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TURNING PAGE

Normalmente, Percy não tinha muito medo de hospital. De agulha, sim, mas de hospital nem tanto. Porém, daquela vez, tudo que passava em sua cabeça eram as mil e uma possibilidades de tudo dar errado. Já era o dia da cirurgia e ele já estava internado somente esperando ser chamado para o centro cirúrgico.

As últimas semanas tinham sido boas, Annabeth estava tentando relaxar um pouco, mas Percy também estava tentando se cuidar mais. Com passinhos de formiga foram conseguindo se encontrar novamente. Obviamente não era perfeito, mas bem melhor do que estava.

No aniversário de casamento dos dois, eles aproveitaram o show da Taylor Swift, esquecendo por algumas horas de tudo o que estavam vivendo — principalmente quando ela cantou a versão de 10 minutos de All Too Well — no entanto, naquele momento, a realidade batia com força.

— Cuore — Annabeth chamou pelo marido ao mesmo tempo que ia em direção a ele — Vai dar tudo certo.

— Você não pode garantir isso — sua voz saiu trêmula enquanto Percy se lembrava que tudo poderia dar errado, se arrependendo de ter pesquisado tanto sobre cada detalhe da cirurgia.

— Realmente, mas eu posso garantir que na maior parte dos pacientes dá certo e você não vai ser a exceção, meu amor — ela se sentou na cama onde ele estava, fazendo um carinho em sua mão livre do soro — Além disso, nossos filhos vão poder se gabar por terem o Homem de Ferro como pai. Afinal, que pai teria um reator arc no peito?

Annabeth arrastou o pijama hospitalar dele um pouco para o lado passando a unha onde o marcapasso ficaria, do lado oposto ao da tatuagem. Naquele momento, ele só estava tomando apenas soro para não perder a veia, mas parecia que até mesmo aquele fato estava o apavorando.

A similaridade das situações estava a deixando um pouco agitada, mas Annabeth tentava respirar devagar e fundo. A situação fazia com que ela tivesse forças para até mesmo acalmar Percy.

— Queria ser o Homem Aranha, vou procurar uma aranha radioativa — ele deu uma risada rápida, mas novamente voltou a seriedade — Eu estou com medo.

Annabeth também estava. Estava com medo desde a hora que soube do diagnóstico, mas, diferentemente das outras vezes, naquele dia, ela não deixou ele a dominar. Como uma super heroína, a loira conseguiu manter a calma — ou o máximo de calma que se poderia ter naquele momento.

— Uma das protagonistas de uma das minhas sagas preferidas, sempre que está com medo repete: meu nome é Celaena Spardothien e eu não terei medo. Eu pensava que era só ficção, mas realmente funciona, dá uma elevada na autoestima e acaba que diminuí um pouco o medo — Annabeth disse enquanto passava uma mão no cabelo dele enquanto a outra ficava em cima do peito de Percy, mas abaixo de sua mão.

— Meu nome é Perseus Jackson e eu não terei medo — ele tentou e riu diante daquilo. Não era ninguém importante para ter o efeito desejado — A sua protagonista deveria ser alguém notável para funcionar, eu não sou pelo menos. Quer dizer, eu só sou o Percy Jackson, que diferença faz para o mundo se eu morrer ou não?

— Para mim faz, okay? Eu nem sei como continuaria com a minha vida caso te perdesse, mas a gente não vai falar sobre isso porque você não vai morrer, estamos entendidos? — Annabeth forçou sua voz a não falhar, mas não conseguiu evitar as lágrimas de preencherem seus olhos — Como você ousa dizer que não é ninguém notável? Você é o meu Percy Jackson que vai sair vivo dessa cirurgia e vamos viver para sempre juntos, porque demoramos tempo demais para ficarmos juntos. Não vamos separar assim. Vamos ficar juntos. Você não vai escapar de mim. Nunca mais — ela repetiu o que Percy havia dito na noite que havia contado sobre Luke. Precisava lembrá-lo novamente das coisas boas, das promessas que haviam feito um para o outro.

Naquele momento, Annabeth era a âncora do marido enquanto ele tentava não se perder no Rio Estige. Sim, Percy precisava enfrentar aquele percurso sozinho para se tornar mais forte, para viver, mas Annabeth estava ali na beirada torcendo em voz alta por ele.

— Eu te amo — foi a única coisa que Percy conseguiu dizer. Era como se todas as palavras e toda criatura tivessem sumido da face da Terra, sobrando apenas a música instrumental que soava baixinho naquele quarto enquanto dois corpos, abraçados um no outro, tentavam ocupar aquela maca tão pequena.

Ali, as suas inseguranças e medos não sumiam, mas eram cobertos pelo amor que os dois sentiam, pela expectativas de dar certo, pelo um milhão de sonhos que os mantém acordados durante as madrugadas, pelos beijos que já haviam dado, mas ainda mais pelos o que ainda iriam dar. O amor, definitivamente, não resolvia suas vidas — não tinha acabado com a doença de Percy — mas ajudava quando tudo se tornava insuportável demais para somente a razão lidar.

Ficaram ali, espremidos, mas sem se soltarem em momento algum, enquanto ouviam as músicas instrumentais favoritas de Percy tocar no celular dele. Estavam se contentando em ficarem ali até quando o moreno tivesse que se preparar para a cirurgia, no entanto, quando La vie en rose em uma versão só com piano e violoncelo começou a tocar, Annabeth se afastou e pulou da cama.

Na noite do baile de formatura, quando estava preocupada demais com  a faculdade, Percy havia a acalmado enquanto dançava aquela música. Agora era sua vez de fazer o mesmo com o seu marido.

— Dança comigo? — ela perguntou enquanto estendia sua mão para Percy, vendo o brilho de reconhecimento tomar conta do seu olhar.

— Eu não sei se vou saber dançar direito com isso — ele apontou para o apoio de soro, porém se levantando e ficando de frente para a esposa.

— Eu não me importo, amore mio — Annabeth sussurrou enquanto levava suas mãos à nuca dele.

Os dois dançavam lentamente, apenas balançando de um lado para o outro sem grandes movimentos para não machucarem Percy. Como se todos os seus problemas estivessem sido resolvidos — temporariamente — os dois valsavam e, de vez enquanto, se beijavam tão lindamente quanto Romeu e Julieta em sua última noite ou como Peter Johnson e Annebell Cheese após seu reencontro em Nova Roma.

E então, antes da anestesia fazer totalmente seu efeito, já na sala de cirurgia, Percy se lembrou de Annabeth e que precisava voltar para ela e, por isso, não teve medo.

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