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Capítulo 6

Thiago nunca soube lidar com seus sentimentos. Ter sido criado com descaso pela mãe contribuía para que seus conflitos internos se intensificassem, a forma de alívio vinha através da explosão corporal. Seus punhos se tornariam sua válvula de escape, sua proteção. E com o passar dos anos não eram suficientes, outros fatores se juntariam. A bebida era a mais comum e ali sozinho em seu apartamento terminava a sua quinta garrafa de cerveja quando Laura chegou.

Cenas como essa se tornaram constantes já no segundo ano em que decidiram viver sobre o mesmo teto. Thiago mergulhado na bebida e Laura sendo seu alvo. Ela havia ido embora a algumas ocasiões, mas sempre retornava depois que a explosão da alma de Thiago passava e seus pedidos de desculpas aconteciam. Seguiam alguns meses na mais completa paz ou até algo sair do planejado por Thiago e o ciclo começava de novo e naquele meio de noite o momento da fúria estava estampada no olhar de Thiago.

— Onde você estava?

— Eu... Estava... — Laura gaguejava o medo já tomava conta do seu frágil corpo, como se o mesmo já pudesse ser o peso do punho do homem ali a sua frente.

— Que foi? Não sabe responder onde estava? É isso? Então pensa!

O rosto transtornado de Thiago estava a milímetros dos de Laura e ela sentia o seu hálito tomado pelo álcool.

— Eu fui até a Construtora...

— Que porra você foi fazer lá?

— Estava preocupada com você.

— O que te falei pela manhã? — Thiago a segura pelo braço afundando seus dedos em sua carne. — Você é burra?

— Me solta, por favor! — ele faria o contrário. — Desculpa tá! Estava preocupada com o que ia acontecer com você e pelo que noto tinha razão de estar.

— Mentirosa! — Thiago a solta e segue em direção à geladeira na cozinha, ia atrás de mais uma garrafa de cerveja. — Preocupada comigo! Me poupe! Estava curiosa isso sim, por isso foi lá, não aguentou esperar eu voltar.

Thiago abre a long neck bebendo praticamente todo o seu conteúdo em apenas um gole e então se voltou para ela com outro olhar. E Laura tinha ainda mais medo deste.

— Ok. Você foi lá me encontrar e porque não te encontrei? O que deu errado Laura? Já tem muito tempo, você não ficou lá esse tempo todo tentando me achar, ou eu estou ficando louco?

— Eu conheci o seu irmão, estava com ele.

Thiago estaca como se o que ela tivesse falado em um idioma que ele não conhecesse. Não conseguia compreender aquela informação. Era algo que não se encaixava.

— Que irmão? Que porra você está falando?

— Eu imaginei mesmo que você estaria confuso, ele também está.

— Que porra você está falando? Ele quem?

— Bruno Salles.

— Por que diabos você estaria com ele?

— Eu até lá atrás de você, mas esbarrei com ele na entrada. Ele é praticamente a sua cópia e eu...

— Cópia porra nenhuma! Não somos nada parecidos, inventa outra desculpa.

— Não é desculpa. Eu sei que você está confuso, pelas coisas que ele me contou também estaria, mas coloca-se no meu lugar, como eu poderia saber que são gêmeos e idênticos. O que difere vocês são as roupas e a forma como usam os cabelos. — e temperamento, essa parte Laura guardou para si.

— E aí gostou daquela versão?

— Do que você está falando?

— Deve ter gostado, passou a tarde toda com ele.

— Thiago não estou entendo o que quer insinuar, fomos até uma cafeteria, ele me contou o aconteceu e eu fiquei chocada com tudo que me disse.

— Chocada! Comigo ou com ele? Afinal ele não sabe o infeliz do pai dele fez comigo. — Thiago novamente avança em direção a Laura, deixando presente todo seu tamanho e imponência diante da pequenez e fragilidade dela. — Ele saiu antes que toda a merda fosse lançada no ventilador, nem um respingo caiu naquela sua roupa chique.

— Então me conta! Meu amor! Olha para mim e me conta! Fala comigo, não se fecha como sempre faz.

Laura ignorando o perigo que Thiago representava naquele momento aproximou uma de suas mãos sobre seu rosto. Estava quente. Ele ardia. Thiago a encarou com ressalvas removendo a sua mão e tornando a beber da cerveja. Caminhou vagarosamente até o sofá e ali sentou encarando a televisão desligada a sua frente.

— Aquele homem que se diz meu pai, é puta de um sacana. — Thiago para surpresa de Laura decidiu quebrar seu silêncio sobre fatos que acontecem em sua vida e diante daquela brecha Laura acomodou ao seu lado, porém mantendo distância. — O filho da puta engravidou aquele lixo de mãe para poder ter um filho já que a esposa dele não podia ter. Pegou a primeira vagabunda que viu. Idiota!

Thiago encarou Laura com desdém e muita mágoa. Era como se ele pudesse ver o rosto de sua mãe debochando dele novamente. Thiago detestava ser guiado até essas lembranças e por esse motivo sempre mantinha sua vida enclausurada como se fosse uma besta que necessita ser contida para não lançar o caos sobre a Terra.

— Ele só não esperava que a puta ficasse grávida de gêmeos.

Thiago lança uma gargalhada alta e ameaçadora. Laura podia sentir toda a dor que ele deixa sair com a aquele ato. Tinha vontade de envolvê-lo em seus braços, mas também sabia que ele nunca a permitiria. Manteve-se apenas ao seu lado escutando.

— Sabe o que ele fez? — Thiago a encarou nos olhos. — O infeliz pegou o bebê da esquerda, como se estivesse escolhendo um peixe no cais e foi embora deixando o outro para as gaivotas.

— Meu Deus! Thiago!

Laura já não podia mais manter a distância e o puxou contra si para um abraço de conforto. Aquele que fica explicito que não estamos sozinhos, que alguém também compadece de nossa dor. E ela compadecia.

— Me larga! — Thiago a afasta bruscamente, tornando a levantar a sua voz. — E você lá com o que teve sorte. O que achou dele? Provavelmente muito melhor que eu, não é? O cara teve tudo, estudo, dinheiro.

— Não fala assim, você sabe que eu não ligo para isso. Eu amo você pelo o que você é.

— Mulher é tudo igual! Você vai se encantar pelas roupas, carros e a educação dele, eu sei. Se já não se encantou devido ao tempo que passou com ele.

— Meu Deus!  Como pode pensar isso de mim? O que aconteceu hoje foi uma infeliz confusão. Eu sei que você está transtornado com toda essa revelação e não consegue perceber o quanto são parecidos fisicamente...

— Quando foi que eu usei a porra de um terno Laura? Nunca!

— Mas Tim...

— Para de se justificar! E de defender aquele filho da puta, porque é isso que ele é! E não estou xingando a mãe que gerou aquele desgraçado era de verdade uma puta e das burras!

Thiago segue em busca de mais cerveja com o olhar de Laura em suas costas. A noite deles estava apenas começando. A caixa de Pandora foi aberta. A besta estava à solta.

— Você sempre me perguntou sobre ela não foi? Vamos lá falar da puta.

— Não precisa falar disso agora.

— Cala a boca e escuta!

Laura se calou e colou seus braços ao longo do seu corpo como em forma de proteção, já não mais o encarava nos olhos. O corpo largo dele tornou a ocupar o outro lado do sofá levando para ela todo o calor de sua ira.

— Aquela vaca, trazia homens para casa e transava com eles ali na frente de um menino de três anos. Passei minha infância inteira vendo os homens em cima dela, batendo nela, e o que era pior; ela gostava. Lembro me de uma noite, devia ter uns sete anos, era inverno e ela me deixou para fora, porque o cara que estava não queria o filhinho dela ali. Fiquei lá na varanda quieto, porque se a chamasse levaria uma surra. — Thiago a encarou, Laura mantinha seu olhar baixo, mas sentia a dor em suas palavras. — Um dia você me perguntou dessa cicatriz que tenho nas costas, pois então, minha adorável mãe me deu quando tinha cinco anos. Quase morri naquele dia, mas gente pobre é assim, me liberaram e deixaram que ela me levasse novamente para a loucura de sua vida. Então nesse dia na varanda também quase morri de hipotermia, se não fosse nosso vizinho o senhor Silva. Outro idiota! Gostava dela, me pegou e levou para casa dele e cuidou de mim. Ele foi o mais próximo que tive de um pai, até hoje não entendo o porquê de ele ter se casado com ela e me dar seu nome. Dois anos depois ele morreu, já era velho. Ai o inferno ficou ainda mais quente. Ela passou a ir para rua, bebia demais, se drogava. Um dos "clientes" dela...

Pela primeira vez desde que se conheceram Laura via Thiago chorar com dor e sinceridade.

— Tim não precisa dizer mais nada, quanto sofrimento você passou.

— Calma, agora que vai ficar bom, escuta. Esse cliente... — Thiago limpou a voz que teimava em ficar embargada — Terminou com ela, mas não estava satisfeito, então ele entra no quarto do garoto de doze anos e o estupra. Sabe o que ela fez? Nada. Apenas me olhou com desprezo e disse: "você nem era para estar aqui, seu pai não te quis e me deixou com esse fardo." Foi quando eu fui morar nas ruas e na casa de alguns amigos. Quando tinha uns dezessete eu passei a fazer companhia a mulheres mais velhas, percebi que elas me davam coisas, me sustentavam, pois é acabei virando minha mãe. Até que conheci a Sra. Malcolm, fui morar com ela. Essa mulher fez com que eu aprendesse uma profissão, como eu roubava as coisas e carros, me interessei por mecânica, trabalhei um tempo em uma, e gostava, parei com tudo, me dediquei sabe. — Nesse ponto Laura já o olhava novamente nos olhos, Tim esboçava um sorriso, como se naquele ponto de suas lembranças amargas alguma doçura aparecesse. — Ai alguns anos depois ela me deu a oficina. Foi a melhor pessoa que tive em minha vida até conhecer você.

Dessa vez ele não a afastou. Deixou que Laura o envolvesse em seus braços e foi além. Deixou que toda aquela mágoa que manteve em seu peito por todos esses anos saísse em suas lágrimas. Ela sabia que ele teve uma vida dura, mas não imaginava a gravidade. Agora compreendia suas revoltas, era um homem traumatizado. O que Laura ainda ignorava naquele momento é que o comportamento dele para com ela não tinha justificativas, nem por esse por esse passado de abusos.

— Laura! — Thiago segurou com suavidade em seu rosto. — Me prometa que nunca vai me deixar. Eu não saberia viver sem você.

— Não irei meu amor! Não irei.

E dessa forma Thiago deixava claro toda a açãode domínio que mantinha sobre Laura sem que ela se desse conta e ela oconfortou durante toda a noite. Exatamente como vinha fazendo desde o primeirodia em que o viu e ali colocou a sua vida em suas mãos.    

xXx

Gostou do capítulo que tal deixar aquela estrelinha? Amou que tal indicar para os amigos? Adoro receber comentários! 

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