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Capítulo 11

"Um pouco antes de tudo ficar preto, quer saber a última coisa que me passou pela cabeça? Você."

Querido John - Nicholas Sparks.


A maquiadora profissional tem que aplicar diversas camadas de corretivo para cobrir as olheiras, frutos de uma noite completamente em claro, que tomam toda a área ao redor de meus olhos. O roxo profundo não amenizou, mesmo depois de muitas horas usando máscara de pepino e ervas finas.

Mamadi, que chegou cedo para se arrumar em minha casa, reclamou por horas da minha expressão de cansaço.

ㅡ É por isso que mulheres não precisam trabalhar. ㅡ ela repetia a cada vez que olhava para as manchas em meus olhos ㅡ Olhe só para isso, se não trabalhasse até tarde não estaria assim. Uma dama jamais pode ter olheiras, que horror!

E só acalmou os seus nervos quando Niyati a chamou para brincar.

Ananya entra em meu quarto com o sari que irei usar esta noite pendurado em um cabide. O baile foi nomeado como "Uma Noite Estrelada", e trajes a rigor são obrigatórios.

O tecido de minha roupa é todo prateado; meu véu, todo em renda transparente, possui flores bordadas à mão, que brilham a cada vez que o tecido é movido. Preso em minha cabeça, uso um arco com centenas de miniaturas de cristais, que combinam perfeitamente com meu colar e brincos feitos especialmente para esta noite: prata e diamantes se unem por ambas as peças, em um modelo único no mundo, que será leiloado até o fim do dia pelo maior número de rúpias e dólares possíveis.

A profissional que desenha em meu rosto move o pincel lentamente, dando os últimos retoques na tinta brilhante. Estrelas e pontilhados estão espalhados por meu rosto, pescoço, e meu ombro único à mostra. Uma escolha ousada, que vai contra as tradições indianas que dizem que mulheres não devem mostrar seus ombros em público, em hipótese alguma. Foi Kabir quem me ajudou a escolher o sari, e ninguém poderá dizer absolutamente nada, já que foi o marido quem escolheu a roupa da sua mulher.

Meus olhos, como sempre, estão bem marcados com o delineador, e por cima do batom nude a maquiadora desliza um pincel com gloss transparente. As duas mulheres me ajudam a vestir o sari, e ajeitam meus cabelos para dar um ar de bagunçado, feito propositalmente para dar volume.

Estou pronta.

Ao descer as escadas, o primeiro olhar que encontro é o de meu marido. Um sorriso lento, cheio de segundas intenções, se abre em seu rosto, e ele levanta para me estender sua mão enquanto piso nos últimos degraus. Seu olhar passeia por todo o meu corpo, e termina em meu ombro.

ㅡ Será muito difícil não beijar sua pele a cada vez que olhar para essas estrelas, Maharani. ㅡ ele encosta suavemente seu nariz no meu e sussurra: ㅡ Você está muito sexy.

ㅡ Tudo isso é para você, marido. ㅡ ofego, sentindo uma imensa vontade de beijá-lo.

Are Baba, eu sei!

Sorrimos um para o outro antes da voz de mamadi nos interromper.

ㅡ Vocês dois não mudam nunca, sempre parecendo dois adolescentes apaixonados.

ㅡ Não fique com ciúmes, querida ㅡ baldi diz, ao beijar a bochecha da esposa ㅡ, eu também quero lhe beijar a noite inteira.

Todos rimos da brincadeira de baldi e saímos juntos de casa. A limousine prata nos espera do lado de fora, e um motorista, usando luvas e quepe brancos, abre a porta para nós. Como Niyati não pode ir esta noite, decidimos deixá-la dormir na casa de uma amiguinha da escola, fazendo a festa do pijama que ela tanto me pedia. Somos apenas casais hoje, e falamos sobre amenidades até chegarmos ao local do evento.

Uma chuva de flashes cai sobre nós assim que a porta da limousine é aberta. Um grupo de jornalistas, especialistas em canais de fofocas, focam suas câmeras em mim. Em questão de segundos minhas fotos com o ombro à mostra estará circulando em todas as redes sociais. Receberei ataques dos mais adeptos as tradições, e serei engrandecida pelos mais liberais. Mas o que me importa é o olhar de admiração que recebo a todo momento de Kabir.

Sorrio para ele, que pisca um olho para mim antes de se voltar novamente para os jornalistas.  Depois de longos e cansativos minutos dando entrevistas para a imprensa local, somos guiados pelo casal de cerimonialistas para dentro do salão.

A grandiosidade do evento me deixa impactada. Lustres de cristais descem pendurados do teto, mas ficam muito próximos de nossas cabeças; as luzes estão fracas, o que dá aos cristais um brilho especial, deixando todo o local repleto de mini estrelas, refletidos em todos os cantos do lugar. As mesas estão cobertas com toalhas de linho pretas, e o aparelho de jantar é todo em prata, inclusive as taças. O ambiente é luxuoso, e estamos esperançosos de superarmos as expectativas em relação ao leilão de caridade.

Nos espalhamos pelo salão, precisamos falar com o maior número de convidados possíveis, já que representamos a empresa organizadora do evento. Os empresários, estrangeiros e locais, derramam elogios sobre mim, e meu marido fica orgulhoso a cada vez que isso acontece. Algumas mulheres, principalmente as mais velhas, me olham torto, mas não dizem nada, já que estamos em público; mas aposto que falarão horrores sobre mim nas rodas de fofoca enquanto tomam o chai de amanhã. As mais novas, principalmente estrangeiras, me dizem o quanto o sari combinou com o tema do baile, e algumas me dizem que queriam ter a coragem que tive de usar uma roupa assim.

Depois de horas e horas sorrindo para todos que encontrei, informo a Kabir que preciso de água. Caminhamos de braços dados para o bar do evento, e nos sentamos nos bancos altos e transparentes. Enquanto espero pela água com limão, a voz de Aishwarya Rai cantando o clássico Salaam ecoa pelas caixas de som. Balanço os ombros no ritmo lento da música, sentindo as notas agudas invadirem meus tímpanos de uma forma boa, e segurando a vontade de sair dançando, como faço com Niyati.

ㅡ Já está se aquecendo para o grande espetáculo? ㅡ Kabir diz baixinho, olhando para baldi e mamadi, que conversam com um grupo de amigos.

Mamadi vai enlouquecer, você sabe...

ㅡ Não tenha dúvidas disto.

Rimos, tranquilos, e conversamos por alguns minutos.

Logo a cerimonialista acena para nós. Está na hora, é o sinal de que todos os convidados já chegaram, mas ainda não vi Bennet e sua família em lugar algum.

Andamos para onde todos os dançarinos estão reunidos, atrás da enorme cortina vermelha que separa o salão de festas da pista de dança.

ㅡ Todos preparados? ㅡ a coreógrafa pergunta, enquanto posiciona cada bailarino em seu lugar.

Sinto um enorme frio na barriga, mas me sinto segura ao ver Kabir tomar a sua posição do outro lado do grupo, onde há apenas homens. Sorrimos, cúmplices, sabendo do reboliço que nossa participação na apresentação vai causar.

Decidimos dançar junto com os bailarinos quando assistimos ao primeiro ensaio. Todos concordaram e ficaram animados, o que nos deixou ainda mais empolgados. Foram meses de ensaios às escondidas, e muitas aulas de dança com professores particulares, para chegarmos ao nível do que pedia a música que seria apresentada. E aqui estamos nós, prestes a nos apresentar com um grupo de dança profissional, em um baile de caridade com a mais alta elite indiana.

ㅡ Todos em seus lugares!

Sinto meu coração acelerar e fecho meus olhos, respirando fundo, me concentrando para interpretar meu papel corretamente.

ㅡ Boa noite, senhoras e senhores! ㅡ a voz tranquila do cerimonialista chega até nós através do microfone ㅡ Sejam todos bem vindos, e fiquem à vontade para desfrutar de Uma Noite Estrelada. Que comecem as atrações!

Palmas são ouvidas por nós, e as luzes do salão se apagam completamente. Refletores são apontados para as cortinas, que se abrem no exato momento em que as primeiras notas de Kajra Re soam pelo ambiente. Lembro das centenas de vezes em que assisti ao vídeo original da música, e olho para todos como se fosse a verdadeira Aishwarya Rai.

Os primeiros movimentos são apenas gestos com mãos e braços, que faço com meu olhar grudado em Kabir. Um bailarino tenta se aproximar de mim, e o chuto, esnobe, como a cantora original. O público ri, e me sinto confiante no que estou fazendo. A música começa de verdade, e a batida faz as pessoas baterem palmas, sem perder o ritmo dançante da melodia. As mulheres começam os movimentos da dança ao meu redor, enquanto Kabir, do outro lado, vê o galã tentar se aproximar.

Os movimentos sensuais pedem muito o uso dos ombros e quadris, e sinto muitas câmeras viradas em minha direção quando danço, entregue, sem pensar na opinião alheia. Quando o galã se aproxima, cai no chão com um movimento de minha mão. As pessoas riem novamente, e então o verdadeiro espetáculo se inicia.

A dança é difícil, e requer gestos específicos e calculados, que executamos com perfeição. A platéia grita e aplaude quando dançamos, de joelhos no chão, e levantamos em completa sincronia. Em determinado momento, é a hora dos homens entrarem em ação. Eles saem do outro lado da pista, onde se encontravam no escuro, e se aproximam, dançando juntos em um gingado único masculino.

Chega o momento de nos aproximarmos, ainda dançando, e o público aplaude loucamente quando interajo com Kabir no meio da dança.

Dançamos juntos no centro da pista, e o galã entra em nosso espaço, então começo a dançar entre os dois.

A apresentação continua por longos minutos, e diversas vezes nos espalhamos pelo salão para dançarmos em cima de algumas mesas e cadeiras, e alguns convidados se juntam a nós quando o ritmo da música muda e fica mais rápido. Muitos riem e batem palmas, e todos se divertem com o fim da apresentação, quando saio caminhando com Kabir correndo atrás de mim.

As cortinas se fecham ao som de gritos e assobios, e todos se abraçam e se parabenizam pela atração apresentada.

Kabir me puxa para um abraço apertado, ainda ofegante pela dança.

ㅡ Agora vamos enfrentar os furacões. ㅡ ri, se referindo aos meus pais.

ㅡ Provavelmente seremos deserdados!

ㅡ Se esconda no bar e me espere por lá, vou lidar com Aarav agora.

Concordo e saímos pela lateral do palco, para não tirar a atenção do público da cerimonialista que apresenta a primeira palestrante.

Abigail Huxley sobe ao palco usando um vestido vermelho de tirar o fôlego. Sua elegância é visível, até mesmo em seus gestos e sorriso.

ㅡ Boa noite a todos, e obrigada pela oportunidade única de poder discursar em uma noite como esta. ㅡ sua voz doce é firme, e ela espera o som das palmas sumirem antes de continuar ㅡ A Fundação Roussel tem uma longa jornada no combate a miséria, principalmente na Ásia e África, e nosso trabalho aqui na Índia começou há alguns anos, com a construção do nosso primeiro hospital.

Ela continua seu discurso, falando da importância de vacinas e pré-natal, que as pessoas mais carentes ainda não têm acesso, mesmo com o avanço da tecnologia na Índia.

ㅡ Ei...

Todo o meu corpo congela ao ouvir a voz grave e risonha dele ao meu lado.

ㅡ Era você dançando lá com o grupo, não? A apresentação foi fantástica!

Minhas mãos começam a formigar, e sinto minhas pernas dormentes, mas não viro meu corpo para olhá-lo.

Não posso.

Não sei se consigo lidar com isso.

ㅡ Ei, você não fala a minha língua? ㅡ ao ouvir essa pergunta petulante viro meu rosto bruscamente, o que o faz levar um susto e se mover involuntariamente para trás, e me arrependo imediatamente por ter virado.

Ele continua o mesmo. Não engordou, não envelheceu, não tem um fio de cabelo fora do lugar; tudo continua exatamente como quando nos conhecemos.

ㅡ Não ouse falar comigo. ㅡ rosno por entre os dentes, e ele tem a audácia de parecer confuso.

ㅡ Fiz apenas uma pergunta a você. ㅡ suas sobrancelhas estão franzidas, e ele volta a relaxar no banco, soltando uma risada fraca ㅡ Não sabia que era proibido falar com os dançarinos.

ㅡ Não fale comigo! Não chegue perto de mim!

ㅡ Ei, ei, calma! ㅡ ele levanta as mãos e sai lentamente do banco ㅡ Me desculpe.

Por um segundo, penso que ele está se desculpando por ter me abandonado, que está se desculpando por ter enganado uma adolescente ingênua, que acreditou cegamente em seu amor.

Mas logo vejo que não.

ㅡ Você deveria ser um pouco mais educada, já que trabalha em eventos assim. ㅡ e dito isto, ele me dá as costas para sair, mas ele para de andar ao me ouvir falar:

ㅡ Você continua o mesmo babaca, pelo visto.

Seu corpo gira lentamente, e ele se aproxima, com os olhos acusatórios.

ㅡ O que você disse?

ㅡ Você ouviu muito bem o que eu disse. ㅡ respondo, com o nojo explícito em minha voz.

ㅡ Você não me entendeu... O que você quis...

ㅡ O que está acontecendo aqui? ㅡ a voz de meu marido soa rude, e ele chega me abraçando pela cintura ㅡ  Já não basta tudo o que fez?

ㅡ Bennet já está de saída. ㅡ digo, me recostando no corpo de Kabir, para evitar uma briga.

ㅡ O que vocês... ㅡ ele parece confuso, até que olha para o palco, onde sua mãe ainda faz seu discurso ㅡ Que droga, não acredito que ela vai contar essa história de novo! ㅡ e anda em direção ao bar, resmungando algo que não compreendo e pede a bebida mais forte do local.

Começo a prestar a atenção em Abigail, que discursa com uma voz emocionada, para tentar entender o que acabou de acontecer.

ㅡ... muito marcante para nós. E, por mais doloroso que seja voltar aqui todos os anos, não desistimos de nossa luta pela erradicação da miséria na Índia. ㅡ ela faz uma pausa para beber um pouco de água ㅡ Para quem não sabe, ou não se lembra, há alguns anos atrás nosso filho foi atropelado em uma pequena vila, aqui mesmo em Mumbai... ㅡ perco as forças de minhas pernas, e cairia no chão se não fosse Kabir para segurar meu corpo ㅡ Bennet precisou passar por uma cirurgia de emergência no cérebro, e o hospital mais próximo não tinha estrutura para isso. O tempo perdido na transferência de unidade trouxe sequelas dolorosas para todos nós.

Sinto o chão sendo arrancado de meus pés ao ouvir as palavras de Abigail. Kabir me aperta fortemente, ao ponto de me causar dor, mas eu não ligo. Porque as próximas palavras que entram por meus ouvidos são como facadas em meu peito.

ㅡ Quando acordou do coma, duas semanas depois, Bennet havia perdido a memória de forma irreversível.

Meu rosto vira, de modo automático, para o homem sentado com um copo de uísque no bar. Meu coração dói ao ver a amargura evidente em seu rosto, ao ouvir sua mãe contando sua história para todos os presentes.

Bennet perdeu a memória.

Ele foi atropelado... e perdeu a memória.

Are Baba! ㅡ Kabir arqueja, provavelmente chegando à mesma conclusão que eu.

Seus olhos estão vidrados em Bennet, e se enchem de lágrimas ao me olhar.

Are Baba, Kali! ㅡ ele sussurra, assustado ㅡ Isso muda absolutamente tudo!

Bennet não me abandonou. Ele apenas não tinha como se lembrar de mim.

E ele não sabe que tem uma filha.

Como se sentisse que está sendo observado, Bennet olha em nossa direção e franze as sobrancelhas ao nos ver ali, ainda parados, olhando-o fixamente. Ele vira o líquido do copo de uma vez em sua boca, e aponta o dedo para nós.

ㅡ Vocês me conhecem, não é? ㅡ sua voz está trêmula e ele se levanta, se aproximando de nós ㅡ É a primeira vez que venho aqui desde o acidente, então vocês só podem ter me conhecido antes.

Ele examina nossos rostos e encara por alguns segundos minhas mãos, que apertam fortemente os braços de Kabir.

ㅡ Vocês a conhecem? ㅡ ele questiona com a voz rouca, mas parece um pouco ansioso, olhando em meus olhos.

ㅡ Quem? ㅡ sussurro, e sinto a respiração de Kabir se acelerar contra minhas costas.

ㅡ A garota com quem eu ia me casar. ㅡ seus olhos não desgrudam dos meus, e sinto a mesma conexão que tínhamos anos atrás voltando com força total ㅡ Meus pais me disseram que eu estava voltando da casa dela quando fui atropelado.


Só tenho uma coisa a dizer...
EITA!

Quem quiser assistir, esta é a música e coreografia que Kali dançou na abertura do evento.

Capítulo não revisado: CONTÉM ERROS!

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Namastê!

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