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Capítulo 3: Eu vou fingir


— Uhuul! Quero ver você me acompanhar, That!

— Se você não roubar eu chego do seu lado rapidinho, quer ver?

Eu e Thatch estamos apostando uma corrida em uma grande cachoeira chamada Descida do Caracol, localizada na ilha Tabuleiro das águas. É uma decida de mais de 1000 metros, com muitas voltas, rodopios e peças de tabuleiro gigantes. Paramos aqui para para abastecer o navio e descansar um pouco após tantos meses no mar, mas todos os tripulantes se animaram com a ideia de competirem entre si em diversos jogos que tem na ilha. Eu e Thatch não ficamos de fora dessa e decidimos arriscar também.

É comum os moradores da ilha apostarem corridas e jogarem uns contra os outros nos enormes lagos de xadrez e damas, então That me desafiou e eu prontamente aceitei. Se ele acha que vai ganhar, esta tremendamente enganado.

— Em suas marcas!

Um morador baixinho e redondo, vestido de rei, como o de um jogo de tabuleiro, estava fazendo o papel de Juiz. O seu apito soou para que nós nos preparássemos para a largada.

— Te vejo lá em baixo, cachinhos de alga! — me provocou com um apelido irritante.

Ele sabe o quanto eu detesto esse apelido idiota, mas sempre que quer me tirar do sério faz uso dele sem dó nem piedade. Tudo porque meu cabelo flutua na água como algumas algas marinhas que ele viu por ai. Se quer saber, eu acho ele um verdadeiro bobão.

— Vai sonhando, cabelo de pão! — respondi na mesma moeda com o apelido que ele mais odeia, mas mesmo assim ele sorriu como se tivesse vencido algo.

Esse cara me da nos nervos as vezes... Vou tirar esse sorrisinho idiota da cara dele e fazer aquela baguete que ele tem na cabeça murchar como uma rosa no sol quente do deserto. Ele que me aguarde.

— Você está nervosinha, garota? Deveria ficar, pois não pegarei leve com você.

— Vai sonhando, padaria, — bufei com raiva — você deveria se preocupar com você, sabe como é ruim se afogar? 

Ele me olhou incrédulo e pareceu engolir em seco. Ele sabe que eu posso virar a canoinha dele a hora que eu quiser.

— Eu, ein, não sabe brincar, não desce 'pro play — ele resmungou baixinho.

— Você que não sabe nadar — sorri de maneira convencida.

— Eu sei nadar muito bem, lembra? — retrucou irritado.

— Eu só me lembro de precisar te salvar, pois você se afogou.


Três anos atrás

— Meus filhos, hoje temos uma nova companheira em nosso navio. Ela navegará conosco, então deem as boas vindas para a Marina.

Uma pequena garotinha se escondia atrás de imponente figura do Barba Branca. Os piratas quase não repararam na pequenina que se escondia atrás da bota do capitão, mas assim que a garotinha deu um passo a frente ficaram surpresos com o tão pouco tamanho e idade da menina. 

— Vamos, coração, se apresente para a sua nova família — ele pediu com a voz calma. 

— Me-meu nome é-é...

— O que? — Um homem gritou no fundo da embarcação. 

— Eu não consigo ouvir nada — outro concordou.

— Fala mais alto! 

Calados! — Barba branca ordenou e todo o navio se calou no mesmo instante.

Mesmo nervosa e gaguejando, a menina se esforçou para falar em uma altura que ela julgava ser aceitável, pois em sua antiga casa foi ensinada a ter decoro e educação com as outras pessoas, não podia falhar justo agora.

— Meu nome é Marina, pra-prazer em conhecer.

Após isso, voltou a se esconder atrás do enorme pirata de bigode. Os tripulantes estavam confusos, mesmo alguns achando a garotinha adorável, muitos não ligando nem um pouco e só pensando na hora do almoço, alguns outros se mostravam um tanto preocupados com a afirmação do capitão.   

— Ca-capitão, qual é a idade dessa menina?

— Você não acha que ela é nova demais?

— Isso mesmo, como ela pode ficar no navio conosco? Ela é tão pequena...

Marina se encolheu mais ainda pela vergonha, não tinha mais para onde ir e tinha medo de ser deixada por conta de algo que não estava em seu controle. Na verdade, nada nunca esteve no seu controle, então orou para que desse tudo certo, pois não havia o que  ela pudesse fazer.

Na mesma hora, ouviu som de passos atrás de si e levantou os olhinhos para a figura de um homem ao lado de seu pai.

— Vocês não tem modos? — o homem subiu em cima do guarda-corpo de madeira e falou em alto e bom tom para que todos pudessem ouvir. — Se o capitão disse que ela é da família, então ela é da família. Nós não fazemos distinção de quem o mar nos traz, apenas acolhemos o quanto o nosso navio puder aguentar e caso não aguente, construímos um navio novo para caber mais gente. — Ele bradou e apontou para a tripulação — Agora sejam educados e deem boas vindas a nossa nova irmanzinha.

O silêncio que antes havia no navio foi substituído por gritos de aceitação e alegria, além dos inúmeros mimos oferecidos a garotinha, como comida e armamento. 

— O Thatch tem razão!

— É, estamos contigo capitão!

— Seja bem vinda, irmanzinha Marina!

Faremos uma festa para comemorar!

Enquanto alguns marujos tocavam instrumentos e cantavam, outros distribuíam frutas e carne para todos os outros.

— Marininha, aqui, pegue um desses — um dos cozinheiros ofereceu um bolinho doce para ela, que mesmo tímida, aceitou.  

— Eu aposto que ela gosta de espadas — um espadachim afirmou pegando uma pequena adaga para mostrar a criança.

— Não, tenho certeza que ela vai gostar mais de pistolas — um pistoleiro entregou uma pistola de prata para ela que apenas observou o objeto sem saber muito bem o que fazer.

— Não, não e não — foram interrompidos para uma dançarina que mostrava seus passos de dança com todo afinco e leveza. — Ela é delicada como uma flor, tenho certeza que dominará os passos de dança, assim como eu, não é, querida?

Todos olhavam com expectativa a mocinha que apenas olhava-os de volta sem dizer nada, Marco apenas observada tudo ao lado de Braba Branca ainda permanecia cercando a filha e esperava ela ter coragem de pronunciar algo, sem demora, sua menininha olhou para si e lhe disse:

— Papai, estou com sede, quero água.

Todos os piratas em volta caíram de cara no chão ao serem ignorados pela nova tripulante, mas não podiam esperar muito da mente distraída de uma criança. 

Barba Branca caiu na gargalhada e se sentiu tolo por se preocupar tanto, mesmo assim, sem demora tratou de pedir que arranjassem algo para a filha beber.

— Tragam um copo de água para ela e mandem baterem uma vitamina para que ela possa tomar.

Thatch, como cozinheiro, tratou de ir buscar o que lhe foi solicitado, mas ao voltar ao convés um pirata trombou consigo e o copo com água virou por completo no ar.  Sorte que a água se manteve apenas no ar, pois Marina estendeu a mão e fez a água flutuar em forma de bolha direto para si, onde criou um canudinho com a própria água e bebeu.

Todos os tripulantes olhavam a cena espantados, por mais que todos fossem fortes e tivessem habilidades invejáveis, não imaginavam que uma criança tão nova poderia ter um poder como aquele.

— E-ela comeu uma Akuma no Mi?

— Mas qual delas? A Mizu Mizu no Mi ou a Toro Toro no Mi?

Barba Branca sorriu com a cara de espanto dos seus companheiros e decidiu brincar um pouquinho com o coração deles.

— Coração, faz um favor para o papai? — disse direcionando o pescoço para filha que apenas o olhou de volta enquanto terminava a sua água. — Ande até ali e salte no mar, por favor.

Que?!— Todos berraram em aflição.

Thatch que ainda se encontrava no chão por estar admirado, se espantou com a fala do seu capitão e levantou as pressas para confrontá-lo.

— Você está louco, capitão? Com todo o respeito, mas isso é loucura e...

— Eu sei o que estou fazendo, Thatch, você se preocupa demais — respondeu-lhe sem dar muita importância ao tom de voz desesperado e questionador.

Marina colocou as suas mãos no chão e as usou como apoio para se levantar. Sem nenhum medo aparente, caminhou com cuidado até a borda do navio e estendeu os bracinhos para que Marco a auxiliasse subir no guarda-corpo, onde conseguiu ver bem melhor o lugar onde iria saltar.  

— Não faz isso menina... — um tripulante disse com a voz preocupada.

— Foi um prazer te conhecer, até mais... — se despediu o outro.

— Foi bom enquanto durou — afirmou enquanto assoava o nariz e limpava uma lágrima que escorreu pelo rosto.

Thatch estava preocupado e quase impediu a menina, mas também estava curioso, pois confiava em seu capitão o suficiente para saber que ele jamais colocaria em risco a vida de um dos seus filhos por bobagens, então havia alguma coisa ai, mas ele não saberia dizer o que era.

Sem mais delongas a garota apenas tapou o nariz e pulou para fora do navio em alto mar. Todos os tripulantes correram até a mureta para procurar rastros da menina, mas não viram nada.

— Ela... se foi...

— Alguém pule atrás dela!

— Pula você!

— Eu não posso, idiota, eu comi uma fruta do diabo, esqueceu? — Deu um tapa na nuca do amigo.

— Ah é, né? Esqueci — riu, sem graça.

Thatch olhava para água com um misto de sentimentos. "Nosso capitão não mataria uma garotinha por capricho, ainda mais uma que ele chamou de filha, mas mesmo assim... Eu devo pular atrás dela? O que eu faco? O que eu deveria fazer?" Ele confiava sua vida ao Barba Branca, mas não pode deixar de sentir um aperto no coração pela jovem, então pulou na água atrás dela.

— Thatch! - um garoto gritou.

— Ele saltou para buscá-la!  É por isso que é o comandante da quarta divisão.

— É isso ai, Thatch, você é o melhor!

— Salva ela, Thatch! 

Os marujos faziam um coro de motivação que dizia o quanto o capitão da quarta divisão era incrível, enquanto o capitão Barba Branca não esboçou nenhuma reação além do mesmo sorriso misterioso que se mantinha em seu rosto desde o início daquele diálogo.

Alguns minutos haviam passado e nada do Thatch encontrar a Marina, ele foi nadando cada vez mais para o fundo, mas estava ficando sem folego para continuar. Olhando ao redor, ele avistou uma cena que quase o fez abrir a boca de tão espantado. 

Marina se mantinha sentadinha dentro de uma bolha de ar enquanto brincava com os peixes que nadavam ao redor. 

"Como isso é possível?"

Ele tentou chegar até ela, mas seu ar era escasso e se mexer fez seu corpo gastar ainda mais energia. Ele apertou o passo, mas mesmo assim não conseguiu chegar até a menina, então passou a se afogar. 

Quando sua consciência começou a ir embora, ele só conseguia pensar "Como isso foi acontecer? Que sonho mais maluco". Até que uma corrente de água levou o seu corpo para a superfície, onde respirou com desespero para recuperar o folego.

— Ei, aquele ali não é o Thatch?

Sem entender nada, Thatch olhou para cima e viu o sol brilhar forte o que ardeu o seu olho. Recuperando o ar, ele repousava tranquilamente e mesmo estando um pouco tonto, não pode deixar de se sentir em paz, o que era esquisito, pois ele ainda estava no mar.

— Como isso está acontecendo? O que é aquilo segurando ele?

Ele, sem entender nada, olhou para baixo e viu uma mão enorme formada por água segurando-o pela cintura. 

— Mas o que diabos está rolando? — Ele perguntou com espanto.

— O mar! — Um colega dele acusou. — O mar está segurando ele!

De repente outra mão surgiu, só que desta vez com a moça em cima dela. Um coro de vozes aliviadas pode ser ouvido.

— Vejam, é a Marina!

— Ela está bem!

— Graças aos céus, ufa!

Ela estendeu as duas mãos para cima e fez um movimento para que ambos fossem deixados em cima do navio, em segurança. 

— Eu disse que não havia motivos para se preocupar, filho — o grandão riu. Ela sabe muito bem se virar sozinha, não precisava pular atrás dela.

— O-o que... o que acabou de acontecer? — ele respondeu, completamente confuso e tossindo. — Eu vi ela dentro da água, sem equipamento, sem nada, apenas ela em baixo do mar brincando com os peixes. Ela não pode ser usuária de Akuma no Mi. O que ela é?

Um burburinho começou entre os tripulantes, todos se perguntavam a mesma coisa. "Como ela pôde sobreviver em baixo da água? Será que ela é uma sereia? Mas nós já vimos sereias e nenhuma delas controlava o mar... Que tipo de ser ela é?". O capitão sorriu e segurou a garotinha, que apenas observava tudo, em seus braços. 

— Ela é minha filha.

A menina olhou para Thatch com certa curiosidade, pois ele pulou atrás de si mesmo sem necessidade alguma, pois ela poderia facilmente sobreviver. Para ela, todos buscam a própria sobrevivência, mas ainda sim ele pulou na água por ela. Ela se perguntava se seus pais biológicos fariam isso para salvá-la também... Mas focando no agora, para agradecer Thatch, ela drenou o excesso de água presente em suas roupas e cabelo e enviou-a novamente para o mar, deixando-o completamente seco e surpreso.

— Seus poderes são um mistério — Barba Branca continuou.  Ela não comeu nenhuma Akuma no Mi, parece que isso veio da sua antiga família, então enquanto os usuários de frutas do diabo sofrem com o mar virando as costas para si, a maior força dela vem direto da maior fraqueza deles.

Ninguém podia acreditar no que estavam ouvindo. Poderes além das Akumas no Mi? Se perguntavam se ela era alguma especie de deusa ou criatura mágica, pois era diferente do que estavam acostumados.

— Bem, como ela é bem novinha, ainda não aprendeu a controlar os seus dons corretamente, então... — levou a menina até Thatch e a entregou em seu colo. — Você está encarregado de treiná-la para que se torne forte e preparada como todos nós.

— Espera — ele questionou, perplexo com a ordem — Eu? Porque eu?

— Simples, eu preciso de alguém que seja bom o bastante para essa missão, que seja forte, determinado e responsável e que se preocupe com ela. Ninguém mais pulou na água como você e uma grande parte dos nossos tripulantes não é usuário de Akuma no Mi — disse com certa rispidez, alfinetando os filhos, que apenas se encolheram pela vergonha. — E também, porque é uma ordem minha — finalizou, deixando o outro sem resposta, afinal manda quem pode, obedece quem tem juízo.

Thatch  teve sua atenção conquistada ao ter uma pequena mão tocando em seu cabelo. Olhou para Marina em seu colo que estava entretida com o penteado diferente que ele tinha.

— Baguete — ela constatou com um sorriso no rosto.

— Como é que é? — ele pergunto, com a cara fechada.

— Baguete — ela disse novamente ao apontar para o cabelo dele e rir.

— Ih, alá, até ela percebeu que seu cabelo parece um pão! — Marshall  D. Teach berrou enquanto gargalhava de rir, sendo acompanhando por outras vozes.

— Meu cabelo não parece um pão — ele insistiu varias vezes nisso, até todos estarem aos pranto de tanto rir.

— Cabelo de pão — Marina ria enquanto brincava com o cabelo do novo treinador.

Por mais que ele não gostasse do apelido, riu ao ver a garotinha se divertir com seu penteado, obviamente deixando ele todo bagunçado, todavia não se importou e deixou que ela brincasse como quisesse.

— Garota, você ainda vai me dar muito trabalho — dito isso, ele sorriu.


Dias atuais

— Eu não me afoguei, eu me surpreendi ao te ver dentro da água. É diferente —  respondeu resignado.

— Se você diz — Dei de ombros. 

Olhei para Thatch para irritá-lo, mas ainda sim, ele sorriu para mim como se não fosse nada demais. Ele adora me provocar, mas nunca aguenta quando eu afogo ele e pede clemencia. Vai entender, não é?

Se tratando de competições eu sou extremamente radical, só entro se for para vencer! Thatch parece tranquilo demais para o meu gosto e é meu dever tirar essa paz dele.

— Preparados?

Entramos dentro das nossas canoas e acenamos com a cabeça.

— Ótimo! Preparar! Apontar! Já!

Ao soar o apito e soltar a bandeira, saímos em disparada cachoeira a baixo.

— Te vejo na linha de chegada, bobão! — gritei para ele. 

— Veremos, garota, veremos! — disse rindo.


Ele não perde por esperar.




A Mizu Mizu no Mi é uma fruta que cria e controla água (mas apenas a água criada por si, pois o mar rejeita todos os usuários de Akuma no Mi) e a Toro Toro no Mi é a fruta que controla líquidos no geral.

Como já dito antes, ela não comeu nenhuma das frutas, apenas esse poder vem da família dela.

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