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Capítulo 2 - Leonardo

E ela estava tão linda.

Sua imagem está gravada em minha mente como uma fotografia.

Priscila tinha se arrumado de maneira totalmente incomum. Eu só a vi de roupas formais na minha formatura e em eventos de artes e mesmo assim nunca foi tão caprichado. A conhecendo bem, sei que queria se despedir de nós na sua melhor versão. Porém, errou me deixando saudoso dos momentos bons em que a encontrava com um short curto, regata manchada e seus dedos e unhas cobertos de tintas.

Uma morena linda que muitas vezes a amei em seu ateliê. Prova disso, é uma das suas pinturas favoritas que fizemos no furor da paixão quando transamos sobre uma das telas frescas que estava no chão.

Quando o dia amanheceu, vimos que ficou a marca das minhas costas marcando a tinta azul e a palma de sua mão pequena, numa parte vermelha. Para mim é a maior obra prima de Priscila. Gostamos tanto do resultado tão íntimo nosso, que o emolduramos e o colocamos em cima da nossa cama.

Mas tudo isso foi antes da minha aprovação no vestibular de medicina. Ser médico, sempre foi meu sonho assim como o dela de viver de suas pinturas. O problema foi que o curso começou a me manter cada dia mais longe de casa. Quando começou a residência, a situação piorou mais ainda com as indicações dos professores para assistir procedimentos dentro do centro cirúrgico. Com o tempo, eu comecei a morar no hospital e visitar Priscila quando tinha tempo.

Ela não merecia isso, mas como dizia "a medicina tirou você de mim" e não posso negar o que diz. A cirurgia geral voltada ao trauma, acabou se tornando o centro da minha vida de onde começou a causar as nossas brigas. Os argumentos eram sempre os mesmos "Por que você não volta pra casa?", "Você está com alguma amante?", "Eu não sabia que apoiar seu sonho causaria isso com a gente" e a que mais me doía era "Eu quero o meu marido de volta, Esposa Medicina".

O pior dia da minha vida, foi quando retornei de um plantão de 24 horas em que fiquei numa sala de cirurgia por longas horas tentando salvar uma vítima de um acidente doméstico, que não deu certo. Cheguem em casa esgotado e tenso pelas horas sob tensão escutando os sons do respirador e o bipe dos batimentos cardíacos que cessaram. Quando estacionei, fiquei alguns minutos cochilando em cima do volante antes de enfim sair do carro para entrar em casa.

Assim que abri a porta, encontro-a na sala dormindo no sofá dentro de um vestido de festa amarelo com muitos brilhos e decote ousado. Na hora, fico puto de ciúme, mas tento o ignorar ao acordá-la e ver a decepção brilhando em seus olhos verdes. Nesse ponto começou a briga.

Eu tinha esquecido da estreia de sua primeira mostra de artes na galeria da cidade, que aconteceu na noite anterior. Prometi que sairia do plantão mais cedo, mas novamente a deixei em segundo plano. Tudo piorou quando no meio da discussão falei palavras duras, xinguei o que não devia, então dei voz ao que estava diante dos nossos olhos. A separação.

Arrumei minhas coisas numa mala de viagem e saí falando que iria passar um tempo longe de casa. Só que depois disso eu nunca mais voltei para casa. Caralho. Quem diria que um amor adolescente acabaria desse jeito? Com uma simples assinatura no papel? Mesmo com os olhos dela brilhando de lágrimas, foi assim que assim que aconteceu.

Sinto o vibracall do meu telefone tocar e vejo na tela que é uma mensagem de Rômulo, que é meu melhor amigo. Ele me chama para ir logo ao um bar que fica a poucos metros do escritório de advocacia. Respondo que já estou a caminho.

Depois de uns dez minutos caminhando e refletindo, paro alguns instantes nas frente do bar rústico e requintado onde meu melhor amigo de infância e de profissão organizou a minha festa de divórcio.

Não sei por que aceitei essa merda, por mim teria tentado outros meios para o nosso casamento, mas Rômulo, que é uma das pessoas que mais confio, argumentou que dez anos de casamento fracassado havia sido um bom aprendizado e que eu deveria curtir a vida que não tive nesse período.

— Cadê o mais novo solteiro da praça? — exclama o próprio me puxando para dentro do bar — Você demorou pra caralho!

A mesa está com outros amigos de profissão, cumprimento todos, mas a minha mente ainda está na sala onde encontrei pela última vez Priscila.

Meus amigos colocam uma caneca de chopp na minha frente e conversamos de amenidades. Depois eles começam a se despedir com compromissos da nossa profissão linda para todos, mas cruel com os nossos entes queridos. No fim da noite, ficamos somente eu e Rômulo que estamos de folga.

— Já pensou no que vai fazer agora? — pergunta ele entornando o sexto caneco.

Assim que faz a pergunta percebo não sei responder. A verdade é que não sei que merda eu faço agora. Sempre fomos os dois, companheiros para a vida toda. Sem ela estou como uma bussola sem norte.

Meu único desejo é procurá-la imediatamente. Dar um fim nessa palhaçada toda, me ajoelhar aos seus pés e clamar perdão pelas minhas burrices. Só de lembrar de suas lágrimas disfarçadas na maquiagem me sinto péssimo, ainda mais por saber que fui o causador delas. Só que se a procurar agora, ela vai bater a porta na minha cara ou pedir que o pai o faça. Quero a encontrar, mas ainda é cedo.

— Nem imagino. — respondo virando o final do meu chopp e quando o deposito na bolacha, percebo que ainda não tirei a aliança do meu dedo.

Desenrosco com dificuldade e percebo a marca de sol no meu anelar esquerdo. Quem diria que um dia a tiraria? O que será que aconteceu com o nosso amor?

***

Um mês, esse foi tempo em que esperei para tentar conversar novamente com Priscila. Sigo com o carro em baixa velocidade para o caminho que mais fiz nos últimos anos. A única diferença agora, é que sinto meu coração descompassado como se tivesse reacendido os sentimentos que me fizeram me apaixonar por ela na nossa adolescência.

Porém, quando paro em frente ao imóvel, percebo que algo está diferente. A nossa casa que antes era pintada totalmente de vários tons de verde, azul e pitadas de amarelo, agora estava branca. Para piorar a situação, na frente do imóvel, vejo uma placa de aluga-se me causa um frio nas costas.

Meu coração, que antes estava acelerado por um possível reencontro, erra o compasso. Dou a volta na casa em direção ao atelier para confirmar o meu temor, mas meus olhos se deparam com as cores azul e vermelho de uma tela.

É a nossa pintura.

Eu desvio o caminho e me debruço na lixeira pegando o quadro que ainda está emoldurado. Assim que consigo o pegar, toco com delicadeza nos traços de sua mão, desejando que pudesse voltar ao tempo em que tudo pudesse ser resolvido com uma conversa. Mas infelizmente não escolhi dessa maneira. Decepcionado, levo a pintura para o carro e ligo para o corretor da placa que me atende no terceiro toque.

— Eu quero saber sobre o imóvel na Rua Costa e Silva, uma casa de dois quartos e...

— Ah sim, ela está em um ótimo preço. É um imóvel imperdível. Você não vai se arrepender. — incentiva o homem — A antiga locatária partiu para outro país e a proprietária não quer ficar sem o aluguel.

— Ela foi para outro país? — questiono com sopro de voz sentindo um bolo crescer em minha garganta. — Você sabe qual?

— Eu não sei senhor — responde o homem sem jeito — Ela saiu dizendo que conseguiu um estágio no exterior e foi embora. A locatária me revelou que a moça se divorciou a pouco tempo e que ganha a vida fazendo pinturas. É só isso que sei. Só revelei isso ao senhor para que saiba que não receberá nenhuma visita...

— Ahh!!!! — um grito estrangulado escapa dos meus lábios enquanto minhas pernas fraquejam.

— Está tudo bem, senhor?

Não consigo falar mais nada. Uma dor profunda acomete minha alma. Eu a perdi e essa é a pior constatação de todas. Não haverá conversa e nem segunda chance. Ela se foi e eu nem imagino o seu destino.

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Pessoal. Esse é o segundo capítulo dessa história. O que vocês acharam desse tolo arrependido?

Não esqueçam de curtir, comentar e compartilhar. 

Mil bjnhos.

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