
28. Miami
POV ROBERT PATTINSON
A quem diga que quando a cabeça não pensa o corpo paga e eu poderia confirmar esse velho ditado.
Meu corpo estava pagando por algo que minha cabeca não tinha pensado antes de falar.
Foi vacilo, eu sei.
Ana passou os cinco dias da nossa "lua de mel" em Miami mal olhando na minha cara.
Almoçamos em restaurantes, passeamos pelo zoológico, saímos para um bar e ela sempre muito educada e fina.
Esperta para saber que os olhos do mundo estavam em nós.
Mas assim que entrávamos na casa que aluguei para nós ela se fechava na sua cara de mau e não me dirigia a palavra.
Confesso que ela ficava fofa com os lábios formando aquele biquinho arrebitado e vez ou outra ela me pegou rindo disso, eu até pensei que ela fosse perguntar do que eu ria, mas sua raiva era maior do que sua curiosidade.
Tentei também falar com ela pelo App mas tudo o que ela respondeu para o Vampirão2010 era que estava em lua de mel e que o recompensava dali a cinco dias.
Resolvi não insistir.
Ainda mais porque eu estava vendo tudo o que ela podia me enviar em fotos bem ali, na minha frente.
Ela desfilava com suas camisolas e baby dolls indecentes da Victoria Screts para cima e para baixo quando chegava a noite e ver ela lambuzar o corpo com seu creme de pitanga era minha nova cena preferida.
Ana sentava na ponta da cama, dobrava uma perna sobre a mesma e deslizava a mão sobre a pele macia, espalhando o produto cor de rosa.
Eu tinha lhe dito que ela ia implorar para que eu a tocasse mas quem estava a ponto de implorar era eu.
À garota era linda, não dava para negar.
À pele cor de ébano, o cabelo lhe coroando, o corpo perfeito, a sensualidade combinada com sua expressão petulante( que eu sabia ser encenação)... tudo nela tirava meu sono.
Dos cinco dias que ficamos fora, quatro noites eu passei zelando seu sono enquanto fumava um baseado. Sentado na poltrona fora da cama, olhando ela deitada de bruços, uma perna dobrada e a outra esticada, a camisola enrolada na cintura deixando a bunda redonda e empinada moldada por uma calcinha minúscula.
Gostosa.
Pirralha, petulante e gostosa.
Dormia no canto da cama e acordava enroscada em meus braços, deitada em meu peito. E se ela dormia de camisola sexy, eu dormia de cueca, porque não iria enlouquecer sozinho.
Eu sabia o quanto eu a afetava também.
Eu via o quanto ela se esforçava para desviar os olhos de mim quando eu saia do banho totalmente nu e andava pelo quarto atrás de algo para vestir.
Na nossa última noite em Miami eu resolvi fazer diferente, porque não queria arrastar aquele clima até Los Angeles e por todos os nossos dias.
Eu estava na cozinha colocando a comida italiana que tinha pedido no delivery nos pratos quando ela apareceu na porta vestindo uma deliciosa camisola branca.
Seria possível que tinha deixado a mais sexy para a última noite?
Pela cara de satisfação que ela fez quando meu queixo quase caiu dentro do prato ao vê-la com certeza sim, Ela tinha deixado a mais sexy para a última noite.
- Er.... Oi...- eu disse, pigarreando. Ana cruzou os braços e se encostou no batente da porta.- Eu pensei que poderíamos comer alguma coisa enquanto conversamos, assistindo alguma coisa na TV...
Ela não me disse nada, apenas ficou me olhando com aquelas duas amêndoas castanhas emolduradas pelos cílios grandes.
- Tudo bem pra você?- insisti.
Ana assentiu, vindo até a mesa para pegar as taças que eu tinha separado, mas eu aproveitei a proximidade para segurar sua mão.
Ela encolheu os ombros como se tivesse levado um choque e me olhou arregalada.
Dei a volta no móvel, ficando na sua frente.
Meu Deus.
Ela de camisola, eu só de cueca, toda essa tensão flutuando entre nós ou... entre mim...
Caralho.
Ela tinha que estar sentindo isso.
- Ana, eu... nos... - Ah, que ótimo, estou gaguejando como um adolescente de 13 anos. Passei a mão no cabelo, um pouco nervoso.- Você vai ficar em silêncio pro resto da vida?
Ela tirou a mão da minha e soltou um suspiro.
- Não.- disse fincando os olhos nos meus.
- Ah, que bom, eu já estava preocupado... Vamos comer então?
Deixei que ela levasse O vinho e as taças.
Puxei a mesinha de centro para perto do sofá e coloquei as coisas em cima, Ana fez o mesmo.
À casa em que estávamos era realmente para casais recém casados ou muito apaixonados, tudo ali era minúsculo, prático para aqueles que não queriam se desgrudar.
Por isso ao sentar no sofá Ana teve que colocar as pernas sobre mim para poder se recostar confortavel.
- Eu tenho algumas coisas para você...- falei enquanto ela comia seu macarrão. Peguei um envelope pardo que Lara tinha me entregue antes da viagem e tirei algumas coisas de dentro. Ana me olhou curiosa.- Essa aqui é a chave da Tracker, é sua... eu não costumo andar com motorista sem ser em eventos, mas se você quiser um podemos contratar...
- Não precisa.- ela disse abrindo a mão para mim colocar a chave em sua palma.
- Ok.- falei satisfeito por ela estar sendo receptiva.- Este aqui é o seu cartão... está ligado a sua conta, como casamos em comunhão parcial de bens tudo o que você tinha antes seu pai deve te entregar quando voltarmos, este cartão é de uma conta adjacente a minha.
- Eu não quero o seu dinheiro.
É claro que não queria, era 15 vezes mais rica do que eu.
Não que eu me importasse com isso, mas eu estava com receio de George complicar as coisas para ela, não lhe dando o que lhe era de direito.
- É nosso dinheiro.- falei sinalizando para pegar o cartão.- Que a partir da próximo ensaio já será nosso e não só meu ou seu. Entende?
- Claro que entendo, não sou idiota.
Eita... ali estava ela...
- Que bom... então... chave de casa, senha eletrônica... E a Lara vai passar a cuidar da sua agenda agora...
- Era só isso?- perguntou pegando um camarão do molho.
Catei as coisas que ela tinha pego e guardei, colocando na mesinha de centro, terminando de comer minha comida.
Ana colocou uma série qualquer para rodar na TV que reconheci com Euphoria depois de 15 minutos do capítulo piloto.
- Você já usou outras drogas?- ela perguntou de repente me pegando de surpresa.
Suguei meu macarrão.
- Nesse nível nunca.- respondi vendo que ela estava se referindo as drogas da série.
Antes que eu terminasse meu prato ela meteu o celular na minha cara.
- E o que é isso?
Olhei a imagem.
À lembrança vindo como um jato.
- A internet é uma merda, ne?- eu ri, um pouco nervoso. Ela ergueu uma sobrancelha para mim- Isso é cocaína.
Ana baixou o celular me olhando feio.
- É, eu sei. Mas foi uma fase difícil da minha vida.- Me defendi.
- É sempre a mesma desculpa.- ironizou.
Eu tinha um monólogo pronto de 30 minutos para sempre que alguém me dissesse aquilo, mas a muito tempo tinha desistido de me explicar.
Ninguém sabia o que eu tive que enfrentar sozinho e se dependesse de mim ninguém nunca ia saber... até que ela estivesse pronta.
Mas isso ia demorar alguns anos, eu ainda tinha tempo para me preparar.
- Você tem razão.- falei tentando encerrar o assunto.
Mas Ana parecia determinada a continuar.
- Como é? A sensação?
Coloquei meu prato sobre a mesa e peguei minha raça de vinho, ela fez o mesmo, esperando minha resposta.
- A cocaína me deixava extrovertido.- falei.- Eu era o cara que dançava mais, conversava mais, tinha coragem de chegar nas mulheres.... Me dava a sensação de ser...
- Livre.- ela completou baixinho.
Lhe dei um sorriso torto.
- Sim, livre.
Eu me lembrava com detalhes dessa época, também não tinha como esquecer...
- Por que você parou com a cocaína e continuou com a maconha?
Essa era facil.
- Com a maconha eu não preciso de antidepressivo.- falei. Ela me olhou cética.- Pode não parecer, Ana, mas a fama me sufoca, acho que você pode me entender, não é?
Ela pensou por alguns instantes.
- É... Nessa questão acho que eu posso.
- Sei que pode.- eu disse tocando sua panturrilha. Ela retesou ao meu toque.
Mais alguns minutos de silêncio depois...
- Por que tem fumado escondido?
Sua pergunta me pegou de surpresa.
- Eu não estou fumando escondido.
- Tem esperado eu dormir para fumar.- estreitei os olhos. Ela continuou:- Eu sinto o cheiro.
Minha vez de fazer umas perguntas.
- Eu sei que não devia ter deixado você fumar...
- Deixado? E você lá manda em mim pra ter que "deixar" fazer alguma coisa?
Eita.
Corte rápido, Tramontina.
Eu ri.
- Ok, menina, já entendi.- Continuei, erguendo suas pernas e sentando mais perto. O suficiente para conseguir passar o braço por seu ombro nas costas do sofá. Ana prendeu a respiração quando cheguei perto, nervosa por eu estar só de cueca? Quem sabe...:- Você gostou de fumar?
Ela mordeu os lábios por dentro da boca e eu precisei me concentrar pra não puxa- la para um beijo.
Mas não resisti e aproximei meu rosto do seu pescoço, sentindo seu cheiro.
- Foi..bom... Robert...
- Sim?- deslizei meu nariz, indo até sua nuca.
À taça de vinho tremeu em sua mão.
- Você disse que só tocaria em mim se eu implorasse.- ela disse virando o rosto para mim, nossos narizes se tocando.
- Eu costumo mudar de ideia rápido.- sussurrei roçando meus lábios nos seus.
Ana deu um meio sorriso.
- É mesmo?- perguntou baixinho, a voz sedutora. Eu assenti, esperando que ela me beijasse.- Uma pena que eu não mudo.
À filha da mãe me empurrou e levantou do sofá, me deixando ali, de boca aberta e de pau duro.
Filha da puta gostosa.
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