enquanto um lustre imponente ilumina tudo com tanta graciosidade que poderia ser mágica.

Olho encantada para os painéis de madeira escura que sobem pelas paredes até o teto claro, num contraste perfeito.

— Ficou magnífica — a voz dele preencheu o ambiente, suave e carregada de sensualidade.

Viro-me na direção de Hades, encontrando-o junto à lareira, num canto parcialmente escuro que eu não havia notado antes.

Meu corpo inteiro reage ao tom de sua voz, que soa como uma maldita carícia em minha pele.

Bastardo arrogante, não sou como suas amantes!

— Imperador, costuma ser assim com todas ou esse é um tratamento especial? — retruquei irritada, provocando um largo sorriso em sua face.

— Quer mesmo saber? — ele respondeu, olhando-me com aquela intensidade irritante que me faz revirar os olhos.

Ele me tira do sério de uma maneira que eu nem sei descrever. Fecho os olhos e conto mentalmente até dez, tentando controlar as emoções. Quando os abro novamente, seus olhos continuam cravados em mim, aqueles malditos olhos roxos brilhando. A inquietação aumenta, tanto que sinto o calor subir ao meu rosto.

Preciso sair desse lugar!

Não é saudável estar em um ambiente que me provoca essas reações.

— Por quanto tempo vou ficar aqui? — perguntei, com a voz vacilante.

— É perigoso deixá-la livre, então ficará aqui por tempo indeterminado — ele respondeu suavemente, tomando um gole de vinho e me observando com uma calma exasperante.

Sinto a raiva fervilhar.

Não posso acreditar no que estou ouvindo. Não fiz nada de errado para estar presa aqui!

Meu rosto queima de indignação, e por um segundo, tudo o que desejo é matá-lo ali mesmo.

— Não cometi nenhum crime! — afimei entre dentes, percebendo que ele parece se divertir com minha fúria, o que só aumenta minha irritação. — Só arrumei a bagunça que SEU IRMÃO causou!

— Também desprezo o que Zeus faz e não concordo com Hera, mas ela condenou duas pessoas à morte, e você as salvou. Mexeu nas decisões dos deuses, mesmo que estivesse certa — ele responde, com um tom calmo que me enfurece ainda mais.

Malditos deuses!

— Sarah, você interferiu com a morte, meu domínio. Por mais que eu entenda e até concorde com o que fez, não posso deixá-la livre, para sua própria segurança. Hera não hesitaria em ir atrás de você — sua explicação me surpreendeu, mesmo que, no fundo, eu soubesse que era verdade.

Por mais que isso faça sentido, a raiva não diminui.

— Então, porque não podem me matar, decidiu me manter presa? — perguntei, com a voz carregada de fúria.

A magia começa a crepitar ao meu redor, e sem qualquer esforço, a mesa voa para longe. Ainda assim, Hades me observa sereno, sem mover um músculo.

Minha vontade é de arrancar aquele sorriso arrogante de sua cara. Ele nem sequer parece abalado, e isso me enfurece mais.

— E se eu o matasse? — lancei a provocação, irritada.

Um sorriso divertido surge no rosto do Deus, como se a ideia o agradasse.

— Acha mesmo que pode me matar? — ele retrucou, com aquele deboche insuportável na voz.

Vou fazê-lo pagar por isso. Dou tudo para apagar aquele sorriso vencedor da sua cara!

— Tenho plena certeza disso — afirmei, convencida.

Seus olhos faiscam com malícia, e um sorriso ainda mais debochado se espalha pelo rosto dele. Sua postura me insulta, como se estivesse diante de uma criança que tenta fazer birra.

— A bruxinha quer lutar? — ele ergueu uma sobrancelha, desafiando-me.

A energia ao meu redor aumenta, meus poderes zumbem no ar como um vórtice furioso. Mas ele não se move, mantendo aquele maldito sorriso no rosto, como se nada estivesse acontecendo.

— Se quer lutar por sua liberdade, eu aceito. Mas saiba que, mesmo usando todo o seu poder, não conseguirá me vencer — ele diz, piscando de forma provocadora.

— Se eu ganhar, terei minha liberdade? — perguntei, cheia de confiança.

Ele assente calmamente.

— Mas se perder, ficará aqui no submundo para sempre, bruxinha — sua voz suave, mas carregada de seriedade, me faz estremecer.

"Para sempre" é bem diferente de "tempo indeterminado". Isso me preocupa.

— Está com medo de perder para mim? — ele perguntou, com um sorriso sarcástico que me faz querer socá-lo.

Respiro fundo, tentando manter o controle.

— Vou fazê-lo sangrar — resmunguei, antes de sair da sala, frustrada e cheia de raiva.


Foi impossível conter o sorriso de pura diversão e malícia. Desde que a vi pela primeira vez, um reboliço se apossou de todo o meu ser, jamais senti nada assim. É interessante tê-la tão mordaz ao meu lado. Nunca permiti esse comportamento comigo, mas não consigo me impedir de retrucar sempre que ela fala e age daquela maneira.

A menção de um embate com ela não é algo que eu tema, pelo contrário, a ansiedade preenche cada célula do meu corpo, vibrando em ondas intensas, talvez pela esperança de colocá-la em seu lugar. Embora, se for completamente honesto, admito que quero mesmo que ela não tenha problemas, não vejo problemas em ser através de uma batalha justa.

Não quero prendê-la, mas infelizmente ninguém pode detê-la. Já vi o quanto ela abomina os deuses e, se decidir se vingar, não seremos capazes de nos defender. Ao menos aqui, ela pode estar livre e sem causar problemas.

Simplesmente não consigo entender os sentimentos que nos cercam, pois existe uma tensão além. Quero que ela me respeite, mas jamais exigi isso de nenhum ser, pois todos me dão esse respeito por vontade própria. O problema é que ela não suporta nem ao menos respirar em minha presença.

Preciso me concentrar no agora e deixar isso de lado. Afinal, se ela quer um embate, será algo digno.

Olho para a sala de jantar, não conseguindo conter a careta. Apesar de meus servos estarem ali arrumando, ela simplesmente destruiu meus móveis.

Se ela quiser destruir tudo sempre que tiver raiva, terei que fazer um estoque!

Levanto-me, chamando a atenção dos servos no recinto, fazendo-os parar imediatamente e se ajoelhar perante mim.

— Façam os arranjos na arena de Valhalla para amanhã. Quero tudo preparado para uma guerra justa — ordenei, sério.

Um deles rapidamente assentiu, embora a surpresa fosse evidente em seu semblante.

— Bruxinha, vai ser um embate interessante. Estou curioso para ver seus poderes.

Minha voz ecoou zombeteira, e um sorriso malicioso surgiu em meu rosto.

Simplesmente não consegui parar quieta, andando em círculos pelo quarto desde que comecei a me acalmar e perceber o tamanho da encrenca em que me meti.

Como, em nome de Hécate, tive a coragem de desafiar o Deus do Submundo?

O próprio Tifão curvou-se para ele como se fosse um mero animal dócil!

Cérbero é um monstro que respeita apenas Hades!

E fui lá e o desafiei, sem conseguir travar a língua!

Não estou com medo de morrer, a morte não me levaria, mas minhas chances contra ele são inexistentes. Minha liberdade já pode ser esquecida, pois ele não entraria em uma luta contra um ser que não morre sem ter certeza de que ganharia.

Estarei presa pela eternidade aqui!

Maldito idiota!

Ele pode até estar cantando vitória, mas não me entregarei facilmente, vou fazê-lo suar!

Não tenho poderes para derrotá-lo, mas farei-o sangrar. Ele entenderá que mexeu com a bruxa errada, pois jamais abaixarei a cabeça, nem para ele, nem para ninguém.

Meus pensamentos foram interrompidos por uma leve batida. Ansiosa, corri até a porta, observando um dos servos de Hades.

— Meu senhor ordenou a luta para amanhã na arena de Valhalla — ele mencionou em um leve curvar e, em seguida, vai embora.

Olho paralisada para as costas dele, vendo-o sair pelo corredor como uma tonta.

Tão rápido?!

Entro no quarto, batendo a porta, sem conseguir controlar minha raiva.

Farei ele pagar pela arrogância!

Não será uma luta, mas uma guerra, pois todo meu medo evaporou. Vou, avidamente, com sede de sangue!

Sem pensar nas consequências, chamo os servos destinados a ficarem ao meu dispor e peço que tragam leite. Assim que o fizeram, coloco-o na banheira, invocando a energia da lua cheia, e misturo a hortelã com rosas vermelhas, recitando encantamentos para fortalecer meu espírito, autoconfiança e poder de sedução.

Usarei todas as minhas armas!

༺۵༻

O amanhecer chegou, deixando-me levemente ansiosa. Não consegui dormir durante a noite. Assim que notei os primeiros indícios da manhã, pulei da cama. Aqui, não tem como saber a hora, mas isso não me impede de saber com exatidão o horário do nascer do sol.

Já me encontrava em pé, totalmente aflita, olhando para minha roupa de batalha.

Agora não há como retroceder...

Preciso ter coragem; se for para cair, que seja lutando.

Balanço a cabeça para espantar esses pensamentos e, suspirando, vou colocar minha roupa.

Um vestido preto, com as laterais da coxa aparecendo, um cinto com ossos negros prendendo na cintura e tecido indo até os pés. No meio do cinto, uma pedra vermelha sangue, um rubi, que serve para fortalecer, aumentar a vitalidade e abrir os caminhos para atingir minhas metas, fortalecer a motivação, a mente, despertar o amor pela vida e dar a sensação de confiança, tudo que preciso para o confronto.

A parte de cima do vestido é uma armação de pedras negras, que conseguem lidar com as energias densas, servindo como proteção.

Suspiro ao pegar meu cetro, quando uma batida suave se faz presente. Após minha autorização, entra uma mulher com cabelo azul-escuro, chegando até a cintura, pele pálida e olhos de um verde-esmeralda penetrante. Fazendo uma breve reverência, ela apresenta-se.

— Sou Brunilde, a primeira das valquírias. Fui mandada por Hécate para acompanhá-la até a arena.

Sorrio aliviada, sem me conter. Apesar de não estar ali, a deusa fez questão de estar presente.

— Prazer em conhecê-la, Brunilde. Sou Sarah — respondi, sorridente, à Valquíria.

— Hécate me falou sobre você. Olhando-a agora, consigo reconhecer sua alma. Era uma das poucas deusas que lutavam pela sobrevivência dos humanos. Estou honrada de vê-la novamente — Brunilde respondeu gentilmente, provocando um sorriso no meu rosto.

Preferi não mencionar nada, não lembro da minha vida como deusa e prefiro deixar assim. A Valquíria pareceu perceber, pois sorriu amenamente em minha direção.

— Hécate mandou-lhe isto — Brunilde murmurou, entregando-me uma joia em um tom intenso de violeta.

Pego-a intrigada, sentindo uma enorme magia emanando dela, maior que a minha, tão vívida e densa que me deixou momentaneamente sem ar. É como se me reconhecesse, mesmo que não lembrasse dela.

— Ela disse para colocar no seu cetro — Brunilde chamou minha atenção.

Fiz como ela ordenou, unindo a joia ao cetro. Ambos se fundiram, criando uma arma divina.

Agora compreendo o motivo de estar familiarizada com o poder, era meu poder, minha arma divina, mesmo que de outra vida. Um sorriso surgiu em meu rosto ao entender por que a deusa entregou aquilo nesse momento.

— Ela não pode se meter diretamente, mas não queria me deixar lutar contra um deus sem um trunfo — olhei para a Valquíria, que assente em silêncio.

Sem dizer nada, Brunilde inclinou a cabeça em um comando claro para que a seguisse diante do portal criado para fora do submundo. Sei que, por mais magias que usasse, é tremendamente injusto lutar contra as armas dos deuses. Hécate me devolveu a arma divina que tive na outra vida, isso equilibraria a luta.

Qual será a reação de Hades ao descobrir isso?

Aposto que ele ficará furioso!

Sigo a Valquíria até a arena de Valhalla, vendo-a completamente lotada por todos os deuses, não apenas os gregos.

Eles estavam em festa?

Olho para a Valquíria sem conter o espanto.

— Hera soube da luta e quis mostrar para os deuses sua derrota — Brunilde respondeu, suspirando. Isso me faz sorrir.

Aquela deusa era muito arrogante!

— Devia tê-la desafiado para lutar, se bem que... seria um massacre contra a deusa.

Por um instante, minha imaginação flui em uma luta entre nós duas. Seria ótimo acabar com a arrogância dela, ouso dizer que seria um favor para Zeus, pois é claro que ele não dá a mínima para a esposa.

Os malditos deuses sempre no topo, sempre rebaixando os humanos a meros insetos. Mas hoje isso muda, farei o grande da Grécia sangrar como um idiota!

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro