🔥CAPÍTULO 10🔥
DESCULPE, IRMÃOZINHO
Já na manhã seguinte, tudo parecia correr bem. Um clima agradável, no céu apenas um sol radiante, transbordando todo o fogo e energia que todos na cidade precisariam para passar por mais um dia de batalha e possíveis conquistas. Especialmente, para ela, a empregada dos Collins.
— Recebeu alguma visita ontem, Scott? — indagou a mãe dele, enquanto permanecia sentada na cadeira tomando seu café da manhã junto de seu filho.
— Só a Scarlet, por quê? — respondeu ele, dando mais uma garfada no ovo mexido em seu prato.
— Hum... Nada, só para saber, já que eu não estava em casa ontem.
Não foi necessário mais nenhuma palavra, mas Scott deu uma rápida olhada para Rubi, que permanecia lavando a louça. Notou que ela lançou um olhar para trás, em sua direção. Ele não era bobo, sabia que aquele olhar questionava o porquê de estar mentindo para a própria mãe. Mas ele pouco se importou e tratou de comer o que sobrou de seu prato. Finalizou tomando o último gole de suco em seu copo, em seguida se levantou e levou o prato e o copo até a pia.
— Abre a boca, que amanhã vai acordar com a boca cheia de barata — sussurrou no pé do ouvido da ruiva, parando atrás dela enquanto colocou a louça suja dentro da pia para ela lavar.
Naquele instante, Rubi sentiu suas pernas tremerem, ao mesmo tempo em que sentia um calor subindo pelo seu corpo, com ele falando tão perto assim. Scott reparou naquilo e só revirou os olhos, voltando para trás e agora caminhando até sua mãe. Parou ao lado dela e depositou um beijo em sua testa, enquanto a mais velha fez um leve afago em suas mãos quando pousaram sobre seus ombros.
— Estou indo, mãe.
— Bom trabalho, filho — disse, enquanto ele ia se afastando dela. Observou ele caminhar até a porta, para poder ir embora. Ela então suspirou contente, colocando uma mão sobre o peito. — Meu bebê é perfeito, não é, Rubi?
— S-Sim, senhora... — respondeu baixo, mordendo o lábio inferior.
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— Ei, Mike — disse Scott, já dentro da limusine e vendo o motorista dar partida no carro — sobre o ocorrido de ontem, foi tudo resolvido?
— Senhor — o mais velho fez contato visual com o patrão pelo espelho de cima do carro — sim, senhor, não há com o que se preocupar. Não sobraram vestígios sobre o que ocorreu ontem.
— Ótimo, obrigado, Mike. Fico feliz que sempre posso contar com você — abriu um pequeno sorriso de canto, enquanto Mike só concordou com a cabeça e retornou a atenção para o trânsito.
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— Uou, você veio! — Alegre, Nicolas logo foi até a moça de pele escura e a abraçou. — Fico feliz que você veio! — esboçou um largo sorriso.
— N-Não entendi o motivo do convite... — disse sem jeito, mas ao perceber o que falou, tentou corrigir. — D-Digo, não que eu n-não quisesse vir, pelo c-contrário, é que...
— Relaxa, Hannah! — saiu do abraço, fazendo um carinho no ombro dela para confortá-la. — É que hoje eu tenho a manhã livre, daí pensei em arrumarmos alguns preparativos para o casamento. Afinal, já é semana que vem.
Os olhos de Hannah marejaram, não podia acreditar que o loiro fosse tão solícito com esse casamento. Afinal, não era como se ele estivesse casando por livre e espontânea vontade. Ela entendia que já conversaram sobre isso, mas não podia negar que havia uma parte de interesse empresarial por trás disso. Hannah sabia, mas era como se quisesse ver o outro lado, e por alguma razão, conseguia confiar nas palavras e nas intenções de Nicolas. O loiro viu a outra apenas concordar com a cabeça, então logo tratou de abraçá-la mais uma vez.
— Ótimo! Quer tomar café da manhã ou...? — ao perguntar, Hannah apenas negou com a cabeça, informando que já havia tomado em casa. — Então, certo, podemos ir agora.
— EPA, EPA, EPA! — outra voz feminina ecoou pela casa, enquanto descia ferozmente pelas escadas para correr até a porta da entrada onde permanecia parado o casal.
— M-Mãe...?
— Eu ouvi vocês falando sobre os preparativos do casamento, então... Vou com vocês. Já estou até com a minha bolsa! — exclamou alegre, mostrando a bolsa pendurada no ombro. — E, Nicolas... — de um sorriso, passou a uma expressão mais séria e fria agora, direcionando seu olhar para seu filho. — Nem pense em falar que não.
O loiro engoliu em seco, tinha amor pela sua vida, não iria questionar sua mãe, então apenas concordou com a cabeça. Enquanto Hannah só riu, ficando feliz que sua sogra fosse lhes acompanhar. Karina soltou uma alta risada antes de se aproximar dos dois e abraçá-los com força, com... bastante força, o suficiente para eles começarem a sentir uma necessidade maior de respirar. Mas, logo foram salvos por Otávio, o motorista, que os chamou, sinalizando que a limusine estava pronta.
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— Ceeerto... — sussurrou para si mesma a jovem de madeixas douradas, entrando elegantemente naquela loja de roupas. — Vamos começar, primeira parte do plano. — Ainda nos sussurros, olhou a loja ao redor.
Com um sorriso malvado nos lábios, Scarlet andou pela loja focando nas roupas com os preços mais caros, pedindo para a atendente separar as peças conforme ia escolhendo o que iria levar. Não demorou muito para que várias sacolas fossem vistas ao lado da loja, esperando pela futura Collins. Depois de longos minutos, a compra havia terminado e a moça caminhou até o caixa para efetuar o pagamento.
— Qual a forma de pagamento, senhorita? — indagou a moça do caixa.
— Pode colocar na conta — respondeu sorridente, apoiando-se na mesa da outra funcionária. De início, a outra não entendeu. A loira apenas revirou os olhos. — Scott, Scott Collins. Eu sou Scarlet Campbell, noiva de Scott Collins, ou seja, sou uma futura Collins. Preciso dizer mais alguma coisa, garota? — perguntou com firmeza, enquanto a funcionária responsável pelo caixa finalizava a compra da loira.
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A manhã seguia tranquila, não demorando muito até que Scott chegasse enfim ao seu destino. Assim que a limusine parou, Mike foi o primeiro a sair do carro, para posteriormente abrir a porta de seu patrão. Então, o moreno saiu do carro devagar, sem pressa alguma.
— COLLINS, MALDITO! — gritou uma voz masculina, correndo até eles. Mas, obviamente, Mike se colocou na frente do outro, para lhe proteger. Dessa forma, o garoto que se aproximou colidiu com o motorista.
— Por favor, se acalme — o mais velho tentou apaziguar.
— ME SOLTA! — gritou, enquanto fazia força para passar por cima de Mike. Mas, seria impossível, principalmente se comparando a estatura de um para o outro. — O MEU AMIGO... VOCÊ... VOCÊ...
— Quem é você, para início de conversa? — perguntou friamente Scott.
— Não se faça de sonso, desgraçado! — continuou fazendo força, mas Mike o mantinha segurado, sem grandes dificuldades. — Você mato-...
— Cuidado, garoto — Scott disse mais alto, interrompendo o outro. — Antes de acusar alguém, tenha provas e, principalmente, saiba com quem você está falando. Eu sou Scott Collins, e você... Sei lá que praga você é, e o seu amigo, muito menos. E digo mais, tenho é raiva de quem sabe. — Foi até ele, olhando-o nos olhos. — Portanto, meu caro, está perdendo seu tempo aqui, pois tenho mais coisas para fazer.
Sem dizer mais uma palavra, Scott apenas assentiu com a cabeça para Mike, que entendeu o recado. O moreno caminhou lentamente até a entrada de sua empresa, pouco se importando com os olhares das pessoas que se juntaram ao redor. Já na entrada do local, olhou para trás, esperando Mike vir junto. O motorista então soltou devagar o rapaz, pedindo outra vez que ele se acalmasse.
Com o rapaz solto, Mike começou a andar em direção ao seu chefe, mas logo nos primeiros passos foi salvo por seu reflexo, pois percebeu que o garoto que soltou antes já estava de pé e pronto para correr até Scott. Mas não adiantou, Mike apenas o segurou pelo punho, olhando para trás, fitando-o bem nos olhos.
— Aconselho não tentar mais isso, garoto. — Tentando não depositar muita força, deu um soco no estômago do outro, apenas o suficiente para derrubá-lo ao chão e para que ele não voltasse outra vez.
"Ivy... Silas... Eu não consigo..." pensou Kevin, no chão com as mãos sobre a barriga, se contorcendo de dor.
Por fim, Mike conseguiu enfim se aproximar de Scott e juntos adentraram na empresa. Dentro do local, ambos começaram a perceber outros olhares, mas diferentes dos que receberam do lado de fora, além de uns cochichos, aos quais não estavam acostumados.
— O que está acontecendo, Mike? — sussurrou o moreno, para que apenas o homem mais velho atrás de si pudesse ouvir.
— Não sei, senhor, estão falando do retorno de um tal "prodígio"... — Scott ouviu a informação e continuou com os passos, criando um silêncio que durou pouco. — Senhor, aquele rapaz lá fora, ele estava se referindo...
— E que diferença isso faz, Mike?
— Nenhuma, senhor... Nenhuma.
Enquanto andavam pelo primeiro andar daquele edifício, Mike abaixou a cabeça enquanto Scott não conseguia tirar da cabeça aquela história de "prodígio". Não queria acreditar naquilo. De todas as pessoas, por que logo ele teve que voltar?
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— Olha, eu gostei mais do azul, esse branco está muito sem graça — disse Karina, enquanto Hannah permanecia segurando um vestido em cada mão, mostrando para os dois ali na frente.
— B-Bom — Nicolas coçou a nuca, sem jeito — você vai ficar linda em qualquer um, Hannah, então... Leve o que você vai se sentir melhor.
— C-Certo... — Depois de ouvir aquilo, não tinha como não ficar animada. Ela então sorriu confiante. — Vou levar o azul então. — Concordou com a cabeça e entrou no camarim para se trocar.
— Viu, filho? Se ouvisse mais a sua mãe, teria mais dicas e bons conselhos em sua vida — deu um tapinha no ombro dele.
— Ah, sim, sobre que vestido usar no baile? — indagou debochado.
— Você está debochando de mim, garoto? — A mão que deu o tapa no ombro agora apertou com força aquele lugar.
— A-Ai, mãe! Tô brincando! — riu, enquanto tentava soltar a mão dela de seu ombro.
Focados um no outro, Hannah saiu do provador, agora com o tal vestido em seu corpo. Ela tossiu baixo para chamar a atenção dos dois, funcionando, pois logo olharam para si. Karina a fitou orgulhosa, juntando as mãos na frente do peito com um enorme sorriso. Enquanto Nicolas ficou boquiaberto e os olhos arregalados... Não podia esperar que ela iria ficar tão... Bela naquele vestido. Não teve reação a não ser o seu silêncio, mas logo tomou um beliscão de sua mãe.
— A-Ai! — voltou a si. — Você está... Perfeitamente linda, Hannah.
Hannah apenas colocou os braços atrás das costas, tímida e sem jeito, porém se sentindo a mulher mais feliz do mundo por ter alguém como Nicolas ao seu lado. Enquanto o loiro apenas voltou a colocar as mãos atrás do pescoço, coçando a nuca desinibido, aumentando ainda mais aquele largo sorriso entre os seus lábios.
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Alguns longos minutos depois...
— Kevin...?! — indagou Laura, levantando-se rapidamente de sua mesa ao ver o outro entrar em sua sala naquele estado. — O que houve com você? — Foi até ele, para ajudá-lo, colocando-o sentado em uma das poltronas vazias que havia naquela sala.
— Aquele Collins, de novo. — Deu uma pausa, sentando-se com a ajuda de sua chefe. — O que vamos fazer, Laura? — indagou furioso, rangendo os dentes.
— Antes, você precisa se acalmar, não iremos a lugar algum assim. — Respondeu, sentando-se na poltrona de frente para ele.
— Calma? Eles mataram dois dos nossos! — exclamou, tentando se levantar. Mas antes que conseguisse, sentiu seu estômago doer outra vez, forçando-o a se sentar. — A-Ai, merda...
— Viu? O que eu falei? Olha o seu estado, não podemos agir sem provas, Kevin. Eles são gente perigosa, temos que pensar muito bem.
— Tá... E onde vamos arrumar essas provas?
— Hum... — a loira coçou a nuca, pensativa, olhando para o chão. Mas logo voltou a fitar o garoto à sua frente. — A máquina da Ivy, onde está?
— No hospital, no quarto dela, por quê?
— QUÊ? — Agora foi a vez da mais velha se exaltar, levantando-se num pulo. — Como você deixou a máquina dela, que pode conter provas importantes, dentro de um quarto onde tem uma pessoa em coma profundo, Kevin? Misericórdia... — Tentou se acalmar, colocando uma mão sobre a testa, antes de voltar a se sentar.
— D-Desculpa... Eu fiquei irritado quando o Silas saiu daquela forma, depois da nossa última conversa. Daí, depois, quando soube o que aconteceu com ele, fiquei fora de mim e esqueci de tudo à minha volta.
— É compreensível... Aliás, como soube do Silas?
— O Silas estava demorando muito para voltar, então achei estranho. Fui até onde ele tinha ido, a casa dos Collins. Assim que cheguei lá, vi aquele motorista grandalhão carregando um saco preto enorme, parecendo que tinha algo bem pesado dentro. O que você acha que poderia ser?
— Certo, isso já é maluquice da sua cabeça...
— Maluquice? Então, ok, onde está o Silas agora, que ainda não voltou? Já sei — se acomodou mais no sofá, jogando seu corpo para trás — liga para ele, Laura, veja se ele atende.
A mulher fitou o garoto à sua frente, de olhos cerrados, enquanto ele apenas apontava para o telefone dela em seu bolso. Ela, então, suspirou e pegou o telefone, discando o número de Silas. Enfim, colocou o telefone no ouvido, esperando que ele atendesse a ligação. Chamou a primeira vez... A segunda... A terceira... Ninguém atendia. Laura retornou o contato visual com Kevin, que só deu de ombros. Não demorou para a ligação ser desligada devido ao limite de tentativas de chamadas. Não querendo acreditar no que houve com Silas, ela tentou ligar de novo. Porém, o mesmo aconteceu... Laura apenas colocou o celular em cima da mesa que havia entre as poltronas.
— Não, não pode ser... — disse baixo, olhando para o chão.
— Com todo respeito, Laura, mas qual a dificuldade de acreditar nisso? Olha o que eles fizeram com a Ivy, eles literalmente a jogaram da janela! Eles não vão ficar aqui, bater na nossa porta e dizer "oi, matamos dois dos seus amigos". — Ao falar, reparou lágrimas escorrerem dos olhos da mais velha. Kevin então ficou um pouco sem reação. — D-Desculpa... Eu não queria...
— CHEGA! — Irritada, ela bateu com as mãos na mesa à frente. — Por favor, Kevin, eu preciso ficar sozinha. Desculpe...
Kevin não disse nada, compreendia a reação dela. Então, apenas levantou e foi em direção à saída do lugar. Antes de sair, deu uma última olhada em Laura, vendo mais e mais lágrimas escorrerem de seus olhos. Por fim, Kevin saiu daquela sala. Sozinha, Laura agarrou o próprio peito por cima da blusa, sentindo uma mistura de sentimentos dentro de si. Raiva, culpa, tristeza.
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— O que foi? Eu estou em reunião, falei para não interromper. — disse Scott, assim que sua secretária abriu a porta da sala.
— Peço perdão, senhor, mas tem alguém aqui que quer falar com o senhor, e é... urgente.
— Hum... Desculpe, senhoras, eu já volto, não irei demorar, prometo. — Ajeitou o seu terno e se levantou, indo até a sala ao lado.
Ao sair, questionou a secretária sobre tal visita inesperada, mas a mesma não soube dizer quem era, apenas respondeu que estaria esperando na sala de Scott. Ele, então, curioso, continuou seus passos até sua sala, que felizmente não era longe da qual estava em reunião com os outros empresários. Scott não admitia essas intromissões repentinas, faria com que essa tal visita se arrependesse de lhe atrapalhar em uma importante reunião.
Parado na porta de sua sala, ajeitou outra vez o terno e as mangas, pois, assim que abrisse a porta, iria colocar a pessoa em seu devido lugar. Segurou com força na maçaneta, abrindo-a. Mas... Logo uma feição de raiva apareceu em seu rosto quando viu quem estava ali dentro.
— Tsc, então é você de quem falavam? O que faz aqui — entrou na sala, fechando a porta em seguida, olhando para aquele homem alto e bem acentuado, sentado em sua cadeira, mas com a cadeira virada para trás, deixando o homem de costas — Icaro? — Rangeu os dentes.
— Olá — rapidamente virou a cadeira giratória para frente, para poder fitar o chefe da empresa; abriu os braços, esboçando um enorme sorriso malicioso entre os lábios — irmãozinho.
— Vou repetir a pergunta — cruzou os braços, já impaciente com aquela postura debochada do mais velho — o que você faz aqui?
— Ué, essa é a nossa empresa, ou você se esqueceu? — Levantou-se da cadeira e caminhou até o irmão mais novo. Icaro era bem mais alto que Scott, tinha um corpo musculoso e atlético, além de um rosto completamente galanteador, seja pelos olhos penetrantes, seu queixo simétrico ou sua barba por fazer que era um dos charmes.
— Duvido que seja só por isso... Fala logo...
— Eu estava viajando a negócios, aqui perto, quando fiquei sabendo que meu pequeno e amado irmãozinho vai, enfim, se casar. Como seu irmão mais velho, eu não poderia ficar de fora dessa.
— Me recuso a acreditar que me tiraram da minha reunião só para isso. — Bufou, revirando os olhos, de braços cruzados.
— Ei, irmãozinho, vem cá... — Levantou a mão direita e apontou o indicador para frente, depois o trouxe para frente e para trás, chamando o irmão com aquele mesmo dedo. Scott não disse nada, apenas caminhou em sua direção. — Vamos, mais perto. — Assim que Scott chegou perto o suficiente, Icaro apenas deu um leve peteleco na testa do menor. — Desculpa, irmãozinho, mas eu assumo agora. — Abriu um sorriso de canto.
Os olhos de Scott se arregalaram um pouco, mas logo franziu o cenho, ficando ainda mais irritado. Sempre odiou quando Icaro fazia aquilo, com estes petelecos o tempo inteiro. E ficava ainda mais irritado por sempre cair nisso. O mais alto, por sua vez, apenas caminhou em direção à saída da sala, deixando Scott furioso ali.
— Icaro, para, você não p-...
— Ah, eu posso sim, e você sabe. — Colocou a mão na maçaneta da porta. — Mas não veja pelo lado ruim, pegue esse tempo para focar em seu casamento, em sua noiva. Deixa o irmão mais velho cuidar das coisas.
Com um breve aceno, ainda de costas, abriu a porta e saiu, indo em direção à outra sala onde a reunião de Scott foi interrompida. Pois, seria o mais velho quem daria continuidade por ali. Furioso, Scott foi até a mesa central, vendo alguns documentos espalhados ali em cima. Conforme foi vendo, observou que a papelada que deveria assinar, referente à reunião de antes, já foi toda assinada, mas por Icaro.
— D-Droga! Ele não percebe que o pai deixou essa empresa a mim? Merda! — Em um grito, passou as mãos por aquela mesa, jogando todos aqueles papéis no chão. — O Icaro nunca ligou para nada disso, ele só pensa em me atrapalhar, ficar no meu caminho... Tsc... Pra mim, já deu.
Deu um último suspiro e caminhou até a saída da porta. Mas, diferente de Icaro, dessa vez andou até a saída daquele edifício Collins. Percebeu, obviamente, os olhares dos funcionários sobre si. Afinal, mesmo que quisesse esconder seu rosto de raiva e irritação, não tinha como. Mas também não se importou com isso. Naquela altura do campeonato, Scott queria que aquele prédio e todos dentro se explodissem. Iria para casa, e só isso importava.
— S-Senhor... — disse um dos seguranças da entrada principal, quando viu Scott passando bruscamente pelo local — o senhor já está indo?
— Não precisam mais de mim. — Bufou, mas logo cuspiu no chão, continuando seu andar até a limousine. — O grande "Icaro"... voltou.
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A Karina é a mais animada para esse casamento, gente 😂 KKKKKKKK
Quais serão os próximos passos de Kevin e Laura, hein? 👀
É, pessoal... Icaro chegou, e garanto a vocês, que ele veio para causar! 🤭
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