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Capítulo 10

O asfalto passava muito rápido embaixo de seus pés como os pensamentos destrutivos em sua mente. Aquele caminho não lhe era conhecido. Não saberia dizer se chegou a ir até aquela parte da cidade, porém seu coração naquele momento o guiava até lá.

Thiago parou diante de um portão de ferro monumental, ao lado esquerdo uma guarita onde o guarda olharia pelo vidro ao mesmo tempo em que Thiago removeu o capacete e antes que pudesse dizer qualquer coisa o portão se abriu e a voz do guarda foi emitida de forma metálica pelo interfone.

— Boa noite Sr. Salles.

E foi exatamente nesse momento que agradeceu pela semelhança com o outro. A passagem estava livre sem empecilhos ou pedidos de explicação. O patrão havia chego e estava livre para adentrar em sua morada. Só que ele não era dono de nada daquilo, a única coisa que lhe interessava era ter Laura de volta e fora isso que foi fazer lá, busca-la.

Durante o trajeto até o grande casarão o sentimento de repulsa pelos Salles só aumentava. Jardins imensos, quadra de tênis, piscina, enquanto que ele viveu e ainda vive em um quarto e sala.

Deixou a moto diante da entrada onde uma porta duas folhas na cor vermelha se fazia presente. Vasos com flores também emolduram aquele portal e novamente mais desprezo por tudo aquilo. Sua mão firme envolveu a maçaneta e a porta abriu. Outro baque para seus olhos. Era luxo demais para ele assimilar e por conta disso manteve-se estagnado no hall de entrada encarando a grande escada que o levaria para os quartos.

— Menino! O que faz aqui?

Marisa vinha da biblioteca em direção à cozinha e daria de cara com Thiago.

— Achei que fosse ficar no centro. Que roupas são essa?

Thiago avaliou a mulher. Ela o estava confundido com o outro, algo que ele ainda julgava ser impossível, não conseguia ver semelhanças entre eles.

— Não sou aquele filho da puta.

Marisa inclinou a cabeça abrindo um pouco mais seus olhos pequenos e cansados, e ali constatou a verdade aquele homem não era o menino que criou.

— Você é o outro filho do senhor Bernardo! Dona Silvia havia comentando que eram iguais, mas não imaginei que fossem tanto.

— Eu não sou nada parecido com ele!

Thiago com ódio no olhar se aproximou de Marisa que daria dois passos para trás.

— O que deseja aqui?

— Vim buscar ela.

— Ela quem?

— Escuta aqui sua velha...

— Olha como fala comigo rapaz! Se continuar assim vou chamar os seguranças.

— Marisa o que está acontecendo?

Silvia do andar de cima escutou vozes alteradas e isso raramente acontecia em seu lar e do último degrau ela o avistou e suas pernas amoleceram.

— Cadê aquele filho da puta!

Thiago gritava aquelas palavras olhando diretamente nos olhos de Silvia.

— Ele não está aqui.

Silvia responderia impassível descendo alguns degraus.

— Marisa pode se retirar eu cuido disso.

— Senhora Salles não acho prudente. Devemos chamar os seguranças...

— Marisa, por favor, faça o que mandei.

Contrariada Marisa deixaria os dois e seguiu para cozinha colando suas orelhas contra a porta.

— Onde ele está?

— Poderia lhe fornecer uma lista imensa de lugares onde ele poderia estar. Tudo depende de quem.

— Não entendi.

— Entendeu sim. Se ele estiver com a sua garota há duas opções, mas não acho uma boa ideia você encontrar com ele nesse estado.

— Eu vou acabar com ele quando o achar.

— Acredito que seria o contrário, mas enfim, quem sou eu para te contrariar.

Silvia nesse momento estava diante dele, apenas um palmo os separavam e aquela distância fora suficiente para reacender o desejo em sua memória mesmo sabendo que ele não mais compartilhava do mesmo.

— Venha comigo.

Silvia lhe dá as costas e segue em direção à próxima sala. Thiago deixou ser levado. Silvia para ganhar tempo serviria um copo com uísque.

— Beba. Vai te fazer bem.

— O que vai me fazer bem é encontra com esse filho da puta.

— Acho interessante a forma como se refere a ele.

— Porque é o que ele é! Filho de uma puta como eu. E pior ele tem tudo. Sempre teve tudo e agora está querendo roubar a única coisa de bom que possuía.

Silvia permaneceu em silêncio. Colocou alguns gelos em seu copo e sentou no sofá. Thiago a observava com mais irritação, aquela impassividade lhe corroía por dentro como um ácido.

— Vai me dizer...

— Eu só não entendi uma coisa. Como se conheceram? Pelo que eu saiba ele nunca te procurou.

— Se conheceram após a leitura quando ele saiu antes da sala.

— Para o seu azar. Como ela é?

— Que isso tem haver?

— Apenas me responda.

— Ela é a mulher mais bonita, inteligente e amorosa que conheci em toda essa merda de vida!

— Eu acredito em você, pela forma que está não há dúvidas. Você não parecer ser um homem que se deixe abalar por mulheres. E pode não parecer, mas sinto muito por tudo isso. Sua vida virou de cabeça para baixo. — Silvia dá um longo suspiro e lhe encara. Ela podia ler a dor no rosto dele. Quase que podia sentir sobre sua pele e teve pena daquele ser. — Não a conheço, mas conheço-o e tem dois locais que ele poderia estar com ela, caso realmente esteja.

— Ele está! Me passa o endereço.

— Porém tenho de te alertar sobre esses lugares. Há diferenças em suas intensões. Um serve como descarte, algo de uma noite, mulheres sem importância para ele ficam neste e no outro somente aquelas pela quais tem apreço, porém faz muito tempo que ele não tem apreço por ninguém.

O olhar de Thiago ficaria mais duro. Em sua mente passavam tantos sentimentos que ele mal conseguia processar. O que ele teria escolhido para Laura. Nenhuma opção era boa para nenhum deles.

— Vai falar logo ou vai ficar nesse jogo?

— Não é nenhum jogo Thiago é apenas uma alerta.

Silvia descartou seu copo ainda pela metade o de Thiago já estava vazio. Ela caminhou até uma escrivaninha. De lá pegaria um maço de papéis e escreveu o endereço das duas propriedades em que Bruno poderia estar.

O papel sairia de sua mão firme para as trêmulas de Thiago. Ele não leu, apenas guardou no bolso traseiro de sua calça jeans. Viu-se refletido nos olhos dela e não gostou nada do que viu e assim lhe deu as costas seguindo em direção ao caminho que o levou até ali.

— Por que a pressa? Se ela estiver lá mesmo o que você mais teme já aconteceu.

Thiago não respondeu apenas ficou parado entre a grande escada e a porta de entrada.

— Vem comigo. — Silvia lhe tocou no ombro e ele sentiu aquele toque como brasas lhe queimando a pele. — Vou te mostra a casa onde você poderia ter crescido. Faço questão que a conheça.

— Pra que isso? O que fiz para você? — Thiago se voltaria para ela com ódio no olhar. — Te comi mal, foi isso? Ou tá querendo mais?

— Não é nada disso! E não devemos tocar naquilo, foi totalmente inapropriado...

— Mas não te impediu de gozar.

Silvia naquele momento pela primeira vez deixou transparecer seu constrangimento diante do fato de ainda o desejar e saber que ele estava ali por outra e não por ela a machucava profundamente e mostrar para ele o local que ele poderia ter crescido era a sua forma de punição.

— Quer saber? Me mostra tudo! Vai ser bom para alimentar ainda mais o ódio que sinto por todos vocês!

Thiago não a esperaria. Com passadas largas e rápidas chegaria ao segundo andar em instantes com Silvia tendo de correr se quisesse lhe alcançar. Ele avançava corredor adentro quando estacou diante de um quadro enorme pintado em tinta óleo.

— É ele?

Silvia chegaria ofegante ao seu lado e encarou o rosto sorridente do seu marido em uma idade muito próxima ao do homem ali ao seu lado e então constatou o óbvio. Era mesmo pai daqueles garotos as semelhanças eram tão evidentes que se sentiu uma idiota.

— Bernardo. — Silvia disse aquele nome em um sussurro, como se lhe doesse.

Thiago em silêncio se aproximou. Encarou aqueles traços pintados à perfeição era como se a imagem criasse vida e o ódio aumentou em seu peito com uma força descomunal. Ele sentiu algo semelhante a isso somente na vez que o cliente de sua mãe o estuprou, a diferença daquela vez para essa estava na sua força. Dessa vez ele podia se defender e assim o fez.

Com um filme da sua vida passando diante dos seus olhos Thiago destruiria aquela imagem, destinando aquele ato toda a sua dor. Silvia o acompanhava de perto sem medo, sentia na verdade alívio pelo que ele estava fazendo, desejou ter tido aquela coragem. Desde que soube de todas as mentiras e traições de Bernardo desejava destruir tudo que lembrava ele. Marisa com todo aquele barulho chamaria os seguranças e esses chegaram ao momento exato de proteger Silvia quando a ira de Thiago extrapolou a destruição do quadro e partiu para a mulher que lhe afrontava.

— Leve-o daqui! — Silvia tentava balbuciar algumas palavras, sentia ainda a pressão das mãos dele sua garganta. — Tirem esse homem daqui!

Thiago estava imobilizado sendo segurado por dois homens com o dobro do seu tamanho. Nesse momento já não demonstrava mais resistência, apenas deixava transparecer seu sorriso de vitória.

Seria jogado como lixo na rua junto de sua moto. Ele sabia que seria assim. Ele conhecia esse tratamento. Mas estava satisfeito naquele momento. A satisfação era tanta que se esqueceu de Laura. Entraria no primeiro bar que encontrou. Após algumas cervejas tomadas é que a lembrança do motivo de ter ido até lá retornaram em sua mente. Encarou o bilhete. Observou bem os dois endereços e as informações de que cada um representava, Silvia havia feito questão de lhe dar.

Pediu mais uma cerveja guardando o papel de volta em seu bolso. Aquilo podia esperar. Se tivesse com ele, nada mais poderia fazer e ela também podia voltar. Laura poderia estar a sua espera na oficina e desejando acreditar naquilo foi para lá que seguiu, de volta ao caminho do seu lar. 

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