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06 | You Are in Love

— Mendes, nós vamos nos atrasar! — Bradou Brianna, pela quarta vez em menos de vinte minutos. — Qual a dificuldade em escolher o perfume que irá usar?

— Eu só acho que perfumes tem de estar de acordo com a ocasião.

— Considerando que estamos indo a um bar encontrar os seus amigos que, a essa altura já beberam o suficiente para não prestar atenção ao que você irá estar cheirando, acredito que qualquer um esteja de acordo.

— Esse é o problema, não existe um perfume chamado "qualquer um" ou "tanto faz". — Fez alusão a resposta que ela havia dado a minutos atrás, quando pediu alguma sugestão.

— CK One, Mendes, básico. Pronto.

— Você acha mesmo? — Ele a olhou pelo reflexo do espelho do seu quarto.

Brianna, que já estava pronta e esperava sentada na cama do amigo há mais tempo do que gostaria, apesar de estar dentro do usual, revirou os olhos. Era apenas um perfume. Mas eram sempre os pequenos detalhes que faziam com que Shawn se atrasasse, desde suas meias a paleta de cores que usaria.

— A não ser que você esteja procurando impressionar algum dos seus amigos e precise ir extremamente cheiroso, acredito que esse esteja de acordo com a ocasião.

— Bree, o amor da minha vida pode estar em qualquer lugar dessa cidade... — Virou o corpo e a encarou, que deu de ombros.

Shawn buscava se enganar repetindo frases com essa, mas, no fundo, sempre soube que o amor de sua vida estava a sua frente, e impaciente.

— Se você continuar demorando para irmos, o amor da sua vida pode ir embora do bar e vocês nunca se encontrarem.

— Ok. — Cedeu e espirou o perfume em excesso. — Estamos muito atrasados?

— Quarenta e dois minutos.

— Estou pronto. — Avisou, depois de espirrar ainda mais perfume, enquanto colocava seu sobretudo.

— Você seria um péssimo britânico, Mendes.

— Por...?

— Britânicos são pontuais, nunca ouviu isso?

[...]

Shawn e Brianna entraram no bar cujas luzes amareladas deixavam o clima mais amigável, e já percebiam as vozes se misturando entre a música de fundo.

Os sobretudos que usavam foram retirados quando o calor do ambiente os recebeu, e Shawn comentou sobre o frio lá fora, recebendo um concordar com a cabeça da mulher negra.

Shawn tirou o casaco da mão dela, e os pendurou juntos no local adequado, e depois seguiram para onde seus amigos estavam e conversaram alto. Cumprimentos foram trocados, e, um olhar sugestivo, mas discreto, foi direcionado para Shawn de Christopher, seu amigo mais próximo na roda.

Contudo, apenas o olhar era sútil em relação ao sentimento de Shawn para com Brianna, pois todas as suas atitudes demonstravam nitidamente o quanto gostava dela.

— E então, Mendes, como foi a semana? — Perguntou Christopher. — Trabalhou muito? — O grupo riu. Não era segredo algum o descontentamento do canadense com seu trabalho.

— Vocês não sabem o trabalho que dá fingir que está trabalhando.

E, assim, o grupo que se aglomerava em torno do balcão se fragmentou em pequenas conversas paralelas que se encontravam as vezes. As vozes se encontravam e podia se ouvir sobre família, trabalho, relacionamento e basquete.

Shawn estava ao lado de Brianna e, inconscientemente, colocou a mão em sua coxa, buscando saber se estava tudo bem com ela, que sorriu e meneou com a cabeça. Afinal, se conheciam há tantos anos, e já haviam repetido tal programação tantas vezes, que estar no grupo de amigos dele já era habitual e agradável.

— Qual foi o motivo do atraso de hoje? — Jason perguntou e o grupo se silenciou, todos curiosos para saber.

— Adivinhem? — Brianna provocava Shawn indiretamente com um leve tom de deboche. — Vamos ver se vocês perceberam o que fez com que o senhor vaidade aqui demorasse tanto tempo.

As vozes se entrecortaram e iam subindo oitavas conforme todos tentavam adivinhar, mas, dessa vez, o atraso não havia sido motivado por "sapatos", "meias", "luvas", "a cor do sobretudo" ou "cabelo", como tentaram acertar os amigos.

— Vocês são péssimos observadores! — Se defendeu Shawn. — É literalmente óbvio o porquê eu me atrasei.

— É, gente, é óbvio o porquê Mendes se atrasou. Como vocês ainda não perceberam? — Brianna comentou em um tom sugestivamente engraçado. — Foi o perfume. — Entregou.

— E qual foi o da vez? — A namorada de Mikal, Liz, que havia chegado há pouco mais de dez minutos, questionou, tentando se inteirar do assunto e fazer parte da roda. Brianna sorriu para ela.

— Aposto cinco dólares que a Brianna escolheu CK One e você usou esse, no final. — Christopher provocou, e Joel, que era um dos mais quietos do grupo, quase se engasgou com o líquido que bebia ao rir.

— É um clássico! — Shawn a defendeu indiretamente sem ao menos perceber.

— Não sei se o amor da sua vida que, pode estar em todos e em qualquer lugar de Nova Iorque, irá ficar impressionado com um perfume tão básico quanto esse. — A provocação surgiu na roda.

— Além disso, a fixação do CK One é péssima. — Acrescentou Christopher, que sorriu para Shawn como se tramasse algo, como sempre fazia quando Brianna estava no mesmo ambiente.

— Desculpe se você gosta e está acostumado com aqueles perfumes que impregnam no ar e que todos os adolescentes usam, Rowe. — Devolveu Brianna.

— Ao menos o One Million tem uma fixação boa, o que permitiria que o amor da minha vida, que pode estar em todo e qualquer lugar de Nova Iorque, me notasse. — Os olhos verdes do homem se apertaram e depois abriram rapidamente, tentando enfatizar o que dizia e a provocação.

— A fixação do CK One é boa, Chris, não é, Bree? — Shawn buscava defesa, ao passo que demonstrava o incômodo por ter acatado a sugestão que, talvez, não tivesse sido a ideal.

— Aposto que já saiu todo o cheiro. Vê aí, Bree. — Provocou, pois ninguém ali chamava Brianna por apelidos.

Shawn estava relativamente perdido da discussão sobre perfumes, pois os escolhia pelo cheiro, sem considerar outros fatores, enquanto Brianna sempre comentava sobre os detalhes. Além disso, a maioria de seus perfumes havia sido presentes da amiga.

— É, vê aí. — O resto dos amigos engajou na brincadeira, o que apenas tornava ainda mais nítido o que Shawn sentia por Brianna. Tão nítido quanto o rubor que se espalhava pelo rosto do banqueiro.

Brianna soltou o ar, não crendo que estava cedendo a provocação. Contudo, não fazia isso como se não soubesse o que a havia fomentado. Por isso, um sorriso levemente malicioso desenhou seus lábios volumosos quando se aproximou de Shawn e colocou seu rosto a milímetros de seu pescoço, sentindo o cheiro do perfume.

O grupo ria e comemorava a aproximação como se tivessem conseguido o que queriam.

Shawn encarava Christopher envergonhado, mas seu olhar estava dividido, uma parte de si se derretia quando sentia Brianna tão próxima, fazendo com que suas pernas parecessem mais fracas, enquanto a outra parte de si queria ralhar seu grupo de amigos.

— E então, Brianna, conseguiu sentir ou só gostou de ficar tão próxima do senhor vaidade?

— Quantos anos você tem mesmo, Rowe? — Brianna se afastou de Shawn, voltando para sua posição original.

— Dezesseis anos, só pode. — Shawn revirou os olhos.

— Estou achando que você nem prestou atenção no cheiro, ficou perdida nos detalhes apaixonantes do nosso canadense. — Christopher fez uma dramatização teatral e a mesa riu.

— Detalhes apaixonantes... — Brianna riu alto, sendo acompanhada por todos. — Acho que é você quem está prestando atenção demais no nosso canadense.

— Mas e o perfume, Brianna? Sentiu? — Interveio Joel, sendo acompanhado por questionamentos da mesa.

— Como eu já... — Mas antes que pudesse concluir a frase, seu celular acendeu com uma chamada via FaceTime de Trinity. — Desculpem, meninos, mas eu realmente preciso atender. — Sorriu lasciva. — Talvez, Christopher possa responder essa pergunta, já que está tão interessado sobre isso, e sobre os detalhes do nosso canadense apaixonante. — Negou levemente com a cabeça e saiu da mesa, indo para o lado de fora, buscando silêncio para atender a ligação.

[...]

— Finalmente achei você. — Disse Shawn, encontrando Brianna ainda no telefone e pode ver o rosto de Trinity iluminado na tela. — Oi Tini. — Ficou ao lado de Brianna, que afastou o celular, de forma a pegar ambos na câmera.

— Oi Shawn! — Tini respondeu do outro lado da tela. O quarto ainda estava acesso, e Shawn pode perceber que ela estava na casa de seus avós pois não reconheceu com precisão os detalhes do local.

— Você não acha que já passou muito da sua hora de ir dormir, mocinha?

— É sexta, mãe.

— Ah, verdade, eu me esqueci que crianças de nove anos...

— Quase dez!

— Sim, claro, já é uma pré-adolescente. — Brianna se corrigiu falsamente. — Enfim, regras de horário não se aplicam mais para a mocinha? Cadê seus avós?

— Vovó foi comprar pizza, e vovô está lá embaixo escolhendo algum filme para vermos.

— Ok, acho que essa é uma situação em que horários podem ser desrespeitados. — Interveio Shawn.

— Eu sempre esqueço que minha filha tem um advogado.

— Shawn sim entende das coisas. Além disso, vocês dois também estão na rua, então eu também posso.

— Meu deus, o que eu estou criando? — Brianna riu.

— Vovó chegou. — Avisou Trinity, que olhou para a porta e sorriu. — E é pizza da Kesté! — Os olhos se arregalaram em felicidade. — Tchau, amo vocês! — A ligação foi desligada antes que pudessem responder.

— Já com saudades, Mendes? — Ela se virou, ficando mais próximos que o usual, e sorriu.

— Sempre. — Ele piscou apenas o olho esquerdo, ou, ao menos, tentou.

[...]

— Vocês têm certeza de que não querem uma carona? — Brianna reforçou o pedido enquanto Joel e Christopher esperavam o carro de aplicativo chegar. Mikal e Liz já haviam ido.

Shawn, que estava um pouco atrás de Brianna, negou veementemente a cabeça para os amigos.

— Olha, se não tivesse passado os cinco minutos em que posso cancelar a corrida sem pagar multa, eu aceitaria. — Christopher respondeu, mantendo o olhar de divertimento em Shawn.

— O meu chegou. — Joel se despediu de forma similar a bater continência. — Muito obrigado pela noite, pessoal.

— Cara, o meu está longe, hein, quatro milhas. — Christopher mentiu, apenas para sentir o desespero de Shawn por quase entrar na carona de Brianna.

— Cancela e eu te deixo em casa. — Brianna insistiu.

— Ou a gente o espera chegar aqui com você, sem problemas.

— Que bom, né, só o que faltava, ter problema esperar aqui com a sua companhia favorita. — Christopher passou seu braço por cima do ombro de Shawn, trazendo-o para perto.

— Companhia favorita é apelativo.

— Ah, verdade, eu esqueço que sua companhia favorita é a Bree. — Provocou, e, dessa vez, não conseguiu rir de uma forma controlada.

— Seu uber chegou, Chris. — Shawn ralhou. — Tchau. — Deu dois tapas em suas costas, sorrindo sem grandes expressões.

— Será que é o meu mesmo ou vou ter que ir de carona com vocês? — O homem loiro ria, mas abriu a porta do carro. — Boa noite, casal. — E entrou no carro antes que pudesse ser contestado ou respondido.

Brianna encarou Shawn com o rosto levemente tombado e um sorriso genuíno que foi respondido na mesma proporção. Ambos começaram a caminhar em direção ao local em que o carro estava estacionado.

— Gostou da noite? — Brianna perguntou enquanto colocava o cinto.

— Bem, era tudo que eu estava precisando. — Ele desceu o quebra sol para ajeitar o cabelo.

— Precisa ficar bonito para caso encontre o amor da sua vida, que pode estar em todo e qualquer lugar de Nova Iorque? — A advogada provocou.

— Quer dizer que eu estava feio, então? — Subiu o quebra sol.

Brianna respondeu silenciosamente ao erguer os ombros em sinal de que não daria continuidade aquilo, ao passo que Shawn aproveitou para conectar seu celular e escolher algo para tocar.

— Por que eu não estou surpresa? — Brianna riu quando The Outfield começou a ecoar no carro.

— Em minha defesa, eu coloquei no aleatório.

— Você está mentindo para mim ou para você?

— Admita que, no fundo, você adora todas as minhas músicas.

— Considerando que, eu majoritariamente as escuto, digamos que aprendi a tolerar seu gosto musical.

— Tolerar tanto que sabe cantar a maioria delas.

— A culpa não é minha que passamos muito tempo juntos.

— Realmente, a culpa é minha por ser tão legal a ponto de você querer ficar a maior parte do tempo comigo.

— Talvez, Mendes, talvez.

Ambos riram, e os olhos de Shawn brilhavam conforme encontrava Brianna em seu campo de visão, atenta ao tráfego, apesar das poucas pessoas na rua. A noite havia reunido tudo que era mais importante para ele e, apesar das provocações e insinuações de seus amigos, tentava imaginar que Brianna não sabia sobre o sentimento platônico que nutria há anos.

A verdade é que tudo estava nos detalhes. O amor, o cuidado e o gostar. Tudo residia milimetricamente posto e calculado nas atitudes do cotidiano, desde colocar seu sobretudo no local correto, a conversar com sua filha como se fosse da família, ou compartilharem e transitarem em seus grupos de amigos.

E foi num detalhe, ou até coincidência questionável, que começaram a cantar juntos a maioria das músicas. Afinal, Brianna apenas escutava música com Shawn, que se resumia a rock dos anos 80 e 90, com uma leve pegada pop, a músicas românticas atuais, ou as tendências do TikTok com sua filha.

"One night he wakes, strange look on his face. Pauses, then says: you're my best friend. And you knew what it was, he is in love."

Com esse trecho, os olhares se encontraram e sorrisos nítidos foram compartilhados. Ambos sabiam o que o silêncio dizia e que aquelas palavras diziam mais do que o palpável. 

para comemorar outubro e a democracia: atualização!

espero que tenham gostado. foi um capítulo bem mais longo do que o usual (e pretendido) e com mais diálogos do que narrativas rs, quem diria que a escolha de um perfume renderia tanto enredo, hein?

ah, na verdade o meu capítulo favorito é o 8 (ops!), que, se tudo der certo, chega esse mês ainda. e já dando spoiler, a música de insipiração será lucky, do jason mraz e da colbie caillat. 

com amor,

valentina

02 de outubro de 2022

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