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Castelo de Pedra - Capítulo 3

Nota da autora (Kailandra123): Recentemente as pessoas tem me perguntado o que eu escuto para me inspirar, bom geralmente é uma playlist enorme! Mas esse capitulo tiveram 3 musicas que ajudaram muito, alias muito mesmo! Para manter a promessa feita as minhas queridas, segue abaixo as musicas que usei para esse capítulo.

Timbaland - The Way I Are

The Pussycat Dolls - Wait A Minute ft. Timbaland

Cobra Starship: Good Girls Go Bad ft. Leighton Meester


Boa leitura!


Oh vida porque és tão injusta?

Status: Animada, angustiada, nervosa, esperançosa, tantos sentimentos que nem sei bem o que estou sentido.

Horário: "Quando a escuridão cair e os festeiros saírem, saberás que é o melhor momento do dia"

Vestuário: Uma calça de couro preto, uma blusinha de alças finas vermelha, com decote para realçar meu busto e botas pretas.

Cabelo: Solto e disciplinado, quem diria, não?

Local: Festa universitária. Adoroo!

Após um curto trajeto até o local onde seria a festa, durante o caminho Taty e Fernando foram cantando "Hakuna Matata", Daniel ficou em silencio e Sabrina fazia os sons de fundo enquanto eu chorava de rir. Sabrina finalmente parou o caro em uma vaga próximo ao meio fio e descemos do carro. Sabrina sempre andava entre Taty e eu, ela era a mais baixa, eu e Taty éramos quase da mesma altura.

Quando chegamos à porta do salão onde a festa estava acontecendo, pude escutar a música baixa, mas animada, Taty começou a dançar e Fernando surgiu ao seu lado mexendo os braços.

- Vou procurar meu amigo - anunciou Sabrina, eu acenei com a cabeça.

- Amigo... Sei! Vai lá danada - gritou Taty e Sabrina deu um sorrisinho e entrou na festa.

Entrei na festa ao lado de Taty, Fernando e Daniel atrás de nós, Taty pegou minha mão e me levou direto para a pista de dança.

- Não é melhor ficar de olho nos meus amigos? - perguntei gritando para Taty.

- Não! Eles vão ficar bem - ela gritou de volta.

Eu e Taty começamos a dançar percebi com a visão periférica que Fernando e Daniel estavam vindo em nossa direção. Eu não era boa dançarina, eu era bem desengonçada dançando, mas o bom de música eletrônica é que não precisa ser o melhor dançarino, apenas precisa se mexer um pouco.

Taty virou de costas para mim e eu encostei minhas costas na dela, já havíamos feito isso antes em uma balada que eu entrei com documento falso. Dançamos de uma forma bem sensual de costas uma para a outras.

- Tem um moreno alto e sensual que não para de olhar para mim - gritou Taty.

- Até depois - eu gritei de volta quando senti que ela saiu dançando, eu me virei e a vi dançando com um rapaz realmente bonito.

- Vocês dançam bem - gritou Fernando.

- Tenho meu lado festeiro - eu gritei rindo - Cadê o Dan? - perguntei olhando ao redor, Fernando estava dançando ao meu lado, aliás eu não posso chamar isso de dançar, ele estava se mexendo de uma forma bem bizarra.

- Não sei - disse Fernando e eu dei de ombros, provável que ele tivesse arrumado alguma garota.

Fiquei dançando com Fernando até Sabrina aparecer com um copo enorme e me oferecer.

- Quero te apresentar meus amigos - gritou ela e eu peguei o copo.

- Já volto! - gritei para Fernando que continuou dançando.

Eu segui com Sabrina, dando grandes goles na bebida, era do tipo de bebida que eu gostava, doce e alcoólica. Caminhamos para um canto onde estava mais calmo da festa.

- Onde está a Taty? - perguntou Sabrina.

- Estava dançando com um rapaz depois ela sumiu - eu contei dando de ombros e Sabrina riu.

Os amigos dela estavam sentados em uma mesa, à bebida estava subindo facilmente eu não havia comido nada desde o almoço, beber de estomago completamente vazio intensificava o efeito. Ela parou e sorriu para seus amigos.

- Gente, essa é minha irmã Sarah. Sá, estes são Marcus - ela disse apontando um rapaz de cabelos escuros e rechonchudo - Isabel - ela apontou uma garota de cabelos curtos e vermelhos - Hugo - ela apontou com um sorriso afetado para um rapaz lindo, loiro de olhos claros - E por fim Rafael - ela disse com um sorrisinho para mim, apontando um rapaz de olhos claros e cabelos loiros também, que sorriu para mim, todos acenaram para mim e Hugo veio em nossa direção com Rafael que parecia mais novo que os outros.

- Não imaginei que sua irmã fosse tão bonita Bri - disse Hugo tomando as mãos de Sabrine nas suas.

- Minha irmã, o que podia esperar? - Sabrine falou rindo.

- Então Sarah meu irmão Rafael aqui, estava se queixando que não tinha ninguém da idade dele nessa festa - comentou Hugo, eu olhei para Rafael que sorriu para mim.

- Agora Sá, seja uma boa irmã e faça sala pro Rafa enquanto o Hugo e eu conversamos seriamente ali adiante - disse Sabrina empurrando Hugo para longe e me deixando naquele momento constrangedor com um rapaz lindo que eu não conhecia e sem assunto.

Eu sempre travava em momentos assim.

- Então Sarah, quanto anos você tem? - perguntou Rafael quebrando o silencio.

- Dezessete e você? - perguntei e ele sorriu.

- Completei dezoito agora, você está ilegalmente na festa então? - ele perguntou rindo.

- Não vi uma placa dizendo que não poderia entrar e também não fui barrada pelos seguranças - eu respondi com sarcasmo e um sorrisinho, o álcool me deixava um pouco desbocada, tomei mais um gole da bebida e ele riu.

- E ainda está bebendo? Sabia que bebida é para acima de dezoito? - ele brincou e eu virei a bebida toda e lhe entreguei o copo.

- A regras foram feitas para serem quebradas - eu disse me virando para ir para a pista de dança.

- Só não vai passar mal - ele disse vindo atrás de mim.

- Faça-me o favor! - eu exclamei rolando os olhos e fazendo-o rir.

- Quer dançar? - ele perguntou e eu assenti.

Fomos para a pista de dança, eu não conhecia a música que estava tocando, mas eu não sou uma conhecedora de música eletrônica, Rafael dançava bem, ou pelo menos muito melhor que o Fernando, já que meus parâmetros eram bem baixos.

Falando em Fernando ele estava dançando com uma garota próximo a nós, Daniel estava encostado na parede conversando com uma garota de cabelos louros. Sempre loiras!

Voltei minha atenção para o Rafael diante de mim, ele era tão bonitinho que parecia que existia algo de errado com isso, não parecia real, quero dizer isso não combinava com a minha realidade. Dançamos mais duas músicas e Rafael saiu para pegar algo para bebermos. O bom de conhecer um rapaz em um lugar como este é que ele não precisava conhecer meu lado nerd. Saí da pista e esperei Rafael voltar, agora Fernando estava com mais duas garotas, eu ri disso, ele nem de longe era bonito, mas Fernando era tão animado que sempre chamava atenção.

- Posso falar com você? - perguntou Daniel gritando para que eu pudesse escutá-lo, eu me assustei, eu não havia visto ele se aproximar.

- Pode! - eu gritei em resposta e fiquei olhando para ele, ele pegou meu pulso e me puxou pela festa, eu fui com ele sem entender o que ele queria que era tão particular assim?

Meu coração acelerou quando eu tive aqueles pensamentos românticos com ele, céus será que ele queria me agarrar? A pergunta certa seria "Eu queria que ele me agarrasse?".

Ele me levou para fora da festa onde a música era mais baixa e não precisávamos gritar para conversar. Ele olhou para mim, e eu tive vontade de desviar o olhar como sempre.

- Não gosto de falar gritando - ele disse.

- Minha garganta agradece - eu fiz uma piadinha, mas ele não riu, esperei que ele falasse algo, afinal ele que queria falar comigo.

- Quem é o cara que estava com você? - perguntou Daniel, ele estava bravo?

- Um amigo da Sabrina - eu respondi sem pensar, mas por que eu estava respondendo isso a ele? Eu não devia satisfações para ele.

- Você nem conhece o cara e já está se atirando pra cima dele? - perguntou Daniel de forma brusca, fiquei chocada.

- Eu não estou me atirando em cima de ninguém - eu disse chocada.

- Pensa que eu não vi? - perguntou ele e eu fiquei atônita, abri a boca e fechei. O que está acontecendo aqui?

- Daniel você estava agora mesmo dando em cima de uma loira - eu disse atônita.

- Eu não estava! - ele exclamou.

- A não? Você estava informando a ela o caminho de abrir sua camisa? - eu perguntei com sarcasmo.

- Isso não é da sua conta - ele disse bravo.

- Digo o mesmo para você - eu falei.

- Então tá! - ele falou bravo.

- Tá! - eu disse dando de ombros.

- Ok! - ele exclamou.

- Ok. - eu falei me virando para sair, mas Daniel ainda segurava meu pulso.

- Só porque é bonita acha que pode fazer o que quer - comentou Daniel e eu me virei para ele chocada.

- Sou bonita? Não, eu estou bonita - fiz a correção.

- Deixa para lá - ele disse e eu dei de ombros, soltando meu pulso de seu aperto.

E que foi essa discussão? Quero dizer, desde quando o Daniel se importava com essas coisas? Eu tinha que ser algum tipo de bela moldura? Sempre esperando que ele me note? Eu me virei para ir embora e ele me segurou de novo.

- Dan, o que você quer comigo? - eu me virei de volta para ele perguntando, e mantive meus olhos em nossas mãos.

Ele colocou sua mão no meu rosto, eu levantei o rosto chocada, ele me puxou para perto dele tocando nossos lábios, eu fiquei confusa no começo, ao mesmo tempo que eu sempre quis esse beijo, agora parecia estranho. Mas essa sensação durou cerca de dois segundos, porque eu me derreti e me entreguei ao beijo correspondendo, foi um beijo meio desajeitado, mas quem sou eu para julgar? Quero dizer minha experiência com beijos era de dois, apenas dois beijos.

Um tinha gosto de cerveja e o outro, foi tão desagradável que eu preferia nem me lembrar. O beijo de Daniel tinha gosto de menta, ele estava com chiclete ou algo parecido? Daniel colocou sua mão em minha cintura puxando meu corpo para mais perto do dele, coloquei uma mão em sua nuca e a outra apoiei em seu ombro direito.

Quando eu iria acordar? Sim, por que isso era um sonho certo? Eu beijando o Daniel? Essa festa pertencia à outra dimensão? Nós nos separamos, ele estava com a respiração pesada, me olhou com um olhar insondável.

Então ele me soltou e deu alguns passos para traz com um olhar de quem tinha feito besteira, eu me virei e saí de perto dele. Eu realmente não precisava desse drama, eu não precisava desse olhar, se para ele foi um erro para mim teria sido também. Andei de volta a pista de dança e encontrei o Rafael que segurava dois copos, eu peguei um dos copos de sua mão e bebi seu conteúdo.

- Isso não é água - disse ele quando me viu bebendo.

- Ótimo, eu não queria água mesmo - eu disse terminando de virar o conteúdo do copo, senti aquela sensação tão conhecida, minha visão estava meio turva, peguei a mão de Rafael e o puxei de volta a pista de dança.

- Calma eu pretendia beber o que eu trouxe primeiro - disse Rafael rindo eu peguei o copo de sua mão e bebi, ele riu. Eu joguei os copos no lixo e o levei para a pista de dança.

Enquanto caminhávamos, eu dei um pequeno beliscão na bochecha, eu não senti dor, era isso eu estava bem mais alcoolizada que o de costume. Lembro de uma vez que Taty e eu saímos abraçadas de um barzinho, eu estava nesse estado.

Começamos a dançar, eu não sei quando, mas Rafael colocou suas mãos em minha cintura e eu coloquei minhas mãos ao redor do seu pescoço. Um fato curioso de quando eu fico nesse estado alcoólico, é que eu dou risada até de piada ruim, então apenas dançar era engraçado.

Por mais bonito que o Rafael fosse eu não sentia nada por ele, ele era bonito de se ver, apenas isso. Depois de dançar um pouco e me senti bem tonta fiquei na ponta do pé e ele abaixou.

- Vamos lá fora? Quero ar fresco aqui está muito abafado - eu pedi e ele assentiu.

Ele caminhou comigo para fora, o ar estava fresco e eu respirei fundo.

- Está passando mal? - perguntou Rafael.

- Não, eu estou bem só estava com calor - eu disse rindo erguendo meus cabelos para sentir uma brisa na nuca.

- Nunca conheci uma garota como você - disse Rafael rindo.

- E como é uma garota como eu? Estranha? Bêbada? - perguntei rindo, por que tudo era tão engraçado? Olhei para ele, a pior parte da sensação de sentir seu corpo com alto teor alcoólico é que sua visão ficar turva, isso irrita um pouco, mas ao mesmo tempo é engraçado também.

- Estranha? Não, apenas diferente. Bonita, engraçada e intimidadora - ele disse e eu olhei para ele chocada.

- Bonita e intimidadora? Sério? - perguntei sem conseguir acreditar, será que eu bebi demais e estava escutando demais também?

- Sim, muito bonita, você não tem a mínima noção de como é bonita, não é? Nunca te disseram que sua postura é intimidadora? - ele perguntou e eu fiquei olhando para ele, ele riu - Sim, sua postura é intimidadora, a forma como você se move, a sua expressão reservada, acho que se sua irmã não tivesse me apresentado você eu não teria chego perto de você, você intimida com sua linguagem corporal - ele disse passando as costas de sua mão em meu rosto eu ergui a sobrancelha.

- Não imagino como eu seja intimidadora ou como eu possa mudar isso - eu falei com sinceridade.

- Isso é muito fascinante, acho que faz parte de quem você é - ele disse sorrindo.

- Eu devo parecer uma garota bêbada e louca também - eu disse tentando amenizar as coisas.

- Você é divertida - ele disse aproximando seu rosto do meu, eu deveria me afastar?

Não! Quando você está no inferno, você abraça o capeta, mas não basta apenas abraçar você precisa dançar salsa com ele.

Ele tocou meus lábios com os seus, fechei meus olhos e tudo começou a rodar, era muito engraçado fechar os olhos, ele colocou uma de suas mãos nas minhas costas e a outra na minha nuca.

Eu não estava em estado de pensar muito, deixei minhas mãos descansando em seu peito e deixei que ele me beijasse, eu correspondi, mas eu não conseguia parar de pensar no beijo do Daniel, maldito seja ele!

Rafael se afastou, descendo suas mãos para minha cintura, olhei para ele e ele ficou me olhando.

- Me passa seu telefone - ele pediu sacando um celular de última geração do seu bolso.

- Eu não estou com o meu aqui, depois você me manda uma mensagem para eu te adicionar - eu sugeri e ele assentiu, eu recitei meu telefone e ele anotou.

Ele guardou seu telefone no bolso e estava prestes a me beijar novamente quando a Taty me chamou.

- Sá! Estamos indo embora antes que sua mãe comece a dar um chilique - ela disse, eu sorri sem graça para ele.

- Até mais Sarah - disse Rafael.

- Até... - eu falei correndo em direção a Taty.

- Menina que amasso foi aquele? - pergunto Taty animada enquanto andávamos em direção a porta da frente, eu não respondi dando graças a música alta.

Saímos pela porta da frente, Sabrina estava parada ao lado de Fernando e Daniel que me olhou inexpressivo, não lhe dei importância.

- Foi muito divertido - disse Fernando rindo quando Taty postou-se ao seu lado, caminhamos para o carro.

Será que foi proposital me deixarem para trás com o Daniel? Ele colocou suas mãos nos bolsos da calça e eu continuei andando como se não tivesse acontecido nada, como se o beijo não tivesse acontecido.

- Gostou da festa? - ele perguntou apenas para mim, pois os três a nossa frente estavam cantando alto uma música muito velha e brega do Wando.

- Foi bem interessante e você gostou? - perguntei tentando parecer desinteressada.

- Muito - ele disse quando parou na frente da porta do carro e abriu para eu entrar, eu fui entrar e ele disse bem baixinho, apenas para mim - A melhor parte foi beijar você.

Eu me sentei e olhei para ele atônita, ele estava com um sorrisinho quase invisível e não olhou para mim, sentou-se ao meu lado e ficou olhando para fora.

Ele realmente disse o que eu acho que ele disse? Ou foi apenas um delírio da minha mente? Eu não estava em condições de pensar muito, encostei minha cabeça no ombro dele disposta a dormir em seu ombro com a desculpa de ter bebido demais, ele não se mexeu e eu apaguei.

Acordei quando ele ia descer e ele me cutucou, ele beijou a minha bochecha.

- Quero falar com você pela manhã - ele sussurrou em meu ouvido.

Eu não respondi, não deu tempo, ele desceu do carro e percebi que Fernando já estava na frente de sua casa.

Sabrine continuou dirigiu até a nossa casa, o que durou mais um minuto apenas.

- Conta tudo! - disse Sabrina.

- Não estou em condições - eu disse rindo.

Enquanto Sabrina guardava o carro entrei em casa e tirei a bota, foi uma sensação tão boa colocar meus pés em uma superfície plana, me joguei no sofá colocando os pés para cima.

- CONTA TUDO! - exclamou Taty entrando em casa, ela tirou os meus pés do sofá e sentou-se me olhando com expectativa.

- Não tem muito o que dizer... - eu ia falar, mas a Sabrina entrou me cortando.

- Espera, deixa eu fechar a porta e sentar, quero saber também - ela disse se apressando em fechar a porta.

- Certo, não foi nada demais, Daniel me beijou e o Rafael também - eu falei e elas riram.

- Minha nossinha! Sua pegadora! - disse Taty e eu gargalhei.

- Pegadora? Que exagero! - eu exclamei.

- Vamos parar com essa bagunça aí embaixo? Queremos dormir - gritou meu pai lá de cima e ficamos em silencio rindo.

Resolvemos deixar para conversar amanhã, então eu fui para o meu quarto Sabrina rumou para seu quarto com Taty, ela dormia aqui em casa às vezes.

Entrei em meu quarto, me livrei de toda a roupa e vesti uma camiseta puída, apaguei a luz e me joguei em minha cama, estava quase dormindo quando escutei alguma coisa vibrar na mesa de cabeceira. Levantei a cabeça e meu celular estava vibrando.

Que merda! Quem iria me ligar a essa hora? Peguei o telefone e atendi ainda sentindo minha cabeça sob o efeito do álcool.

"Sarah? Que horas eu posso ir à sua casa mais tarde?" - era a voz do Daniel, eu abri os olhos sem entender, mais tarde?

- Oi? - perguntei sem entender.

"Quero falar com você lembra?" - ele falou com a sombra de um riso em sua voz. Merda! Eu havia esquecido completamente.

- Pode ser amanhã à tarde - eu disse.

"Amanhã? Não! Eu quero falar com você a sós e ainda no domingo" - ele falou e eu não entendi.

- Mas amanhã é domingo - falei tolamente.

"Não Sá, são duas da manhã, logo hoje já é domingo" - ele falou rindo e eu me senti estupida.

- Pode ser no período da tarde, não exija muito do meu cérebro agora - eu falei.

"Tudo bem, até mais tarde. Durma bem" - ele disse.

- Vou dormir, como uma pedra. Pode deixar - eu falei e escutei ele rir.

"Beijos" - ele falou e eu disse "Tchau" e desliguei o telefone.

Quando olhei existia umas quatro chamadas não atendidas do Daniel e duas mensagens de texto. Uma era da operadora me avisando que meus créditos haviam acabado a outra eu demorei para entender.

"Oi! Te procurei no Whats, mas eu não encontrei. Resolvi te mandar mensagem para ver se era você mesmo ;) Ass. Rafael"

É meu querido, isso é tecnologia que eu não possuo. Coloquei meu celular de lado e me virei para dormir, talvez se eu não estivesse tão alcoolizada eu teria ficado repassando tudo, mas eu estava então como eu disse que faria para o Daniel, eu dormi como uma pedra.

- HORA DE ACORDAR! - gritou minha mãe e eu resmunguei - Vai Sarah levanta está na hora - disse minha mãe indo até a janela e abrindo, a claridade bateu em meu rosto e ela puxou meu cobertor - Levanta! Você tem dez minutos - disse ela antes de sair.

Eu levantei, sabia que teria problemas se não levantasse agora. Caminhei como uma morta viva em direção ao banheiro, lavei meu rosto, escovei os dentes e saí. Entrei em meu quarto, peguei uma calça de moletom cinza que um dia havia sido do meu pai e eu peguei justamente porque era confortável, vesti uma mini blusa preta prendi o cabelo e desci as escadas. Eu não estava com ressaca, era muito difícil eu ter ressaca, só estava com sede.

Meus pais estavam na cozinha, ambos estavam arrumados para sair, olhei no relógio e eram apenas dez, como minha mãe era má!

- Vão sair? - perguntei beijando a testa do meu pai.

- Sim - respondeu ele, me sentei ao seu lado e Sabrina entrou nada feliz.

- Vamos a um velório - anunciou minha mãe enquanto eu me servia de um grande copo de água.

- Nossa, quem morreu? - perguntou Sabrina e minha mãe olhou feio para sua indelicadeza.

- Foi o Juca! Pai do amigo, do irmão do conhecido, do vizinho que era casado com a tia avó de um amigo do seu pai - ela anunciou e eu ergui a sobrancelha sem entender merda nenhuma e nem o motivo para eles irem.

- Nossa o Juca? - perguntou Sabrina e eu não sabia se ela estava sendo irônica ou ela realmente conhecia o cara.

- Acredita? Morreu de enfarte... - minha mãe começou a relatar o quadro clinico do homem, minha mãe era esse tipo de pessoa que gostava de um velório, gostava de uma tragédia. Nunca entendi esse lado dela. Comecei a beber minha água ignorando os relatos da minha mãe.

- Estou pronta Denise - anunciou minha avó na porta na cozinha, ela estava vestindo o que minha avó usava para sair, um blazer vermelho, uma calça marrom um sapato preto e uma blusa florida. E para fechar com chave de ouro, aquele perfume forte que ela gostava, um perfume horrível que ela comprava em um catálogo. Minha avó era sempre um ícone da moda!

- Não sei que horas iremos voltar, o enterro será às quatro da tarde, mas o velório já está acontecendo - disse com aquela voz séria que ela sempre usava em enterros.

Taty apareceu na cozinha e minha avó torceu o nariz, tomamos o café da manhã e meus pais saíram junto com a minha avó.

Eu fui para o sofá dormir, Sabrina e Taty foram para a casa da Taty, elas iriam fazer uma pesquisa da faculdade. Eu dormi até umas duas da tarde que foi quando eu acordei com fome.

Fui até a cozinha e não tinha nada para comer, então resolvi fazer algo para comer, eu estava preparando um prato super complexo quando a campainha tocou, e eu xinguei.

Se o meu miojo queimasse eu ficaria muito brava! Quem ousa interromper o preparo minucioso do miojo de uma pessoa? Saí para ver quem era e eu quase morri do coração.

Daniel estava lindo, perfeito e me olhando parado no meu portão, eu fiquei com a boca aberta olhando para ele e ele sorriu.

- Acho que não é agradável ficar aqui no portão, está sol sabe? - ele disse com sarcasmo me tirando do meu estado de estatua.

- Espera! - eu exclamei entrando de volta em minha casa.

Merda! Três vezes merda! Eu esqueci completamente que eu estava com a barriga de fora! Olhei-me no espelho e meu cabelo estava preso, será que eu deveria soltar? Não ele ia achar estranho, melhor nada mudar. Corri para pegar a chave e voltei a sair de casa com a chave em minhas mãos, abri o portão e dei espaço para ele entrar. Ele entrou e eu caminhei para dentro da minha casa, quando entrei eu quase morri, a sala estava um caos, como eu estava jogada no sofá tinha um cobertor puído no sofá, o controle remoto estava no chão, meu gato "Zeus" estava dormindo encima do outro sofá todo largado, minha bota de ontem estava no meio da sala. Mas não daria tempo de arrumar, ele já estava dentro da minha casa.

Ele não fez comentários, eu fechei a porta e ele virou-se para mim estava prestes a falar algo quando escutei barulho na cozinha.

- Merda meu miojo! - eu gritei e corri para cozinha.

Meu pobre miojo estava pegando no fundo, olhei tristemente para meu almoço, odiava miojo muito cozinho.

- Está tudo bem? - perguntou Daniel, parado perto da entrada da cozinha.

- Está, meu almoço quase se foi. Não é dos meus preferidos, mas... Fazer o que? Não vou jogar fora. Veja bem que a culpa do meu almoço ruim será sua - eu brinquei e ele riu.

- Desculpe pelo miojo - ele disse rindo.

- Tudo bem, aliás você aceita alguma coisa? Uma água, um miojo? - perguntei e ele gargalhou.

- Quem oferece miojo para a visita? - perguntou ele rindo.

- Sou realista e eu sei que isso tem bastante na dispensa - eu respondi dando de ombros.

Ai, ai, ai! Eu estou sozinha em casa com o Daniel? E agora? Oh vida porque és tão injusta? Me deixa com um cara lindo assim na minha casa que está um caos, usando uma calça de moletom ridícula, com a barriga de fora que eu odeio, comendo miojo quase queimado e o cabelo uma bagunça.


Nota final da autora: Então o que vocês acharam?


Criamos um grupo no facebook, onde postamos uns quotes e materiais especiais. Quem quiser pode fazer parte =)

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Espero que tenham gostado, amanhã temos castelo de cinzas e semana que vem Georgia, Audrey, Sarah e Natalie estão de volta com seus dramas e confusões.

Espero vocês por aqui.


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