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IV

{ The Gift }

O solstício era uma época que, geralmente, Anya ficava sozinha em casa. Não que ela não gostasse da comemoração; até mesmo achava interessante o conceito e sempre havia gostado de receber presentes. Mas as lembranças que vinham com aquilo machucavam tão profundamente Anya que ela simplesmente fingia que aquela data não existia. 

As vezes ela apenas queria voltar no tempo e retirar algumas coisas que havia dito. Talvez agora ela estivesse com a consciência tranquila; mas pensava naquilo, todos os malditos dias, e naquele em especial, sobre o que havia acontecido há praticamente duzentos anos. O que ela tinha dito na hora da raiva antes de sair de casa e o que tinha encontrado quando voltou. Ela provavelmente nunca se esqueceria do cheiro de sangue e do como ele havia manchado e escorrido pelas paredes brancas da casa.

Ela fechou os olhos e deu um suspiro. Ficar relembrando o passado de nada seria útil naquele momento, então deixou aquela memória no fundo de sua mente. Ela havia recusado as ofertas de Helion para passar aquela data com ele. Até mesmo tinha evitado as perguntas de Cassian quando ele perguntou o porque ela tinha torcido o nariz quando ele falou sobre o evento. Definitivamente não era algo que ela gostava de se lembrar.

Pelo menos a noite passou rápido; ela tomou uma garafa de vinho enquanto tentava ler um livro de romance meloso, apesar de Anya nunca ter optado por viver em um. Ela odiava cada segundo daquilo: ficar sozinha. Mas, ainda assim, era melhor isso do que ver pessoas felizes enquanto tudo o que ela conseguia lembrar era de voltar para casa e encontrar os dois machos que mais amava no mundo assassinados: seus pais. E ela sequer havia estado lá para defende-los quando um bando de covardes os atacou. Porque Anya estava ocupada demais se ressentindo com eles por terem desaprovado um namorado babaca dela para estar lá naquele momento.

Uma lágrima silenciosa escorreu pelo rosto da grã feérica e ela a limpou rapidamente. Sabia que se deixasse mais uma cair, um rio viria logo em seguida, então ela respirou fundo e contou até três, tentando fazer aquele nó em sua garganta se dissipar.

Uma batida na porta da frente fez tudo sumir. Ela franziu o cenho; seria Helion? Ela tinha dito a ele, mais de um milhão de vezes, que não sairia de casa naquela noite, nem mesmo para um momento de diversão no Palácio do Grão Senhor. Anya já estava pronta para enxota-lo quando abriu a porta. Mas quem estava ali não era Helion.

Era Cassian.

O general da Corte Noturna tinha um meio sorriso nos lábios e parecia meio incerto sobre se devia estar ali ou não. Ainda que ela quisesse ficar sozinha, agradeceu a Mãe por Cassian estar ali. 

-Perdido na Corte Diurna, Cass?- ela provocou e ele bufou uma risada.

-Não vai me convidar pra entrar, Anya? Vai me deixar morrer de frio aqui fora?- ele disse a fazendo revirar os olhos. Os dois sabiam bem que frio era a última coisa que ele sentiria na Corte Diurna, mas, ainda assim, ela deixou que ele entrasse. 

-Não deveria estar com sua familia disfuncional, quero dizer, com Rhys e Azriel?- ela disse e Cassian deu risada.

-Eu estive com eles, mas Rhys estava tão bêbado que apagou no sofá, Mor saiu pra terminar de comemorar em um bar, Azriel, bem, você conhece o Az. E a Amren é a Amren.- disse Cassian e Anya deu risada.

-Justo. 

-E eu queria te ver. Sim, eu sei que você não comemora o solstício, mas ainda assim... Ainda assim, tive que te comprar isso.- ele disse estendendo para ela uma pequena caixa. Anya franziu o cenho, sentindo as bochechas queimarem.

-Cassian, não precisava disso. Eu nem mesmo comprei algo pra você.- ela disse e ele riu.

-Eu sei. Mas ver essa sua cara já foi presente o suficiente.- ele zombou e ela o deu um soco no ombro que nem mesmo o fez piscar.

Ainda assim, Anya aceitou a caixa estendida. Com delicadeza, a grã feérica removeu com os dedos finos o laço azul que a envolvia antes de abrir a tampa e tirar de dentro uma esfera de vidro negra cintilante. Era realmente bonita; mas qual sua funcionalidade? Parecendo ler isso na expressão dela, Cassian explicou:

-Ela é magica. Mostra as lembranças mais marcantes de quem a segura, mesmo que tenham ficado apagadas no fundo da memória.

Anya observou a esfera novamente. E ela começou a mudar conforme uma imagem se formava dentro dela. E Anya sentiu os olhos se encherem de lágrimas quando viu seus pais ali, segurando as mãos dela. A levando para a nova casa. O dia em que eles a adotaram. Ela riu, secando uma lágrima que escorreu pela bochecha.

-Eu não me lembrava disso. Foi o dia em que eles me adotaram.- ela disse para o illyriano. -Faz tantos anos que não vejo nada deles que quase me esqueci de como são. Obrigada, Cassian.

Ela sequer tinha palavras para agradece-lo; para dizer o como aquilo havia significado o mundo para ela. Mas Cassian entendia; ele apenas sorriu e a abraçou de volta quando Anya se jogou em seus braços. 

-Obrigada por ser bom pra mim. 

Apenas um comentário: QUE INFERNO QUE É PENSAR EM UM PRESENTE MÁGICO, ÓDIO
enfim, era isso
~Ana

Data: 12/05/21

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