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único

Boa leitura!

 
 
 

🎄

 


 
  

— Você acha mesmo que umas guirlandas de dois metros podem me vencer, vizinho? — Yunho disse, desdenhoso, da sacada do seu segundo andar enquanto várias pessoas usando um uniforme natalino enfeitavam os telhados do que mais parecia uma mansão.

Wooyoung somente bufou e continuou a carregar as pesadas guirlandas para fachada de sua casa, e não, elas não tinham dois metros. Elas tinham dois metros e doze, ou seja, Yunho estava totalmente equivocado.

Era mais uma véspera de Natal na pequena vila de Namhae, onde acontecia o Festival de Decoração Natalina, promovido pelas famílias influentes que movimentava o turismo local. Jung Wooyoung cresceu ali, todos os anos se deslumbrando com aquela magia que o envolvia. Sua família sempre participava e ostentava com orgulhos as lindas medalhas de prata que ganhavam transformando aquele lugar em mágica.

Ah, sim, o segundo lugar. Era difícil ganhar quando se tinha os Jeong como rivais, e infelizmente, vizinhos. E pior, ele sabia que ganhavam por trapaça, aqueles mesquinhos atolados em dinheiro compravam os votos dos principais jurados, mas, naquele ano as coisas seriam diferentes, Wooyoung tinha certeza. Guirlandas de dois metros e doze – ele enfatizava muito isso –, dois quilômetros de pisca-pisca, renas robôs, um pinheiro gigante, uma estrela com fogos de artifício embutidos, uma estátua de cera do Papai Noel em tamanho real e muitas outras quinquilharias. Sim, Jung deu todo o seu sangue – e dinheiro – para realizar isso e ele não iria se deixar por vencido. Sua família duvidava de que seria possível após tantos anos de derrota, contudo, Wooyoung mostraria a eles que não deveriam desistir e seria recebendo um troféu, de forma justa. Iria impressionar todos com a melhor decoração que aquela cidade havia visto.

Enfim, Jung tinha muito o que fazer. A exibição começaria em breve e já era tarde, ou seja, pouquíssimo tempo para deixar tudo o mais perfeito possível para atrair a atenção e admiração – e o voto – das pessoas. Entretanto, nem tudo sairia como o planejado.

Wooyoung não viu de que direção aquilo veio, tampouco o que era, mas ele ouviu o berro alto e sentiu quando foi atingido pela onda de neve quando aquela coisa chegou no seu quintal, se estendendo até a varanda onde estava. Jung se encontrava pronto para trucidar o engraçadinho que havia bagunçado seu jardim arrumado e o feito perder tempo e, principalmente, material. Nem mesmo duvidaria de ser um plano maléfico de Yunho, que costumava agir pelas costas dos outros.

— A-ai...

Wooyoung ouviu uma reclamação baixinho. Ainda não enxergava bem por conta da sujeira em seu rosto, mas ao menos conseguiu deslumbrar a silhueta daquele ser que despontou do meio da neve, se levantando vagarosamente. Não parecia ser algum funcionário dos Jeong. Após se limpar, Wooyoung percebeu que ele usava uma jaqueta verde com inscrições em vermelho vivo – N.N, agente iniciante Choi –, mandíbula reta quase afiada, olhos estreitos, cabelos escuros e as orelhas eram levemente pontudas. Estava sujo de neve e mato. Os galhos falsos da outra guirlanda neon cara de dois metros e doze de Wooyoung que este havia deixado perto da garagem enquanto batia a cabeça para instalar a primeira.

— Ei, você! — Jung apontou para o garoto. — Olha só o que fez!

— Ah... Foi mal! Eu não queria-

— Eu não me importo! Você destruiu minha guirlanda! E meu jardim! — Gritou.

— Isso era uma guirlanda? — ele o respondeu no mesmo tom. — Parecia um ninho de pássaro saído de uma rave!

Agora Wooyoung estava muito ofendido.

— Como ousa falar isso da minha guirlanda?

— Você pretendia mesmo usar ela de decoração? — Wooyoung confirmou como se fosse a coisa mais óbvia do mundo e o outro garoto faltou ter um ataque cardíaco. — Que tipo de drogas você usa? Isso é uma afronta aos costumes natalinos!

— E o que você entende de decoração?

— Eu sou um perito nisso, meu caro — ele cruzou os braços sobre a jaqueta.

— Ah é?

— É.

— Então prova.

O garoto desconhecido esticou os braços e estalou o pescoço antes de estender as mãos sobre a guirlanda recém-quebrada. Respirou fundo, e pequenas ondas saíram delas, envolvendo as partes destruídas em uma luz cintilante azul, que se moldava a partir dos movimentos dele. Wooyoung estava assustado, e maravilhado.

Quando terminou, Jung precisou se escorar em uma das pilastras da casa para não cair. Sua guirlanda não era mais sua guirlanda, era muito melhor. Em vez das luzes neon que precisavam de uma tomada para funcionar, agora ela brilhava sozinha graças aos pequenos cristais em formato de bolas natalinas, inteiramente detalhados com desenhos que soavam infantis, mas lindos. E com certeza, ela agora tinha mais de dois metros e doze.

— C-como você...?

— Eu sou um elfo, — o garoto disse, simplesmente, como se não fosse nada demais — divisão C da Noel Noel, encarregado do empacotamento. Choi San, e não estou a seu dispor.

— Espera... — Era muita coisa para Wooyoung processar. — Isso é real? Essa coisa toda de papai Noel é real?

— Eu preciso mesmo responder depois de tudo isso?

— Cara, sendo sincero, você não parece em nada com um elfo — ele confessou, ainda desconfiado. — Eu imaginava criaturinhas pequenas e fofas, e não... Nada desse tamanho.

— Vocês tem uma visão bem deturpada de nós — San concluiu, infeliz. — Anos de filmes natalinos derretedores de cérebro.

— Você não ouse criticar a melhor arte de todos os tempos!

— Eu literalmente sou inspiração para esses filmes, então sim, vou criticar por me fazerem com meio metro e parecendo uma pelúcia esquisita — San cruzou os braços.

— Preferia a pelúcia esquisita... — Wooyoung revirou os olhos, também de braços cruzados. — Ok, então o que um elfo gigante está fazendo destruindo meu quintal?

— Eu estava só rondando por aqui até minha rena me derrubar e sair voando sem mim outra vez, aparentemente — respondeu. — Foi mal.

— Hm... Você não deveria estar ajudando o bom velhinho a empacotar presentes em vez de estar dando um rolê de rena?

— Primeiro, nós temos maquinários pra isso, ou acha mesmo que embalamos todos os presentes a mão? Sabe quantas crianças existem no mundo? — ele falou, exalando exasperação.

— Ok, entendi — Wooyoung se rendeu.

— E segundo, eu adiantei meu serviço porque tenho algo mais importante pra fazer.

— Mais importante que o Natal feliz de crianças inocentes? — Jung perguntou.

— Sim, subir meu cargo oficial.

— Isso soa bem cruel.

— Não estou nem aí — San deu de ombros. — Eu literalmente posso mudar as coisas de forma e eles insistem em me deixar como empacotador! E eu só vou conseguir sair dessa se tiver mais uma dessas — San apontou para as pequenas estrelas pregadas na parte de dentro de sua jaqueta. Havia um lugar vazio com inscrições.

— Falta a de bondade... — Wooyoung reparou. — Que lástima.

— Soou tão verdadeiro quanto a existência de elfos de meio metro — Choi sorriu de canto, provocando. — Tá, mas e você?

— Eu o que?

— Uma guirlanda de dois metros, cara. Ninguém compra um negócio desses sem um motivo muito doido.

— É o Festival de Decoração Natalina de Namhae — Jung explicou, e então se virou para San, convicto. — E eu vou ganhar, se você não resolver destruir mais alguma coisa.

— Uau... Que pessoa amarga. Quer uma bengala? — San o provocou. — Acho que tenho uma bengala doce aqui, posso aumentar ela de tamanho e você pode usar pra enfiar no seu-

— Fica quieto.

San riu.

— Mas, sabe... Acho que sei o que fazer. Pra resolver esse nosso probleminha.

San tinha algo diferente no olhar; Wooyoung reparou. Parecia uma genuína ideia caótica que os colocariam em perigo iminente ou em uma aventura alucinante. Ele se aproximou de Jung, portando um sorriso leve nos lábios.

— O que sugere? — Jung perguntou.

— Você me ajuda e eu te ajudo — Wooyoung ainda não parecia convencido, então San prosseguiu: — você quer uma decoração digna de primeiro lugar e eu quero uma estrela de diamante pra finalmente sair desse posto de iniciante de merda — ele disse, convincente — e para isso eu preciso demonstrar bondade, gentileza ou sei lá que cacetes, então isso pode dar certo.

— Eu ganho uma decoração e você a oportunidade de ajudar alguém...

— Exatamente.

Wooyoung ponderou.

— O que me garante que fará o necessário?

— Cara, você por acaso já viu um elfo na vida? Ou alguém que possa transformar coisas normais em engenhocas natalinas? — San arqueou as sobrancelhas e não precisou dizer mais nada. Se Jung ia mesmo fazer isso, faria do jeito certo e macetaria a cara esnobe de Yunho na neve fria. O Choi sorriu.

— Temos um acordo, então?

— Temos — Wooyoung respondeu. — Vamos botar pra quebrar nesse Natal.

[...]

Com a ajuda de San, Wooyoung terminou a decoração à tempo do começo da exibição. Eram 10:25pm quando as pessoas e jurados começaram a realmente circular por ali ainda sem pretensão, e Jung precisou de muita paciência e cuidado para que San não revelasse os poderes na frente de todos. Havia até mesmo feito ele colocar um gorro e luvas para não escapar qualquer pontinha de brilho de suas mãos involuntariamente, como havia visto acontecer várias vezes durante aquela tarde. Não seria muito legal se descobrissem sua arma secreta.

— Essa coisa está pinicando minhas orelhas — San reclamou mais uma vez. Ele e Wooyoung terminavam de arrumar a fiação de forma à casa não ir pelos ares.

— Aguenta, ninguém mandou você ter um orelhão.

— Wooyoung, você tem muito tesão reprimido — o garoto o provocou, mais uma vez. Piadinhas de duplo sentido haviam sido companheiras de Jung a tarde inteira com aquele bendito elfo tagarela. — Sabia que ter uma vida sexual ativa reduz os níveis de estresse?

— San, você pode por favor não falar mais nada pelos próximos... Seis meses?

— Aí não teria graça — Choi o respondeu, mas dessa vez Jung não havia reagido como esperava. Parecia ter a atenção tomada por outra coisa. — O que foi?

— Preciso ver uma coisa — ele se levantou. — Fique aí — e só por isso San teve vontade de sair correndo.

Wooyoung saiu da casa, atraído pelo som alto dos pneus e da música natalina que parecia estourar os tímpanos. Era óbvio que era Yunho. Seu vizinho estava parado bem ali em frente, observando o caminhão dando a ré, cruzando levemente a linha da calçada para seu quintal. Wooyoung considerou como uma afronta.

— Jeong.

— Jung — Yunho olhou com soberba para o garoto que se aproximava. — É fofo que ainda tente...

— Alguém tem que fazer as coisas de forma justa por aqui, não acha?

— Meio inútil — Jeong apontou com a cabeça para o caminhão. Sete homens faziam um descarregamento enorme de dentro dele. — Mas feliz Natal, vizinho. Talvez ano que vem você consiga chegar nos meus pés.

Yunho se virou e Jung fechou as mãos, tomado de raiva, e infelizmente, inveja.

Wooyoung voltou para dentro da casa, irritadiço. Era simplesmente uma fonte-árvore de chocolate quente gigante, enfeitada com biscoitos de gengibre que tinham roupinhas feitas de pasta americana com cores neon. Wooyoung nem sabia que existia pasta americana com cores neon. Ele queria que Yunho enfiasse aqueles gorrinhos pomposos dos biscoitos no... Enfim. Ele se jogou no sofá, sem saber mais o que fazer. Aquilo com certeza traria muitos e muitos pontos para Yunho – e zero para Wooyoung.

— Wooyoung? Vai ficar parado aí? — San se aproximou, vendo o garoto se afundar ainda mais. Ele havia visto quando Wooyoung se tensionou do lado de fora, na companhia daquele garoto que devia ser o tal Jeong. Não ouviu nada da conversa, mas ele viu o que olhavam. A fonte de chocolate.

— Ele... Eu odeio ele — foi o que disse. — Odeio como ele se sente superior.

— Hm. E ficar parado remoendo adianta alguma coisa?

Wooyoung olhou para San.

— Não, mas...

— Então nada. Você perde muito tempo pensando e desejando o que aquele cara tem e não vendo o que você tem — as palavras cuspidas de San atingiram em cheio o ego de Jung.

— Eu já sei que sou invejoso.

— Sim, e é bom que mude de atitude, ou o Noel não vai te trazer presentes — Choi o olhou de canto.

Wooyoung sentiu vontade de chutar aquele elfo folgado.

— Estou passando a odiar você também.

— Então use esse ódio para colocar esses enfeites nas paredes — San somente estalou os dedos e várias fitinhas coloridas despontaram de suas mãos. — Acho que teremos que ser mais agressivos agora.

— Como assim?

— Só confia — ele piscou. — Termine aqui dentro, e quando eu gritar seu nome, ligue essa tomada ali e corra lá pra fora. Vamos ver o que esse Yunho tem a oferecer.

Wooyoung não confiou nada naquilo, mas não era como se tivesse outra opção a não ser colar fitas coloridas nas paredes sem qualquer utilidade. Sabia que San só queria o enrolar e por algum motivo, agradecia por isso. Jung precisava relaxar um pouco, essa coisa de ganhar estava mexendo demais com ele. Mas, dentre tudo, não fora assim tão ruim para ele estar entre picuinhas com aquele elfo esquisitão. Tirando os momentos em que gostaria de chutar aquela mandíbula esteticamente perfeita, Wooyoung achava San uma boa companhia e bem divertido também. Não entendia como ele ainda não possuía aquela tal estrela que tanto queria, visto que viu todo o esforço que eles fizeram naquela tarde e o quanto o orelhudo se empenhava em aumentar a capacidade de luz dos pisca-piscas da casa inteira. Ele nem sabia de onde saía energia elétrica para abastecer aquilo, mas achava genial. Perigoso, mas genial! Talvez aquele realmente fosse o dia em que as coisas mudariam.

— Agora, Wooyoung!

Assim que ouviu o chamado, Wooyoung se apressou em conectar a tomada onde San havia indicado, sentindo seus olhos arderem com a potência da luz. Era muito mais do que podia imaginar.

Aos tropeços, ele correu para o lado de fora, onde começava a ouvir alguns burburinhos. E assim que chegou lá, ele não pode deixar de se emocionar quando viu o que San havia feito. As renas robôs cintilantes agora tinham vida própria e estavam deitadas na neve, um brilho imenso tomando conta de suas pelagens inteiramente brancas. A árvore de Natal parecia ter triplicado de tamanho tanto quanto a estrela reluzente em seu topo, cravejada de cristais, as luzes piscantes ofuscando a visão de Jung por um momento. Um "Ho Ho Ho" característico também se fez presente, e ao olhar para o outro lado, San e o Papai Noel de cera acenavam de dentro do trenó de gelo, tocando o sino que tinha em mãos e chamando as pessoas para as entregar bengalas doces, que se aproximavam maravilhadas. Até mesmo os pequenos floquinhos de neve que caíam pareciam mágicos. Tudo estava melhor ainda do que Jung havia imaginado.

Foi então que realmente começou. Os jurados estavam ali para sua demonstração, faltava bem pouco para escolherem o vencedor.

Choi saiu do trenó, correndo até Wooyoung.

— Gostou? — ele sorriu, apreensivo, observando ao redor. — Olha, é a primeira vez que eu tento algo desse tipo, então...

— Ficou incrível. De verdade, está tudo incrível!

— Então você não perde por esperar — Choi tirou mais uma quinquilharia dos bolsos: um controle. — Aqui. Aperte no momento certo, pouco antes da meia-noite.

— O que mais você aprontou? — Wooyoung perguntou, sugestivo.

— Você vai descobrir logo. Não se preocupe, não é uma tela com um nude meu, apesar da minha bengala ser mais doce e-

— Fica quieto, San — Jung sorriu. — E obrigado.

San se encarregou de atrair as pessoas junto ao Papai Noel enquanto Wooyoung apresentava aos jurados todas as atrações que foram preparadas. Tudo parecia estar dando certo, finalmente. Pessoas sorriam e cantarolavam, crianças brincavam com as dóceis renas e tudo parecia saído de um filme romântico natalino. Estava perfeito. Só faltava...

— Wooyoung — San se aproximou dele, apontando para o relógio. — É agora.

Tudo pareceu se concentrar naquele momento, até mesmo as respirações deixaram de ser ouvidas. Wooyoung olhou para sua mão e apertou o botão tomado de entusiasmo, mas nada aconteceu.

Nadica de nada, em lugar nenhum.

— San...

— Eu não sei — o elfo também parecia perdido. — Era para ela ter lançado os fogos escritos Feliz Natal...

Wooyoung se sentiu nervoso. A risada de Yunho foi ouvida da varanda ao lado, e os jurados agora aos poucos se reuniam nela para tomar chocolate quente vindo da fonte de Jeong, se esquecendo completamente de Jung como nos outros anos. Aquilo não poderia estar acontecendo.

Jung apertou o botão mais uma, duas, três vezes. Nada aconteceu. Na quarta, ele já estava farto. Arremessou o controle contra a estrela tomado de raiva, e sem querer a acertou em cheio, a jogando exatamente dentro da fonte de chocolate de seu arqui-vizinho. Wooyoung e San correram até o limite da casa, temendo terem machucado alguém, mas felizmente os casacos pesados impediram que as pessoas se queimassem. Mas não impediram os olhares reprovadores para Wooyoung, que se sentiu pior ainda. Receber xingamentos de Yunho, por mais bestas que fossem, também não ajudava. E o pior é que dessa vez era realmente culpa de Wooyoung ter estragado as coisas.

Estava mesmo fadado ao fracasso.

Contudo, aquele era o menor dos problemas.

Yunho estava ocupado demais reclamando que sua fonte havia sido estragada por uma estrela xexelenta e que iria mandar a conta do prejuízo para os Jung para reparar que o objeto tinha afundado e agora soltava bolhas esquisitas e pipocantes dentro do chocolate. Não parecia nada bom.

Wooyoung e San se entreolharam.

— San, aquilo vai-

E eles não tiveram tempo de reagir antes da explosão.

O relógio da igreja soou, anunciando que era meia-noite. Junto às badaladas, chocolate se espalhava por todos os lados, lambuzando rua, paredes, enfeites, causando curtos-circuito e destruindo o pouco que ainda estava intacto. O telhado da varanda de Yunho cedeu. As renas, assustadas, saíram voando – sim, voando, nem mesmo San sabia que elas poderiam fazer isso – e berrando pela vizinhança afora enquanto o Papai Noel falso corria naquela lentidão atrás delas. Pessoas gritavam desesperadas. Alguém ameaçou chamar a polícia, mas provavelmente não adiantaria muito.

Wooyoung estava ferrado e fodido. Mas, incrivelmente, sorria.

San e ele conseguiram se proteger embaixo da árvore de Natal que começava a pegar fogo, portanto correram mais um pouco e acabaram ambos caídos sob a neve do lado oposto do quintal. Apesar de tudo, Wooyoung não conseguia evitar de não rir pela desgraça alheia, mas... Ele também estava desgraçado. Tudo havia ido pelos ares, inclusive a decoração que havia lhe custado um rim. Contudo, pela primeira vez em tantos anos, ele sorria ao saber que perdeu. Talvez por ter se divertido enquanto tudo dava certo? Talvez por saber que Yunho também havia perdido e agora se encontrava chorando feito o covarde que era, querendo processar todo mundo? Talvez por ter um elfo agora ao seu lado que também sorria para ele como se conseguisse ler seus pensamentos?

Talvez essa fosse a melhor parte.

— Estou todo coberto de chocolate... — O garoto de orelhas pontudas riu. Nesse momento, Choi não precisava mais as esconder. — San, deu tudo errado!

— A culpa é sua que decidiu colocar explosivos em um enfeite de estrela!

— Minha? Você que tem poderes de duende aqui!

San parou de rir no mesmo instante e se virou para Wooyoung, perto o suficiente para que um sussurro de voz fosse ouvido, e Jung em momento algum pensou em o afastar.

— Eu vou te mostrar o duende...

Fogos enfeitavam o céu, coloridos e achocolatados, junto com as renas brancas perdidas. Não haviam mais luvas nas mãos de San, e quando este o tocou, Jung sentiu faíscas em seu corpo, como se Choi pudesse o transformar também. Seus lábios se encostaram brevemente, e isso foi suficiente para que tudo se acendesse entre eles.

— Não é tão doce quanto meu pau — San comentou, após sentir o resquício de chocolate na boca do outro.

— Fica quieto! — e Jung sorriu, o puxando para mais perto.

Wooyoung não ganhou o concurso e San não conseguiu sua estrela de diamante... Mas eles não se incomodariam em ter que esperar por mais um ano.

 

🎄



Dingou béu!

Sim, o concurso aconteceu ano passado e eu também esperei um ano para postar essa obra aqui!

Nada como um desastre de natal pra aquecer (mais ainda, bem calor) nossos corações❤ para quem celebra, boas festas e um ótimo natal! Beijo!

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