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CRUEL SUMMER


Morar em uma cidade litorânea era bom, mas ter um rolo com alguém que amava praia era ainda melhor. Enquanto Annabeth tomava sol de barriga para baixo, Percy fazia castelos de areia com uma criança aleatória — muito provavelmente turista. O dia estava quente o suficiente para eles não tivessem ânimo para nada além de irem para praia.

Fazia quase uma semana que o baile de formatura havia acontecido e, toda vez que Annabeth lembrava dele, ela sentia seu corpo amolecer. Mesmo quando as músicas lentas tinham acabado, os dois continuaram dançando desajeitadamente e gritando as letras das músicas — na maioria das vezes de maneira errada — arrancando uma risada dos outros colegas que já estavam altos demais para conseguirem segurar o riso. Ainda não conseguia evitar o sorriso involuntário ao lembrar que haviam sido escolhidos como rei e rainha do baile, nem sabia como aquilo havia acontecido, mas a sensação de atravessar todo o salão ao som de You Belong With Me e de aplausos nunca mais sairia de sua mente.

Havia sido uma noite dos sonhos e então quando acordou, com Percy ao seu lado, e pegou o celular percebeu que havia recebido um email do Istituto Marangoni dizendo que havia sido aprovada.

Annabeth tinha imaginado mais de dez vezes como reagiria quando recebesse o email comprovando sua aprovação, mas nenhuma delas envolvia Percy caindo da cama e seus pais aparecendo de pijamas, assustados com o grito da loira. Podia parecer um pouco besta, mas Annabeth realmente acreditava que não iria passar, o sonho de cursar moda em Milão parecia algo distante demais para ser realizado, algo que só ficaria no mundo das ideias e então um email havia mudado tudo.

Para falar a verdade, se parasse para pensar ainda não acreditava totalmente que havia entrado na faculdade — mesmo quando Percy e seus pais haviam conferido que o email falava realmente sobre sua aprovação, mesmo quando Piper havia chegado em sua casa com farinha, ovo e jogado nela, por causa de uma tradição da sua família — às vezes, achava que era apenas um sonho.

Mas como todo sonho acabava em algum momento, a sua ida para Milão significava a certeza que o seu relacionamento com Percy estava perto do fim. Antes da aprovação era tudo um eterno talvez, mas agora não mais. O que era apenas um romance de verão havia se tornado algo muito maior. Aos poucos, ela percebia o quão apaixonada estava e o quão aquele término a destruiria.

Não por ser algo complicado, mas por ter que se acostumar a ser somente amiga de Percy.

Não deveria estar pensando naquilo enquanto podia curtir a presença de Percy, mas não conseguia evitar ficar remoendo no que aconteceria e como ficaria quando tudo terminasse. Odiava ser uma pessoa preocupada demais, sequer conseguia curtir seus momentos com o moreno sem pensar que tudo aquilo teria um fim. Tinha acontecido a mesma coisa no baile e agora, constantemente, quando estava com Percy.

Queria conseguir evitar, mas não conseguia.

Estava tão envolvida com seus pensamentos que sequer percebeu que o moreno tinha parado de brincar com a criança e agora a encarava com um sorriso bobo.

— Um euro por seus pensamentos — ele disse e roubou um selinho dela, ganhando um sorriso genuíno e fácil em troca.

— Só um euro? Parece pouco demais — Annabeth deu de ombros esquecendo por alguns instantes dos seus pensamentos complicados. Percy estava tão lindo com os olhos brilhando, por ela, deitado de lado a admirando enquanto sorria.

Estavam na parte pública de Marina Piccola, o que significava que a praia estava lotada, mas isso não incomodava o casal. A areia clarinha e o mar tão azul quanto o céu, enquanto o Sol quente marcava presença, fazia com que Capri se tornasse algo parecido com o paraíso. Talvez fosse até um pecado que aqueles dois estivessem com data marcada para se mudar dali.

Ninguém em sã consciência saía de Capri. Bem, ninguém além de Percy e Annabeth.

— Ok. Então um euro e um beijo do cara mais gostoso e lindo desse mundo, é pegar ou largar — Percy levantou a sobrancelha, como se estivesse fazendo a proposta mais vantajosa possível.

— Não sabia que o Henry Cavill estava aqui em Capri — Annabeth tirou o óculos escuro e olhou em volta procurando o ator.

— Sacanagem, Henry é disputa injusta. — ele disse indignado, fechando a expressão na hora.

— Pra quem? — ela perguntou já sabendo com quem estava conversando. O moreno a sua frente era simplesmente a pessoa com o maior ego e autoestima que ela conhecia.

— Pra ele, obviamente. Quem é Henry Cavill perto de Perseus Jackson? — Annabeth não conseguiu conter a gargalhada, chamando a atenção de alguns turistas. A risada dela acabou contagiando o moreno que também não fazia questão de esconder o quanto a presença da loira lhe fazia bem e o quanto estava apaixonado — E então, que tal a gente ir pro mar e você me contar a ideia genial que você estava pensando? Você me convenceu a trazer só uma toalha pra entrar no mar, nem tem como inventar desculpa, dona futura senhora Jackson.

Apesar de Percy morar em uma cidade litorânea desde os 10, parecia que sua mente não havia assimilado totalmente esse fato. O que era engraçado, porque ele sempre parecia um turista, dependendo de Annabeth — que apesar de ser francesa, havia se mudado para Capri com meses de vida — para acabar não ser passado para trás na praia. Naquele dia, ele queria levar quase uma mala para praia, mesmo quando seriam só os dois.

Tinha sido um custo para Annabeth convencê-lo que aquela era uma péssima ideia, principalmente quando ele estariam em uma praia pública.

— Tem que me pedir primeiro em namoro, onde já se viu jogar indireta sobre casamento sem antes me namorar? — ela disse enquanto se levantava e estendia as mãos para Percy se levantar também.

— E se eu pedir, você aceita? — a pergunta parecia despretensiosa e sem seriedade nenhuma, mas tinha algo no olhar de Percy, algo como um brilho, uma expectativa de não ser somente um romance de verão.

— Aceito, ué — Annabeth disse sem pensar muito, deixando o seu coração tomar o controle por alguns instantes, mesmo que fosse só de brincadeira.

— Então namora comigo? — ele se ajoelhou segurando a mão bronzeada da loira, atraindo a atenção de alguns turistas que os olhavam com expectativa e, alguns, até comemoravam o início de um novo casal.

— Não — e então, Annabeth saiu correndo rindo em direção ao mar sendo perseguida por Percy.

Assim que ele conseguiu, a puxou para os seus braços e lhe deu um beijo e mais um e mais um. Naquele momento, não existia absolutamente nenhuma preocupação ou empecilhos para os dois, nem mesmo os aplausos dos turistas emocionados. Não. Não existia absolutamente nada. Nem mesmo quando Percy a pegou no colo e terminou de entrar no mar, como se estivesse carregando uma noiva. Naquele momento, parecia que o mundo era feito para dois adolescentes vivendo um romance de verão e suas risadas verdadeiras.

Até mesmo os pensamentos complicados de Annabeth deram espaço para a paixão clara e simples que surgia em momentos como aquele.

As ondas quebravam em seus corpos, enquanto eles se deixavam ser levados para onde o mar quisesse, naqueles poucos minutos entre a corrida até chegarem ao mar parecia que tudo iria ficar bem. Não fazia sentido, mas a paixão nunca foi algo para ser explicado racionalmente.

— Um dia a gente vai apanhar dos turistas — Annabeth disse quando conseguiu recuperar o fôlego não só da corrida como também das gargalhadas — Toda uma expectativa para ouvir um não no final.

— Diga por você, porque eu fiz tudo certinho, você que quebrou meu coração ao me rejeitar dessa forma, dona Annabeth não Jackson — ele balançou a cabeça de um lado para o outro como se desaprovasse aquela atitude ao mesmo tempo que abaixava mais o corpo ficando quase que totalmente submerso, deixando que o mar lhe envolver quase completamente. Quando pensava que em poucos meses deixaria aquele paraíso para voltar para Londres que sequer tinha praia, Percy tinha vontade de desistir de tudo. Maldita hora em que havia decidido seguir com a tradição familiar — Meu coração vai ser destruído com o tanto de não que eu recebo.

— Vai nada, ninguém morre de coração partido — Annabeth jogou água nele como se o desafiasse a dizer o contrário — Nem mesmo você, seu grande emocionado.

— Quase sete anos de amizade e você ainda não entendeu que eu sou a exceção? Pelo amor de Deus, principessa, se você continuar me dando fora desse jeito eu vou morrer e a culpa vai ser sua, aí você vai ficar morrendo de chorar no funeral se sentindo culpada por maltratar tanto — Percy fingiu limpar uma lágrima enquanto Annabeth segurava a risada, tentando continuar com a expressão séria para uma conversa nada séria

— Desiste de fazer Relações Públicas, amore mio, e corre para Hollywood, porque olha, esse nível de drama merece um Oscar — ela revirou os olhos de brincadeira, pois seu sorriso a entregava —  Se te consola, eu quase disse sim.

O que era para ser uma grande brincadeira — com um fundo de verdade — deu tremendamente errado, pois ao invés de Percy rir, ele apenas arregalou os olhos ao mesmo tempo que sua expressão facial se fechou em uma surpresa. Definitivamente o moreno não estava esperando por aquilo. Ele tentou falar alguma coisa, mas a única coisa que conseguiu fazer foi abrir e fechar a boca sem de fato emitir nenhum som.

Ele conhecia Annabeth o suficiente para saber quando era só uma brincadeira e tinha certeza que daquela vez não era.

— Eu estou brincando — ela comentou baixinho se arrependendo por ter deixado seu coração tomar o controle por apenas alguns segundos e falar coisas que nem Percy e nem ela deveriam ouvir. Não podia se dar esperanças a casos perdidos, a romances com data de validade ou adolescentes que achavam que conheciam sobre o amor.

— Porque você não disse sim? — ele a ignorou completamente, sabendo claramente que Annabeth estava mentindo e sabendo que seus motivos não eram fúteis. Muita coisa estava em jogo, mas as palavras simplesmente saíam de sua boca como se tivessem vida própria e não aguentassem mais o elefante branco entre os dois.

Quando eles haviam se beijado pela segunda vez, Annabeth havia lhe dito que não queria perder a amizade e, por isso, não podiam ser algo sério — o que era algo surpreendente para a loira que evitava até mesmo de beijar pessoas aleatórias por não suportar a falta de compromisso — e apesar de Percy ser apaixonado por ela fazia anos, ele concordou.

Oxford era o seu sonho e uma vida sem Annabeth, mesmo que apenas como amiga, parecia incompleta. Por isso conseguiam lidar tão bem com aquela amizade estranha cheia de privilégios, ausente de rótulos. Era algo racional e que fazia sentido tanto para Percy quanto para Annabeth.

No entanto, principalmente após o baile, aquela situação estava se tornando um fardo muito pesado para carregar, como se as possibilidades e incertezas que antes não passavam de pequenas e irrelevantes pedrinhas, agora esmagavam os dois. Nenhum deles iria desistir da faculdade para prolongarem um amor de verão — Romeu e Julieta eram a prova de que era burrice fazer tudo e qualquer coisa por amor — mas, às vezes, namoro à distância ou até mesmo algo mais sério naqueles últimos meses.

— Não torne as coisas mais difíceis para nós, Percy, por favor — Annabeth disse baixinho quase implorando, pois sabia que se ele pedisse mais uma vez, ela aceitaria sem sequer pensar duas vezes e isso não podia acontecer. Deixaria a razão de lado e então culparia seus hormônios da loucura que faria, porém, quando ele fosse embora, tudo que existiria era um vazio que poderia ser evitado.

Em momento algum, Annabeth pediria para que ele ficasse ou fosse com ela para Milão e sabia que Percy também jamais faria aquele pedido. Fazia parte do combinado e era o principal motivo para dar certo. No entanto, parecia que o medo de uma possível dor no futuro estava os impedindo de viver.

— Anne… — ele não conseguiu falar mais nada, como se as palavras simplesmente estivessem sumido, mas, mesmo assim, havia sido tão significativo que Annabeth se ouviu suspirando como se aquilo fosse o que ela precisasse ouvir para tomar sua decisão.

— Eu estou apaixonada por você, Percy, e tudo o que eu queria era dizer sim, eu aceito ser sua namorada e futuramente também dizer sim, eu aceito me casar com você. Porque eu estou completamente apaixonada por você e não sei mais o que fazer com isso — ela soltou tudo o que tanto pensava sem medo da rejeição. Para falar a verdade, estava torcendo para que Percy dissesse que ele não sentia o mesmo. Seria mais fácil lidar com um coração partido do que a expectativa de algo que não se realizaria. Annabeth gostava das coisas certeiras, mas sentia que jamais teria aquilo com Percy.

— Eu também sou apaixonado por você, Anne, desde os meus 12 anos e já faz um tempo que eu desisti de lutar contra os meus sentimentos, porque eu te amo — ele deu de ombros enquanto um sorriso, um pouco envergonhado, surgia em seu rosto. Talvez aquele não fosse o melhor momento ou mesmo o melhor cenário para se declarar tão intensamente e muito menos para decidir o futuro, mas Percy sabia que se arrependeria se deixasse aquela oportunidade passar.

— E o que a gente faz? — Annabeth perguntou sentindo o peso das suas palavras e das dele. Não poderiam simplesmente seguirem em frente como se nada tivesse acontecido. Como eles poderiam manter somente uma amizade colorida depois daquilo.

— Eu não sei, mas acho que não quero mais continuar só com a sua amizade, mesmo que sendo colorida — ele nadou em direção a Annabeth envolvendo-a em um abraço e lhe dando um beijo na testa, se equilibrando para que a ondas não os derrubassem.

— Qual a sua ideia? — a loira perguntou também tendo a certeza de que amizade não era mais o suficiente, mas não sabia como que algo além daquilo poderia dar certo.

— Como namoro não está em nossos planos, a gente podia, não sei, criar algo parecido com um namoro, mas sem ser. Não sei. Inventar algo só nosso e quando chegar o nosso último dia aqui em Capri, a gente conversa de novo — ele deu de ombros e abriu um sorriso quando Annabeth assentiu concordando com aquela ideia meio doida que sequer fazia sentido — Então, Annabeth Chase quase Jackson, você aceita ser a minha Marina Piccola?

— Depende, vou ser a parte pública ou privada da praia? — Annabeth não conseguiu segurar a risada diante da cara de indignado de Percy.

— Annabeth! — ele ralhou fingindo que estava bravo, mas sorrindo com a expectativa de algo novo surgindo.

— Tudo bem, eu aceito ser sua Marina Piccola, amore mio — e então eles se beijaram como nunca havia beijado, sentindo o fardo pesado sair de cima de seus ombros dando lugar para algo tão leve e gostoso quanto a brisa do verão de Capri — E só para deixar claro, eu também te amo.

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