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Capítulo 4


Ânya e o tio eram muito parecidos fisicamente. Os mesmos cabelos e olhos castanhos. O mesmo sorriso de covinhas, que no tio só ficava visível nas raras ocasiões em que fazia a barba. As mesmas orelhas pequenas. Se pareciam tanto que muitos pensavam que eram pai e filha. Entretanto as semelhanças iam além. Os dois possuíam corações generosos e sempre colocavam as necessidades dos outros em primeiro lugar, motivo esse que levava a família a estar sempre em condições tão precárias, já que o tio e chefe da casa compartilhava o pouco que tinham com aqueles em condições ainda piores.

O tio era um verdadeiro herói para Ânya e seu maior exemplo na vida. No entanto o tio também era um poço de contradições. Na maior parte do tempo era muito carinhoso com a sobrinha e muitas vezes a mimava mais do que os próprios filhos. Mas ao mesmo tempo também era mais severo e exigente com ela do que com qualquer outra pessoa. Nem seu próprio pai fazia tantas cobranças a garota.

A jovem em momento algum duvidava do amor e dedicação que seu tio tinha por ela, embora fosse ciente que parte desse afeto lhe era dedicado por ser filha da falecida irmã de seu tio.

A mãe de Ânya morreu no parto e quando seu pai se mostrou incapaz de cuidar sozinho de uma recém-nascida, seu tio tomou para si a tarefa de cuidar da única filha de sua irmã, mesmo que na época ainda fosse um homem solteiro. E Ânya seria eternamente grata por tudo o que os tios tinham feito por ela desde que nasceu.

Amava a sua numerosa família problemática mais do que tudo na vida e seus primos eram como verdadeiros irmãos para Ânya. Não havia nada que não fosse capaz de fazer pela família que tanto amava, mas realmente teria que participar de uma seleção mortal para ser guarda-costas de uma princesa mimada?

- Tio, eu...

Outro zunido na porta impediu Ânya de apresentar seus argumentos contra a ideia insana do tio.

- Boa noite, família! -Lipe entrou carregado de sacolas alheio ao que estava prestes a se meter.

- Olha só! Nosso irmão mais velho trouxe o jantar! -Day comentou com ironia pegando as sacolas das mãos do irmão. - Morto e congelado como deve ser!

Se Ânya não tivesse coisas mais importantes para se preocupar, teria arremessado alguma coisa na irmã mais nova.

- Filho, você chegou em casa na hora certa! -o tio informou a Lipe indo direto ao assunto. - Você e Ânya irão participar da seleção para guarda-costas da princesa Thailine!

O irmão abriu e fechou a boca, então abriu e fechou novamente. Estava claro que ele assim como Ânya não ficou nem um pouco entusiasmado com a ideia absurda do pai.

- Que coisa mais sem sentido é essa que está dizendo, Thales? -ao menos um dos adultos parecia ter um pouco de lucidez, pensou Ânya ao ver a tia totalmente abismada com a imposição do marido. - Crianças, para o quarto já! -a tia mandou entregando o bebê a Allan que estava mais próximo.

Day ainda com as sacolas de compras nas mãos seguiu para a pequena cozinha, enquanto Layce pegou as gêmeas pelas mãos e as levou para o quarto seguida por Allan com o bebê. Lipe, sempre solidário a irmã, ajudou Ânya a colocar suas coisas na mochila e quando os dois se preparavam para deixar a sala discretamente, o tio se fez ouvir:

- Vocês dois ficam! -ordenou autoritário.

Os irmãos mais velhos estacaram no lugar com as cabeças baixas demonstrando respeito pelo patriarca da família.

- Os dois para o quarto sim! -a tia contradisse o marido.

Tanto Ânya quanto o irmão olharam para os mais velhos confusos quanto a quem obedecer. Odiavam quando eles os colocavam nesse tipo de situação. Logo começaria uma disputa de poder que só magoaria a todos.

- O que deu nele? -Lipe perguntou em um sussurro a irmã.

- Eu sei lá. -Ânya respondeu ainda mais baixinho.

- Não vou permitir que mande nenhum dos nossos filhos para uma disputa que pode até mesmo acabar em morte! -a tia já estava gritando, o que fazia perder o propósito de ter mandado os mais novos para o quarto.

- Aquele que for selecionado para ser o guarda-costas oficial da princesa será recompensado com cinco bilhões de dracmas. -o tio declarou pragmático. - Se os dois forem os vencedores, trarão dez bilhões a família!

Dinheiro, muito dinheiro. Ânya não podia deixar de ver a lógica na ideia do tio. Dez bilhões de dracmas resolveria todos os problemas da família e seria mais do que suficiente para mandar a todos os irmãos para excelentes universidades. E ver todos os irmãos com o futuro garantido era o maior sonho de Ânya.

- E acha que esse dinheiro todo vale a vida de seus filhos? -Dara questionou o marido com lágrimas escorrendo pela face. - Tudo bem se um deles morrer contanto que o outro traga ao menos cinco bilhões para a família?

- É claro que não! E eu não os treinei para morrerem e sim para serem os melhores! -o tio confiava demais nas suas habilidades de professor, na opinião de Ânya. - Além do mais, os patamares que enviarem os futuros vencedores, serão generosamente gratificados pelo rei! O número de pessoas que será beneficiado se um de nossos filhos for o vencedor, todos os nossos amigos e vizinhos, eles...

- Nem mesmo você pode ajudar todo mundo, Thales! Você está mesmo disposto a arriscar a vida de nossos filhos para ajudar pessoas desconhecidas?

- Faça alguma coisa! -Ânya suplicou em tom baixo ao irmão.

- O quê?

- Eu não sei! Você é o esperto da família!

Então o irmão arregalou os olhos e a puxou pelo braço! No rosto, a expressão de pura preocupação.

- Ânya, o que você fez? -ele perguntou alto e em tom aflito alarmando os pais.

- Eu? Nada! -Ânya não conseguia evitar admirar o irmão, pois ele sempre se superava em suas ideias brilhantes, embora não estivesse conseguindo acompanhá-lo naquele momento.

Os tios estavam ao lado da garota em questão de segundos com expressões idênticas de preocupação.

- Lipe, pegue o soro de limpeza, o gel anti-infectante e a cola dérmica na caixa de primeiros socorros, rápido! -a tia pediu com a destreza e calma de quem já era mãe de oito filhos.

- O que deu em vocês? -a garota perguntou confusa ao ver o irmão correr para a cozinha em busca da caixa de primeiros socorros. - Por que estão...

- Você por um acaso fica rolando no lixo para conseguir um corte desse, Ânya? -o tio ergueu o braço da sobrinha e só então Ânya viu a manga de sua blusa rasgada e ensopada de sangue.

Droga! Enquanto tinha se esquecido do corte, não estava sentindo dor, mas uma vez que viu todo o sangue jorrando de sua carne ferida, uma dor terrível se apossou de seu braço.

Felizmente, todo o cuidado com o ferimento de Ânya fez com que os tios esquecessem a discussão e a paz voltasse a reinar momentaneamente no pequeno apartamento.

Depois de jantarem em silêncio, todos foram dormir. Os menores todos espremidos no minúsculo quarto disponível além do que era ocupado pelos tios, enquanto Ânya e o irmão dividiam a sala. Ela no sofá e ele em um colchão muito fino no chão.

- Vou participar dessa bendita seleção! -Ânya anunciou ao irmão depois de muito refletir olhando para o teto. - Será a solução para todos os nossos problemas!

- Se você for, eu também irei! Não vou deixar a minha irmã ir sozinha para aquele circo de horrores!

- Lipe, apesar do que o titio disse, você não precisa ir também!

- Já disse, se você for, eu também vou e ponto final.

- Mas Lipe...

- Silêncio!

- Não adianta me mandar ficar quieta, eu não...

- Tem alguma coisa no meu pé! -a voz do irmão era de completo pavor.

- Não vou cair nessas suas histórias de assombração de novo!

- Estou falando sério dessa vez! Tem mesmo alguma coisa tocando o meu pé!

- Piu! -piu? - Piu, piu, piu!

Lembrando-se do que se tratava e prevendo a reação do irmão, Ânya foi rápida o bastante para tapar a boca do irmão antes que ele soltasse um grito que acordaria a casa inteira.

Um feixe de luz vindo de uma mini lanterna iluminou os pés de Lipe e a garota teve que apertar ainda mais a boca do irmão para ele não soltar todos os palavrões do mundo quando identificou a galinha confortavelmente acomodada com ele no colchão.

- Amorinha, aí está de você! -veio a voz de Layce, segurando a lanterna. - Por que fugiu? Quer virar o nosso café da manhã?

Amorinha?

- Layce, leve a galinha daqui antes que esse medroso tenha um ataque de pânico!

Layce, a mais doce das irmãs, uma adorável garotinha de apenas nove anos, tinha um estranho fascínio por frutas que só tinha ouvido falar, mas nunca sequer provou a maioria delas. Ela com todo o carinho e delicadeza pegou a galinha e voltou correndo para o quarto.

Tão logo ficaram sozinhos de novo, Lipe se livrou da mão da irmã em sua boca!

- Ânya, se essa seleção assassina não matar você, eu mato!

- Que exagero! Não precisa ficar tão bravo! É só uma galinha com penas!

- Não estou nem aí se a galinha tem ou não penas! -o tom do irmão deixava claro o quanto ele estava furioso e Ânya sabia o que viria a seguir. - A única coisa que me interessa é que você esteve no solo de novo! Você é louca ou apenas suicida?


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Mais um capítulo repostado. Espero que gostem, comentem e votem ^_^

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