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Stigma




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Esse cap. é um pouco pesado, e eu imaginei essa cena exatamente como vou descrever enquanto o Tae lia a cartinha dele para o Jimin no Bon Voyage 2, e também levei em conta a letra de Stigma e algumas coisas que o Taehyung disse sobre a dor na entrevista da TWT, DVD edição japonesa, além da live que o Namjoon fez logo depois do lançamento do álbum Wings, explicando o processo de criação de cada música e o que os garotos estavam passando/sentindo quando as escreveram.

Ah, e vai ser narrado pelo ponto de vista do Chim Chim, anjinho mais lindo e precioso desse universo inteirinho, amor da minha vida, meu chuchu, já disse que amo ele? <3

***


Maio de 2016

1.

Jimin chegou no alojamento por volta de duas da manhã, com Jungkook e Jin. Eles caíram no sofá, rindo para as paredes, sentindo tudo girar ao redor. Jimin fechou os olhos e aproveitou a sensação relaxante do álcool enquanto ouvia o silêncio no apartamento. Era booooom. Onde estava todo mundo? Suga provavelmente estava no estúdio, no prédio da empresa, e Namjoon também. Hoseok já tinha ido dormir? Provavelmente não... Na verdade, todos estavam um tanto ocupados ultimamente, trabalhando no álbum novo.

Jimin passou a mão pelos cabelos ao pensar nisso. Cada membro teria um solo. Eles tinham combinado que seriam francos e falariam sobre coisas sinceras e pessoais, como uma forma de retribuir o carinho dos fãs. Acontece que era difícil demais e eles estavam tendo mais dificuldade com as letras que com as melodias que, em sua maioria, ficavam a cargo de Namjoon e Suga, e dos produtores.

E, bom, falar sobre si não era um mar de rosas. Na verdade, podia ser bem sombrio.

Além disso, o alojamento não estava com um clima bom. Estavam estressados. A rotina era cada vez mais cansativa e puxada e eles precisavam assumir uma postura diferente. Bang PD nim havia conversado com eles e colocado as cartas na mesa: nada dura para sempre. Esse é o momento de vocês. Façam acontecer. Ele sabia como dar um sermão como se estivesse dando um conselho, a voz tranquila, o olhar pacífico.

Mas era pressão demais e eles já estavam cansados. O gás que traziam consigo desde o debut fora renovado vezes demais e agora eles se sentiam sufocados, todos eles. Então, talvez Jimin estivesse bebendo um pouco demais para lidar com tudo aquilo.

Quase não passava um dia sem que não brigassem. Às vezes, Jimin tinha a impressão de que não aguentavam mais olhar para a cara um do outro. Ele entendia que era difícil, mas pelo menos estava se saindo bem nisso. De vez em quando ficava puto com alguma coisa, falava grosso com um dos amigos, mas passava, e ele realmente se sentia mal depois, quando percebia o quanto essas brigas afetavam Jungkook. Suga mandava tudo a merda com um palavrão elegante, Namjoon conversava pacientemente com cada um deles, Jin resolvia o que tinha que resolver na hora e Hoseok dificilmente se estressava.

Jungkook só olhava. Só prestava atenção. E chorava escondido. Por eles. Por não saber o que fazer. Por não entender o que estava acontecendo.

Ele não era um garoto acostumado a lidar com discussões. Crescera cercado de brincadeiras e risadas, mesmo em meio ao trabalho exaustivo, mas absorvia a energia ao redor como uma esponja. Eram os hyungs dele, tudo que ele tinha no mundo e Jimin entendia o quanto devia doer ver seu mundo se partindo de uma hora para a outra.

Por isso, Jimin passou a arrastá-lo para beber junto com ele e Jin, para distraí-lo daquele clima esquisito. Admitia que não era uma ideia muito ajuizada, mas pelo menos tinha funcionado, Jungkook parecia ter voltado a ser o garoto de antes, tranquilo e dócil.

Jimin não estava mais preocupado com Jungkook. Era Taehyung que o preocupava.

As brigas aconteciam porque eles perdiam a paciência e diziam o que pensavam, o que não gostavam. Mas Taehyung... não dizia nada. Nem mesmo quando precisaram cancelar os shows em Kobe porque ele e Yoongi estavam quebrados. Foi a coisa mais triste do mundo para Jimin ver os amigos naquele estado. Eles ouviam os gritos das fãs lá fora, chamando por eles, e Yoongi realmente implorou para que o deixassem ir lá e se apresentar, mas ele nem ao menos conseguia ficar de pé. E Taehyung não tinha forças nem mesmo para falar, lágrimas silenciosas desciam pelo seu rosto, partindo o coração de todos eles.

Depois disso, Yoongi tirou alguns dias de descanso. Taehyung, não.

Porque ele insistia em se sufocar com a própria dor? Ele claramente não estava feliz com nada daquilo e, no entanto, não falava sobre isso com ninguém, e Jimin nem ao menos podia usar a desculpa da bebida com ele, porque Tae não gostava de álcool.

Namjoon foi o primeiro a perceber, porque ele tinha essa preocupação meio sensitiva com Tae. Ele simplesmente sabia quando algo não estava bem, desde que Taehyung entrou no grupo. Mas Namjoon insistiu umas duas ou três vezes antes de desistir de arrancar qualquer coisa de Taehyung.

Pouco a pouco, todos desistiram de Taehyung, não porque não se importassem, mas porque a resistência dele era exaustiva, e no dia a dia ele parecia o mesmo garoto engraçado e agitado de sempre.

Mas Jimin sabia. Ele conhecia os dois Taehyungs, o que todo mundo via e o que ninguém via, e estava preocupado que o Tae que ninguém via estivesse indo por um caminho muito obscuro, sem volta.

Jimin levantou a cabeça e olhou ao redor. De repente o apartamento ficou silencioso demais. Jungkook tinha desmaiado de sono ali mesmo no sofá, e Jin sumira, provavelmente fora para o quarto. Jimin levantou, foi até a cozinha e coçou a cabeça, sem saber o que diabos tinha ido fazer ali. Então lembrou – Taehyung. Tinha que procurar Taehyung.

Foi até o quarto que Namjoon dividia com Tae, mas as duas camas estavam vazias. Pegou o celular e mandou uma mensagem para o amigo:

Tae, onde você está?

Não recebeu nenhuma resposta, e Taehyung nem ao menos estava on line. Teria saído a essa hora? Resolveu ligar. Escutou o sinal da chamada em seu ouvido, e o toque do celular de Taehyung ecoando pelo apartamento. Jimin seguiu o som e acabou dando de cara com a porta fechada de um dos banheiros. Taehyung estava lá dentro. Jimin encerrou a ligação e encostou a testa na porta. A luz não estava ligada. Taehyung estava ali dentro sozinho, no escuro. Péssimo sinal.

"Taehyung", bateu de leve na porta, mas não teve resposta. Aish. O coração de Jimin disparou com força. Não queria pensar no pior, não queria, não queria... Obrigou-se a se acalmar e manteve a voz descontraída. Sabia que se se soasse preocupado, Taehyung se retrairia ainda mais para não preocupá-lo. "Tae, porque está aí dentro no escuro? Hm, eu preciso pegar minha escova de dentes. Sério. Mas eu posso esperar, seja lá o que você está fazendo."

Jimin já estava se conformando em sentar ali no chão e esperar até que Taehyung abrisse a porta quando, sem aviso, a tranca girou. Ele piscou para a porta ainda fechada, incrédulo. Devagar, girou a maçaneta deslizou para o breu do banheiro.

Se Taehyung estava no escuro, havia uma razão, e Jimin respeitou isso. Não acendeu as luzes. Fechou a porta atrás de si e deslizou por ela até sentar no chão gelado. Escutou a respiração de Taehyung, os ofegos úmidos. Estava chorando. Ah, droga.

"Desculpe, não vim pegar minha escova de dentes."

Tae fez um ruído, e Jimin não soube dizer se ele tinha rido ou fungado.

"Eu sei. E eu não estava fazendo... seja lá o que você achou que eu estava fazendo."

"Eu sei. As pessoas não choram quando fazem o que você acha que eu achei que você estava fazendo, elas gemem."

Tae ficou quieto. Jimin calculou que, pela distância do som da voz dele, Taehyung estava dentro do box, sentado no chão, uns três de distância. Queria ir até o amigo e o abraçar, seu peito formigava de angústia só de saber que Taehyung estivera sozinho ali, sabe-se lá por quanto tempo, sofrendo em silêncio. A ideia era insuportável. Mas não se moveu. Estava ali dentro com ele, e isso já era mais do que podia esperar de Kim Taehyung.

"Você devia ter me ligado", disse baixinho. "Eu teria voltado para casa."

"Não é nada."

"Eu teria voltado de qualquer lugar do mundo por você, Tae", Jimin disse, e sentiu os olhos ardendo com a sinceridade dessa declaração. "Você não precisa passar por isso sozinho. Porque acha que precisa?"

"Onde estão os outros?", a voz e Taehyung estava tão frágil, tão diferente do timbre profundo e rouco.

"Dormindo."

"Você devia ir dormir tam..."

"Não. Vou ficar aqui. Quero ficar aqui, mesmo que você não me diga nada. Não pode me impedir de ficar aqui agora que já entrei."

"Filho da mãe", Tae riu – fraco, mas riu e o som causou alívio tão profundo em Jimin que ele suspirou. Mas, logo depois, Taehyung disse num lamento tão, tão entrecortado de dor que o peito de Jimin apertou outra vez: "Jiminie, eu não aguento mais."

Jimin sentiu que estava desabando. Era demais para suportar, e ele nem ao menos podia ver o rosto do amigo, só sentir, através da voz dele, o quanto estava mal.

"Me deixe ir até aí, Tae, por favor."

Taehyung não respondeu, só soluçou, e Jimin não aguentou. Engatinhou pelo chão até o boxe, esticando a mão na direção de onde vinham os soluços, e reconheceu um braço de Taehyung, um ombro, a gola cortada da camiseta. Os dedos apertaram a manga da roupa e Jimin o puxou para si ao mesmo tempo em que sentava ao seu lado. O peso do corpo quente de Taehyung pendeu em seu peito e Jimin o abraçou como podia, meio de mau jeito, envolvendo o amigo em seus braços.

"A quanto tempo?"

"O que?", Taehyung ofegou.

"A quanto tempo você não aguenta mais?"

Jimin escutou o silêncio do amigo até que ele enfim respondesse:

"Muito tempo."

2.

Taehyung chorou até os ofegos e soluços se transformarem em suspiros. Quando Jimin achava que ele já não tinha mais o que chorar, os dois ficaram em silêncio, sentados lado a lado no banheiro escuro. A cabeça de Jimin girava por causa da bebida e do sono, mas ele não fechou os olhos nem por um segundo. Concentrou-se no ritmo da respiração de Taehyung, agora calma.

"Jimin-ssi", Tae disse de repente. Jimin gostou de perceber que a voz do amigo estava normal outra vez, e não horrivelmente partida como antes. "Você já sentiu como se estivesse desaparecendo?"

"Não", Jimin confessou, mas não tinha muita certeza se estava falando a verdade. "Mas todo mundo tem seus demônios, Tae. O meu talvez só seja diferente do seu."

"Como é o seu?"

Jimin encostou a cabeça na parede de azulejos e piscou para a escuridão.

"Bem feio. E o seu?"

"Não consigo imaginar nada seu sendo feio, Jiminie", Tae desconversou e Jimin sorriu um pouco, mesmo que o amigo não pudesse ver. "Nem os seus demônios."

Eles ficaram em silêncio outra vez. Tae se remexeu inquieto, esticando uma perna, que ficou atravessada por cima da de Jimin. Não estavam numa posição confortável, o traseiro de Jimin começava a formigar por estar a tanto tempo achatado contra o chão duro e sua coluna ardia, certamente Taehyung se sentia ainda pior, já que estava ali a bem mais tempo, mas nenhum dos dois queria ir embora. Era bom ter alguém para dividir a dor.

"Porque sente que está desaparecendo, Tae?", Jimin insistiu. Achou que Taehyung ia fugir do assunto de novo, mas ele respondeu surpreendentemente rápido:

"Não consigo me achar no meio de tudo isso. Inventei um personagem para mim, para agradar os fãs, e eu me perdi nele, parece um caminho sem volta, não sei mais ser o Taehyung que eu era antes de tudo isso. Achei que podia ser eu mesmo com minha família, mas quando volto para casa eu não sei mais me encaixar entre eles, é como se existissem tantos segredos agora. Depois, achei que podia ser eu mesmo com vocês, com meus irmãos, mas isso também não é verdade."

"Você ainda é o Taehyung que eu conheci na escola", Jimin murmurou, pousando a mão acima do joelho do amigo. "Só ficou mais... adulto."

Taehyung ficou quieto. Jimin quase conseguia ouvir a mente dele acelerando. Talvez Taehyung falasse pouco de si por não conseguir colocar em ordem o caos de sentimentos e ideias que o habitava.

"E você pode ser você mesmo com a gente, Taetae."

"Não", ele respondeu sombrio, como se enfim estivessem se aproximando do centro negro de sua alma, a porção que ele tinha mais medo de expor. Jimin engoliu em seco.

"Não?"

Taehyung tragou uma grande quantidade de ar pela boca e Jimin sentiu como se o banheiro diminuísse depressa ao redor deles, os sufocando.

"Quando eu era criança", Tae murmurou com sua voz etérea e suave, "tinha um amigo que voltava comigo para casa todos os dias. Eu não sei porque fazíamos isso, mas era bom ficarmos juntos e inventávamos desculpas para andar para lá e para cá pelas ruas depois das aulas. Às vezes, ele dormia em casa, e eu demorei para notar a forma como meus pais olhavam para a gente. Para mim. Como se estivessem pensando sobre uma possibilidade horrível. Como se eu fosse amaldiçoado ou sem sorte. Eu não entendia o que estava fazendo de errado, e eles não brigavam comigo ou me colocavam de castigo, então eu não podia estar desobedecendo alguma ordem. Mas eu sentia como se estivesse fazendo algo errado, principalmente quando o tocava e o abraçava e meus pais me olhavam daquele jeito fixo, com medo."

Jimin riu sem querer.

"É, você tem essa mania de tocar em tudo..."

"Não em tudo", Taehyung esclareceu. "Nem de qualquer jeito."

Eles ficaram em silêncio, a compreensão atingindo Jimin lentamente. Sim, Taehyung gostava de tocar nas pessoas, estar perto delas, envolvê-las com seu magnetismo, mas havia uma diferença grande na forma como ele as tocava. Ele não tocava em Jimin como tocava em Jungkook e isso era uma obviedade inquestionável para todos eles. Jimin sabia do que Taehyung estava falando, sempre foi tão cristalino. Exceto que, agora, Taehyung estava confessando abertamente.

"Então, você tocava nesse seu amigo...", Jimin o encorajou.

"Eu só queria ficar perto dele", Tae murmurou. "Não existia maldade nenhuma na forma como eu o tocava. A maldade estava ao redor. Nos olhares dos meus pais. Eles não faziam por mal, eu sei, mas quando eu cresci e... bom, passei a fazer isso com outra pessoa, você sabe com quem, e vi a mesma maldade nos olhos dos fãs, do nosso manager, das pessoas ao redor. Era como se elas me julgassem, então, eu aprendi a sufocar essa... vontade."

Jimin fechou os olhos. Era tão triste saber que Taehyung tinha sofrido por tanto tempo sozinho, engolindo as frustrações, as dúvidas, além do estresse e da pressão que todos eles precisavam lidar dia após dia. Era demais para uma pessoa só suportar, e logo Taehyung, um ser passional por natureza.

"Com a gente?", Jimin engoliu a vontade de chorar, dessa vez de raiva, "Você sufocou isso até mesmo com a gente, seus irmãos?"

"Sim, porque as vezes vocês não se sentiam à vontade quando eu ficava perto demais do Jungkook na frente das câmeras, e eu não queria mudar o que a gente tinha, o que a gente tem, nós sete juntos. É um equilíbrio tão bom, Jiminie, é a minha paz de espírito, e pensar que um problema meu poderia atrapalhar isso de alguma forma..."

"Todo mundo sempre soube do que vocês dois têm, Taehyung, e nunca foi um problema", Jimin falou. "Vocês se conectaram desde o primeiro instante. Vocês são sincronizados, pelo amor de Deus!", ele riu com deboche, empurrando Taehyung com o ombro, "Você se move... ele se move. Não acho que se dão conta disso, o que é ainda mais bizarro. E não seja ridículo, ouvimos uma dezena de vezes vocês dois no dormitório, no banheiro, aish. Então não é como se, do dia para a noite, tivéssemos que lidar com dois garotos se pegando no alojamento, e eu não acho que seja uma questão tão difícil de lidar. Sabe, vocês só... se atraem. É isso."

"Não é só isso", a voz de Taehyung assumiu um tom amargo.

"Mas é, e você confundiu tudo!", Jimin aumentou um pouco o tom de voz. Era um revoltante saber que Taehyung estava sofrendo por algo desnecessário. Tudo bem que sofresse pelo estresse, pela rotina exaustiva que tinham, as cobranças e até mesmo pelo preconceito de sua família e da sociedade, isso Jimin não tinha mesmo como solucionar, mas por causa do que eles, seus hyungs, iam pensar? Sério mesmo?, "Olha, a gente nunca conversou isso com vocês porque vocês nunca se mostraram confortáveis para falar sobre, mas eu vou dizer: só queremos que não se machuquem. Namjoon não liga a mínima com o que vocês fazem entre quatro paredes, nem eu, nem Jin hyung ou Suga hyung ou Hobi hyung, e quando ficamos desconfortáveis com alguma situação em público é porque somos pessoas públicas, Taehyung. E eu não preciso dizer o que isso significa, não é?"

"Não", Tae soltou o ar devagar, como se o estivesse prendendo desde que Jimin começou a lhe dar bronca.

"Só queremos proteger vocês, porque, às vezes, vocês ficam tão vidrados nessa... nisso que vocês têm e que eu não sei o que é, que esquecem do resto. Isso sim é aflitivo, você sabe como é lá fora, mas sinceramente, não precisa ser assim aqui dentro, com a gente, por favor, saiba disso."

Taehyung estava chorando de novo, mas agora Jimin percebia que era de alívio, um choro solto, não mais angustiado. Ele deixou que o amigo chorasse até se acalmar novamente, apertando a mão de leve em sua coxa e afagando suas costas. Nunca tinha visto Taehyung chorar tanto, nem imaginava que ele tinha essa capacidade, porque a coisa mais rara do mundo era ver Taehyung falando sobre assuntos sérios ou pesados. Ele fugia disso. Mas ainda era um ser humano e, um dia, tantas emoções sufocadas precisavam encontrar um caminho para fora.

"Nunca vai passar", Taehyung disse. "A sensação de que estou sujo, fazendo algo errado, é como uma marca. Não consigo esquecer o olhar dos meus pais me julgando, eles estão comigo onde quer que eu vá, o que quer que eu faço, e eu os amo, a ideia de decepcioná-los é insuportável. As pessoas colocam um estigma em você, e você aprende a ser o que elas querem que você seja, por que dói frustrá-las, e então você percebe que se viciou nisso, nessa dor que nasce justamente quando tudo que você não quer é sentir dor. Não existe uma forma de se livrar disso."

"Taetae", Jimin falou carinhosamente. "Apenas me prometa que não vai mais sofrer sozinho."

"Não vou."

"Eu vou bater muito em você se o encontrar chorando assim, abandonado, como se não tivesse ninguém. Eu estou aqui. Nós estamos aqui."

"Não me bata. Eu não sei revidar e você tem mais músculos que eu."

"Vou encher você de porrada", Jimin fez um bico e beliscou o mamilo de Taehyung por cima da camiseta. Taehyung riu tentando se esquivar. "Eu te amo, seu idiota, aish. Porque você tem que ser tão idiota? Aish."

Já estava amanhecendo quando, finalmente, Jimin e Taehyung saíram do banheiro e se arrastram para suas camas.


***


Eu avisei que seria pesado

Gente, tem tanta coisa séria nesse cap. que eu queria abordar, espero ter conseguido

Deem amor aos meninos, eles não são só um rostinho bonito e são bem mais do que mostram pra gente, então sejam gentis com eles sempre, ok? Independente de shipp. Não temos noção da metade do que eles passam longe das câmeras, só podemos imaginar através de algumas coisas que eles falam, das músicas deles, e foi nisso que eu me baseei pra escrever essa cena do banheiro.

E eu precisava mostrar esse lado mais sombrio do Taehyung para explicar a atitude dele nos próximos cap., nada aqui está sendo escrito à toa

O próximo cap. vai ser mais leve e as coisas vão esquentar, então aguardem <3

***

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