CAPÍTULO 10
Boa leitura♡
Gratidão
DEEM graças ao Senhor, porque ele é bom. O seu amor dura para sempre!
Como o salmista do capítulo 136, eu também queria louvar a Deus por suas obras e, por seu amor durável para com a humanidade, e toda obra de Suas mãos.
O salmista usou 26 versículos para exaltar a bondade de Deus, e mesmo assim percebemos o quanto é pouco perante o amor arrebatador do Abba. Acredito verdadeiramente, se eu oferecesse as minhas 24 horas do dia apenas para O adorar, ainda seria muito pouco. Ele entregou o seu filho a morte por mim, por minha família. Pela humanidade. Hoje eu tenho vida e vida com abundância pelo seu ato de amor.
Sou feliz, mesmo com os altos e baixos que a vida traz.
Logo depois de ser apresentada a maravilhosa, comecei a preparação de todo e enxoval do bebê.
Liu realmente começou a focar nas coisas boas, assim que comecei com enxoval me ajudou… Ou eu que ajudava ele? Pois foi o Liu a escolher toda a decoração, eu apenas o ajudava com algumas opiniões.
O azul cor do céu foi uma exigência do Liu para o quarto do bebê, que ficou com pinturas de nuvens de maneira discreta em cima das paredes azuis.
Minha barriga já estava grande quando começamos toda a decoração, por isso Liu achou melhor se dá umas férias das apresentações. Tivemos muito trabalho, pois logo vieram as festas de final de ano.
Confesso que senti a necessidade de trocar a decoração do quarto do casal. Achei que tinha um ar solitário, queria algo mais alegre, porém sem exagero.
Depois dos retoques aqui e ali, a casa ficou deliciosa. No nosso primeiro dia foi espetacular, estávamos encantados. Lúcia amou a cabana. Era bem aconchegante: com TV, ar-condicionado quente e frio e um monte de brinquedos. A casa era realmente maravilhosa.
Estávamos muito felizes no nosso novo lar, porém não sentimos tanta empolgação para as festas, uma vez que seria a primeira de muitas festividades sem a Laura.
A nossa sala foi decorada com a árvore natalina perto da lareira que foi acesa no dia de Natal. Morar tão perto do mar é basicamente ter calor o dia inteiro e sentir frio no percorrer da noite.
Na véspera de natal fiz uma pequena ceia com ajuda da Helena.
Convidei o pai do Liu que veio para ceia e dormiu conosco na casa, pois no outro dia a nossa garotinha estaria completando 2 anos de vida. Não houve festa, apenas um bolo para podermos comemorar por mais um ano da sua vida.
Por último o réveillon e como combinado ficamos sentados no pier com os pés pendurados na água do mar, esperando para assistir o primeiro nascer do sol daquele ano.
Estava bastante frio e a água gelada. Coloquei o cobertor amarelo por cima dos ombros enquanto o Liu bebia o seu vinho preferido.
Vinte e um dias depois eu acordei numa manhã de segunda-feira, 22 de janeiro às 8hs com fortes contrações.
Liu sem muito o que pensar, me colocou no carro e o Hugo logo nos levou para a maternidade. Foram às 9hs mais longas da minha vida até o meu menino decidir nascer. Amanda entrou comigo na sala e viu o sobrinho vindo ao mundo com gritos ardidos. A minha irmã literalmente lavou o rosto com tantas lágrimas que derramou naquele momento.
Liu não teve condições de entrar na hora do parto e ver o nosso menino nascer. Acredito que me ver por hora sofrendo sem poder fazer nada foi demais para o pobre homem.
Uma das enfermeiras contou que ele foi medicado para se acalmar.
Por ele estar acompanhado do meu sogro e também de Valquíria na sala de espera, não fiquei preocupada. Era bom saber que ele tinha alguém.
Assim que o bebê nasceu foi colocado em meu peito pela Dra: Luciana a mesma pediatra que cuidava da Lucy. O meu menino sugou rápido o meu bico. Ele nasceu já com muita fome.
Amanda tirou muitas fotos antes e depois de todos os cuidados que um recém-nascido precisava ao nascer.
Meu marido, mais calmo, entrou com o nosso pacotinho envolvido com uma manta amarela, a mesma que ele e a Lucy usaram.
Depois de dois dias no hospital estava pronta e muito ansiosa para ir para casa, tão pronto que já tinha colocado o vestido e envolvido o meu príncipe lindo de cabelos negros e bochechas rosadas, quando Liu avisou que o carro estava a nossa espera.
Foi bom estar de volta em casa. A Lucy nos recebeu com muita empolgação e exigência.
— Onde está o bebê? Onde está o bebê? — gritou correndo em nossa direção.
Era nítido a ansiedade de conhecer o irmão.
Sorrindo inclinei o corpo, e ela ao ver o rosto do seu irmão foi direto lhe dar um beijo.
Para o meu imenso alívio, eu e Liu concordamos em contratar uma babá. Sentia-me muito abençoada com as minhas duas crianças, principalmente com o menino que recebeu o nome de Lucca. Ele dormia por longos períodos durante o dia e a noite ficava positivamente angelical, o que deixava o Liu um pouco preocupado com o filho. Acredito que ele esperava um bebê como a Lucy que chorava bastante, era ativa durante o dia inteiro. Por outro lado, eu me sentia leve por aproveitar desse período tranquilo depois do trabalhão que ele me deu para nascer. Lucca era uma delícia, ele era fonte de grande alegria; era tão pequeno, Liu podia segurá-lo na palma da mão, e era tão calmo que às vezes nem era notado no seu carrinho azul de bebê. A Lúcia amava observá-lo dormindo na nossa sala.
Eu me sentia maravilhosa com a minha vida, não tinha nada a reclamar, era grata a Deus por ter me guiado por um caminho cheio de dádivas. É verdade que às vezes encontrava uns percalços aqui e ali, mas nada que com ajuda de Deus eu não poderia lidar.
Eu estava sentada em uma espreguiçadeira de aço no deck perto da piscina de frente para o mar. Um vento leve e gelado se envolvia de vez em quando na minha pele.
— Estou com vontade de ir amanhã dar um passeio com você e as crianças na praia. E quem sabe até entrar dentro no mar, se não estiver frio demais para você. — disse ele ao sentar no piso de madeira próximo da minha espreguiçadeira.
— Claro. As crianças estão dormindo?
Ele não respondeu de imediato, ficou olhando para o espetáculo à sua frente.
Eu tenho a impressão que a lua cheia sempre parecia maior perto da praia. Era impossível vir aqui fora e não ficar contemplando.
— Sim, estão. O Lucca está dormindo desde que você colocou. Já Lúcia deu bastante trabalho para dormir, me fez ler a história da bailarina das sapatilhas mágicas, e queria que eu prometesse que iria comprar uma para ela igual. — ele dá um sorriso nasalado o que me chamou atenção.
— Sempre fui uma criança difícil, contar histórias que eram inimagináveis era complicado. Nunca conseguia compreender, sempre interrompia o meu pai, o obrigando a me explicar como poderia uma história daquela… Já Lúcia? É de uma imaginação inexplicável, às vezes eu fico em dúvida se ela tem consciência do que é real e não real.
— A nossa menina tem uma imaginação muito fértil, mesmo. — falei pegando em sua mão e colocando em cima da minha perna, ele tão logo começou a fazer carinho nela com as pontas dos dedos.
— Acho melhor você começar a ler as histórias. Sempre tenho a impressão que eu acabo com toda a fantasia a deixando irritada.
Eu sorri, e dei algumas batidinhas na sua mão em minha perna.
— Ela não gosta quando eu leio. Da última vez que fiz isso falou que queria o papai, expliquei que você não estava em casa, e sim em uma apresentação. Bom, ela queria você, tapou os ouvidos e praticamente gritou.
— Tudo bem, continuo a ler. Eu gosto de fazer, apenas achei que a deixava aborrecida com a minha falta de imaginação para essas coisas.
Ficamos os dois em um silêncio confortável, olhando para o céu negro salpicado de pontos iluminados.
Eu virei a cabeça na direção do rosto do meu marido. Era uma visão e tanto, olhar para ele, tão lindo e tangível para mim. Aquela boca de lábios doce, nunca me cansarei de ser beijada por ela.
Levei as minhas mãos até o seu queixo e puxei sua boca para mim. Liu me olhou com uma expressão confusa quando eu não disse nada. Umedece os meus lábios antes de encostar nos dele, esperei alguma reação de recusa de sua parte, quando aquilo não aconteceu, encostei minha língua em seus lábios, até que se abrissem. Deslizei a língua na sua boca e senti um estremecer de desejo e um leve gemido de ambas as partes. Ele moveu as mãos para passar os dedos no meu cabelo. Aprofundei o nosso beijo em busca da sua língua.
Liu sorriu baixinho e eu também quando mordi os seus lábios. A nossa respiração já estava irregular. Ele me tocou, explorando com a mão o meu corpo.
— Vamos para cama? — perguntou ele se afastou dos meus lábios.
— Vamos. — responde sem nenhuma vergonha. Eu não tinha mais vergonha de mostrar o meu desejo para ele já fazia um tempo. Não tinha vergonha do meu corpo como antes. Ele me olhava sempre com tanto desejo que eu comecei me achar linda. Ele fazia eu me sentir linda, mesmo se o mundo inteiro dissesse o contrário.
Já dentro do quarto eu o abracei e inclinei o meu rosto e ele me beijou me envolvendo em seus braços.
Ali nos braços dele eu não me importava com o que o mundo pensava sobre mim. Eu o ignorava, apenas me importava com o mundo do Liu que também se tornou meu mundo. Naquele momento, ele com todo o seu mundo me envolvi em seus braços. Tornando o mundo dele o nosso mundo, cheio de cores azuis para toda eternidade.
Fim...
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