DON'T BLAME ME
Se existia uma palavra capaz de explicar Perseus Jackson era aleatório. Às vezes, ele brotava em alguns lugares de tal modo que nem mesmo ele sabia como explicar. Era algo engraçado e que tinha como consequência as melhores e mais engraçadas histórias. Porém, em alguns momentos, o moreno levava Annabeth junto e a loira sempre acabava ficando completamente perdida.
Esse era um desses momentos, Percy quase pulava de animação enquanto Annabeth não conseguia fazer nada além de olhar o ingresso para o Reputation Tour.
Desde quando o Reputation havia sido anunciado, Annabeth e Piper simplesmente haviam ficado loucas procurando cada pista, analisando cada música lançada, se viciando em mais um álbum de Taylor Swift. O 10 de novembro de 2017 havia sido simplesmente um marco na vida das duas e quando elas não conseguiram um ingresso para um dos shows que seria na Europa também havia sido um marco — mas dessa vez bem ruim. Porém agora, Annabeth, segurava um tesouro em suas mãos sem conseguir nem reagir direito.
— Surpresa? — Percy disse sem conter seu sorriso, sabendo que a loira não sairia de seu transe sem um estímulo externo.
Com um gritinho agudo, ela se jogou em cima dele, fazendo com que Percy tivesse que dar alguns passos para trás para conseguir se equilibrar. O coração dela batia tão forte que ele conseguia senti-lo pulsando em seu próprio peito e se assustou ao perceber que o seu também batia da mesma forma. Em sintonia como se fossem um só corpo.
Haviam se passado mais de dois anos desde o casamento da Nancy Bobofit e alguma coisa entre os dois tinha mudado. No início, Percy pensou que era apenas saudades do que tinham antigamente, no entanto, de repente Annabeth voltou a ser seu último pensamento antes de dormir. Aos poucos, de maneira bem sutil, sua vontade de ficar com outras pessoas foi sumindo enquanto sua vontade de beijar sua melhor amiga foi aumentando. Mas ele só percebeu o quanto realmente estava ferrado quando começou a sonhar — dormindo ou acordado — com Annabeth dizendo: sim, eu aceito me casar com você, Cabeça de Algas.
Fazia quase dois anos que ele sabia que estava apaixonado por Annabeth, mas havia resolvido esconder esse sentimento, simplesmente para não estragar a amizade, afinal, tinha certeza absoluta que a loira não sentia o mesmo e, bem, ele poderia muito bem viver com aquilo.
— Como você conseguiu? — a Chase perguntou com a voz um tom acima do normal, sem conseguir conter a felicidade. Ainda parecia um sonho, principalmente, quando o show daria bem no dia do seu aniversário.
— Tenho meus contatos — ele respondeu dando os ombros, escondendo que teria que trabalhar dobrado no estágio para pagar aqueles ingressos. A empresa que Percy estagiava agenciava shows e acabava que alguns ingressos saiam mais baratos, porém o moreno era um universitário no último período, tudo saía caro (até mesmo as coisas que teoricamente eram baratas).
— Eu realmente te amo — ela se afastou minimamente apenas para dar um beijo estalado na bochecha do Jackson.
— Eu sei, agora vai arrumar suas malas antes que a gente se atrase e perca o vôo — ele deu um passo para trás se afastando do abraço e empurrando uma Annabeth extremamente animada em direção ao quarto.
As próximas horas foram extremamente corridas e nenhum dos dois viram o tempo passar enquanto fechavam a mala e quase perderam o voo em um engarrafamento, mas, no final, tudo tinha dado certo e agora eles estavam em um avião indo para New York. Parecia um sonho e, foi somente quando o avião decolou, que Annabeth realmente acreditou que estava indo para outro continente para ver Taylor Swift cantar.
Percy estava dormindo com a cabeça encostada em seu ombro enquanto, em um dos ouvidos, um dos fones de Annabeth tocavam Welcome to New York para que eles pudessem entrar no clima da cidade estadunidense. As mãos dela pareciam ter vida própria enquanto faziam um cafuné nos cabelos dele e então desciam para sua nuca e então para suas costas — do jeito que Percy gostava — e Annabeth deixava seus pensamentos correrem soltos pela primeira vez em muito tempo, gostava de ter o controle, mas daquela vez, pensar que estava apaixonada por seu melhor amigo não parecia ser tão ruim.
Já fazia alguns meses que ela estava pensando naquilo, mas sempre se recriminava — mesmo sabendo que o fato era real. Não tinha dado certo antes e provavelmente não daria certo agora. Ela sempre acabava se convencendo de que aquela não era uma boa ideia, da primeira vez, havia doído tanto que a Chase acabava se convencendo de que não valia a pena nem tentar e que aquela sensação — ou talvez sentimento — passaria logo logo. Porém, com Percy ali, com a cabeça em seus ombros, Annabeth se permitia pensar que quem sabe um dia daria certo.
Eram 7 horas de vôo e o moreno dormiu quase todo tempo enquanto ela terminava de ler o livro que estava lendo naquele momento e amando: Vermelho, Branco e Sangue Azul e quando terminou, voltou para o seu queridinho: Prisioneiro de Azkaban. Estava tão entretida que sequer percebeu que quando Percy acordou.
— Já te disseram que você parece uma princesa enquanto lê? — sua voz ainda estava manhosa de sono e ele esfregava os olhos como uma criança. Talvez fofo não era uma palavra certa para se definir um homem de quase 1,90 de altura, mas foi a primeira coisa que Annabeth pensou antes de guardar seu livro na bolsa ao seu lado e se virar para enxergá-lo melhor.
— Na verdade não — ela deu de ombros sorrindo para o moreno que ainda claramente estava tentando acordar — Você ainda baba enquanto dorme.
Percy revirou os olhos e abriu a boca para rebater o comentário da loira, mas foi interrompido pela voz do piloto dizendo que eles já estavam aterrissando. Quase que de imediato, o semblante dele — que estava tão calmo quanto um dia ensolarado — se fechou, assim como uma tempestade torrencial. Desde que se entendia por gente, Percy odiava avião e odiava ainda mais voar, mas, devido as suas viagens, ele havia aprendido que o segredo era só tomar um calmante e dormir a viagem inteira ou simplesmente perder a decolagem, mas era incrível como sempre acordava na aterrissagem. Não importava quantos comprimidos tomava, Percy sempre acabava acordando quando o avião começava a descer e ele odiava aquilo.
Odiava a sensação de frio na barriga enquanto seu cérebro tentava lhe convencer que, na verdade, eles estavam caindo.
— O que foi? — Annabeth perguntou quando viu Percy travar ao som da voz do piloto.
— Odeio aterrissagem — ele disse baixinho enquanto tentava fechar o seu cinto — Parece que a qualquer momento o avião vai cair e a gente vai morrer.
— A gente não vai morrer, quer dizer, pelo menos não hoje — ela disse com a voz calma, se recriminando por ter esquecido do maior medo do seu melhor amigo.
— Você não pode me garantir isso — Percy rebateu enquanto fechava os olhos com força, como se esperasse por um grande impacto.
— É verdade — acostumados a sempre dizerem a verdade um para o outro, as mentiras ou as promessas falhas, mesmo que tivesse um propósito de ajudar, simplesmente não funcionava com eles. No geral, era algo bom, pois os dois prezavam pela sinceridade sempre, mas acabava que, às vezes, os deixavam imponentes diante situações tensas como aquela — Tem alguma coisa que eu possa fazer por você?
Em um primeiro momento, Percy sequer se mexeu, mas então ele abriu seus olhos tão verdes quanto as esmeraldas que tanto amava e Annabeth teve a certeza de que não conseguiria dizer não. Não quando ele olhava para ela como o Gato de botas. Não quando ele parecia tão apavorado que sequer conseguia esconder. Não quando seu coração pulsava e implorava para que ela tirasse todo o medo dele com suas próprias mãos.
— Você, bem, parece meio bobo — o moreno parou a frase ao meio sentindo seu rosto corar de tanta vergonha. Estava parecendo uma criança mimada que sequer conseguia lidar com os próprios medos.
— Me fala, cuore, per favore — ela disse com delicadeza em sua segunda língua materna e levou a sua mão no braço dele enquanto fazia um carinho ali.
Talvez fosse o tom de voz ou simplesmente o poder que Annabeth tinha sobre si, mas Percy sentiu capaz de falar qualquer coisa, mesmo que fosse a ideia mais absurda. Mesmo que aquilo pudesse se voltar contra ele no futuro.
— Você pode segurar minha mão? — era ridículo e ele já estava falando que não precisava quando a loira pegou sua mão e a levou na boca dando um beijo ali como se dissesse que ela faria o que fosse preciso para que o moreno ficasse bem.
E daquela vez, pela primeira vez, a aterrissagem não foi tão ruim assim.
Existia algumas coisas que poderiam ser explicadas racionalmente, mas o quanto Annabeth estava animada para aquele show não era uma dessas coisas.
Quando eles haviam descido do avião, Annabeth sentiu que estava em outro mundo. Ela nunca tinha visto tanta gente em um só lugar e se sentiu uma formiguinha enquanto tentava achar a saída do Aeroporto JFK e havia ficado encantada com toda a cidade enquanto tentava observar cada detalhe de dentro do táxi amarelo que estava. New York estava superando suas expectativas, mas, com certeza, a melhor parte estava sendo ver Percy conversar totalmente em inglês com o seu sotaque britânico.
Quando estavam juntos, na maioria das vezes, conversavam em italiano mesmo ou Percy se arriscava um pouco no francês — a segunda língua materna de Annabeth —, mas nada, absolutamente nada, superava quando ele falava em inglês. Era como se ele recitasse poesia, mesmo dizendo as coisas mais banais e Annabeth simplesmente amava isso.
Apesar de quererem desbravar cada centímetro daquela cidade, mas estavam tão cansados que sequer conseguiram fazer muita coisa antes de serem levados para o território de Morfeu. Naquela noite, Annabeth sonhou com Percy e, ali, quando a realidade e seu inconsciente se misturavam de tal jeito que não era possível distinguir qual era qual, os dois estavam apaixonados e viviam bem. Quando acordou, ao som de um Percy gritando em seu ouvido a música 22, Annabeth quis que tudo aquilo fosse sua realidade.
Normalmente, Annabeth era um pouco alheia ao seu aniversário, afinal, na maioria das vezes passava longe da família e de amigos próximos, mas naquele ano tudo parecia diferente. Talvez fosse os tão famosos 22 ou porque teria um show da Taylor Swift como presente de aniversário ou, mesmo que não quisesse admitir, porque Percy estaria ao seu lado.
Jackson era o caos gostoso que ela precisava em sua vida e, por isso, não questionou quando ele lhe mostrou a lista de coisas que eles fariam naquele dia antes do show, deixando que o moreno lhe conduzisse por onde ele quisesse. E foi desse modo que ela acabou no Metropolitan Museum of Art e depois em um piquenique no Central Park.
Seu lado mais carente dizia que tudo aquilo lembrava demais as comédias românticas que tanto gostava, mas seu lado racional dizia que era tudo ilusão — mesmo quando os dois não soltavam a mão um do outro ou mesmo quando Percy não parava de elogiá-la enquanto fazia todas as suas vontades com a desculpa de que era seu aniversário.
E então, agora, estavam em uma cafeteria chamada Bordeoux na Cornelia Street, comendo um cupcake azul enquanto observava Percy. O Sol do fim da tarde batia em seu rosto evidenciando o quanto ele era bonito e por saber desse fato acabava que o moreno sabia exatamente como usufruir dela, sempre andando arrumado e extremamente cheiroso. Atraindo os olhares para si como se estivesse em uma passarela.
— Um dólar por seus pensamentos — Percy chamou sua atenção enquanto colocava uma nota a sua frente, perto do pratinho onde o seu cupcake com duas velinhas estava.
— Muito pouco, Perseus — a Chase pegou a nota e enfiou no seu bolso e deu uma risada alta quando ele colocou uma nota de 10 dólares na mesa — Bem, eu tava pensando no quanto você é bonito.
— E mesmo assim não me beija, que vacilo, loirinha — ele arriscou a dizer enquanto lançava um de seus sorrisos sarcásticos e piscava um de seus olhos. Se era de brincadeira ou não, nem o próprio Percy sabia.
— Você não me dá nenhuma brecha, tesoro — Annabeth apoiou sua cabeça em suas mãos, fixando seu olhar no dele. O cinza no verde se misturando enquanto os dois tentavam entender se era apenas uma gracinha de amigos ou se realmente era seus sentimentos falando mais alto, torcendo para serem ouvidos.
— Estou dando uma agora — Percy passou as mãos no cabelo enquanto balançava seus ombros para cima e para baixo.
— Ok — ela se aproximou, jogando seu corpo um pouco para frente.
— Ok — ele levou a sua mão até o cabelo dela e colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha de Annabeth.
Eles iriam se beijar, ignorando completamente tudo e todos. Ignorando que só tinham uma amizade normal e que apenas um tocar de lábios poderia estragar tudo. Estavam dispostos a jogar tudo para o ar sem se importarem com as consequências.
Porém, como se o destino brincasse com os dois, quando os dois estavam quase se beijando, o celular de Annabeth começou a tocar fazendo com que os dois se afastassem no susto. Ela disse que precisava atender — mesmo não querendo — ele disse que iria pagar a conta enquanto isso. Todo clima havia acabado, por isso, quando Annabeth terminou de conversar com sua tia — que nunca ligava, mas resolveu parabenizá-la justamente naquele ano — eles resolveram ir de volta para o hotel para se arrumarem para o show.
Nenhum disse nada enquanto andavam silenciosamente pela rua, nem mesmo suas mãos, que antes ficavam entrelaçadas, suportaram o peso da decisão tomada tão forçadamente. Enquanto andavam — perto o suficiente para estarem juntos, longe o suficiente para não se tocarem — os dois pensavam em cada possibilidade, em literalmente cada mísera possibilidade, e como um beijo poderia mudar tudo. Como a amizade se dissolveria como um pó, caso tentassem dar um passo além dela.
Porém, se surpreenderam ao perceber que, naquele momento, não se importavam com aquilo. Queriam novamente se jogar em um precipício sem saída apenas para poderem ficar juntos mais uma vez — talvez, uma única vez. As palavras não ditas acabavam sendo barulhentas demais, principalmente para Annabeth.
Ela queria saber se ele também sentia o mesmo ou pelo menos, naquele momento, era tudo real, mas nenhum dos dois tinha coragem de falar nada, se envolvendo em um escuro denso e repleto de interrogações. A única coisa que Percy havia feito era lhe dar um beijo no canto da boca — de um jeito tão singelo e carinhoso que Annabeth quase ousava a chamar de selinho — e então lhe dizer que se encontrariam em uma hora no hall do hotel para irem para o show.
Annabeth tinha se concentrado tanto em ficar pronta a tempo que sequer teve tempo para ficar pensando em Percy ou em como estava completamente ferrada deixando seu coração tomar o controle de sua vida. E então, com um piscar de olhos, eles estavam no Madison Square Garden ouvindo Taylor Swift cantar Ready for it.
Tudo parecia um verdadeiro sonho, eles estavam tão próximos do palco que se esticassem suas mãos, quase conseguiam encostar na cantora. A loira gritava as músicas, muitas vezes se embolando com as palavras, enquanto seu coração acelerava e sua mente berrava: meu Deus, nós realmente estamos aqui.
Percy parecia estar completamente hipnotizado por Annabeth, sorrindo para o nada enquanto observava ela dançar animada enquanto gritava TI AMO TAYLOR SWIFT. Ele sabia que ela iria gostar do presente, mas não sabia que era tanto. Como uma criança na Disney, Annabeth simplesmente não parava de rir desde a hora que havia pisado ali, como se ainda não acreditasse que eles estavam mesmo vendo a cantora favorita dela ao vivo.
Ela estava linda, vestindo um vestido — mas que também lembrava um macacão — preto que deixava suas costas tatuadas à mostra, assim como um pouco de sua barriga, já que a parte de cima — que cobria praticamente só seus seios — e a saia eram unidas apenas por dois cordões. Seu cabelo estava natural, o que deixava suas mechas azuis ainda mais evidentes. Percy não sabia que poderia se apaixonar mais e de um modo tão rápido, mas quando a viu arrumada e feliz daquele jeito, sentiu que nada importava além de Annabeth Chase.
Quase beijá-la mais cedo havia sido um erro, ele não estava pensando direito na hora e sequer tinha passado em sua cabeça se Annabeth queria aquilo, mas depois de um banho frio e um momento de autoanálise no chuveiro, Percy havia decidido que se controlaria mais. Porém, quando Style começou a tocar e Annabeth cantar olhando para si como se a frase And when we go crashing down, we come back every time, 'Cause we never go out of style, We never go out of style tivesse um gosto delicioso em seus lábios.
Ele queria pegá-la pela cintura sem nenhuma delicadeza, puxando para junto de si e então finalmente se beijarem, mas Percy tentava fingir que estava tranquilo enquanto ela dançava e cantava como se dedicasse aquela música a ele.
E então quando os primeiros acorde de You Belong With Me começaram, Annabeth se impulsionou em direção a Percy e sussurrou:
— Quando você vai perceber que o seu lugar é comigo?
— O que? — ele perguntou confuso, sentindo seu coração bater forte enquanto sua boca ficava seca, mas, a única resposta que recebeu foi um revirar de olhos e então a boca de Annabeth junto a sua.
Era como se as estrelas simplesmente estivessem se alinhado enquanto eles se beijavam. Como se tudo finalmente estivesse em seu devido lugar após séculos desalinhados. Ela se arrepiava enquanto Percy ia e vinha com suas mãos em suas costas descobertas. O desespero da ausência era substituído pela calmaria de seus lábios juntos.
Não pensavam nas consequências, simplesmente curtiam o momento enquanto Taylor ainda cantava uma das músicas que havia marcado a adolescência dos dois. Sentiam que tinham voltado no tempo para quando as preocupações eram sobre somente universidades, mas também sentiam como se todo aquele tempo separados tivesse deixado tudo mais gostoso.
Eles se separaram ofegantes e não falaram nada a não ser começarem a rir sem parar. Tinham muitas dúvidas sobre absolutamente tudo, mas nenhuma vontade de saciarem naquele momento. Ao invés de conversarem sobre, tanto Percy quanto Annabeth resolveram simplesmente curtirem o show e se curtirem — imaginando que talvez a própria Taylor Swift estivesse escrevendo a trilha sonora da história dos dois.
Aquela noite tinha sido completamente perfeita, sem nenhum defeito sequer, porém, quando voltava andando pela Cornelia Street para chegar no hotel, abraçada de lado com Percy, Annabeth pensava sobre várias coisas.
Enquanto ia para o show havia decidido dar uma chance aos seus sentimentos para não se arrependesse no futuro, porém agora, não sabia muito bem o que fazer com eles. Não queria que fosse algo igual na adolescência, pois sabia que não teria volta caso acabasse. Dessa vez, tinha muito mais coisas em jogo.
— O que nós vamos ser, Percy? — ela não se aguentou e perguntou, torcendo para não estar pulando etapas ou estar sendo emocionada demais. Infelizmente, precisava daquilo para conseguir dormir em paz.
— O que você quiser, principessa — Percy respondeu tranquilo enquanto passava suas mãos na cintura dela de modo quase automático.
— Eu estou falando sério — Annabeth suspirou, um pouco decepcionada, mas ao mesmo tempo anestesiada por tudo que havia acontecido naquela noite. Ainda não conseguia acreditar que tinha visto Taylor Swift cantar ao vivo e na mesma noite ainda tinha beijado Percy Jackson mais de uma vez.
— Eu também, amor — ele parou fazendo com que a loira ficasse de frente para si e olhasse em seus olhos enquanto ouvia com atenção o que Percy tinha para falar — Eu sou completamente apaixonado por você já faz um tempinho e se você quiser ser só minha amiga colorida, ok, eu aceito. Se você quiser ser minha Marina Piccola de novo, eu aceito também. Mas se você quiser ser minha namorada, Dio mio, eu vou ser o cara mais feliz dessa cidade.
— Você está falando sério? Porque eu também estou apaixonada por você — Annabeth perguntou ainda insegura, mas sentindo as borboletas no seu estômago voltarem à vida.
Percy apenas deu um sorriso e embaixo da placa que dizia Cornelia Street, ele se ajoelhou e disse:
— Annabeth Chase, quase Jackson, tendo essa placa e as estrelas que não podemos enxergar como testemunhas, você aceita ser minha namorada?
Não existia outra resposta que não fosse um sim meio gritado, mas ao mesmo tempo sussurrado, enquanto ela se jogava em cima dele em um abraço e então novamente em um beijo. E enquanto estavam ali embaixo daquela placa, Annabeth torceu para que nunca mais precisassem terminar, pois tinha a certeza de que nunca mais conseguiria andar na Cornelia Street novamente.
No final, Taylor Swift estava certa: o amor realmente era a droga deles.
(obrigada, clarinha, pela informações sobre a Taylor Swift e a Reputation Tour)
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro