🔥CAPÍTULO 16🔥
Atenção: Capítulo contém hot, o início e o final da cena em questão será marcado por (*).
ILHA LANAI
— Ai, ai, ai, isso dói... — resmungou Nicolas, com um saco de gelo sobre a cabeça, onde havia formado um calo.
— Podia ser pior. Sua sorte é que o Scott nos chamou para comer, Miller seco.
Hannah riu baixo, enquanto Collins revirou os olhos e cruzou os braços. Finalmente, começaram a tomar o café da manhã juntos: torradas, bacon, ovos, uma bandeja de frios, tudo organizado por Hannah. Além disso, havia duas jarras de suco – uma de maracujá e outra de abacaxi. Todos ali estavam famintos, especialmente pela longa viagem. Como de costume, Scarlett comeu bem pouco, com medo de engordar; Hannah comeu bastante, e Scott era o que menos sentia fome. Por fim, Nicolas praticamente devorou a mesa e os copos de vidro.
Ao terminarem, retiraram as coisas da mesa e, em seguida, cada casal foi para o quarto escolhido. Coincidentemente, ou não, optaram por quartos de frente um para o outro. Talvez fosse uma boa ideia; talvez, não. Logo estavam estreando onde iriam dormir, especialmente após aquele farto café da manhã. Assim, o sono veio para todos. Horas e horas se passaram, e só acordaram depois das duas da tarde – obviamente, já com fome novamente.
Hannah e Nicolas cuidaram do almoço, e tudo correu bem, sem discussões ou brigas desta vez.
No restante do dia, aproveitaram um pouco da praia e da sala de jogos, que Hector havia criado nos fundos do primeiro andar. Quando anoiteceu, estavam tão entretidos com a praia e o casarão que só começaram a preparar o jantar por volta das oito horas, porque Nicolas começou a gritar de fome. Mais uma vez, ele e Hannah ficaram responsáveis pela refeição, enquanto o outro casal cuidaria da louça.
— Quero te levar a um lugar, depois da janta — disse ele, enquanto colocava o molho vermelho sobre a macarronada.
— Q-que lugar?— perguntou ela, animada, enquanto terminava de cortar em pedaços finos os legumes.
— Ah, é surpresa! Não tem graça se eu contar. Agora, vamos terminar logo, que estou morrendo de fome.
Hannah riu, sabendo que Nicolas estava sempre com fome; se algum dia não estivesse, ela já poderia considerar um processo de internação. Com a janta pronta e a mesa devidamente posta, os quatro se sentaram para comer. O cardápio era macarronada com legumes ao molho vermelho e especiarias. Scarlett nunca gostou de cozinhar e, em casa, quem preparava as refeições eram as domésticas de Hector ou, às vezes, a própria Hannah, que adorava se aventurar na cozinha.
Nicolas e Scott, por outro lado, gostavam de cozinhar e não viam problema em preparar o jantar ou o almoço. No caso de Scott, ele preferia cozinhar sozinho, sem ninguém por perto dando opiniões sobre seus métodos ou receitas. Ele sabia que não teria essa paz com Scarlett ao lado. Já Nicolas, por sua vez, não tinha tempo ruim para cozinhar e, por vezes, ia para a cozinha de madrugada preparar algo, o que, de maneira sutil – para não dizer o contrário – irritava sua mãe, devido ao barulho.
— Jesus, Maria, José! Isso está uma delícia! — exclamou eufórico Miller, após a primeira garfada. — Minha esposa é linda e ainda cozinha extremamente bem; acho que ganhei na loteria.
— Até que minha maninha sabe fazer alguma coisa — debochou Scarlett, com um sorriso sarcástico.
— Sabe bem mais que você, Scarlett — retrucou Scott, defendendo Hannah ou apenas aproveitando para provocar a esposa; talvez ambos. Ele sorriu malicioso, fazendo Nicolas rir junto.
Hannah ficou feliz pelos elogios, mas, ao mesmo tempo, levemente entristecida pela forma como sua irmã falou e pelo deboche de Nicolas e Scott em relação à mais velha. Porém, não conseguiu reagir, como se estivesse focada apenas na parte positiva daquilo: os elogios. Afinal, ela raramente recebe atenção ou foco sobre si; na maioria das vezes, são suas irmãs que brilham – Scarlett, pela sua beleza e carisma, ou Helena, por ser a prodígio talentosa e inteligente dos Campbell. Naquele instante, no entanto, ficou feliz em ver que haviam gostado de algo feito por suas próprias mãos.
O jantar correu de maneira descontraída, pois, após o clima tenso do início, Nicolas conseguiu transformar o ambiente com suas brincadeiras e piadas que apenas ele mesmo achava graça. Depois de estarem devidamente alimentados, Scott e Scarlett começaram a retirar a mesa, colocando as louças na pia. Enquanto isso, Nicolas e Hannah apenas escovaram os dentes e, em seguida, ele a puxou para fora daquela enorme casa.
— Ei, aonde vocês vão? — indagou alto a loira platinada, vendo pela janela da cozinha os dois correndo pela areia da praia.
— Possivelmente, ele quer criar um momento romântico com ela — disse Scott, percebendo que o grito de sua esposa não adiantou em nada, pois ela foi ignorada. — Deixe-os para lá. Me dá esse último prato — completou, pegando a última louça da mão dela.
— E-ei — ela tomou um susto ao sentir a louça sendo tirada de suas mãos rapidamente. — Eu já tinha falado, deixa que eu lavo.
— Se você lava a louça na mesma rapidez com que se arruma e se maquia, não vamos terminar isso aqui hoje. — Riu debochado, fazendo-a cruzar os braços. — Eu lavo e você seca, pronto.
— Quem te colocou no comando, queridinho? — retrucou ela, pegando um pano para secar as louças.
— A vida, reclame com ela — respondeu ele, entregando-lhe o primeiro prato. — Seca direito, por favor, hein.
— Não, vou secar esquerdo.
Scarlett apenas continuou rindo, percebendo que conseguira tirar um sorriso, mesmo que de canto, de seu marido. Aquilo a deixou feliz; era como se ele tivesse cedido um pouco, recuando levemente. Nem ela mesma sabia ao certo o que esperar daquela relação, muito menos de Scott, que sempre fora tão enigmático e introvertido. Apesar de tudo, mesmo sem saber onde isso levaria, ela estava curiosa.
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— Para o-onde... estamos indo? — perguntou ela, enquanto Nicolas pedalava rapidamente.
Assim que saíram da casa de praia, o mesmo motorista que os havia levado até ali mais cedo providenciou uma bicicleta para o casal, a pedido de Nicolas. Então, ele ficou responsável por pedalar, enquanto sua esposa se acomodou sentada atrás, abraçada a ele. Aquele veículo não era uma bicicleta comum; era uma bicicleta praiana, ideal para praias e outras superfícies planas, oferecendo segurança durante o trajeto, mesmo com a presença de areia solta.
Nicolas não disse nada, apenas olhou para trás e piscou para ela, enquanto seu típico sorriso permanecia nos lábios. Em resposta, Hannah, sem perceber, ficou com as maçãs do rosto avermelhadas, completamente entregue àquele sorriso, àquele olhar, ao cabelo dourado dele voando com o vento havaiano. Quando ele voltou a olhar para a frente, ela sorriu, feliz com tudo aquilo que vinha acontecendo, e apoiou a cabeça nas costas dele, aproveitando o passeio de bicicleta.
Depois de alguns minutos pedalando, enfim chegaram ao destino – ou, pelo menos, a parte dele. Após descerem da bicicleta, depararam-se com uma longa subida rochosa.
— Parece muita coisa, mas não é, juro — disse ele, estendendo-lhe a mão. — A surpresa que tenho para você está lá em cima.
Mais uma vez, Hannah não disse nada, sem conseguir conter o sorriso apaixonado em seu rosto. Nicolas poderia pedir o que quisesse naquele momento, pois ela permanecia entregue a ele, mesmo sem saber. Então, pegou a mão que ele estendia e assentiu com a cabeça. Nicolas sorriu de volta e, de mãos dadas, começaram a subir a trilha, que, à primeira vista, realmente parecia ser extensa.
Mas não foi. Em aproximadamente dez minutos, era possível chegar ao topo, e foi o que aconteceu. Finalmente, o casal chegou. Quando Hannah percebeu o local onde estava e, principalmente, a vista daquele lugar, ficou completamente deslumbrada. Soltou a mão de Nicolas e deu alguns passos à frente, admirando a paisagem.
— Estamos no centro de Lanai... — Ele começou, aproximando-se dela. — Este é o único ponto onde é possível ter uma vista completa da ilha. Ali, por exemplo — apontou para uma direção específica —, fica o Dole Park, mais conhecido como o pulmão verde.
— A-Ah, eu já ouvi falar! — respondeu, olhando na direção que ele indicou. — É onde Lanai recebe mais visitantes, turistas. Tem de tudo ali. Eu li numa revista que há uma loja lá que vende artesanatos únicos, bem populares entre as ilhas do Havaí.
— Aham, e ali — apontou para outra direção — é onde fica a maior plantação de abacaxis da ilha. Embora Lanai tenha diversos pontos de cultivo e colheita da fruta, ali é o principal.
— Nossa, não é à toa que Lanai é conhecida como a ilha do abacaxi, não é? — indagou, encostando um dedo nos lábios. — Ei! — Algo chamou sua atenção, fazendo-a apontar naquela direção.
— Exato, é onde estamos hospedados: Hulopoe Beach — falou, olhando para a direção que ela apontava.
Talvez a maior praia de Lanai, há um canto reservado para casas de praia, mais ao sul da ilha. Um ótimo local para quem quer apenas relaxar, e, pela variedade de vida marinha, é também excelente para atividades de snorkel. Com sua areia dourada e águas cristalinas, Hulopoe Beach é um dos principais pontos da ilha.
O Havaí conta com diversas ilhas, sendo as oito principais: Oahu, Big Island, Maui, Kauai, Molokai, Niihau, Kahoolawe e Lanai, onde estão agora. Cada uma possui seus pontos e marcos principais, únicos e especiais, tornando a visita a cada uma delas uma experiência singular.
Lanai tem um cenário de rochas pitorescas e formações geológicas que atraem não só especialistas, mas também amantes da natureza. As rochas carregam traços de erupções antigas, e suas formas parecem esculpidas. As cores variam entre tons de vermelho, laranja, roxo e a cor da terra, mudando de acordo com a luz que as ilumina.
— E-Eu acho que... É a vista mais linda que já vi na minha vida...
— Eu quis fazer essa surpresa para você — o loiro disse, abraçando-a por trás. — Acho que você gostou, então.
— M-Mas... por quê? — Virou-se para ele. — Eu não mereç-...
— Não complete essa frase, Hannah! — Nicolas franziu o cenho e tocou os lábios da garota à sua frente, interrompendo-a. — Não importa o que seu pai ou sua irmã digam, você merece, sim, tudo de melhor. É carinhosa, atenciosa, amiga, inteligente, repleta de qualidades.
Os olhos dela se encheram de lágrimas, e ela soluçou baixinho, emocionada. Nicolas sorriu e, gentilmente, tirou seus óculos, colocando-os no chão ao lado deles. Queria ver seus olhos negros com mais atenção, e conseguiu. Foi como se estivessem conversando em silêncio, apenas com olhares. Hannah sentia-se acolhida, protegida, acalentada, de uma forma que nunca experimentara antes.
Nicolas levou uma de suas mãos ao rosto macio dela, acariciando-o enquanto aproximava seus lábios devagar. Hannah permaneceu imóvel, entregue. Seu coração batia com mais intensidade à medida que sentia a respiração do esposo se aproximando, e ambos fecharam os olhos ao sentir os lábios se tocarem. Foi um toque gentil, mas logo abriram a boca lentamente, enquanto suas línguas se encontravam, como se estivessem encantados pelo momento.
O beijo começou devagar. Hannah envolveu o pescoço dele com as mãos, enquanto ele continuava acariciando seu rosto e, com a mão livre, segurava sua cintura. Os corpos se aproximaram na medida em que o beijo avançava, ganhando intensidade. De algo lento e sutil, Nicolas tentou avançar um pouco mais, fazendo com que ela se deitasse no chão, para que ele pudesse ficar sobre ela.
— N-Nicolas... — disse ela, tímida, enquanto se deitava no chão, pausando o beijo. — O q-que...?
— Eu quero você, Hannah, muito — ele falou em um tom calmo.
— E s-se alguém...?
— Não se preocupe com isso, nosso motorista está lá embaixo; ele não vai deixar ninguém subir e garantiu que não tinha ninguém nessa trilha antes de a gente chegar aqui. Estamos a sós, cobertos pelo brilho da lua e das estrelas, em meio a este lugar incrível... Hannah, eu...
(*)Surpreendendo o loiro, ela juntou os lábios aos dele novamente, retomando a mesma intensidade de antes. Nicolas entendeu como uma afirmação e, então, voltou à tentativa de antes: ir para o próximo nível. Gentilmente, colocou uma das mãos sobre a barriga dela e, dessa vez, tentou deslizar para debaixo da blusa roxa que ela usava. Hannah não o interrompeu e ele prosseguiu, subindo a mão até chegar aos seios redondos e macios da garota.
— E-eu... — Ela arfou, sentindo as mãos grandes e quentes de Nicolas.
— Não vou fazer nada que você não queira, eu prometo. É só dizer para eu parar, que eu paro no mesmo segundo.
— S-só estou com... m-medo... — Desviou o olhar, falando ainda mais baixo. — Eu n-nunca...
— Não precisa terminar, eu entendi. Você não está pronta, não é?
— Estou! — exclamou, voltando a fitá-lo ao perceber que ele retirava a mão de seus seios, mas o impediu. — É só... m-medo...
— Você confia em mim, Hannah?
— C-confio.
Essa era a resposta que Nicolas precisava. Ele voltou a beijá-la, acariciando os seios dela. Hannah arfou; nunca havia sido tocada daquela maneira e logo começou a afagar as madeixas douradas de seu esposo.
A mesma mão que estava em seu busto foi levantando a blusa roxa que ela vestia, com a intenção de deixar aquelas partes dela à mostra. Assim que conseguiu, ele foi interrompendo o beijo gradualmente e levou os lábios ao pescoço dela, descendo até alcançar seus seios. Seu primeiro movimento foi beijar em torno daquela região, para depois lamber suavemente seus mamilos.
Ela nunca havia sentido algo assim e não conseguiu segurar um gemido baixo, que motivou Nicolas a abocanhar os seios de sua esposa. Mas ele queria proporcionar mais a ela, não apenas isso, então, com uma das mãos, ele se moveu até a cintura dela e, devagar, deslizou a mão por dentro da vestimenta até alcançar sua intimidade. Seus dedos largos e finos tocaram suavemente o local, começando a acariciá-la.
— Se solte, princesa, quero ouvir você gemer — sussurrou enquanto sugava os seios dela com vontade. Ele ouviu o primeiro gemido, mas foi baixo, e ele queria mais intensidade. — Não, mais alto, vai...
Após dizer isso, Nicolas introduziu, com cuidado, o dedo indicador dentro dela, percebendo que o local já estava bem molhado. Ele subiu para beijá-la com intensidade enquanto movia o dedo para dentro e para fora dela. Ouvindo-a gemer de pertinho, Nicolas sentiu o tesão aumentar, ao ponto de esfregar o membro já ereto na perna dela.
— E se eu te contar que isso pode melhorar ainda mais? — perguntou ele, com um sorriso malicioso, observando a expressão tímida e vulnerável de Hannah.
Ela o olhou por alguns segundos e, ofegante, apenas assentiu com a cabeça. O loiro então se preparou para remover a saia preta que ela usava junto com a calcinha branca. Com aquela parte íntima desnuda, ele abaixou-se, posicionando seu rosto à frente da intimidade dela.
— Me diz se você gosta, amor.
Em um tom provocativo, ele encostou os lábios úmidos naquela área, começando a lambê-la suavemente. Segundos depois, começou a chupá-la enquanto sua língua brincava com o clitóris dela. Hannah gemeu mais alto do que antes, entrelaçando as mãos nos cabelos dourados dele. Em determinado momento, ela pressionou a cabeça dele contra sua intimidade, surpreendendo o rapaz, que ficou feliz com aquela reação inesperada. Isso o motivou a chupá-la com ainda mais vontade, e cada gemido de Hannah aumentava seu entusiasmo.
Com uma das mãos, ele começou a baixar o próprio short, sem cueca, como de costume. Seu membro estava rígido como uma rocha, e ele logo começou a se masturbar enquanto explorava a intimidade úmida de Hannah. Antes que ela atingisse o clímax, ele interrompeu os movimentos e subiu para beijá-la novamente.
— Você tem uma boceta molhadinha, hein — brincou ele, entre os beijos. — Mas não julgo; eu também tenho um pau babão. Acho que combinamos nisso. — Ele riu baixo, deixando-a ainda mais tímida.
— N-Nicolas... — Ela interrompeu o beijo enquanto ele descia os lábios até o pescoço dela. — Eu senti... algo diferente quando você estava... E-eu não sei explicar, nunca senti isso antes...
— Você ia gozar, princesa. Nunca gozou antes? — Ele a olhou nos olhos.
Ela apenas negou com a cabeça e desviou o olhar.
— Então, temos mais um motivo para tornar essa primeira vez perfeita.
Nicolas posicionou-se sobre ela, encostando seu membro na entrada do canal vaginal de Hannah. Inicialmente, ele brincou com a entrada dela, mas logo começou a penetrá-la lentamente e com cuidado. Conforme avançava, a mulher de pele negra gemia alto, e ele continuava a beijá-la enquanto uma das mãos apalpava um dos seios dela, dedilhando os dedos pelos mamilos endurecidos.
Perdida no momento, Hannah sentiu o membro dele pulsando dentro de si, deixando-a em êxtase. Quando se acostumou com a sensação, o loiro iniciou os movimentos de vai e vem, soltando gemidos entre os beijos. Toda aquela intensidade estava enlouquecendo os dois de desejo, e ele aumentou o ritmo da penetração.
— Você é tão linda, Hannah — sussurrou ele, aproximando os lábios de seu ouvido. — Goza para mim. Quero ver isso.
Eles continuaram por mais alguns minutos, até que Nicolas sentiu as unhas dela arranhando com força suas costas. Ele entendeu que ela estava próxima do clímax e intensificou os movimentos, querendo que sua primeira vez fosse inesquecível.
— Ahh! — Hannah gritou, jogando a cabeça para trás.
Nicolas sentiu o orgasmo dela, o que o levou ao próprio ápice. Rapidamente, ele retirou-se de dentro dela, ejaculando no chão. Ainda arfando, juntou os lábios aos dela em um último beijo apaixonado. Depois, ele deitou-se ao lado dela, ambos completamente ofegantes e suados.(*)
— Uau... Isso foi... — ele disse com um sorriso bobo enquanto olhava aquele céu estrelado.
— Perfeito. — Ela também ficou olhando as estrelas e, sem gaguejar, falou com firmeza.
Nicolas olhou para o lado, buscando fitá-la com mais atenção. Hannah também virou o rosto e, sorrindo, o olhou de volta.
— É, perfeito. — Ele segurou uma das mãos dela, e juntos voltaram a observar o céu, deixando que a luz da lua banhasse seus corpos molhados.
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— Nossa, aqueles dois estão demorando... — disse Scarlett, sentada no espaçoso sofá vermelho, de frente para uma grande lareira.
— E o que você tem a ver com isso? — respondeu Scott, ríspido, sentado no lado oposto a ela, mantendo o livro nas mãos.
— Cavalo! — Ela lançou uma das almofadas brancas do sofá na direção dele. — O que você está lendo?
— Paraíso Perdido, de John Milton — respondeu Scott, sem desviar os olhos da leitura. — Mas tenho certeza de que você não conhece nem o livro, nem o autor. — Ele aguardou alguns segundos e a fitou. — Acertei?
Ela cruzou os braços e revirou os olhos. Ele riu.
— Previsível.
— Para de ser chato e me conta. — Scarlett se aproximou, sentando-se ao lado dele e espiando a página que ele lia. — Sobre o que é o livro?
— Fala sobre a queda de Lúcifer e a rebelião dos anjos caídos que ele organizou depois que Adão e Eva comeram o fruto proibido. Depois, tem a parte em que... — Ele parou de falar e olhou para ela. — Você está literalmente nem aí, não é?
— Acertou, mas gosto de ouvir sua voz. — Ela abriu um sorriso brincalhão, enquanto se deitava no sofá e colocava a cabeça sobre as pernas de Scott. — Pode continuar lendo, aqui está mais confortável.
— Como você me irrita... — Scott fechou os olhos e suspirou.
— Isso quer dizer que posso ficar deitada aqui enquanto você lê?
Ele não respondeu, apenas deu de ombros, o que para ela já era o bastante. Então, Scarlett se aconchegou no colo dele e fechou os olhos devagar. Scott, por sua vez, continuou a leitura, levando uma das mãos até os cabelos platinados da esposa e fazendo carinho. Surpresa, ela arregalou os olhos; não esperava essa atitude dele. Levantou a cabeça para olhá-lo, mas ele apenas negou com a cabeça, sinalizando que ela não dissesse nada.
Scarlett sorriu, feliz, com o olhar brilhando. Era a primeira vez que recebia esse tipo de carinho de Scott. Assim, voltou a se aconchegar e fechou os olhos lentamente, aproveitando cada segundo. Afinal, não sabia quando teria novamente aquele momento e queria apreciar ao máximo.
— Hm? — Scott virou a cabeça em direção à porta da casa ao ouvir passos se aproximando. — Acho que eles chegaram, Scarlett.
— Mas que droga, a felicidade de pobre dura pouco! Eu sou rica, a minha tinha que durar mais — resmungando, ela abriu os olhos e saiu do colo dele. — Sempre o Miller seco para estragar o meu dia...
— Espera... — Scott estreitou os olhos. — Esses passos pesados... Eu os reconheceria de longe — ele sussurrou. — Não são o Nicolas e a Hannah. — Levantou-se rapidamente do sofá, visivelmente irritado.
— S-Scott? — Scarlett se levantou, assustada. — Você está me assustando! O que quer dizer? Se não são aqueles dois, quem mais poderia ser?
— Não acredito que ele fez isso. Só pode ser brincadeira!
A porta da casa finalmente se abriu. Scott e Scarlett arregalaram os olhos ao ver o homem parado ali com um sorriso irritante. Scott cerrou os punhos e trincou os dentes, tomado pela fúria. De todas as pessoas, ele era a última que queria ver em sua lua de mel. Aliás, o que ele estava fazendo ali? Embora Scott não soubesse os motivos, uma coisa era certa: ele estava ali para infernizar sua vida, como sempre.
O homem, bem mais alto e de porte atlético, entrou na casa, fechando a porta atrás de si. Aproximou-se com seus característicos passos pesados, exibindo seus cabelos negros e olhos da mesma cor, assim como os de Scott. Seu rosto estampava o mais puro deboche, o que irritou ainda mais o outro. Parou diante de Scott e, com o dedo indicador, deu um leve peteleco em sua testa.
— Eu cheguei, irmãozinho — concluiu Ícaro, com seu sorriso malicioso.
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E veio aí, a primeira vez do casal Nicolas e Hannah, gostaram? 🥰
Scott está abaixando a guarda perante a Scarlett? 👀
E A CHEGADA DO ÍCAROOO? Perfeito sem defeitos! 😭
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