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Parabéns para você




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Pra criar o plot eu usei alguns fatos e teorias taekook, e emendei todas elas de modo a fazer sentido de acordo com o que eu tenho reparado que está acontecendo entre eles desde o final de 2015. Então, a fic começa na noite anterior ao aniversário do Tae, dia 29 de Dezembro de 2015, e termina no final de fevereiro de 2018, ou seja, pelos dias de hoje <3 É um bom panorama taekook, não? Mas a fic vai ser curta, dez cap no máximo e ela já está pronta, então as att não vão demorar.

Eu precisava escrever isso desde que revi o Bon Voyage 2 e algumas cenas do ep final me deixaram muito desconfiada e, parando para analisar, vi uma correlação dessas cenas com o que a gente acompanhou de taekook em 2017. Dá para dizer que é uma teoria? Sim, uma graaaande teoria cheia de mini teorias amarradas kkkkk e eu vou chamar essa teoria de "Teoria Nothing Like Us", e vocês vão entender o motivo desse nome mais pra frente na fic.

NÃO sou dona da verdade e por mais que eu tenha me baseado em vídeos, que são fatos, eles são abertos a interpretações e eu usei sim todas elas a meu favor :) quer dizer, a favor de taekook kkk


***

29 de Dezembro de 2015


1.

Quantos graus devia estar fazendo? -5?

Estava frio demais. Taehyung estava entediado, encostado na coluna de um prédio de esquina no centro de Seoul, às dez e meia da noite da véspera de seu aniversário, encolhido debaixo o casacão grosso e checando o celular de dois em dois minutos. Minjae tinha mandando uma mensagem para Taehyung mais cedo, pedindo para se encontrarem naquele local, e que Taehyung levasse seu skate elétrico, embora tivesse se negado a explicar o que tinha em mente. Parece que participariam de um programa juntos, segundo Sejin, o manager, explicara.

E ali estava ele esperando Minjae passar com o carro para pegá-lo, cansado, com fome e congelando. Só não tinha desistido de esperar e voltado para casa porque, afinal, era Minjae. Seu segundo melhor amigo, depois de Bogum.

Minjae era misterioso, falava pouco e tinha uma carinha fofa. Taehyung piscou olhando para a tela do celular ao pensar sobre isso, imaginando que havia uma certa familiaridade em Minjae. Não exatamente em Minjae, mas no jeito dele, e na forma como fazia Taehyung se sentir. Gostava muito de Minjae, era fácil conversar com ele, e Taehyung geralmente se dava bem com pessoas quietas e que gostavam mais de ouvir que de falar, porque se sentia à vontade para preencher o silêncio com sua voz tagarelando sobre uma infinidade de assuntos diferentes.

Taehyung suspirou e encostou a cabeça na pilastra, sentindo o próprio ar quente condensar contra a máscara preta que usava. É claro que ele sabia porque se dava tão bom com Minjae, qual era a familiaridade que ele tinha.

Tudo precisava ter a ver com ele, não é? Mesmo quando pareciam fatos totalmente distantes.

Ele gostaria de enumerar Jungkook como um de seus melhores amigos, mas não seria verdade. Jungkook não era seu amigo. Ele não tratava nenhum de seus amigos da forma que tratava Jungkook e isso as vezes o chocava quando parava para pensar. Sempre foi assim e Taehyung nem conseguia imaginar sendo de outra forma, ele e Jungkook tinham um tipo de encaixe que não conseguia ter com nenhuma outra pessoa, nem com Bogum, ou Minjae ou Jimin, ninguém. Era tão mais... íntimo.

Não queria pensar nisso agora. Não sabia muito bem porque, mas de uma hora para outra começou a sentir medo da conclusão que poderia chegar. Medo de que ela pudesse estragar o que tinha com Jungkook, que não era amizade, mas Taehyung também não sabia dizer o que era. Amigos não sentem vontade de se tocar o tempo inteiro, de ficarem com os rostos tão próximos, de dormirem juntos, tomar banho juntos, de provar certas coisas juntos.  Ele não sentia essas vontades com Bogum, por Deus.

Ele só... tinha isso com Jungkook, desde sempre. Desde quando tiveram que compartilhar um dormitório minúsculo e viu que Jungkook, com quinze anos na época, escapulia do quarto para trocar de roupa na cozinha ou na sala quando o único banheiro da casa estava ocupado. Esse era o nível de timidez de Jeon Jungkook e Taehyung mal podia acreditar nisso. Como esse garoto estava ali, se preparando para ser um idol, se mal conseguia tirar a camiseta na frente dos hyungs com os quais, supostamente, teria que conviver dali em diante?

Taehyung achava engraçado e, ao mesmo tempo, inadmissível.

Numa noite, quando Jungkook pegou uma muda de roupa limpa para trocar antes de dormir e começou a se esgueirar para a cozinha, Taehyung levantou da cama depressa e começou a tirar as próprias roupas. Arrancou a camiseta pela cabeça e desceu a bermuda num único movimento.

Os olhos de Jungkook se arregalaram e o rostinho dele se cobriu de vermelho. Ele olhou para o corpo magricela de Taehyung, engolindo em seco sem parar.

"O-o que você está fazendo?"

"Tirando a roupa, ué. Tudo que eu tenho você tem, Jin hyung tem, Namjoon hyung tem também, então qual é o problema?", Taehyung riu, dando de ombros, só de cueca na frente de um Jungkook estarrecido. "Para com isso, Jeonggukie. Somos todos garotos, ninguém liga se seu pau é menor ou maior que o nosso. Aliás, ele é bem razoável, se é disso que você tem tanta vergonha."

Taehyung meio que se repreendeu por ter dito isso enquanto se enfiava de volta nas cobertas com uma cara de tédio. Tinha falado do tamanho do pau do garoto, de onde tirara tanta ousadia? Mas achou que valeu à pena ao ver Jungkook voltar para dentro do quarto, contendo um sorrisinho tímido, e começar a se despir devagar. Ainda estava vermelho como um tomate e nitidamente queria rir, mas, depois desse dia, nunca mais trocou de roupa escondido.

Foi tão idiota. Taehyung balançou a cabeça lembrando. Até hoje ele não tinha ideia de como essa brincadeira boba fora capaz de desbloquear Jungkook.

A tela de seu celular acendeu, acusando uma ligação. Minjae.

"Tae hyung?", a voz suave e amistosa de Minjae o saudou. "Onde você está?"

"Estou aqui, esperando você. Aigoo, chegue logo, está frio demais."

Minjae riu.

"É? Já estou chegando."

Alguns minutos depois, Taehyung finalmente viu o carro de Minjae parando na esquina. Enfiou o skate elétrico no porta malas e entrou no carro, suspirando de alívio ao se infiltrar no interior quentinho da cabine. Tirou a máscara e Minjae pareceu impressionado.

"Você é tão bonito que irradia", o mais novo disse.

"Você também tem estilo", Tae devolveu o elogio. "Onde vamos?"

Minjae voltou a dirigir. Taehyung olhou em volta, sentindo-se de repente irritado. Estava tendo aulas de direção, mas não era muito bom em estudar. Ficava entediado depressa. Mas queria logo dirigir, ter um carro, já até mesmo prometera que, assim que tirasse a carteira, levaria Jungkook para dar uma volta na praia. Só eles dois. Uma vez dentro do carro, olhando Minjae, que era mais novo, dirigindo confortavelmente, quis mais do que tudo tirar essa maldita carteira logo. Mas estava progredindo tão lentamente nas aulas... coloque a seta, para a esquerda, passe a marcha, freie, não atropele ninguém, não avance o sinal, era tanta coisa para se atentar ao mesmo tempo, Taehyung gostava de praticidade. Só ligar o carro e ir. Talvez Jungkook acabasse tirando a carteira antes.

Não ia deixar. Ia cumprir sua promessa, ainda mais agora, que estava vendo Minjae dirigir como se fosse a coisa mais fácil do mundo.

"É surpresa", o mais novo fez mistério. "Hoje é o seu dia, só seu, quero que o aproveite."

Taehyung sorriu. Minjae era um bom amigo. Por mais que estivessem participando de um programa e sendo filmados, tinham a liberdade de se divertir como quisessem, e Minjae estava pensando nele. Será que sabia que faria aniversário dali a mais ou menos uma hora?

Honestamente, Taehyung nem lembrava mais da última vez que tivera tempo para fazer algo apenas para si. Há dois anos e meio ele não conseguia tempo para ver um amigo, e sabia que só estava tendo aquela brecha por causa do que acontecera em Kobe, no Japão. Tiveram que cancelar dois shows com ingressos esgotados porque Taehyung não conseguia ficar em pé de tão exausto, sentia tonturas e os joelhos tremiam e Suga estava com os batimentos cardíacos acelerados. Seus corpos simplesmente pifaram. No dia seguinte, todos eles voltaram para a Coréia arrasados, esgotados física e psicologicamente, e Taehyung só conseguiu fazer o trajeto da aeronave até o carro porque foi literalmente escorado por Jungkook e Sejin.

A empresa abriu brechas na agenda para que eles respirassem. Yoongi tiraria uma semana de férias. Jin tentou convencer Taehyung a tirar também, mas ele se recusou. Não queria transformar aquele incidente em drama, como se fosse uma vítima, e estava bem agora.

Quando passaram por alguns pontos de ônibus, Tae viu cartazes com seu rosto, desses que fanbases grandes pagam para espalhar pela cidade como homenagem nos aniversários dos idols, e comentou sobre isso com Minjae, que fez cara de paisagem. Taehyung sufocou uma risada. Minjae era tão adoravelmente transparente, tudo que ele pensava e sentia ficava explícito em seu rosto gentil.

Tão familiar.

A noite foi bem mais longa do que Taehyung esperava e passou depressa. Foram numa casa de massagem e, depois de terem seus corpos esticados e apertados e massageados de todas as formas, Minjae levou Tae para uma pista de skate e disputaram uma corrida, Minjae com skates tradicionais, Taehyung com o elétrico. Deviam dar a volta na pista em forma de O achatado, mas quando Minjae estava quase ganhando, Taehyung cortou caminho pelo meio na maior cara dura. A brincadeira custou a Taehyung um tombo, e ele passou o resto do passeio sentindo uma puta dor no joelho, mas estava feliz. Estava rindo sem parar apesar do frio, da dor e da fome, e tinha até esquecido das coisas que vinham tirando seu sono.

Era diferente estar com outras pessoas que não fossem os membros do grupo. Ficava o tempo todo tão imerso em treinos e gravações e ensaios e shows e turnês e viagens, quando enfim fazia algo diferente disso, qualquer coisa, era um alívio. Como voltar à superfície depois de tanto tempo mergulhado.

No meio da madrugada, pararam numa loja de conveniência para comprar ramén e salsichas. Comeram num banco ali mesmo, na praça em frente à loja, os narizes vermelhos de frio, mas os estômagos quentes. Taehyung lembrou que não tinham comprado arroz e voltou à loja depressa. Quando estava saindo, sentiu o celular vibrar no bolso do casaco. Pegou o aparelho e seu coração deu uma cambalhota inesperada quando viu o nome na tela.

Jeon Jeongguk.

Jungkook não costumava ligar para ninguém a essa hora. Na verdade, ele não era o tipo de pessoa que usa o celular para se comunicar. Receber uma ligação de Jungkook era... estranho.

"Hyung?", a voz de Jungkook soou ansiosa do outro lado da linha quando Taehyung atendeu, "Você está bem?"

"Agora estou", Taehyung tentou camuflar a adrenalina que disparou por sua nuca ao ouvir a voz de Jungkook em seu ouvido no meio da madrugada. Ele parecia preocupado. Fazia menos de 24h que o maknae escorara Taehyung pelo aeroporto até o carro.

"Que horas você volta para casa?"

"Ah...", Tae olhou a hora no relógio do celular. Passava da meia-noite, "Por volta das três."

"Quero falar uma coisa com você..."

"Ah, entendi."

"Pode vir no meu quarto quando chegar? Vou ficar esperando."

"Ok", Taehyung se despediu, encerrou a ligação e só então percebeu que havia uma notificação no celular, acusando que um conteúdo novo fora lançado na conta da Big Hit. Era o tipo de notificação que recebia quando um dos membros lançava um cover ou uma mixtape. Não viu do que se tratava, só olhou a hora em que tinha recebido, uns quarenta minutos antes da meia-noite.

Era provável que fosse o cover que Jungkook andara trabalhando com Namjoon por quase dois meses. Quando Tae perguntou qual música era, Jungkook fez mistério, e Namjoon tampouco deu pistas sobre, então Taehyung realmente não se sentia tão empolgado assim para ouvi-lo. Parecia que Jungkook as vezes fazia pouco caso de contar coisas pessoais para Taehyung. Não que fosse um garoto cheio de segredos, na verdade Jungkook não gostava de falar sobre assuntos pessoais com ninguém, mas custava dizer o que era o tal cover? Ele estava trabalhando duro com Namjoon hyung, certamente era algo importante.

Minjae o esperava com um bolo de aniversário no banco gelado da praça. Taehyung achou que ia chorar, mas acabou rindo, sem graça. Depois que Minjae cantou parabéns e Taehyung apagou as velas, sentaram e comeram bolo com arroz e ramén no frio negativo do inverno de Seoul, e Tae confessou para o amigo que nunca tivera uma festa de aniversário.

2.

Já passava das três da manhã quando Minjae finalmente deixou Taehyung em casa. Seus olhos ardiam de sono e ele entrou no alojamento com uma sensação de relaxamento. Apesar de cansado, estava feliz. Minjae era um bom amigo.

Estava sorrindo quando entrou no quarto que dividia com Namjoon, que já dormia. Largou a mochila e o skate elétrico num canto, tirou o casaco e foi para o banheiro. Tomou um banho quente de quase meia hora, aliviado por enfim espantar o frio dos ossos. Não se sentia nada confortável no inverno, gostava de temperaturas amenas, da sensação morna do sol na pele durante a primavera, do cheiro de caramelo amanteigado dos carrinhos de pipoca que ficavam nas praças nessa época do ano.

Queria ter nascido na primavera. Talvez por isso não ligasse muito para o próprio aniversário, as pessoas estavam sempre encolhidas, resfriadas e entocadas em casa, imóveis de frio. Dificilmente saiam nas ruas para comprar bolos de aniversário para festas surpresa.

Vestiu um pijama quente de moletom e lembrou que Jungkook queria falar consigo. Bateu na porta e Jungkook a abriu praticamente na hora, como se estivesse do outro lado em pé esperando. Taehyung arregalou os olhos. Ele ainda usava as roupas com as quais saíra da empresa mais cedo, calças jeans pretas rasgadas, as Timberlands pretas, uma camiseta branca folgada. Os cabelos escuros e sedosos estavam meio bagunçados, como se Jungkook tivesse passado a noite toda revirando a cabeça no travesseiro. Taehyung o olhou, absorvendo cada detalhe do garoto que o deixava derretido só de existir, o rosto suave, os olhos redondos cor de café, o nariz fofo e grande, a constelação de pintinhas espalhadas pela pele clara e as argolas prateadas nas orelhas.

"Oi", Jungkook disse, de novo parecendo ansioso. Taehyung franziu o cenho; porque Jungkook estava agindo estranho hoje?, "Como foi com Minjae?"

"Bom", Taehyung sorriu bobo e Jungkook desviou os olhos para o chão, a língua cutucando a parte interna da bochecha conforme Tae tagarelava: "Fomos numa casa de massagem, depois apostamos corrida numa pista de skate, eu caí, e Minjae me deixou ganhar. Aí comemos ramén com ovos e salsicha numa loja de conveniência, estava delicioso, acho que você, Jimin e Namjoon já foram lá. Fica naquela praça perto do rio. Então Minjae comprou um bolo de aniversário para mim, com velas e tudo, cantou parabéns e ficamos conversando até agora."

"Legal", Jungkook acenou, e pareceu não ter mais o que dizer.

Taehyung o encarou. Queria entrar no quarto de Jungkook, deitar na cama e rir com ele, como costumavam fazer sempre, mas havia algo diferente. Jungkook estava reticente, vago, mal sustentava o olhar que Tae fixava nele.

"O que você queria falar comigo?"

"Hm?"

"Jeongguk-ah", Tae riu. "O que deu em você hoje?"

Jungkook apertou os lábios numa linha fina. Taehyung deu alguns passos para dentro do quarto e fechou a porta, encostando nela.

"Feliz aniversário", Jungkook disse enfim, e seu olhar encontrou o de Taehyung depressa antes de desviar outra vez. Ele sentou na cadeira giratória diante do computador.

Taehyung e olhou por um tempo, e eles se deixaram ficar imersos em silêncio. Jungkook abriu as pernas, apoiou os calcanhares no chão e girou para lá e para cá na cadeira, muito interessado na barra puída da camisa. Tae gostava do jeito tímido de Jungkook, gostava muito, e sabia exatamente como lidar com ele.

"O que vou ganhar de aniversário?", fingiu um tom exigente que fez Jungkook sorrir sem jeito, pegar uma caneta na mesa atirá-la em Taehyung. Tae riu abertamente, exibindo os dentes brancos emoldurados no retângulo perfeito que sua boca formava.

"Hyung, você... você viu, eu liberei o cover que estava trabalhando com Namjoon."

"Vi", Taehyung bocejou. Olhou para o computador ligado de Jungkook, mostrando a tela de um jogo pausado. "Não vá dormir muito tarde, temos compromisso amanhã."

"Eu queria ter liberado exatamente à meia-noite, mas a velocidade de upload estava milagrosamente boa hoje e saiu quarenta minutos antes."

Taehyung riu. Jungkook era perfeccionista até nisso.

Ele se aproximou de Jungkook, passou a mão pelos cabelos do mais novo e deixou os dedos deslizarem por sua nuca quente. Jungkook inclinou a cabeça imperceptivelmente para o lado, dando espaço para a mão de Taehyung se encaixar ali.

"Estava tão frio hoje", Tae disse num sussurro rouco. Apoiou a outra mão no braço da cadeira e inclinou-se na direção de Jungkook, respirando o cheiro da pele dele. Jungkook cheirava a sabonete de leite, tão suave que só dava para sentir roçando o nariz em sua pele. O perfume era mais forte na mandíbula, perto da orelha. Taehyung o respirou devagar. Era viciado nesse cheiro.

"Eu sei", a respiração de Jungkook ficou mais pesada. Os cílios dele estremeceram sobre as bochechas e a boca vermelha se partiu. "Hyung..."

"Hm?", Tae encostou os lábios de leve na bochecha de Jungkook. Queria beijá-lo. Não só um beijo casto – beijá-lo de verdade, não conseguia se conter, principalmente quando Jungkook falava assim, baixinho e manhoso. Mas Jungkook ainda estava se acostumando com o que tinham, seja lá o que fosse. Taehyung não queria pressioná-lo, então afastou o rosto.

"O que você achou?", Jungkook perguntou, os grandes olhos escuros procurando avidamente os de Taehyung.

Taehyung recuou e alinhou a postura, espreguiçando-se. Não queria confessar que não tinha escutado o cover ainda, isso certamente magoaria a vaidade de Jungkook.

"Sua voz é perfeita, você sabe", desconversou. Andou na direção da porta e acenou vagamente para o maknae, "Amanhã falamos melhor, estou com muito sono. Boa noite."

3.

Debaixo das cobertas, Taehyung pegou o celular e acendeu a tela. Olhou a notificação do cover ali, esperando para ser aberta. Puxou os fones de ouvido da gaveta de cabeceira, encaixou-os nas orelhas e enfim clicou na notificação. Assim que viu o nome da música, sentiu um calafrio percorrer a espinha.

Fools.

É claro que a conhecia. Era de Troye Sivan, Taehyung não era um grande fã do cantor, mas o conhecia o suficiente.  Sabia inclusive que o clipe dessa música mostrava dois garotos homossexuais que cresceram juntos e descobriram o amor juntos. Jungkook podia ter escolhido uma centena de músicas para fazer um cover, mas escolhera justamente Fools. Aquela letra. Aquele contexto. E Taehyung nem tinha começado a pensar no que significava Jungkook ter liberado aquele cover justamente no dia de seu aniversário, como...

Como um presente.

Como uma...

Mensagem?

A respiração de Taehyung acelerou enquanto ele escutava a voz suave e afinada de Jungkook percorrer a música, intercalando com a de Namjoon:

Estou cansado desse lugar
Espero que as pessoas mudem
Eu preciso de tempo para substituir aquilo que eu dei
E as minhas esperanças, elas são altas
Eu deveria mantê-las pequenas
Apesar de eu tentar resistir
Eu ainda quero isso tudo

Eu vejo piscinas, salas de estar e aviões
Eu vejo uma casinha na colina e nomes de crianças
Eu vejo noites quietas derramadas sobre gelo e gin
Mas tudo está estilhaçando e o erro é meu

Apenas tolos se apaixonam por você, apenas tolos
Apenas tolos fazem o que eu faço, apenas tolos se apaixonam
Apenas tolos se apaixonam por você, apenas tolos
Apenas tolos fazem o que eu faço, apenas tolos se apaixonam

Oh, nossas vidas não colidem
Eu estou consciente disso
Temos diferenças e impulsos, e sua obsessão com
As pequenas coisas, você gosta de desodorante de bastão e eu gosto de aerossol
Eu não dou a mínima, eu não estou desistindo
Eu ainda quero isso tudo

Sentiu a garganta fechar. Lembrou perfeitamente que, no MV da música, os garotos não ficavam juntos por causa do pai de um deles e da sociedade que não os aceitava. Não, não era um presente, nem uma declaração.

Era uma pergunta agressiva. Uma imensa e explícita pergunta acertando Taehyung diretamente no rosto.

Ele nunca ia imaginar que Jungkook daria esse passo, nunca. O tempo todo, foi Taehyung quem mostrou o que queria. Tocá-lo. Beijá-lo. Jungkook apenas aceitava e, devagar, retribuía. Taehyung estava perplexo, encarando a tela do celular como se não pudesse acreditar no que ouvia, no que... sentia.

Ele tinha cuidado com os sentimentos de Jungkook. Um passo de cada vez. Eles se equilibravam e entravam em sincronia, as coisas eram ditas com toques e gestos e olhares, mas não assim. Não tão descaradamente. Isso nunca.

Jungkook estava fazendo uma pergunta bem óbvia, mas Taehyung não podia dar a ele uma resposta.

Ainda não.





***

Sim, talvez tenha ficado um cap. chato, mas vai melhorar, eu juro, não desistam de NLU!!!
VAI VALER Á PENA EU JURO

Não tenho certeza se no final de 2015 os garotos já estavam no alojamento novo (o que eles moravam antes de irem para o de agora), então já sabem: licença poética

Eu sempre achei que o cover de fools era mesmo uma pergunta para o Taehyung, do tipo: você vai sair do muro de uma vez ou vai continuar aí em cima? Kkkk O Jungkook sabe surpreender quando quer, não é? A gente sabe, ele some do Twitter, mas quando aparece, é pra matar o fandom todo.

Sobre os shows cancelados em Kobe, realmente aconteceu e a Big Hit publicou uma nota esclarecendo que Taehyung e Yoongi estavam doentes e não podiam se apresentar. Aqueles vídeos e imagens famosas do Jungkook "protegendo" o Taehyung das fãs no aeroporto são do dia em que eles estavam voltando para a Coréia, depois do ocorrido. Como não temos certeza do que os garotos realmente tiveram (se foi alguma doença mesmo ou cansaço), usei esse fato a favor da fic.

Ahh e o Minjae, gente, eu sou apaixonada por esse garoto e se vcs nunca assistiram o programa que ele encontra com o

Tae, assistam, é pra morrer de amor:


São 4 episódios, a ligação do Jungkook pro Tae acontece no último :)

Até daqui a pouco <3

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