Untitled Part 4
Cecil sorriu de volta, corando e Brian ficou impressionado com o quanto ela era uma boa atriz. "Ou muito sem vergonha!"
— Ah, por favor... — Ele parou outro convidado com um tom urgente. — O senhor se importaria em ajudar a senhorita...?
— Cecil Gilling. — Ela respondeu, surpresa demais para deixar de responder diretamente.
— Sim, senhorita Cecil Gilling, com um copo de algo para beber? Ela está com sede. — Ele disse e o homem fez uma reverência.
— Seria um prazer, Vossa Alteza Real. — O homem se afastou e Brian olhou para Cecil.
— Ele vai ajudar a senhorita. Agora, devo ir. Minha parceira está me esperando. — Ele levantou os dois copos ligeiramente, fez uma reverência e foi atrás de Vivian.
Cecil engoliu sua raiva. Ela tinha que manter uma expressão bonita no rosto. Ela tinha que fazer isso! As pessoas achavam que ela era uma garota doce e se ela agisse diferente, como eles continuariam a ficar do lado dela e não de Vivian?
"Sempre essa mulher! Mas ela não vai ganhar o coração do príncipe. Não vou deixar isso acontecer! Se ele se for se apaixonar por uma de nós, essa serei eu!", ela sorriu. Quando o homem que Brian pediu para ajudá-la chegou, ela agradeceu pelo copo de suco, mostrando uma gratidão que não sentia.
— Você está bem, meu amor? — Uriel se aproximou dela com um sorriso cafona e, depois de ver o príncipe herdeiro de perto, ela pensou que Uriel não tinha beleza e nem nada de mais.
— Sim, Uriel. Obrigada. Você é tão bom para mim. — Ela abaixou a cabeça enquanto dizia isso com uma voz triste, como se estivesse prestes a chorar.
— Não, não... não chore. Você só merece sorrir. — Uriel disse e colocou os dedos sob o queixo dela, sorrindo docemente. Ela correspondeu com um sorriso, zombando dele por dentro.
Enquanto isso, Vivian estava conversando com outras mulheres quando Brian se aproximou dela e todas as mulheres ao redor da jovem loira riram.
— Aí vem ele! — Uma delas sussurrou e Vivian franziu a testa, virando a cabeça discretamente e quando viu que era Brian, seu coração pulou uma batida. Não era apenas sua aparência, havia algo nele, algo que ela não conseguia explicar, mas que a fazia se sentir mais segura, mais aquecida.
— Minha senhora, sinto muito pela demora em trazer algo para refrescá-la. — Brian disse a ela com mais do que educação e ofereceu a ela um sorriso deslumbrante.
— Não precisa pedir desculpas, Vossa Alteza Real. Sou eu quem deve estar agradecida.
Ele entregou a ela o copo e VIvian percebeu o quão sedenta estava quando o líquido tocou seus lábios. Ela bebeu tudo e quando abaixou o copo, encontrou Brian olhando para ela com diversão.
— Alteza?
— Aqui, pegue o meu. — Ele ofereceu seu copo e ainda tinha um leve sorriso nos lábios e Vivian apertou os olhos.
— Não, obrigado. Devo recusar. Vossa Alteza Real também deve estar com sede.
Brian conteve um comentário ousado sobre outras maneiras de estar com sede. Ela era uma dama e ele teve que se conter, embora seria uma bela imagem ver sua expressão atordoada. Os olhos dele dispararam para os lábios dela e, de fato, ele estava com sede.
Vivian percebeu que o sorriso dele morreu, substituído por um olhar diferente que ela nunca tinha visto em ninguém enquanto falava-lhes. Ele estava ligeiramente inclinado para a frente e ela franziu a testa.
— Vossa Alteza Real está bem? — Ela perguntou, realmente preocupada e isso serviu para Brian piscar e perceber que estava agindo por instinto e que seria desastroso se ele fizesse o que seu corpo parecia estar interessado em fazer.
— Sim. — Ele limpou a garganta e bebeu do próprio copo, sorrindo para ela. — Na verdade, estou com sede.
Vivian sorriu.
"Eu avisei!", ela pensou, presunçosa.
Ele pediu outra dança. No final da segunda dança, ele decidiu chamá-la novamente para dançar.
— Estou lisonjeada, Vossa Alteza, mas isso seria inapropriado. — Um homem e uma mulher dançando mais de duas danças consecutivas era visto pelos outros como se estivessem tendo um comportamento que extrapolava o aceitável do decoro.
— Não me importo com o escândalo, mas respeitarei seus desejos. — Então, ele viu Uriel e Cecil, e sorriu. Vivian seguiu seu olhar e sentiu um gosto amargo na boca. Brian se inclinou em sua direção. — Tem certeza de que não quer dançar, minha senhora? Eles dançaram três danças seguidas e essa é a quarta.
Vivian virou a cabeça para o príncipe herdeiro e franziu a testa, sorrindo.
— Vossa Alteza Real está competindo com eles para saber quem está sendo mais inconsequente?
— Talvez. — Brian sorriu. — Por que não?
— Isso não é sensato. — Ela olhou em volta e baixou o tom. — Vossa Alteza Real e eu não estamos realmente em nenhum tipo de relacionamento romântico. Isso acabará, eventualmente.
Suas palavras eram verdadeiras.
"Por que estou sendo tão diferente de mim esta noite?", Brian pensou.
— Você está absolutamente certa. — Ele sorriu, mas dessa vez, não tão alegremente. — Devemos então esperar pela próxima dança?
— Pelo menos mais duas. — Ela disse neutramente.
— Como desejar, minha senhora.
Depois de esperarem mais três danças, só para garantir que nenhum rumor de difamação da honra dela fosse ouvido, eles dançaram mais uma vez.
No dia seguinte, Vivian tinha uma fila de homens em sua casa esperando ter uma chance de falar com ela.
— Minha querida, não posso acreditar nisso! — Lady Aleena estava sorrindo de orelha a orelha. — Achei que todas as esperanças estavam perdidas quando o Marquês a rejeitou, mas... olhe para isso!
Vivian não disse nada, porque sabia melhor. Não que ela temesse ser repreendida. Não, ela normalmente falaria o que pensava, mas a questão era: havia um momento na vida em que uma pessoa deveria saber quando guardar suas palavras para si mesma para evitar discussões. Com sua mãe, essas discussões continuariam. Vivian estava cansada e não queria estragar seu dia.
Sorrindo, ela se lembrou das danças com Bian. Ele era tão charmoso e tão diferente dos outros cavalheiros. Ele falava o que pensava, sem querer dizer que era rude ou inconveniente. Não. Ele sabia como se comportar e até era espirituoso às vezes. Uma das melhores companhias, não, para ser justa, a melhor companhia que ela havia encontrado em todos os seus dezoito anos de vida.
"Não se esqueça do seu pai, Vivi. A companhia dele também é absolutamente excelente!" , ela disse a si mesma. Lorde Heinrich era uma ótima companhia, e Vivian não conseguia entender como ele se casou com Lady Aleena Não que sua mãe fosse uma má pessoa, ou não soubesse como se comportar e falar, mas... eles eram muito diferentes.
— Vivian! — O tom descontente de Lady Aleena fez Vivian olhar para sua mãe instantaneamente.
— Sinto muito, mãe. Eu estava...
— Você não estava prestando atenção! Vivian, vá vestir algo melhor. — Ela balançou a cabeça e, como Vivian não estava se movendo, ela colocou as mãos nos quadris e começou a bater os pés no chão. — Vivian?
— Ah, claro, eu vou. Desculpe.
Quando Vivian finalmente chegou na sala de estar e viu todos aqueles homens, ela engoliu em seco. Tantas flores... Ela queria encontrar um marido, de fato, como o príncipe herdeiro disse que ela deveria superar Uriel, mas ela estava duvidando que essa fosse a melhor coisa a fazer. Olhando para aqueles rostos, ela tinha certeza de que não se apaixonaria por nenhum deles.
— Lady Astley, olá! — Um homem de cabelos castanhos e olhos esverdeados disse com uma voz mais do que educada. — A senhorita está ainda mais bonita esta manhã!
A bajulação. Bajulação vazia. Ela odiava.
Na hora do almoço, Vivian estava exausta.
"O pior já passou", ela pensou, tentando se sentir aliviada, mas então, Betsy entrou na sala com uma expressão lamentável.
— O que aconteceu, Betsy?
— Bem... — a empregada olhou para baixo, tentando encontrar as palavras. — Lorde Barless está aqui, senhorita.
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