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Capítulo 11

Tryin' to get control

Pressure's takin' its toll

Stuck in the middle zone

I just want you alone

My guessing game is strong

Way too real to be wrong

Caught up in your show

Yeah, at least now I know

It wasn't love, it wasn't love

It was a perfect illusion (Perfect illusion)

Mistaken for love, it wasn't love

It was a perfect illusion (Perfect illusion)

You were a perfect illusion

Perfect Illusion - Lady Gaga

No caminho para a escola, Leonardo não deixou o celular por um minuto sequer. A conversa com Dominick o entretinha.

O garoto percebeu que os dois tinham muito em comum: Ambos gostavam de filmes de ação, séries de humor e gatos; Dominick tinha um pequenino branquinho com o nome de "Nevasca", e sempre agraciava Leonardo com fotos do animal. Leonardo, por sua vez, mandava fotos das samambaias de sua avó, que interessavam mais a Dominick do que a ele. O rapaz nunca foi um grande fã de plantas.

O amigo mandou alguns links do youtube com músicas árabes para que Leonardo as conhecesse; O garoto não as apreciou muito, mas agradeceu Dominick pela recomendação. Quando ele enviava músicas da Lady Gaga, contudo, Leonardo tendia a gostar mais. Apesar de não ser um grande fã de música, ele também tinha seus artistas preferidos.

"Você gosta de Muse?" teclou Leonardo. "É uma das minhas preferidas. E o baterista tem o seu nome."

"Já ouvi falar", respondeu Dominick pouco tempo depois. "Eu conheço uma música deles. Madness. Vai ser a trilha sonora do meu casamento c o Ross"

Leonardo, indignado, enviou vários emojis de vômito.

"O Ross?????", respondeu, exagerando propositalmente nos pontos de interrogação. "De Friends?"
"Eh", Dominick teclou de volta. "Qm mais seria?"
"Pfv, Dominick!", foi a réplica de Leonardo. "O Ross é um grande babaca. E é feio."

"Eu acho ele gatinho", tornou a dizer Dominick. "Vc não acha?"

Leonardo revirou os olhos. Que péssimo gosto Dominick tinha! Respirou fundo, preparou seus dedos e começou a digitar um texto enumerando todas as vezes em que Ross Geller havia sido um babaca, mas uma voz o interrompeu no meio daquele momento.

Maria mole?

Leonardo virou-se para trás. Estava quase chegando à escola e Helena, aquela amiga divertida e meio louquinha que ele tinha para os passeios mais insanos, estava às suas costas.

Ela carregava uma sacola em mãos. O rapaz não conseguiu distinguir seu conteúdo.

Ah, oi, Helena! — Ele cumprimentou. — Qual é a da sacola?

Ela sorriu e aproximou-se dele, entregando o que tinha em mãos para o garoto. Ele franziu o cenho, espiou por dentro da sacola e percebeu que havia uma camisa polo azul-marinho dentro dela.

É pra mim? — Ele estava um pouco confuso.

Bom, Maria-mole, no domingo, eu pensei que não consegui te agradecer da maneira como você merecia. — Começou ela. — Então eu pensei em te dar algo. Foi quando eu compus uma música para você.

Você... — Ele piscou. — Você compõe?

Uhum. — Helena confirmou. — Mas eu não confio tanto assim nos meus talentos artísticos. Então, eu abortei a ideia, e te comprei essa camisa. Não é o que eu queria, mas... Espero que você goste.

E essa música... — A mente de Leonardo ainda estava nas composições de Helena. Quem diria! — É tipo "Cannibal Corpse", tipo "Iron Maiden", tipo "Black Sabbath"... Ou o quê?

Helena não respondeu. Apenas riu e abraçou Leonardo com ternura.

Obrigada, Maria-mole. — Disse, doce.

Uau. — Leonardo realmente não esperava aquilo. Era como uma bomba jogada diretamente em seu colo. — Você está fofa comigo hoje. O que aconteceu?

Helena imediatamente o soltou e deu uma cotovelada em seu ombro.

Não acostuma. — Piscou, dando as costas para Leonardo e adentrando o colégio sem sequer esperá-lo.

Às vezes, pensou ele, Helena conseguia ser realmente confusa.

***

Leonardo terminou seu texto quilométrico sobre o quão babaca o Ross era no meio da aula de gramática.

Releu sua obra de arte, concluiu que seria um excelente redator e então clicou em enviar. A barrinha logo ficou azul e Dominick respondeu com um emoji de olhos para cima, deixando em Leonardo a leve impressão de que ele não havia lido o texto todo.

"Vc leu tudo?", ele perguntou, indignado. "Eu demorei para fazer esse texto".

"Ñ deveria usar o celular na sala de aula", disse Dominick, acrescentando um emoji com a língua para fora. Foi a vez de Leonardo revirar os olhos.

"Nem você", ele respondeu, irritado. Dominick apenas teclou de volta um "kkkkkkkk" antes de mudar de assunto.

"O q acha de vir aqui em casa amanhã à tarde?" foi a sua sugestão. "Pra gente bater papo, ver umas séries e jogar conversa fora. Topa?"

Leonardo pensou. Ainda estava receoso de visitar a casa de Dominick; Ele era rico demais para o garoto, rico a níveis inimagináveis. Queria conhecer melhor o amigo, mas ainda havia uma coisa que o barrava.

"Seu pai vai estar aí?", perguntou. Não queria topar com Lourenço de Castro, o homem que sua mãe odiava.

"Não", respondeu o amigo. "Ele trabalha o dia todo amanhã. É terça-feira. Vc não irá topar com ele, pode ter ctz"

Leonardo suspirou, em alívio. Mandou uma carinha feliz para o amigo e foi naquele exato momento em que recebeu uma mensagem inusitada.

Ele não era exatamente popular, então receber mensagens de duas pessoas ao mesmo tempo era o tipo de coisa que não acontecia todo dia.

"Tudo certo para hoje?", diziam as letras tecladas por Laura no whatsapp.

Leonardo mordeu o lábio; Lembrava-se do incidente com Thiago na sexta-feira. Não tinha certeza se ainda queria contato com Laura, mesmo sendo ela uma garota muito bonita.

"Acho q estou ocupado", mentiu ele. "Vai ser uma tarde corrida".

"Eu tenho o dia todo", insistiu Laura. "Podemos nos encontrar 18 e meia se vc quiser. Na praça q te falei, Mário Tagnaffi."

Leonardo suspirou. Não iria se livrar daquela garota tão cedo. Incapaz de dizer não, ele confirmou: "Estarei lá". E, como a professora de português estava com os olhos vidrados no garoto, ele escondeu o celular.

Só havia um problema: Ele não fazia a menor ideia de onde ficava essa praça.

Helena. Helena! — Ele chamou, observando a garota absorta nos seus fones de ouvido. — Helena, eu preciso de sua ajuda.

Apesar de não estar ouvindo praticamente nada com a música ligada no volume máximo, Helena era mestre na arte da leitura labial. Observou os apelos de Leonardo e retirou um fone do ouvido.

Chora. — Disse, delicada como sempre.

Você... — Começou Leonardo. — Sabe onde fica a praça Mário Tagnaffi? E como eu faço para chegar lá?

É perto da minha casa. — Respondeu ela, naturalmente. — É só pegar o ônibus 512, que passa perto da sua casa, e parar no ponto da farmácia. A partir dali, só andar dois quarteirões em direção à árvore torta. Você sabe pegar ônibus, não sabe?

Uh... — Ele não tinha certeza.

Ótimo. — Aquele não era exatamente um "sim", mas Helena considerou como se fosse. — Que mal eu lhe pergunte... O que você vai fazer lá?

Ajudar a Laura com o dever de história. — Ele se sentia muito inteligente fazendo aquilo. — Ela insistiu, sabe?

Helena ergueu uma sobrancelha.

Você não aprendeu nada com Thiago na sexta feira? — Seu tom era acusatório. Leonardo se encolheu.

Eu não vou pegar ela! — Mas ele gostaria, contudo. — É apenas reforço de história. Estou sendo um bom colega.

Tudo bem, tudo bem. — Helena bocejou. — Se precisar de mim, eu estarei lá quando der merda. Minha casa fica dois quarteirões acima do supermercado.

Não vai dar merda! — Ele se defendeu.

Está certo, Leo. — Disse ela, rindo, e voltou aos seus fones de ouvido.

Leonardo estava realmente bravo. O que, afinal, poderia dar errado?

***

Quando ele desceu do ônibus, as ruas pareciam desertas; O vento cortante batia contra seu rosto e Leonardo não tinha certeza se estava no lugar certo.

Dois quarteirões, Helena havia dito. Leonardo localizou a árvore torta e tomou seu rumo, com os dentes batendo de frio. Ele trouxera tudo: Mochila, livros, estojo... Somente esquecera-se do agasalho. Bem que Leonor o avisou; Leonardo era um rapaz relapso demais.

Não foi difícil achar a praça. Era um lugar simplório, um pouco desgastado pelo tempo e pelo vandalismo. Os poucos bancos que não haviam sido depredados estavam pichados e a estátua de um cavaleiro que se localizava no ponto central já estava rachada e mal-cuidada. Uma pista de skate se erguia em um canto, também pichada pelos moradores. Apesar disso, o sentimento que ela transmitia à Leonardo era paz; Talvez pelos cantos dos passarinhos, talvez pela sombra sublime que as árvores faziam, ele não saberia dizer.

Leonardo escolheu um banco, pôs seus livros e cadernos ali e esperou. Observou a noite cair com olhos atentos; Duas crianças brincavam à sua frente e um casal de velhos conversava despretensiosamente. Um minuto. Dez. Estes viraram trinta. Que viraram uma hora. As pálpebras de Leonardo ficavam pesadas, ele sentia o sono vir juntamente ao vento que tocava sua pele...

Leonardo?

O chamado o tirou de seu transe. Leonardo levou um susto; Quase se esqueceu de que esperava alguém. Olhou no relógio, eram sete e quarenta. Mais de uma hora atrasada, pensou ele.

Laura! — Ele tentou não transparecer sua frustração. — Achei que não viesse mais.

Eu tive alguns problemas pessoais. — E, por algum motivo, não julgava Leonardo digno de saber quais problemas eram estes. — Você trouxe os livros?

Leonardo os havia trazido, juntamente com algumas anotações de sua antiga escola. Tentou ignorar o atraso da garota; Afinal, antes tarde do que nunca, não é mesmo?

Estão comigo. — Ele afirmou. — O que você quer estudar?

Estou com algumas dificuldades sobre a Revolução Francesa. — Ela parecia totalmente fria. — Você poderia me explicar?

Claro! — Leonardo limpou a garganta. — A Revolução Francesa marcou a transição da idade moderna para a idade contemporânea. O que você precisa saber é que, na França do século XVIII, havia uma grande desigualdade social...

E falou. Falou sobre durante meia hora, mais ou menos. Leonardo era um bom professor, mas Laura não era uma boa aluna. Parecia entediada, todas as palavras que saíam da boca do garoto eram nada mais que irrelevantes para ela. A menina não estava interessada em aprender, era bem verdade.

Quando ele terminou, teve a sensação de que nada de seu discurso seria absorvido pela garota.

Você entendeu? — Perguntou ele, descrente. — Se não entendeu, eu posso explicar de novo.

Ela revirou os olhos.

Quem não entendeu foi você.

E, agora, Leonardo não poderia estar mais perdido. Que tipo de professor recebia esse tipo de resposta?

Por que diz isso? — Ele estava bastante frustrado, não podia negar. — O que eu devo entender.

Leonardo... — Ela começou, pausadamente. Parecia receosa do que iria dizer. — Você gosta de mulher?

Aquela pergunta o pegou de surpresa.

Sim. — O propósito dela? Ele não saberia dizer. — Por que isso agora?

E veio aqui para estudar história?

Leonardo piscou. Ela estava insinuando algo que ele definitivamente não era estúpido a ponto de não entender, mas estava chocado com a ousadia.

Você é devagar demais. — Ela disse, sem rodeios. — Vou ter que te dar uma ajuda.

E, sem nem mesmo consultá-lo, puxou o garoto pela nuca e lhe deu um beijo.

Leonardo estava atordoado; Jamais pensaria que o encontro marcado por Laura teria essa finalidade. Eles sequer conversaram, não trocaram nem mesmo algumas palavras. Agora, eles estavam ali, se beijando, e o rapaz não poderia estar mais perdido. Que situação!

Quando Laura partiu o beijo, Leonardo não parecia melhor situado. Era o pior beijo de toda a sua vida, disso não restava dúvidas. Ela olhou por cima do ombro do rapaz, como se procurasse alguém, e novamente o agarrou.

Vamos de novo. — E puxou Leonardo pela camiseta do Batman que ele trajava.

Mas eu não... — Ele sequer teve chance de protestar.

Quando Laura o beijou mais uma vez, ele tentou se desvencilhar, mas ela o apertava muito forte. Leonardo era do tipo que gostava de conversar com as pessoas, conhecer melhor as (poucas) garotas com quem saía, e aquilo definitivamente não estava se saindo da maneira como ele gostaria. Embora Laura fosse uma menina bonita, não havia emoção alguma no beijo, quase como se ela estivesse fazendo isso de forma mecânica.

No momento seguinte, ele finalmente entendeu o porquê.

O QUE SIGNIFICA ISSO? — Berrou uma voz rouca atrás de Leonardo.

Laura finalmente o soltou. Ele olhou por trás do ombro e deu de cara com o que não queria ver: Thiago.

E ele estava lá, com seus 90 quilos de músculo e pura fúria. Carregava um skate no braço direito e estava acompanhado de outros dois garotos, estes menores, que também traziam seus skates.

Meu deus, Thi, eu nem havia percebido que você estava aí! — Cínica. Ela era incrivelmente cínica. — Eu e o Leo estamos nos conhecendo...

SE CONHECENDO? — Ele socou uma árvore. — ISSO É INADMISSÍVEL. O QUE EU FALEI PARA VOCÊ, SEU VIADINHO DE MERDA?

Ai, Thi... — Ela ajeitou seus cabelos cacheados. — Você não vai fazer nada com ele, vai?

SE EU VOU FAZER? — Ele bufou. — EU VOU ACABAR COM ESSE MERDINHA.

E, quando Thiago moveu seus 90 quilos de músculo em direção a Leonardo, ele soube que não havia outra saída além de simplesmente correr. 

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