Capítulo 23- Sentimentos Ⅲ
Contém cenas de sexo🔞
Contém 3485 palavras.
Boa leitura💜
Meu olhar foi para a porta trancada. Poderia usar meus poderes para quebrá-la, mas preferi dar a privacidade que ela queria. Fui em direção ao outro quarto para me banhar. A água quente escorria sobre minha pele, mas não conseguia me aquecer por dentro. Os pensamentos estavam completamente focados em minhas ações, sabia que a magoei, mas não poderia permitir que matasse Perséfone, não quando a deusa não fez nada. Contudo, minha atitude teve uma consequência, esta que parecia cara, pois minha esposa entenderia por outra razão. Um aperto doloroso me apertou o peito, como se meu coração estivesse sendo esmagado por uma força invisível.
A imagem de sua dor me atingiu com a força de um trovão. Um tremor percorreu meu corpo, começando nos dedos dos pés e subindo até o topo da minha cabeça. Senti um aperto brutal no meu peito, como se meu coração estivesse sendo esmagado. A culpa me queimou como brasas, e um nó se formou na minha garganta, me impedindo de respirar. As lágrimas arderam nos meus olhos, mas eu as contive com força, incapaz de emitir qualquer som diante da magnitude de seu sofrimento.
Não queria brigar, muito menos fazê-la sofrer, mas não poderia deixá-la agir de forma imprudente.
Precisava me preparar. Precisava escolher as palavras certas, as que pudessem acalmar sua dor, as que pudessem apagar a chama da sua raiva. Mas quais palavras poderiam consertar o que eu havia feito? Repeti mentalmente as frases que queria dizer, tentando encontrar o tom certo, a maneira de expressar meu arrependimento sem soar falso. A imagem de seu rosto machucado ainda estava gravada em minha mente, me atormentando.
Com um último suspiro, entrei no quarto. A visão de Sarah, semivestida, me atingiu como um raio inesperado, dissipando instantaneamente a cuidadosa preparação mental que eu havia feito. A culpa e a ansiedade que eu sentia momentos antes foram substituídas por uma onda de desejo, misturado com um turbilhão de culpa e medo.
A contradição entre sua fragilidade aparente e sua provocação deliberada me deixou sem palavras. Meu corpo estancou no batente da porta. Meu corpo estancou no batente da porta ao vê-la vestindo lentamente uma camisola transparente sob uma fina lingerie. Sabia que estava fazendo de propósito, mas isso não impediu meu corpo de reagir. Um calor intenso me subiu pela espinha, e minha respiração ficou presa na garganta. Se ela não estivesse brava, rasgaria o maldito pedaço de pano que vestia!
Era isto que ela queria, que eu agisse impulsivamente para brigar comigo. Precisava prová-la que entre a gente, a conexão ia além da carne, não poderia lhe dar razão, pois ela certamente estava pensando que eu preferia Perséfone e que com ela era apenas uma ligação sexual.
— Podemos conversar? — perguntei, parando em sua frente, olhando-a seriamente.
— Pensei que quisesse ficar com a sua amante! — retrucou, ignorando-me. Sua voz era fria, cortante como uma lâmina.
— Sarah, ela não é minha amante! — respondi, segurando-a firme em meus braços.
Seu corpo era quente e macio contra o meu, mas a frieza em seu olhar me atingiu como um golpe.
O olhar de raiva a deixou estranhamente bela, ela jamais me olhou daquela maneira, nem mesmo antes de nos casarmos. Lentamente, o olhar foi substituído por uma mágoa profunda, meu coração sangrou ao vê-la assim, me odiei por ser o causador de seu sofrimento. Um terror gélido me percorreu a espinha, como se uma onda de gelo tivesse congelado meu sangue. A ideia de perdê-la me paralisou, me deixando sem ar.
— Oh, mesmo? Não foi isso que pareceu naquele salão... tão íntimos... pareciam bem empolgados, ela passando as mãos em seu corpo e o pior, você permitiu! — replicou, olhando-me com profunda mágoa. — Você permitiu que ela agisse como se... como não, ela agiu perfeitamente como quem conhece seu corpo e seus desejos na frente de todos!
Bruscamente, ela se afastou, os olhos brilhando em fúria. Senti meu sangue ferver nas veias e um tremor incontrolável percorreu meu corpo. A culpa e a raiva se misturavam em meu peito, me deixando sem ar.
— Sarah... — tentei falar, mas a minha voz saiu rouca e trêmula. O olhar furioso dela me paralisou, deixando-me preso em uma armadilha de dor e impotência.
— Ela é seu par perfeito, eu parecia estar fora de cena vendo um casal de amantes! Vocês são um casal de amantes apaixonados! Todos puderam ver! — ela rosnou, irada. Sua voz estava carregada de dor e decepção, e cada palavra me atingia como um soco no estômago.
Um terror gélido me congelou por dentro, e meu corpo ficou rígido como pedra. Senti um aperto brutal no peito, como se minhas costelas estivessem prestes a se quebrar. A ideia de que Sarah pudesse duvidar do meu amor, de que ela pudesse acreditar que eu a preferia a Perséfone, me paralisou. Milhões de pensamentos confusos se chocaram em minha mente, me deixando atordoado. O ar faltou em meus pulmões, e uma onda de suor frio me cobriu. A visão de sua dor, de sua descrença, me atingiu com a força de um golpe. Mas, no meio do pânico, uma certeza inabalável permaneceu: meu amor por Sarah. Era um amor tão profundo, tão inabalável, que me dava forças para enfrentar qualquer obstáculo. Jamais existiria outra em meu coração.
— Dulce meum, me escuta! — tentei novamente me aproximar, mas ela se esquivou, olhando-me com os olhos marejados.
Ver seus lindos olhos cinza mergulhados na tristeza me atingiu como um golpe físico. A urgência e a ansiedade se misturavam em meu peito, me deixando sem fôlego. Precisava fazê-la entender, precisava acalmá-la, precisava que ela acreditasse em mim antes que fosse tarde demais. O medo de perdê-la me sufocava, mas a lembrança da textura de sua pele, do calor do seu corpo contra o meu, me dava forças para continuar. Era uma lembrança vívida do amor que eu sentia por ela, um amor que eu não podia perder.
— Como eu pude acreditar em você novamente? Ela é quem você quer! — ela decretou, profundamente magoada. Mas não foi a fala que me assustou, mas sim as lágrimas escorrendo livremente pelo seu rosto.
Um medo visceral, frio e cortante, me invadiu como uma onda, me deixando sem ar. Nunca em minha vida me senti tão impotente. Ver Sarah tão vulnerável, tão profundamente magoada, me deixou aterrorizado. A culpa me esmagava, e a possibilidade de perdê-la para sempre me enchia de um terror absoluto. Não era só a raiva, era o seu arrependimento, a compreensão de que eu havia quebrado a confiança dela, a possibilidade de uma perda definitiva que me congelou o sangue nas veias. A ideia de que ela pudesse se fechar para mim para sempre, de que eu pudesse perder seu amor, me paralisou. Era um medo que se alimentava da minha culpa, um terror que me invadia por completo e me deixava sem forças para reagir.
— Sarah, por favor, me escute! — aproximando-me com cautela, estava assustado com a possibilidade dela se fechar novamente.
O olhar sério em minha direção me parou de imediato, percebi meu erro naquele instante, não deveria me aproximar de Perséfone sem ela por perto. Os piores pensamentos estavam na sua cabeça, sabia que ela custaria a acreditar novamente em minhas palavras.
— O que teve com ela, Hades? — ela perguntou, sem conter a voz chorosa.
— Isso não importa agora! — retruquei, ansioso, puxando-a para meus braços. Seu corpo tremia, e o som de seu soluço quebrou meu coração.
— O que teve com ela? — ela tornou a perguntar, soltando-se dos meus braços.
Suspirei, exasperado. Nunca imaginei que meu envolvimento com Perséfone fosse se tornar um problema. Estive com ela durante um tempo, embora não a amasse, tentei gostar e me acostumar com ela, mas nunca passou de sexo. Percebi que a deusa era mais uma companhia quente e uma amiga do que uma parceira romântica. Era errado meu envolvimento, sabia disto, pois Perséfone se encheu de esperanças, das quais não poderia cumprir. Ela não foi a única, não que tivesse a traído, mas me envolvi com outras amantes, pois meu relacionamento com ela era aberto, ao menos de minha parte.
Olhei para Sarah, que estava com um semblante desolado. O medo do que minha resposta ocasionaria crescia exponencialmente, não queria perdê-la.
— A sua morte...
A lembrança subiu à minha garganta como um nó, me sufocando. Tentei falar, mas as palavras se recusavam a sair, presas em um turbilhão de dor e culpa. Um soluço abafado escapou dos meus lábios, e a angústia me esmagava. Por um instante, o silêncio pairou entre nós, pesado e opressivo, antes que eu pudesse finalmente continuar, a voz rouca e trêmula.
— A perda de você foi um vazio que nunca se preencheu, uma ferida aberta que sangrava constantemente. Eu vagava como uma alma perdida, sem rumo, sem esperança. A lembrança de sua presença, de seu sorriso, de seu toque, me assombrava e me torturava. Durante muito tempo, fiquei completamente recluso, nem mesmo meus irmãos eu via. A única era Hécate, embora ela não ficasse confortável em minha presença, o que eu compreendia, afinal ela me via como causador da sua maior dor, eu mesmo acreditava nisso, pois a culpa me consumia — mirei a parede, a angústia crescendo em meu peito.
Lembrar daqueles tempos era doloroso demais, nunca falei com ninguém sobre, nem mesmo quando minhas memórias estavam intactas. Uma onda de gelo me atingiu, me congelando por dentro. O peso da culpa esmagava meu peito, a falta de ar sufocava meus pulmões. O gosto amargo da perda invadia minha boca, e uma escuridão profunda envolvia minha mente. Eu me via como o responsável por sua partida, por sua dor, por sua ausência. O arrependimento me corroía por dentro, me deixando vazio e desesperado. O toque de seus dedos, a maciez de sua pele, agora apenas lembranças dolorosas que me assombravam. A solidão me invadia como uma escuridão sem fim.
— Cuidei de Hécate, apesar da raiva que sentia, ela também cuidou de mim. Depois de um tempo, eu simplesmente me esqueci de tudo relacionado a você, assim como todos esqueceram, agora sei que foi o feitiço de Hécate. Embora minha mente não lembrasse, meu corpo sentia sua falta, o sentimento de solidão e perda sempre estavam comigo, como uma doença — fui em direção à sacada do quarto, me sentindo sufocado, seguido por ela.
Minha carne queimava pelas lembranças, essas que eram dolorosas demais para mencionar, mas ela precisava escutar, para minar totalmente suas desconfianças.
— Em uma reunião entre os deuses, precisei ir ao Olimpo, lá eu vi Perséfone. Sempre soube do interesse dela por mim, mas nunca dei a devida atenção, acreditava ser apenas uma ilusão da cabeça dela. Então, o sentimento de solidão se intensificou, acreditei que pudesse ser feliz ao lado dela, então me envolvi com ela. Nosso envolvimento durou alguns anos, cheguei a pedi-la em casamento — sussurrei a última parte com medo presente em minha voz, sabia que isso aumentaria suas dúvidas, mas não queria mais esconder nada dela.
O olhar foi em sua direção, suspirando triste ao vê-la assustada, sentia como se tivesse traído ela.
— Você ama Perséfone? — ela perguntou num fio de voz, fazendo-me olhar assustado em sua direção.
Quantas vezes preciso dizer quem amo?
— Não! — respondi firme, tomando o rosto dela em minhas mãos. Essa era a maior certeza de minha vida, jamais existiu outra em meu coração.
Senti um abismo entre a gente, queimando não somente minha carne, mas minha alma.
Por favor, acredite em mim!
— Eu sei que sente raiva por eu me envolver justamente com ela, já que foi por conta dela que aquela tragédia ocorreu, mas eu não lembrava disso!
Os olhos cinza desviaram-se dos meus, fazendo-me suspirar tristemente. Será que ela nunca mais vai confiar em mim novamente?
— Não vou mentir, tenho carinho por ela, mas é apenas isso, nunca senti nada além de desejos carnais — olhei-a suplicante, a voz embargada pela emoção. — Acredite em mim, nunca amei ninguém além de você!
Ela se afastou levemente, limpando as lágrimas insistentes.
— Continua! — ela olhou-me seriamente.
— Nosso relacionamento nunca passou disso, apesar de estarmos noivos, nunca consegui dar o passo à frente, nem mesmo a deixei morar aqui. A sensação de solidão nunca me abandonou, mesmo ao seu lado, me sentia sozinho e triste. Então, um dia, abri uma gaveta em meu escritório, uma que normalmente não mexia, quando vi uma pequena caixa, abri curioso, pois não lembrava de nada dela, era um diamante vermelho — sorri melancólico ao lembrar.
Aquele diamante, naquele momento, me mostrou o vazio que habitava meu coração. Ele foi o estopim para que entendesse que não poderia seguir aquela vida.
— O anel de casamento dela? — ela perguntou em um sussurro, aumentando meu sorriso.
— Não, eu nunca soube que joia era, até lembrar de você, aquela era a sua aliança, eu lhe daria no nosso casamento — respondi sem tirar os olhos dos dela, meu coração disparou ao vê-la arregalar os olhos, incrédula.
Ainda tinha dúvidas? Aquele diamante vermelho, em minhas mãos, pareceu vibrar com uma energia que transcendia o tempo e o espaço. Ele era frio, mas me aqueceu. Ele era apenas uma pedra, mas me conectou a algo maior, a algo verdadeiro e eterno. Meu amor era todo seu, sempre foi assim e será pela eternidade!
— Mesmo não lembrando de nada, quando vi aquela joia, um peso tão grande se apossou do meu coração, ali percebi que não poderia mais continuar com ela, jamais conseguiria ser feliz ao seu lado, por que faltava um pedaço de mim — respondi, entrando novamente no quarto. — Planejei lhe dar a joia, mas nunca tive a oportunidade, embora ela tivesse uma lembrança triste, pois era de um sonho que não pode se realizar. Queria recomeçar ao seu lado, então achei melhor guardá-la.
Aproximei-me da gaveta, perto do meu lado da cama, pegando o pequeno baú, virando-me para olhá-la, não contive o sorriso ao vê-la com o olhar marejado. Ajoelhei-me sob seus pés, colocando o pequeno baú sob suas mãos trêmulas.
— Abre — murmurei com a voz emocionada.
Sarah abriu o pequeno baú, seus olhos se arregalaram em encantamento. O diamante puro vibrava em uma cor vermelha intensa, ornamentado com ouro envelhecido, tão lindo e cheio de significados.
— Nesse dia, fui até Perséfone para dar um fim em nossa relação, não poderia lhe dar o que queria, então terminamos — expliquei, fazendo-a me olhar seriamente.
— Mas ela ama você — ela retrucou, emburrada. Sorri fracamente, tomando sua mão na minha, deslizando a joia suavemente em seu dedo anelar.
— E eu amo você, isso que realmente importa — declarei.
Sarah desviou o olhar, respirando profundamente, antes de me olhar decidida.
— Não quero perdê-lo! — ela jogou-se em meus braços, apertando-me com firmeza.
— Não vai me perder, sou seu, completamente seu e sempre vou ser!
Ela afastou-se suavemente, me olhando de maneira diferente, na verdade, era o mesmo olhar que vi em seus olhos na primeira vez que a vi. Meu coração saltou, minhas mãos tremeram em puro nervosismo.
— Hades... eu amo... você — a confissão dela veio como um suspiro, sua voz quebrando as barreiras invisíveis que existiam entre nós, enquanto suas mãos quentes puxavam meu rosto em direção ao dela.
Por um instante, tudo ao meu redor deixou de existir. Era como se o tempo tivesse parado, e o mundo inteiro aguardasse aquele momento tanto quanto eu. Sua voz ecoava em minha mente como um mantra, cada palavra gravando-se em minha alma como fogo em pedra. A eternidade que passei esperando por isso não havia me preparado para a força avassaladora de ouvi-la dizer que me amava.
Minha respiração falhou, e por mais que eu fosse um Deus, senti-me pequeno diante da magnitude do que acabara de acontecer.
— Diga de novo... — sussurrei, minha voz rouca de emoção. — Por favor, diga de novo.
Ela sorriu, aquele sorriso que sempre parecia capaz de desfazer qualquer sombra dentro de mim. Seus olhos encontraram os meus, brilhando com uma intensidade que rivalizava com as estrelas.
— Eu amo você, Hades — ela repetiu, cada palavra como uma explosão de luz que atravessava minhas trevas.
Antes que pudesse responder, ela me puxou para si, e seus lábios encontraram os meus em um beijo que não era apenas paixão, mas promessa. Era como se todas as nossas dores, medos e desejos convergissem naquele instante. Suas mãos estavam quentes contra minha pele, e o toque dela carregava uma urgência que me fazia perder qualquer controle. Minhas mãos deslizaram por seus cabelos, sentindo a maciez que sempre me fascinara. Ela era tão frágil e tão forte ao mesmo tempo, e tê-la em meus braços era como segurar algo infinitamente precioso.
— Você não sabe quanto tempo esperei por isso, dulce meum... — murmurei contra seus lábios, minhas palavras carregadas de todo o amor e devoção que guardei durante séculos.
Sem pensar, puxei-a para mais perto, deitando-nos sobre a cama. O som de sua risada suave encheu o quarto como música, e ela me surpreendeu ao inverter nossas posições, montando em mim com uma confiança que era tão dela.
— Meu amor, me faça sua, completamente — sussurrou, sua voz, um feitiço que se enredou em cada fibra do meu ser.
Seus lábios, suaves como pétalas de rosa, tocaram meu pescoço, desenhando um mapa de fogo em minha pele. Cada toque era uma explosão de calor, uma marca indelével de sua presença. Minha respiração ficou presa na garganta, um gemido abafado escapou dos meus lábios. Um rosnado gutural, profundo e selvagem, rompeu o silêncio, revelando a intensidade da minha resposta. Senti meu corpo inteiro estremecer, dominado por uma onda de desejo.
— Você já é minha — declarei com fervor, puxando-a para mim. — Desde o momento em que a vi, desde antes mesmo de você saber quem eu era.
Com um movimento lento e cuidadoso, desfiz-me da delicada camisola, revelando a beleza de sua pele, macia como a seda e que parecia irradiar uma luz própria. Meus dedos, sedosos, traçaram cada curva, cada linha de seu corpo, sentindo a textura aveludada e o calor que emanava dela, meus olhos se perderam em cada detalhe, cada curva, cada linha, sentindo uma mistura de admiração e desejo, como se estivesse decifrando um antigo mapa do tesouro. Minhas mãos, guiadas por uma força irresistível, acariciaram sua pele, sentindo a maciez e o calor que emanava dela. Seus suspiros, baixos e profundos, delicados e arrebatadores ao mesmo tempo, eram como uma sinfonia que me envolvia, uma melodia que me cativava.
— Você é perfeita — sussurrei, puxando-a para um beijo tão intenso que parecia conectar não apenas nossos corpos, mas nossas almas.
Quando finalmente nos unimos, o mundo ao nosso redor se dissolveu, uma transformação profunda nos envolveu, apagando o submundo, a eternidade, o passado e o futuro. Só restava o agora, a intensidade do momento presente, uma experiência pura e intensa que transcendia a realidade física. Nossos corpos se fundiram, tornando-se um só, numa dança perfeita de calor e energia, numa fusão perfeita de almas e corpos, a textura de nossa pele se misturando, o ritmo frenético de nossas respirações sincronizadas. Um calor intenso, quase incandescente, emanava de nós, preenchendo o quarto com uma luz vibrante e radiante, quase divina, que pulsava no mesmo ritmo de nossos corações. Era uma experiência sensorial total, uma sinfonia de sensações, uma experiência que transcendia o tempo e o espaço.
— Quero ouvir você, dulce meum — pedi, minha voz rouca de desejo e necessidade.
Sua resposta veio como um gemido doce e sincero, cada nota carregada de emoção pura. Suas pernas se apertaram ao redor da minha cintura, e a cada movimento parecia que nossas almas estavam se entrelaçando, unindo-se em um vínculo que transcendia o físico.
— Você é tudo para mim, meu imperador — ela murmurou, suas unhas cravando-se em minha pele, deixando marcas que eu desejava carregar para sempre.
Os sons de nossos corpos e respirações preenchiam o ambiente, uma sinfonia que parecia ecoar por todo o submundo. Sentia-me completamente rendido, perdido nela de uma forma que nunca imaginei ser possível.
— Você é minha igual, minha rainha, minha alma — declarei, segurando-a com mais firmeza, ajudando-a em cada movimento.
Quando ela finalmente chegou ao ápice, um grito carregado de êxtase e emoção escapou de seus lábios. O poder que emanou dela naquele instante fez o chão abaixo de nós tremer levemente, como se o próprio submundo estivesse reconhecendo o nosso amor. A energia ao nosso redor explodiu em um brilho etéreo e, por um breve momento, senti que podíamos tocar algo maior do que nós mesmos, algo divino e eterno.
Enquanto ela caía em meus braços, seus dedos deslizavam suavemente por meu rosto, seus olhos encontraram os meus, e vi algo que nunca vi antes: uma paz absoluta.
— Eu amo você — sussurrou novamente, e a cada repetição, era como se o universo inteiro sussurrasse com ela.
— E eu amo você, minha Sarah, meu tudo — respondi, segurando-a firmemente contra mim, como se nunca mais quisesse soltá-la.
Naquele instante, soube que nada no universo, nem mesmo a eternidade, poderia nos separar novamente.
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