- B ô n u s -
Todd
Aquela imagem nunca seria apagada da minha mente,primeiro eu a vi tão perfeita e ideal naquele vestido,ela seria minha esposa e a parti daquele momento seríamos felizes,teríamos vários filhos e sempre acordaria com seus "Eu te amo". Mas então rapidamente eu a vi sangrar caída no chão,ela foi decapitada diante dos meus olhos,e eu não pude evitar ou se quer lhe proteger,agora me sinto devastado,sem ar,perdido na dor em meu peito, as lágrimas sufoca o desespero em minha mente,viver em mundo sem Molly é viver em lugar sem sentido,aquele vazio estava me consumindo.
- Todd!
- Todd! - grita Mercy preocupada.
Meus sentidos estavam fracos, eu só estava em transe ainda não tinha aceitado a morte da minha companheira.
- O que foi ? - digo desanimado.
Os Dexter haviam ganhado a luta,Matt e Mark tinham se entregado e, então fomos obrigados a recuar para nosso bem,agora Mercy me encarava preocupada.
- Todd eu preciso de você. - diz se ajoelhada na minha frente. - Sei que é difícil esse momento,mas por favor volte,não deixe o luto assumir agora,preciso da sua ajuda. - diz segurando minhas mãos.
- Mercy, a Molly se foi, ela morreu decapitada,você tem noção do quanto isso está doendo em mim,eu a perdi para sempre,nossa Molly se foi. - digo sentindo o tremores dos meus ombros enquanto choro novamente,sinto essa dor insuportável me consumir lentamente.
Mercy afaga meus cabelos e me abraça.
- Sinto muito Todd,eu sinto muito,a Molly não vai voltar,mas agora não podemos parar. - diz erguendo meu rosto.
- Eu não consigo...
- Matt e Mark serão executados daqui a dois dias. Precisamos tirar eles de lá, não vamos nos esconder enquanto eles vão morrer,não posso deixar isso acontecer é por isso que preciso de você,todos precisam de você. - diz sincera. - Temos muitos feridos,Catarina está com uma hemorragia,eu preciso ir atrás de ajuda, mas não posso fazer isso sabendo que eles vão estar sem proteção enquanto se recuperam. - diz preocupada.
- O que você quer que eu faça?
- Quero que cuide deles e os proteja enquanto eu procuro por ajuda. - diz séria. - Por Molly,Todd vamos nos vingar. - diz sincera.
- Por Molly. - digo determinado.- Vá Mercy encontre um jeito de acabar com a raça deles.
- Pode deixar. - diz determinada. - Escutem pessoal. - grita chamando a atenção de todos. - Eu preciso que vocês se recuperem,a luta não acabou ainda,vamos tirar o Matt e Mark. Por Molly!.
- Por Molly!. - gritam em uníssono.
- Nos vemos em breve. - diz indo embora.
Vejo Mercy entrar em seu Mustang e desaparecer aos poucos na estrada de terra.
Estamos em um acampamento improvisado,com poucos recursos mas estou fazendo o que Mercy pediu,agora não é momento de abaixar a cabeça e desistir. É a hora da vingança.
*****
Mercy
Mesmo que minha mente gritava "não faça isso",lá estava eu a caminho do Conselho lupino,só tinha um jeito de tirar eles de lá é esse jeito era encontrar Marco Lincoln,só eu sabia como encontrar ele, por que no fim Marco e eu estávamos interligados isso era inevitável. Mas não tenho muitas opções,ainda tinha a esperança de que um Lincoln nunca abandona outro Lincoln.
Aumento a velocidade do carro apressada para chegar o quanto antes possível,o tempo não estava ao meu favor mas a determinação sim.
***
Após alguns quilômetros percorridos e um vôo,enfim havia chegado,não tinha muito tempo por isso teria que arriscar,puxando o capuz para ninguém me reconhecer,agora estava a caminho do Conselho lupino.
Partenon é um incrível templo de Atenas,que no fundo do seu solo abriga o famoso supremo da história dos lycans,Damarco Parrásio,o qual está disposto a matar os Lincolns devido a quebra do acordo.
Com passos apressados eu passava despercebida,pelos degraus de pedras que iam ao fundo de um túnel subterrâneo,que logo se encontraria em um imenso coliseu. As tochas iluminava ao longo do caminho,não estava entrando pelo salão principal pois sabia que para isso teria que ter autorização dos superiores,aquela passagem pelas escadarias poucos sabiam da sua existência,mas antes que eu pudesse entrar sou impedida por ele,como havia imaginado,sorrio sastifeita ao ver seu rosto com uma expressão aborrecida.
- Você não deveria estar aqui.- diz irritado.
- Não tive opção,preciso conversar com você. - digo me virando para lhe encarar.
Marco não havia mudado muito,seu cabelo estava precisando de um corte,sua barba sem fazer e aquele olhar indecifrável. Antes que eu pudesse abrir a boca para dizer algo,ele já estava me puxando pelo braço para me tirar dali o quanto antes.
- Tá machucando. - resmungo me referindo ao aperto em meu braço.
- Mas que merda Mercy! - grita irritado me soltando. - Você não deveria nem ter chegado aqui. - diz sério.
Não podia considerar um privilégio ou não mas o controle de Marco Lincoln acabava quando se tratava de mim. Ele não conseguia manter a postura de calmo e sensato,ainda estava em dúvida se eu podia gostar disso ou não,pelo menos algum efeito sob ele eu tinha mesmo que fosse de raiva.
- Você sabe muito bem por que estou aqui.
Continuamos andando em passos rápidos até sairmos de Partenon,assim que saímos ele me conduz até um carro preto de onde partimos o mais rápido possível.
- Para onde estamos indo. - digo observando a paisagem pela janela do carro.
- Vamos para um lugar onde eles não podem te encontrar. - diz irritado.
- Por que se importa?- digo intrigada.
Ele solta uma risada de escárnio e volta me encarar antes de voltar sua atenção na estrada.
- Você ainda pergunta?Será por que você é minha companheira?Ou melhor adivinha??- diz cínico.
- Não pedi para ser sua companheira,não tenho culpa idiota,e não gosto de adivinhações. - digo revirando os olhos.
- A última prova da competição pela supremacia,é matar sua companheira essas foram as ordens de Damarco Parrásio. - diz seriamente apertando o volante.
- Não se preocupe não vou durar muito,preciso tirar seus irmãos e uma amiga de lá então no decorrer dessa fuga,alguém precisa se sacrificar. - digo sincera.
Encaro Marco na esperança de ver alguma reação em sua face,mas o que vejo é apenas um homem que não reconheço mais.
- Então está em uma missão suicida?novidade. - diz desanimado. - A questão é que até agora ninguém soube sobre nós,o fato de você ser minha companheira,para todos você já tinha morrido e é assim queo supremo precisa saber,continue sendo a mesma de sempre o com o companheiro de fachada e vou continuar longe de você pelo nosso bem. - diz sincero.
- Nunca discordei,não vai ser agora que vou correr atrás de você,já fiz isso na infância não preciso mais fazer isso.
- Ótimo. - diz parando o carro em um velho apartamento afastado da cidade.
Saímos do carro e ele me conduz para o segundo andar,assim que ele abre a porta vejo uma garota ruiva usando apenas calcinha e uma camisa,volta a encarar Marco e ele tem uma expressão neutra,como se aquela cena fosse normal ou até mesma cotidiana.
- Você chegou! Ah trouxe visita. - diz intrigada.
- Trouxe e você deveria tá fazendo pesquisas. - diz sério.
- Ah tava fazendo uma pausa,mas já estou subindo. - diz indo em direção ao corredor que no fim tinha uma escadaria.
O corpo dela é perfeito,aquela pele de pêssego onde se encontra? Será a genética das ruivas ? E aquela bunda é dela mesmo ou é só visão de ótica? Mas que diabos estou pensando!?sem chances,literalmente sem chances ele tem um bom gosto e eu sou apenas a maçã estragada dentro do cesto de "inúteis e nada atraentes". Penso histérica e frustrada enquanto vejo a garota subir as escadas.
- Não sabia que gostava de ruivas,ela é uma foda casual ou o quê ? - digo andando pelo que parece ser uma sala só que sem TV.
- Ela é uma amiga,estamos em uma mesma jornada. - diz me observando.
- Amiga?interessante. - digo tentando disfarçar meu incômodo com um codinome chamado ciúmes.
- Por que veio?
- Pensei que ainda pudesse ter sua ajuda para tirar seus irmãos,eles só tem dois dias antes da execução. - digo séria.
- Na verdade eles só tem um dia,eles falam dois quando os condenados tem direito a uma defesa,mas como no caso deles o crime foi de traição e quebra de acordo,não terão direitos aos dois dias isso foi só uma mentira bem dita. - diz pensativo.
- O quê!? Então quer dizer que amanhã eles serão executados? Não temos muito tempo. - digo preocupada.
- Não existe "temos" Mercy eu não vou te ajudar a tirar eles de lá.
- Você acabou de ouvir o que disse?está dando as costas para seus próprios irmãos Marco. - digo irritada. - Eles são sua família,você não pode fazer isso,quando se tornou tão desumano assim? - digo entristecida.
- Quando escolhi o poder,não estou disposto a desisti da minha luta pela supremacia. - diz seriamente.
- Você é um egoísta!. - grito irritada. - Quer saber?Matt estava certo em não querer te considerar mais como irmão,você é covarde,prepotente e egoísta,sinceramente tenho vergonha de ser sua companheira,você já morreu para mim desde aquele dia que foi embora no fim só restou o ódio. - digo rancorosa.
- Não faz diferença alguma suas palavras Mercy. - diz com desdém.
- Matt e Mark não podem significar nada para você,mas para mim eles são meus irmãos e estou disposta a tirar eles de lá custe o que custar. - digo determinada.
- Se quer mesmo fazer essa fuga,vai precisar disso. - diz me entregando um pedaço de papel com um endereço.
- O quê é isso?- digo me referindo ao endereço escrito no papel.
- É o endereço de um galpão abandonado em Phoenix,lá você vai encontrar tudo que precisa,mas tem outra coisa,amanhã faltando um minuto para meia noite começa a cerimônia de execução,eles vão está no salão principal,mas suas celas ficam há três corredores dali,sua amiga a Lizzy,vai estar em calabouço bem mais longe o que vai dificultar tudo,lá se encontra mulheres de todos os tipos e lógico grávidas doidas por liberdade,quando chegar ao galpão você irá encontrar a planta da estrutura do Conselho ou seja vai saber como e onde encontrar eles.
- Certo,acho que agora é minha deixa já que não tenho muito tempo. - digo apressada.
- Tome cuidado. - diz preocupado.
- Obrigada. - digo me referindo ao endereço.
Saio apressada sem ao menos olhar para trás,para ter uma última lembrança de seu rosto,não gostava daquele aperto no meu peito ou aquela vontade de sentir o gosto do seu beijo,era babaquice desejar algo impossível e errado.
*****
Marco
- Você finge muito bem. - diz Hannah me observando após a saída de Mercy.
- Isso não faz diferença. - digo sincero.
- Lógico que faz! Para eles você é o pior de todos,mas eles não sabem o que você realmente está fazendo. - diz me observando. - Ela é sua companheira não é? - diz intrigada.
- O quê? Não,pare de inventar besteiras. - digo sério.
- Não estou inventando,o seu rosto diz tudo,nesse um ano juntos trabalhando nos nossos objetivos,você nunca teve essa expressão de dor e fragilidade,ela te deixa fraco por que você a deseja ao ponto de doer.- diz sastifeita. - Ela é diferente do que eu imaginava,nunca pensei que sua mulher fosse uma garota tatuada e intimidadora,ela se encaixa perfeitamente a você,gosto da determinação e coragem que ela tem pelos seus irmãos.
- Tudo bem já disse tudo o que queria agora tenho que ir. - digo apressado.
- Ela é realmente uma garota invisível aos olhos,você manteve isso em segredo e matou todos o sentimentos por ela,pois sabia que no fim o Supremo iria ordenar que deveriam matar suas companheiras,agora você tem medo que eles descubram. - diz atenta.
- Hanna realmente tenho que ir,fique com suas loucuras.
- Você não contou para ela que amanhã na hora da execução,quem vai realizar é você. - diz intrigada.
- Ela não precisava saber disso. - digo antes de sair.
Tudo que um dia eu fui ou cheguei a ser,foi deixado para trás no momento em que me tornei um renegado dos Lincoln,não posso parar agora não depois do começo que tive que sobreviver com minhas escolhas e ações,mas ver Mercy outra vez era senti que nunca poderia ser o que ela desejava,para o seu bem tudo deveria continuar assim.
*****
Matt
Mark anda de um lado para o outro na cela,o que me deixa um pouco irritado,ficar daquele jeito não vai adiantar muito.
- Você viu a barriga da Lizzy? Ela tá grávida! Como isso é possível!?
- Simples você tem um pênis,e libera espermas aí começa a corrida e o espermatozóide vencedor...
- Matt isso não é hora para piadinhas cara. - diz desanimado.
- Foi você que começou com a pergunta idiota. - digo revirando os olhos.
- Me refir como isso é possível em questão de não ter percebido antes,quando ela se afastou e sumiu de repente nunca imaginei que fosse uma gravidez. - diz preocupado.
- E você pensando no pior,eu vou ser tio tem noção disso?. - digo sorrindo um pouco animado.
- Tem noção que não vamos chegar a ver esse bebê,por que amanhã vamos morrer. - diz rindo de nervosismo.
- Tanto faz. - digo dando de ombros.
- Não começa ativar o seu modo foda-se,só por que Watson se tornou uma vampira,todos nós sabemos que era isso ou ver ela morrer aos poucos. - diz sincero.
- Ela esqueceu tudo agora vai me odiar como todos os vampiros fazem,não vai me reconhecer ou se quer lembrar de quem ela foi. - digo amargurado.
- Sinceramente você não sabe como vai ser, não subestime a Watson. - diz segurando meus ombros.
- Mas me diz qual é a sensação ser pai? - digo tentando mudar de assunto.
- Olha até que não é ruim,significa meus espermas são bons nadadores. - diz convencido.
- Ah credo eu to falando sério porra.- diz lhe empurrando com o ombro.
- Estou orgulhoso de ter olhado para ela com aquela barriga,é um pouco de nós dois que está dentro dela,é um coração pequenino que acompanha os mesmo compassos de sua mãe,é um ser que vou amar para vida toda mesmo que talvez tenha alguns choros e fraldas para trocar,amo cada detalhe dessa gravidez mas estou irritado em saber que ela não confiou em mim para dizer sobre isso,ela preferiu ocultar e desaparecer me deixando preocupado e neurótico,não fez questão de pensar que por ser o pai eu merecia ter respostas.
- Ah agora não importa vamos morrer mesmo,e o bebê vai ser tirado dela. - digo desanimado.
- Não vamos morrer e ainda vou segurar meu filho. - diz esperançoso.
- Continue com seu otimismo por nós dois. - digo me deitando no chão tentando não pensar no dia seguinte.
*****
Mercy
Como Marco havia dito,estava perante ao balcão já era de madrugada quando cheguei,mas não me importava muito a questão era o
pouco tempo que teríamos.
Empurro a grande porta de madeira e ligo a lanterna do celular,ando devagar observando o lugar,tudo está coberto por velhos panos mas um chama minha atenção,puxo com certa dificuldade e me deparo com que havia imaginado,é um helicóptero. Vou até uma grande e puxo o pano vejo inúmeras armas,esse galpão é um arsenal pronto para atacar seu oponentes,e é o que faremos. Disco o número de Todd e espero ele atender,assim que atende sou direta.
- Estamos prontos para o ataque. - digo olhando para o helicóptero. - Vamos acabar com o Conselho Lupino. - digo determinada enquanto pego uma arma.
Continua.....
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Então será que terá mais alguma morte? Mercy vai resistir a invasão no Conselho?
Me desculpem pela demora,estava com alguns problemas pessoais e também a internet não colaborava,no fim nem cheguei a viajar passei mal ainda to melhorando,to com uma alergia da peste espirro tanto que chego a pensar que vou explodir,mas agora estou tentando terminar os capítulos por agora só serão 5 se eu não me engano.
Esse capítulo iria ficar muito grande e por isso dividir em duas partes.
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