- V e r d a d e s -
"Temos que ir Wat.
Não posso deixar Hannah para trás
Wat!
Não se preocupe Wat, apenas durma."
Acordo assustada por causa do estranho pesadelo e, observo o quarto onde estou, então fecho os olhos com força,me lembrando que tudo que ocorreu na noite anterior foi real. Abro os olhos novamente, agora observando melhor o quarto e,reparo que todo o ambiente é feito de madeira, até mesmo o piso,ao terminar de olhar o quarto vejo a janela ao lado da cama em que estou deitada.
Me levanto ainda atordoada e,vou direto para a janela ver em que lugar estou. Puxo às cortinas brancas para o lado e,sinto os pequenos raios de sol aquecer o meu rosto, minha visão fica turva devido a luz mas aos poucos volta ao normal. Consigo ver um lago extenso onde do lado, tem uma grande mesa de madeira em que Hannah e Todd estão sentados,observo Lizzy e Mark juntos em pé, Molly escorada em um Mustang branco e Matt de costa usando apenas uma calça de moletom, enquanto tem sua mão enfaixada e um curativo no pescoço.
Todos estão reunidos como se estivesse esperando, que enfim eu acordasse, para saber a verdade.
Me afasto da janela e vou até a porta e a abro com cuidado,vejo que estou no segundo andar da casa onde a dois corredores, opto descer as escadas até encontrar a saída.
Término de descer as escadas,e abro a primeira porta que encontro na minha frente,ao fazer isso,sou atingida pela brisa leve com aroma de capim dourado, inspiro fundo e observo a bela vista que tenho.
Indecisa saio da casa e ando lentamente pelo campo,escuto o canto distante dos passarinhos e,sorrio leve com vento bagunçando meus cabelos, é um lugar perfeito para se morar até se envelhecer.
Olho para trás e lá vejo às pessoas que menos queria ver,eles ainda não perceberam que eu sair da casa, então desanimada me encaminhou na direção a eles. Sei que eles vão tentar se explicar,mas eu não quero mais ouvir mentiras, não quero me sentir enganada,isso não vai acontecer mais por que agora eu quero distância deles.
Já próxima deles,vejo Lizzy me olhar com súplica e Molly com lástima, Hannah abre a boca para dizer algo mas volta a encarar os próprios pés, Todd apenas bagunça seus cabelos e suspira derrotado, Mark faz uma careta e olha para o céu nublado e Matt fecha os olhos com força,como se estivesse procurando às palavras certas.
- Então alguém pode me dizer, que aquilo foi apenas um pesadelo? - digo incerta.
- Infelizmente não foi um pesadelo. - diz Molly.
- Como não!? Era apenas lobos certo!? - digo assustada.
- Não era apenas lobos,e sim lobisomens. - diz Todd que aos poucos vai se transformando em um imenso lobo.
Fico sem fala e surreal o que vejo, não acredito que eles sejam sobrenaturais.
- Isso não existe! - grito indignada.
O lobo se aproxima como se estivesse tentando se comunicar,me afasto assustada ainda incrédula por descobri a verdade.
- Wat eu sinto muito por ontem. - diz Lizzy desesperada.
- Sente muito!? - digo cínica.- Você deveria sentir muito, quando não me contou a verdade! - digo indignada.
- Wat não queríamos te por em perigo. - diz Hannah sem jeito.
- Até você Hannah!?- grito irritada. - Eu confiei em você! Pensei que você confiava em mim! Mas eu estava enganada! - digo com desprezo.
- Wat..
- CALA A BOCA MOLLY - grito furiosa. - Você é a menos que tem direito de se lamentar aqui! Por dois anos! Dois anos! Você não me contou sobre essa merda! Dois anos de uma falsa amizade! Porra vocês são o quê!? Monstros traidores! Eu odeio vocês! - grito entre lágrimas.
- Poxa vocês eram tudo o que eu podia chamar de família e,agora vocês me deixaram tão perdida, tão confusa, tão excluída da porra da origem de vocês. - digo magoada.
- Eu juro que iria te contar a verdade,mas tive medo que você não acreditasse, não queria acabar com sua "realidade". - diz Matt cauteloso.
Assim que Matt termina de falar,eu começo a rir com escárnio o deixando confuso.
- Jura que iria contar a verdade? Quando!? - digo rindo de nervosismo. - Como você foi desprezível Matt, esteve do meu lado,disse coisas bonitas de se ouvir,mas não no fim não passou tudo de uma droga de mentira não é mesmo? - digo cínica. - Quer saber eu odeio o tipo de você,manipulador, egoísta e mentiroso! - grito irritada e deixo um tapa em sua face, que faz seu rosto se virar levemente.
- EU TE ODEIO!- grito. - E ODEIO VOCÊS, QUE DIZIAM SER AMIGOS! - grito indignada.
- CHEGA WATSON! - grita Matt irritado. - O único culpado aqui sou eu! Eu que impedir deles dizerem a verdade,eu que devo ser odiado não eles. - diz sincero. - Enquanto você diz suas merdas, Lizzy estava tendo problemas com seu ex noivo estrupador,mas sabe o que ela fez!?escolheu você e deixou seus problemas para depois,e fingiu que estava bem, para não preocupar você,e Hannah perdeu o bebê,mas mesmo sofrendo foi com você para a balada e tentou mostrar estava bem mesmo que estivesse se sentindo acabada. - diz irritado. - Você não tem o direito de julgar eles,pois sempre estiveram do seu lado, ignorando as próprias dores só se importando com você. - diz sincero.
- Lizzy...- sussurro assustada em saber sobre seu ex noivo.
Por que não me disse antes. Penso entristecida.
- Hannah..- digo entre lágrimas ao lembrar do bebê.
Eu sinto muito,no final eu é que sou o monstro, egoísta e prepotente. Penso arrependida.
- Tudo bem eu não vou mais causar problemas para vocês. - digo limpando às lágrimas.
- Wat não foi isso..que eu quis dizer...
- Chega eu já entendi, só que eu me sinto mais quebrada do que antes,e eu que pensava que estava protegendo vocês. - digo me referindo as meninas. - No final era vocês que me protegia o tempo todo. - digo desanimada.
- Me desculpe,mas eu não quero ser mais um peso para vocês. - digo saindo correndo.
- Wat espera! - grita Lizzy preocupada.
- Deixe ela ir. - diz Matt.
Corro sem olhar para trás,sinto as lágrimas molhar o meu rosto e deixa, minha visão turva,quero correr até ficar sem ar, quero deixar de existir.
"Está olhando bem!? Foi você que causou isso. "
"Você gosta da tortura não é mesmo querida?"
"Você não é igual a nós sua maldita!"
Relembro do passado, e não consigo esquecer a voz do monstro, que um dia chamei de pai. Ficou sem ar com as lembranças e,sinto minhas pernas fraquejar.
Eu não consegui evitar, perdão mãe,eu falhei outra vez,eu falhei com a Hannah e,deixei a história acontecer outra vez. Penso entristecida.
Continuo correndo pelo campo e, percebo que aos poucos estou entrando na floresta,quero tentar esquecer o passado mas tudo parece voltar a tona.
Corro rápido mas acabo caindo assim que sinto uma forte dor no estômago, então começo a vomitar e o sangue escorre do meu nariz,sinto falta de ar e minha visão fica turva apenas percebo o meu corpo,se encontrando com chão de terra úmida.
*****
Escuto um barulho de trem se locomover, então abro os olhos lentamente e acabo me assustando, quando percebo que estou deitada em um banco de couro,olho ao redor e vejo que estou realmente dentro de um trem,vejo árvores ficarem para trás enquanto o trem vai ganhando um pouco de velocidade.
Como vim parar aqui!?. - Penso confusa.
Escondo o meu rosto entre minhas mãos e,solto um suspiro desanimado.
Quando tudo começou a ficar tão confuso assim ?. Penso frustada.
Me sento do lado da janela, tentando saber para onde o trem está indo,observo a paisagem desconhecida e me sinto perdida, até que alguém toca em meu ombro chamando minha atenção.
Olho para o lado e vejo o homem loiro de barba sem fazer,ele tem um leve sorriso no rosto, seus olhos me parecem familiar e seu sorriso,diz que já nos conhecemos de algum lugar.
- Mundo confuso?
- No momento sim. - respondo sem jeito.
- Posso?. - diz se referindo a sentar ao meu lado.
- Claro.
Reparo que seus cabelos está levemente grande e,seu terno escuro e lhe aparenta ser um mistério,ele se senta ao meu lado e então tira uma folha de papel de dentro de seu terno e começa a fazer algumas dobraduras.
- Você já está melhor? - diz preocupado enquanto mexe com o papel.
- Ah eu estou. - digo distraída. - Mas por quê a pergunta? - digo confusa.
Ele sorrir leve antes de dizer.
- Te encontrei desmaiada na floresta, então resolvi te trazer para o trem era melhor do que deixar sozinha, correndo perigo. - diz me observando.
- Obrigada pela ajuda. - digo envergonhada. - Mas qual é o destino do trem ? - digo preocupada.
- Bem ele tem dois destinos,o primeiro te leva para a casa onde estão seus amigos,e o segundo te leva para Phoenix sua cidade natal não é mesmo? - diz distraído com o papel.
Phoenix, quanto tempo eu não escutava esse nome,mas como ele sabe que é a minha cidade natal? - Penso intrigada.
- Como você s..
- Você me lembra a sua mãe. - diz me interrompendo. - Parece que foi ontem que te vi brincando com as folhas de outono. - diz me observando. - Você cresceu rápido,ela estaria orgulhosa da mulher que você se tornou. - diz voltando sua atenção para o origami.
- Você a conheceu ? - sussurro abalada pelo que disse.
- Ela faz muita falta não é? - diz pensativo.
- Faz. - digo com os olhos marejados.
- Passe o tempo que for, Kaya nunca será esquecida, afinal você é a prova viva de que ela viveu nesse mundo. - diz segurando minha mão.
Apenas sorrio concordando com sua opinião.
- Então já decidiu qual o seu destino? - diz intrigado.
- Phoenix. - digo contendo minhas lágrimas.
- Boa escolha. - diz sorrindo.
Então o misterioso homem se levanta e, me entrega um passarinho de origami que havia feito durante nossa conversa.
- Solte o quando enfim decidir se libertar do passado. - diz se referindo ao passarinho de papel em minhas mãos.
Ele termina de dizer e segue em frente,sem olhar para trás ou ao menos dizer "adeus".
- Ei espere ! - digo me levantando. - Quem é você!? - digo confusa.
O homem se vira para me encarar com um sorriso no rosto.
- Eu me chamo Marco,prazer em lhe conhecer Watson. - diz sorrindo.
Como ele sabe o meu nome? Como ele sabe do meu passado? Vamos nos encontrar novamente?. Penso confusa.
Então antes de sair do vagão,ele olha para trás novamente.
- Não se preocupe ainda vamos nos reencontrar novamente. - diz como se estivesse lendo meus pensamentos.
Ao dizer isso,ele se vai para o outro vagão e eu já não lhe vejo mas.
*****
Ainda desorientada em ter conhecido o estranho Marco,volto a me sentar e continuo a observar a paisagem, só que agora segurando o pequeno pássaro de origami.
- Watson!? - diz uma voz familiar.
Olho em direção a dona da voz e,me deparo com Mercy segurando um instrumento musical,em uma capa preta.
- Mercy !? O que faz aqui? - digo incrédula.
- Eu é que te pergunto isso! - diz assustada.
- O Matt mand..
- Opa espera aí, só pra saber o meu hobbie favorito é andar de trem eu gosto do som que eles faz, então não, ninguém me mandou te procurar. - diz sincera. - E droga! Eu fiquei sabendo ontem do ataque dos Hunters,mas não consegui chegar a tempo,e droga outra vez! Por que você descobriu a verdade da pior maneira. - diz desanimada.
Mercy acaba se sentando ao meu lado, enquanto ajusta o instrumento em seu colo.
- É parece que as lendas são verdadeiras. - digo descrente.
- Toda lenda ou história é real Wat,para terem existido elas precisam de uma origem, só os humanos que preferem acreditar não velha "ficção". - diz com suspiro desanimado.
- Então quer que eu acredite que também existe aliens? - digo irônica.
- Por quê não!? Se existe outros planetas,por que não teria habitantes? Talvez alguns seja inabitáveis para nós,mas talvez não para outros seres. - diz pensativa.
- Mas é difícil acreditar em lobisomens,bruxas e vampiros. - digo desanimada.
- Mas não é impossível acreditar certo? - pergunta esperançosa.
- Certo. - concordo revirando os olhos.
- Você e o Matt como estão depois disso tudo? - diz preocupada.
- Acabou,eu não quis perdoar,acabou tudo que começamos a ter,acabou a confiança,acabo qualquer requisito de sentimento que eu tinha por ele. - digo sincera.
- É cedo demais para dizer que acabou tudo entre vocês. - diz pensativa.
- Talvez,mas agora eu não quero pensar nisso. - digo tentando mudar de assunto.
- Certo, bonito passarinho de papel que você tem. - diz observando o origami.
- Também acho. - digo abrindo a janela.
- Eu pensei que nunca mais veria um desse novamente. - sussurra baixinho.
- O quê disse? - digo confusa.
- Ah eu disse para onde você vai? - diz sem jeito.
- Phoenix.
- Então eu também vou! - diz animada.
- Mercy não é preciso...
- Mas eu quero ir, não se preocupe eu vou me comportar direito. - diz com uma voz de criança fazendo nós duas rir.
- Ok Mercy. - digo com um suspiro derrotado.
Me levanto e vou até a janela e Mercy me acompanha,eu seguro o pássaro de origami e deixo minhas mãos erguidas para fora da janela,o vento logo leva o passarinho branco de papel para longe.
- Eu vou me libertar do passado. - sussurro determinada enquanto o vento sopra contra meu rosto.
Mesmo de longe posso jurar que vi o origami,se transformar em um pássaro de verdade, que começou a bater asas para longe,olho para Mercy,para saber se ela também viu o pássaro,ela apenas sorrir cúmplice,como se já esperasse por isso.
- É típico dele fazer isso. - sussurra enquanto sente o vento bagunçar seus cabelos, que agora estão em um tom de cinza esverdeado nas pontas.
Aquela tarde Mercy e eu passamos a viagem inteira, sentindo a leve brisa da natureza e escutando o som do trem, que nos fazia sorrir feito bobas.
______________♥_______________
Obs: Foto na multimídia é o lugar onde Wat acordou; A foto do origami de pássaro e o homem na foto é Marco;
Bem no capítulo repassado,eu tinha feito uma brincadeira com vocês, então a resposta correta é Tam! Tam! Tam! Tam! : B) No apartamento da Wat ✓
Parabéns pela maioria ter acertado,e obrigada por participar dessas brincadeiras :)
AGORA VAMOS BRINCAR + !?
EU ACHO QUE ESSA TÁ DIFÍCIL,MAS QUEM GOSTA DE DESCRIÇÃO DOS PERSONAGENS,VAI CONSEGUIR ACERTAR ESSA.
ATENÇÃO ESSAS GAROTAS SÃO PRÓXIMAS DA WAT,QUEM É ELAS !?
OBS. A WAT NÃO ESTÁ NA FOTO.
No próximo capítulo eu venho com a resposta, espero que acertem ;)
Bjs até breve ♥
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