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Capítulo 20 - Meu Imperador

🚨🚨Capítulo contém cenas de sexo🚨🚨

Contém 3686 palavras.

Boa leitura💜

O enorme cômodo disponibilizado por Hades era tão imponente quanto o anterior, porém, com pequenas modificações. O cheiro inconfundível de magia e poder pairava no ar. Runas de proteção se espalhavam pelas paredes, mas, ao entrar, meus olhos se fixaram diretamente em Daemon. O lobo estava ali, como sempre, com o semblante sério demais.

— Está atrasada! — Daemon disparou, seu tom cortante de sempre.

Respirei fundo, tentando não deixar a irritação transparecer. Ele sempre foi assim: direto e implacável.

— Dormi demais. — Tentei desconversar, caminhando até Hécate. Ela, como sempre, tinha aquele sorriso malicioso, o que me fez corar sem querer.

— Dormiu demais, sei... está completamente com o cheiro de Hades, tanto que nem consigo sentir o seu! — Daemon zombou, um sorriso travesso se formando em seus lábios.

Ele sabia muito bem o que fazia, mas, de algum modo, aquele comentário me incomodava. Meu corpo ainda exalava a sensação dele, a proximidade, os toques, e isso me fazia sentir uma mistura de vergonha e prazer.

— Foco no que interessa! — retruquei, tentando afastar esses pensamentos para me concentrar na tarefa à frente.

O círculo de proteção. O feitiço seria exaustivo, sabia disso, mas não havia outra escolha. Hécate se afastou com um gesto leve, deixando-me tomar o centro do ritual. Fechei os olhos e projetei o círculo, sentindo a magia fluir por minhas veias. O poder das runas parecia pulsar em resposta ao meu chamado. As palavras antigas escapavam dos meus lábios, uma dança silenciosa entre o sagrado e o perigoso.

Lucis entia me defendat contra actiones contra me deductas

Cupido in animo meo non habet potestatem

Abscondita est cor meum contra opera tua, fiat!

O feitiço continuava, quase me consumindo. Quando terminei, sentindo o desgaste físico e emocional, ouvi o som de Daemon se sentando à minha frente. Ele estava com os olhos fixos em mim, sérios.

— Esse feitiço a protegerá na superfície. As extensões dos poderes de Eros são imensas — Daemon falou, a preocupação evidente na voz.

Senti um peso em meu peito. Hades já havia me alertado sobre isso, mas ouvir as palavras de Daemon fez tudo parecer ainda mais real. Eros não era uma ameaça simples, e, ao que tudo indicava, ele estava apenas começando a me observar.

— Hades está certo — Daemon continuou, pensativo. — É curioso que Eros não tenha usado seus poderes totais em você ainda. Talvez o fato de você não ceder à sua beleza seja um obstáculo para ele.

Hécate, sempre tão perspicaz, interrompeu, a voz grave e cheia de saber.

— Eros é arrogante demais para usar seus poderes para conquistá-la. Ele espera ganhar sem lutar. Mas isso pode ser uma faca de dois gumes. Não podemos subestimar o que ele é capaz.

Essas palavras tocaram um ponto sensível. Sabia do que Hécate falava. Minha memória sobre Eros se estendia muito além de simples atração física. O conhecia em um nível muito mais profundo, e seus jogos de sedução eram claros, mas isso não me impediria de seguir em frente. Precisava me proteger, e se isso significava buscar ajuda de forças maiores, então era o que faria.

— O que mais posso fazer para me proteger? — Perguntei, a frustração tomando conta de mim.

Hécate, com um brilho nos olhos, se aproximou, pegando uma pedra negra de sua bolsa. A turmalina negra. Ela sempre tinha algo para me dar, algo que podia mudar as regras do jogo.

— Anteros — ela declarou, com um sorriso enigmático.

Olhei para ela, confusa.

— Anteros? O que ele tem a ver com isso?

Ela suspirou como se fosse óbvio, algo que todos já soubessem.

— Anteros é irmão de Eros, mas ele é o deus do amor correspondido. Seus poderes são a antítese dos de Eros. Ele pode ser a chave para opor-se a ele.

A esperança, tênue como um fio de luz, começou a se acender dentro de mim. Se existia alguém capaz de me ajudar a enfrentar Eros, então talvez houvesse uma chance para que me libertasse.

— Vou falar com Hades! — respondi, decidida a dar o próximo passo.

Mas, antes que saísse, a voz de Hécate me parou, com um toque de ironia.

— Mesmo? E você sabe como vai convencer Anteros a não fazer o que Eros quer?

O peso de suas palavras caiu sobre mim como uma onda fria.

— Como assim? — perguntei, desconcertada.

— Anteros sempre foi companheiro de Eros, sempre o amou e jamais ficará contra ele — Hécate mencionou com um tom grave, fazendo meu coração afundar.

A realidade se abateu sobre mim. Sabia que Anteros era leal ao irmão, mas... Hécate parecia ter algo em mente. Algo que poderia me ajudar.

— Então, por que você o mencionou? — Eu a olhei com frustração.

Hécate sorriu levemente, o olhar travesso de sempre.

— Simples. Sei que, se alguém pode fazer Anteros mudar de ideia, é você. Você só precisa mostrar a ele que seu coração já tem dono.

Suas palavras me atingiram como uma flecha certeira. Jamais havia verbalizado isso com Hades, mas não havia mais como esconder. Eu o amava. O desejo que sentia por ele era mais forte do que qualquer feitiço ou encantamento.

O dilema estava claro: se eu queria a ajuda de Anteros, precisaria revelar os meus sentimentos. E isso me causava uma vergonha imensa. Não era algo que havia planejado, mas, naquele momento, sabia que não havia mais volta.

— Tenho uma ideia, mas o problema é convencer Hades disso! — Respondi, tentando disfarçar o turbilhão de emoções.

Hécate levantou uma sobrancelha, brincando.

— Como se ele negasse qualquer coisa a você — ela debochou, a voz suave, quase irônica.

A verdade era que Hades jamais negaria nada para mim, e isso me fazia sentir tanto confiança quanto insegurança. Estava prestes a dar um passo em direção ao desconhecido, e a única coisa que sabia com certeza era que não poderia voltar atrás.

༺۵༻

Ao chegar na sala do trono, observei Hades, imerso em uma conversa com um de seus servos. Não sei se é apenas uma impressão minha, mas, a cada instante, ele parecia mais belo aos meus olhos.

Era estranho como, com o passar do tempo, ele se tornava mais e mais impossível de ignorar. Não era apenas sua aparência que me fascinava, mas a forma como ele ocupava o espaço, como sua presença parecia ser uma força própria. Às vezes, me perguntava como alguém poderia ser tão imponente e, ao mesmo tempo, capaz de me fazer sentir como se fosse a única pessoa no mundo. Como se, no momento em que seus olhos encontravam os meus, tudo ao redor desaparecesse. Cada pequeno gesto, cada palavra parecia projetar uma intensidade com a qual não sabia mais como lidar. E, no entanto, não conseguia afastar essa sensação crescente, esse magnetismo que me atraía de uma forma que já não podia controlar.

Suspirei, encantada.

Poderia passar horas apenas o admirando, se não tivesse uma missão para cumprir.

Aproximei-me lentamente, sorrindo em sua direção. Ele percebeu minha presença imediatamente, pois seu sorriso surgiu antes mesmo de seus olhos encontrarem os meus. Mas, quando o intenso roxo de seu olhar fixou-se no meu, meu mundo interior tremeu.

Com um simples aceno, ele dispensou seu servo, fazendo-me sorrir levemente.

Como não me encantar, se ele me faz sua prioridade a todo instante?

— Terminou cedo hoje — disse ele, com um aceno. Aproximando-me, seus braços me envolveram, puxando-me para seu colo.

Sorrindo alegremente, entrelacei minhas mãos em suas madeixas cinzas.

— Tenho uma surpresa para você — respondi, marota, beijando-o suavemente.

— Surpresa? — Seu olhar ganhou um brilho de curiosidade.

Sim, vou fazê-lo ficar completamente em minhas mãos, assim ele não negará nenhum pedido meu!

— Sim, vim roubá-lo! — respondi, saindo de seu colo e puxando-o para me seguir. Rendido, Hades deixou-se guiar.

O quarto estava mergulhado em penumbra, iluminado apenas pelo brilho bruxuleante das velas. A luz suave criava sombras dançantes nas paredes, enquanto o aroma adocicado de rosas e especiarias pairava no ar, envolvendo-me em um ambiente irresistivelmente romântico e sedutor. Meu olhar percorreu o espaço, capturando cada detalhe. O jogo de luz e escuridão fazia cada curva e contorno parecer quase etéreo, mas mesmo com todo esse encantamento, não conseguia ignorar a pergunta que ecoava em minha mente: o que Sarah estava tramando?

Ela sabia como mexer comigo, como fazer minha guarda baixar. E eu? Não negaria o prazer de ser mimado. Mas, conhecendo-a, isso ia além de um gesto altruísta. Havia algo por trás desse cenário cuidadosamente orquestrado, e decidi me deixar levar por sua dança.

Ela me guiou até a banheira, já preparada com pétalas de rosas vermelhas flutuando na superfície e o perfume sutil de óleos aromáticos que parecia infiltrar-se na minha pele antes mesmo de tocá-la. A água quente liberava uma leve névoa, tornando o ambiente ainda mais envolvente.

— O que está aprontando? — perguntei, estreitando os olhos em sua direção.

Ela apenas sorriu, aquele brilho travesso dançando em seus olhos enquanto sua boca se curvava em um sorrisinho malicioso.

— Não posso agradar meu imperador? — retrucou com uma doçura que contrastava com o gesto lento e deliberado de me despir.

Seus dedos tocaram minha pele como se desenhassem um mapa secreto, cada movimento carregado de intenção. Ao terminar, ela se desfez do robe e a visão de seu corpo completamente despido, banhado pela luz suave das velas, tomou todo o meu foco. Meu instinto rugiu, meu corpo reagiu por conta própria, mas, antes que pudesse tomá-la, sua mão ergueu-se em um gesto firme e brincalhão, parando-me.

— Calma — ela murmurou, puxando-me para a banheira.

Quando meu corpo encontrou a água quente, um gemido baixo escapou dos meus lábios. A temperatura era perfeita, aliviando cada músculo tenso. Fechei os olhos por um breve momento, deixando-me render ao prazer daquele toque quente.

Sarah sorriu com satisfação, murmurando palavras que mal consegui discernir. Reconheci os feitiços de relaxamento que ela recitou suavemente, achando que passariam despercebidos.

— Está bom? — ela perguntou, enquanto deslizava a esponja pelo meu corpo.

A textura suave da esponja e o movimento gentil de suas mãos fizeram com que cada parte de mim cedesse ao relaxamento. O aroma das pétalas e a melodia de sua voz transformavam aquele instante em pura perfeição.

Meus olhos recaíram sobre seus cabelos negros, úmidos, caindo como uma cortina de seda sobre seu busto, escondendo parte do que desejava ver. A visão era uma canção silenciosa, cada detalhe uma nota que pulsava em meu ser.

Não a queria longe.

— Sim... — murmurei, puxando-a para o meu colo, meu corpo ansiando pelo dela. — Agora está melhor.

Ela riu baixinho, a vibração daquele som arrepiando minha pele.

— Não seja apressado, meu imperador — sussurrou perto do meu ouvido, o calor de sua respiração contrastando com o frescor da água.

As palavras dela eram um desafio. Um doce tormento.

— Se continuar a me chamar assim, vou foder você — respondi com um tom rouco, segurando seus cabelos com firmeza enquanto a puxava para um beijo faminto.

O calor de seu corpo respondeu ao toque, como se fogo e desejo fossem algo que compartilhávamos pelo simples contato. No entanto, antes que pudesse saborear mais daquele momento, ela se afastou, escapando como uma miragem.

Sarah levantou-se da banheira e, por um instante, tudo o que existia no mundo era a visão de sua pele reluzente, com gotas de água escorrendo em caminhos que desejava traçar com meus próprios lábios. Ela me olhou de forma desafiadora, mas, ao mesmo tempo, irresistível, antes de sair, chamando-me com um sorriso suave, quase etéreo.

— Venha, meu imperador.

Sua voz parecia um canto de sereia, uma melodia encantadora que prometia prazeres inigualáveis. E, como um homem condenado, segui-a, sem hesitar.

O sorriso leve brincava em seus lábios, como se carregasse um segredo que apenas nós dois compartilhávamos. Seus movimentos eram dedicados, quase cerimoniais, enquanto ela passava a toalha sobre cada centímetro da minha pele, seu toque gentil, mas intencional, despertando em mim um misto de fascínio e tortura.

— Está me torturando, dulce meum — murmurei, segurando seu queixo delicadamente, forçando-a a encontrar meus olhos.

Ela respondeu com um sorriso maroto, seus olhos cintilando como estrelas, enquanto me guiava em silêncio até a cama. Sem me dar tempo para protestar, empurrou-me gentilmente para que me deitasse de bruços. Antes que pudesse reagir, senti o calor do seu corpo sentado sobre minhas pernas. O aroma adocicado e picante do óleo de gengibre invadiu meus sentidos, enquanto ela o derramava suavemente em minhas costas, suas mãos espalhavam o líquido quente por minha pele.

Seus dedos começaram a trabalhar como magia viva, deslizando lentamente pela extensão dos meus músculos tensos, do pescoço até a região lombar. Um gemido profundo escapou de meus lábios enquanto ela alternava entre pressão firme e toques leves, suas unhas traçando caminhos de puro prazer em minha pele. Seus movimentos eram quase hipnóticos, cada toque, uma promessa, cada gesto, uma carícia que dissolvia qualquer resquício de tensão.

— Vire — ela sussurrou, sua voz como uma melodia suave em meu ouvido.

Sem hesitar, virei-me, deitando-me de costas, entregando-me completamente àquele momento. Sarah sorriu, aquele sorriso que sempre me fazia perder o fôlego, e despejou o óleo em meu peito, espalhando-o com as palmas das mãos em movimentos circulares e deliberados. Seus dedos exploraram cada linha e curva do meu corpo, descendo até meu abdômen e voltando, provocando um fogo lento que me consumia.

Seu olhar encontrou o meu por entre os cílios, um brilho intenso que parecia desnudar minha alma. Sua mão desceu, hesitante, até a altura do meu ventre, antes de ignorar minha intimidade de propósito, descendo para massagear minhas coxas. Meu suspiro ecoou pelo quarto.

— Sarah... — murmurei, minha voz rouca de desejo, mas ela apenas sorriu, divertida com meu estado de rendição.

Finalmente, suas mãos subiram, tocando-me com uma suavidade exasperante. Sua boca seguiu logo atrás, deixando beijos quentes em minha pele, cada toque incendiando algo mais profundo em mim. Quando seus lábios finalmente envolveram meu membro, um gemido rendido escapou de mim, e ela riu suavemente, aquele som doce e sedutor que fazia meu mundo inteiro girar ao redor dela.

— Meu imperador está tão sexy assim... — ela sussurrou, sua voz rouca e carregada de desejo, antes de me receber completamente, seus movimentos lentos e intensos arrancando de mim cada pedaço de controle que eu ainda pudesse ter.

Minhas mãos encontraram seus cabelos, entrelaçando-se nos fios sedosos, guiando-a gentilmente enquanto seus olhos, fixos nos meus, me mantinham cativo. A conexão entre nós era palpável, algo que ia além do físico, um laço que não sabia explicar, mas que nos tornava indivisíveis naquele momento.

— Aguente tudo que tenho para lhe dar, dulce meum — murmurei, um sorriso safado brincando em meus lábios.

Quando ela segurou minhas coxas com firmeza, intensificando os movimentos, meu controle finalmente se perdeu. Com um gesto abrupto, virei seu corpo, tomando seus lábios em um beijo feroz e apaixonado.

— Ficou excitada ao me provocar, amor? — murmurei contra sua pele, minha voz um misto de desejo e adoração, enquanto a sentia completamente entregue sob mim.

— Sim... — ela arfou, seu corpo tremendo de desejo enquanto nossas respirações se entrelaçavam.

Nossas pernas se enroscaram, nossos corpos moveram-se como um só. As emoções que transbordavam de nós criavam um êxtase que transcendia o físico, algo que só nós dois poderíamos compreender. Cada toque, cada gemido, cada olhar parecia carregar um universo inteiro de sentimentos. Quando finalmente atingimos o ápice juntos, trememos como se o mundo tivesse parado, e por um instante, éramos tudo o que existia.

Deitados lado a lado, ofegantes e satisfeitos, puxei-a para meu peito, acariciando seus cabelos com ternura. Seus olhos brilhavam como se guardassem todas as estrelas do céu, e enquanto a observava, senti-me grato por cada momento ao lado dela.

— Você é meu mundo, dulce meum... — murmurei, abraçando-a como se nunca fosse deixá-la ir.

Ao me afastar, vi seus olhos brilhando, cheios de expectativa. Ela não conseguiu conter o sorriso maroto que brincava em seus lábios, o que só me fez arquear uma sobrancelha, divertido.

— Tenho direito de surpreender meu marido, não? — ela retrucou, risonha, com a inocência mais calculada que eu já tinha visto.

Como se eu não a conhecesse!

— Malandra! — acusei, estreitando os olhos em sua direção, desconfiado.

— O que foi? — ela perguntou, assumindo a expressão mais angelical possível, tão convincente que quase me fez rir. Quase.

Não resisti e soltei uma risada baixa, balançando a cabeça.

— Vamos lá, aproveite que estou de bom humor e diga logo o que você quer — respondi, cutucando-a na barriga, o que a fez rir baixinho.

Ela se encolheu com a provocação, mas o olhar continuou brincalhão, com aquele brilho travesso que conhecia tão bem. Não que ela não me surpreendesse de vez em quando, mas aquele jeito exageradamente carinhoso e suas táticas de "sou um anjo" sempre vinham acompanhados de algo.

Provavelmente ela queria algo que sabia que não concordaria. Por isso, todo o esforço para primeiro me deixar relaxado, depois agir como se fosse inocente. Suspirei, já antecipando o que estava por vir.

— Sabe que não adianta fugir, não é? Vai me contar logo ou precisa de mais tempo para bolar uma desculpa? — provoquei, cruzando os braços, fingindo seriedade, mas com um sorriso discreto nos lábios.

Ela apenas riu, como se soubesse que, no fim, eu cederia. Afinal, sempre cedia.

— Consegui preparar um feitiço de proteção, mas isso não será suficiente — ela começou, com os olhos fixos nos meus, o tom sério e determinado.

— Eu sei — respondi, sentindo a tensão no ar. — O que pensou, então?

Ela hesitou por um instante, como se pesasse as palavras, mas sua determinação prevaleceu.

— Anteros é o único que pode equilibrar os poderes de Eros — disse ela, calmamente, mas o impacto de suas palavras me atingiu como um golpe direto.

Senti a irritação brotar no mesmo instante. Nem morto permitirei algo assim!

— Não! — exclamei, seco e definitivo.

Ela bufou, frustrada, mas não se deu por vencida.

— Nem sabe o que vou pedir! — retrucou, com um tom debochado, mas havia algo mais ali. Uma urgência que não conseguia esconder.

— Não preciso saber. Anteros jamais ficaria contra o próprio irmão — rebati, ainda mais irritado, cruzando os braços em desafio.

— Não quero que ele fique contra Eros — ela explicou, séria, mas sua calma só me deixou mais desconfiado.

Franzi o cenho, tentando entender a lógica disso.

— O que quer, então? — perguntei, estudando-a com desconfiança.

— Pensei que, se ele visse como somos juntos, ele entenderia que seu irmão está errado. Talvez, então, Anteros nos ajudasse a guiar Eros de volta ao caminho certo... — ela disse, seus olhos buscando os meus com uma intensidade quase desesperada.

Meus olhos se estreitaram automaticamente, a ideia me parecia absurda.

— Sua ideia é fazer uma festa e convidar todos? — perguntei, debochado, mas meu tom logo perdeu a força ao ver seu rosto sério. — Está falando sério?

— Sim. Encontrá-lo em um terreno neutro é a melhor ideia — respondeu, direta, como se fosse óbvio.

Ela só podia estar maluca.

— Sarah, isso não vai funcionar — declarei, tentando manter o tom calmo, mas minha voz já começava a trair minha preocupação.

— Não vamos fazer uma festa aqui, porque pareceria uma armadilha — resmungou, como se eu não estivesse entendendo.

— Armadilha seria um eufemismo! — retruquei, esnobe, o sarcasmo transbordando. Mas eu não estava brincando. — Sarah, se Eros ousar pisar no Submundo, vou matá-lo, e ninguém será louco de me contestar. Meus domínios, minhas regras!

Ela riu, aquele riso nervoso e tenso, e foi isso que me irritou mais. Ela sabia que eu estava falando sério.

— Não quero prendê-la, Sarah — continuei, a voz mais baixa, mas firme. — Só quero protegê-la. Você sabe o perigo que ele representa!

Seus olhos se suavizaram por um breve momento, mas logo a determinação voltou.

— É exatamente por isso que precisamos de Anteros. Se ele puder ajudar a conter Eros, talvez consigamos impedir algo pior.

Suspirei profundamente, passando a mão pelo rosto. Cada palavra dela parecia sensata, mas a ideia de trazer Anteros, ainda mais em nome de Eros, soava como uma provocação direta ao perigo.

— Você está pedindo muito, Sarah... — murmurei, hesitante, minha mente dividida entre o instinto de protegê-la e o medo do que isso poderia desencadear.

— Certo, e se fizermos no Olimpo? Seu irmão Zeus adora uma festa... — ela sugeriu, fazendo uma careta ao mencionar o nome dele.

Agora, meu irmão, importa?

Mas que bruxinha mais interesseira!

— Pensei que odiasse Zeus — retruquei, divertido, a provocação estampada em meu rosto.

Ela me lançou um olhar irritado, que só fez meu sorriso aumentar.

— E odeio, mas as opções são ele, Adamanto e Poseidon — enumerou com um tom sarcástico, cada nome vindo acompanhado de mais deboche. — Adamanto não é sociável, Poseidon é capaz de me matar se ousar propor isso, então sobrou Zeus.

Não podia estar falando sério!

Realizar isso no Olimpo, um lugar onde todos são permitidos e onde minhas mãos ficariam atadas, parecia um convite ao caos. Tantas maneiras de terminar em guerra, especialmente eu contra todos os deuses olimpianos.

— Vamos, stella mea — ela começou a distribuir beijinhos pelo meu rosto, me arrancando uma risada involuntária.

— Isso é covardia — respondi, segurando seu rosto entre minhas mãos.

— Nunca disse que jogaria limpo — ela replicou, piscando como quem sabia que já estava no controle.

— Isso tem tantas formas de dar errado... — suspirei, sentindo o peso do pedido enquanto a observava com receio.

Só de pensar nela próxima ao maldito do Eros, meu sangue fervia. Não suportaria perdê-la. Se algo acontecesse, sabia que enlouqueceria.

— Por favor... Quero poder viver em paz com você — ela disse, sua voz baixa e suave, antes de beijar meus lábios docemente.

Tudo que mais quero: viver plenamente em paz com você!

— Vou falar com Zeus — retruquei, rendido.

Ela praticamente pulou no meu corpo, vibrando de alegria enquanto me enchia de beijos apaixonados. Não pude evitar rir, achando sua empolgação ao mesmo tempo irritante e encantadora. Por ela, faria qualquer coisa, até mesmo planejar essa maldita festa.

— Mas fique bem claro: quero você longe de Eros! — avisei, emburrado, olhando-a com seriedade.

— Como se eu fosse olhar para outro que não fosse você! — ela respondeu, puxando meus lábios com os dentes antes de sussurrar roucamente: — Para mim, só existe você, stella mea.

Meu coração disparou ao ouvi-la. Percebi que, ao descobrir sobre o nosso passado com seus próprios olhos, ela havia se aberto mais aos seus sentimentos. Sorrindo, puxei-a para um longo beijo, jurando aproveitar cada momento como aquele pela eternidade.

Lucis entia me defendat contra actiones contra me deductas: Que os seres de luz me protejam contra as ações tomadas contra mim

Cupido in animo meo non habet potestatem: Cupido não tem poder sobre meu coração

Abscondita est cor meum contra opera tua, fiat!: Meu coração está escondido contra suas obras, deixe estar!





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