Alec

Nunca vou esquecer o acolhimento do tio Ítalo quando cheguei aqui. Há quatro anos fui expulso da casa pelo meu pai. Como ele disse: "eu não aceito um filho frutinha, fora da minha casa". Foi difícil no início, contudo me adaptei e me sinto feliz por está rodeado de pessoas que posso chamar de família.

— Carrega, carrega ¬¬¬¬¬— suplico para meu celular.

A internet não colabora quando você está atrasado para escola. Quando a página o e-mail surge saio tentando alcançar a velocidade do flash pelas escadas. Ítalo lança um olhar reprovador assim que me vê. Diminuo a velocidade e chego ao se encontro e diz:

— Dá próxima vez que descer as escadas assim, corto suas pernas.

— Ok. Isso vai se repetir. Tchau tio... Zack.

O garoto estava preocupado demais em pegar todas as letras Z na tigela de cereal com leite, que não percebeu minha presença. Sai de casa e voltei com Ítalo segurando o meu lanche no saquinho de papel. Eu sempre esqueço e sim eu me sinto um pouco infantil por ele ainda fazer meu lanche. Sou quase de maior.
Sorte minha vê que ônibus ainda estava lá, aperto passo e entro no automóvel. O motorista não parece nada feliz. Sento ao lado da loira platinada, Scarlet Mikaelson minha amiga.

— E ai, recebeu uma resposta da advocacia? — falou ela fixada no aparelho telefônico.

— ah, que bom que me lembrou. Minha internet estava lenta e não deu tempo de ler o e-mail.

— Hmm legal.

Pego meu celular e começo a ler o e-mail da empresa. Começo a recitar baixo para ela ouvir.

— Hmm interessante. E quando vai ser?

— Hoje à tarde. As duas horas.

— espero que use uma roupa maneira.

— eu não sei. Estava pensando em ir com aquela camisa polo vermelha...

— Eu vou ter devorar.

— Que? — ela ainda estava centrada na sua atividade — Escarlate você está me ouvindo?

— Sim, claro. — responde com uma olhada rápida e volta a digitar.

Seus olhos verdes ficaram mais escuros de cabeça baixa. Tomo o celular da sua mão e a encaro. Scarlet como uma excelente ariana ela me fulmina com os olhos. Mais como um perfeito escorpião eu consigo desmanchar seu semblante. Leio o que estava escrito: "Ontem foi maravilhoso".

Balanço o objeto dizendo: — Devolvo seu celular no final da aula.
Ela retruca que precisa responder.
— ele pode esperar.

O ônibus para no deu destino final. As pessoas começam a se levantar ela e eu ficamos por ultimo. Minha amiga desce quando chega a minha vez, a porta se fecha. Desconfiado viro pra o motorista.

— Dá próxima vez que chegar atrasado eu te deixo. Entendeu mimado?
Afirmo que sim com a cabeça amedrontado e saio do ônibus.

•••

Entramos na nossa sala, havia algumas meninas em um grupinho, uns meninos do time de futebol americano, me surpreendi quando vi Flitz me olhando de longe, ele havia me traído com uma garota do Atlanta.

"Não se sinta mal por esse imbecil, ele não te merece."– aconselhou Scarlet.

Seguimos até nossos amigos.

Jheremy Henson, um cara muito inteligente, mais que ninguém queria ser amigo. Loiro, alto, sua família era uma das mais ricas da cidade.

Dóris Martínez, pele escura, o seu cabelo Black era sua marca, ela morava no Brasil e se mudou pra cá ( Canadá ) havia dois anos.

Connor Amorim, mais conhecido na escola como sanguinário. Foi chamado assim por que pegaram ele se masturbando no banheiro, disseram que quando gozou, saio sangue. Nem todos sabem se é realmente verdade, mais ele foi excluído de sua turma de colegas.
E nos o acolhemos.

Sentamos perto deles, o professor de História entrou na sala já falando e dando ordens.

"Sentem-se em seus lugares e peguem seus livros, abrindo na página 100."

• • •

O sinal para que as aulas acabassem havia batido.

"Você já vai para o tal escritório?"– diz Scarlet com o celular na mão e do lado de Dóris.

"Vou e aliás, tenho que ir correndo se não posso chegar atrasado."– digo olhando o relógio.

Me despedir delas e sigo.

Antes de chegar no escritório de Advocacia, paro para comprar um lanche numa lanchonete mais conhecida.

Chamo um táxis, a avenida onde estávamos estava com muito trânsito, mais conseguir chegar a tempo. A sala de espera estava lotada de pessoas bem, não, completamente bem mais arrumados do que eu.

"Oi, me chamo Alec Thorndyke, vim para..."

A mulher me interrompe antes que completasse a minha fala que já estava gravada em minha mente.

"Alec Thorndyke? Bom você tem que esperar como os outros..."– explica secretária passando a mão em sua enorme barriga.

"Ata, esse é o meu..."

Ela me interrompe novamente , eu já estava pegando meu currículo.

"Quando entrar, mostre ao Dr. Johan ."– diz ela.

Me afasto dali e vou em direção ao banheiro, eu estava incrivelmente ansioso.
Todas as pessoas que saíam daquela sala, saiam frustradas, tinha medo do que mesmo ocorresse comigo, até nessa situação que Tio Ítalo passava.

A tarde já estava se pondo quando entrei na sala do Dr. Johan.

"Doutor Johan, o senhor Thorndyke chegou!"– fala Jade saindo da sala.

Admiro a enorme sala antes mesmo de entra e ver por completo o local. Havia uma parede de vidro que ia do teto ao chão.

Entro na sala, a cadeira preta estava virada para a janela.

"Eu trouxe meu currículo, se o senhor quiser ver..."– falo olhando para a cadeira de couro.

"Pode se sentar."– diz ele virando sua cadeira.

Me surpreendo quando meus olhos se encontram com tal beleza. Ele parecia o sócio de Henry Cavill (o superman). Só que tinha uma sequência de barba-bigode.
Respirei fundo e soltei o ar lentamente para aliviar um pouco o calor que me envolveu.