capítulo 43
Pv Mikey
Eu ficava a encarando sentado, todo mundo em volta prestando atenção na ruiva.
Eu sabia que ela não batia muito bem, mas, não sabia que era tanto.
No meio do posto, fazendo um escândalo com a funcionária.
- eu paguei por todos esses remédios!- fala Suyane- não peguei de graça!. E vocês me deram vencidos, a culpa não é sua, mas, sim da outra. Mas, querendo ou não, a senhora tem que resolver meu problema.
- Você é de menor- muda de assunto.
- eu tenho assinatura do meu pai, autorizando, eu pegar os remédios. Tenho a nota minha senhora.
Todo mundo prestando atenção nela e bufo cansado. O gerente, veio atendê-la.
- Como que posso ajudar?.
- Moço. Eu necessito desses remédios pra ontem, a moça que me atendeu sabia disso e me deu vencidos. Eu só quero os remédios e ir embora. É difícil nessa merda!?.
Suyane estava completamente estressada, sua perna balançava e sua voz está trêmula.
- Me devolve o dinheiro- afirma Suyane- não quero que a mulher seja demitida. Só quero que ela tenha mais cuidado na próxima, minha saúde é complicada. Eu paguei uma fortuna em cada caixa.
-Me entrega a nota- diz o gerente.
Suyane entrega e arregalam os olhos. A funcionária o encara sem jeito.
- Tem certeza? Que foi essa quantia?.
- sim- diz- tenho os extratos do meu banco.
Pela expressão, estava nítido que eles gastaram o dinheiro e não tinham como devolver pra ela.
- Ela vai ter um treco- escuto vozes.
- Ela está certa em reclamar, mas, ficar nervosa desse jeito, não vai ajudá-la.
- Ela chegou- afirma a moça.
- Que foi?- surge mulher.
- Você deu os remédios vencidos- o gerente a encara sério.
- Como? - olha confusa- eu entreguei, conforme a antiga mulher me deu a caixa.
- Como?- falam.
- A antiga funcionária- afirma- ela que fez a caixa com os remédios. Pode vê nas câmeras, eu só peguei a caixa e entreguei pra garota.
- Você não viu os remédios?- diz o gerente.
- Eu confiei na mulher que o senhor contratou- fala- afinal, estávamos trabalhando em equipe. Ela pediu pra cuidar dos remédios.
- Me devolve o dinheiro, que vou atrás de outro lugar!- Suyane fala- a minha médica deixou avisado, que quando eu começar a tomar esses antibióticos, não poderia ficar sem tomar.
Todos fazem uma cara péssima e ficam sem encará-la.
Resolvo me levantar e ajudá-la. A chance dela ter um treco agora, é 100%.
- Quanto tempo, vocês conhecem fazer pelo menos 1 caixinha?.
- No máximo 40 minutos- diz a mulher
- Que uma caxinha? Eu paguei várias caixinha- diz Suyane irritada me olhando.
- fazem pra ela- digo- e depois, a gente acerta o resto.
- Ok!- fala o gerente.
Jogo Suyane em cima do meu ombro e a mesma começa a se debater
- Me solta Mikey! Não se intrometa.
A ignoro e a levo pro banco do lado de fora do posto. Coloco sentada e fica me olhando irritada.
- Já deu! - a encaro.
- Deu nada!- diz.
- Se acalmar caralho!- falo.
Suyane vira o rosto e bufo irritado. Mulher mimada é foda, tem que ser tudo na hora.
Me agacho na sua frente e escuto fungar. Ela resolveu chorar? Mereço.
Suyane tem o cabelo ruivo que possui comprimento até o cotovelo. Seus cachos estão mais amostra e magra.
Ela parece ser mais nova do que possui. Além do mais, não tem corpo, ainda, diferente das garotas.
Suas unhas são compridas e sua pele branca.
- olha pra mim- chamo sua atenção.
Ela virá o rosto com cuidado e me encara. Seus olhos estão vermelhos e suas bochechas ficam da mesma cor.
- Não precisa chorar- coloco uma mecha do seu cabelo atrás da orelha.
- Eu fiquei chateada. Eu não gosto de ser feita de idiota pelos outros.
- A culpa foi da antiga funcionária, a mulher também não teve culpa.
Suyane desvia o olhar e puxo seu queixo com delicadeza. Passo meu polegar na sua bochecha direita.
Ela fecha os olhos, sua expressão está calma e aceita o carinho. Desço meu polegar com cuidado e encosto no canto da sua boca.
Seus olhos castanhos ficavam me olhando e engolo em seco. Pisco algumas vezes e me levanto.
A mulher surge pedindo desculpas.
- Me perdoa. Eu fui no embalo da outra menina!- fala desesperada.
- obrigada- Suyane pega o remédio e toma.
A mulher avisa, que irá perdi outra encomenda. Que nessa semana, os medicamentos certos, seram entregues.
- aqui- Suyane entrega um cartão- se o gerente te demitir, pode ligar pra esse escritório.
- obrigada!- fala indo embora.
Suyane estava calma e ficava sentindo a brisa do vento. Recebo notificações e Cloy me manda mensagem.
Eu faço mínima ideia, o que eu tenho com essa garota.
Olho de relance pra Suyane e seu cabelo balançava com o vento.
Ela é muito bonita, mas, chata pra cacete.
- vamos?- me olha.
- Sim- digo respondendo Cloy.
Suyane pediu um uber e voltamos pra sua casa.
Estava quieta e desconfiu dela.
- Irei pro México no meu aniversário- diz- papai mandou eu levar uma amiga.
- O Kenzinho não vai?- digo.
- Vai eu, Heidi e a outra pessoa. Ganhei de presente do tio Hugo.
- Quem?- olho confusa.
- o irmão do papai Linz- me encara- eu sou a sobrinha preferida dele.
- Mimada!- digo baixo.
- posso fazer nada- diz pegando seu celular.
Eu ainda me pergunto, por qual motivo, eu dei a porra de um Iphone caro pra ela. Nem eu tenho esse!.
- não usa o anel?- me olha.
- Uso quando vou pra gangue, às vezes pra escola- digo- estava mexendo com às motos. Não é bom usar acessórios.
Ela volta a prestar atenção no celular e percebo que estávamos indo pro caminho completamente diferente.
Percebo que o homem olhava pra Suyane de relance pro retrovisor.
- Pode deixar nós aqui- chamo sua atenção.
- Como?- fala confuso.
- aqui mesmo!- reforço.
O homem exita um pouco e para o carro. Deixo Suyane sair primeiro e puxo a agola da camiseta do cara.
Ele se assusta e fecho a cara.
- Se eu souber que tu fez alguma coisa, com alguma garota. Eu mando matar você- rosno.
Ele fica pálido e confirma com a cabeça. Saiu do carro e Suyane fica me olhando.
- Que foi?- diz confusa- demorou bastante. Ele queria te assaltar?.
Mas, inocente que um cachorro abandonado.
- Como que vamos embora?- fala tensa- estamos no meio do nada.
- ônibus!- confirmo.
- QUE?- diz tensa- como assim?.
-Esse é um ponto- digo.
- Mikey! Você não sabe pegar ônibus, imagina eu?.
- Minha fia- a encaro- como você acha? Que eu fazia às coisas, antes de ter a moto?.
- Tem certeza que sabe?- diz desesperada- eu nunca andei.
- Tu está comigo- digo.
Ficamos esperando o próximo ônibus e Suyane fica tensa. Parecia um gatinho medroso, ficava olhando pro lado e coloco minha mão no seu joelho.
- não vai acontecer nada- a olho- relaxa. Confia em mim.
Ela relaxa o ombro e o ônibus chega. Ela sobe primeiro, pago o motorista e seguimos adiante.
Me sento no banco perto da janela e Suyane fica me olhando.
- senta- digo.
Me surpreendo com sua atitude e me ajeito melhor. Suyane se senta em cima da minha coxa direita e suas pernas ficam na minha coxa esquerda
Apoia sua cabeça no meu ombro e se engolhe.
Suas bochechas estam vermelhas e fica quieta. Apoio minha mão esquerda na sua coxa, faço carinho no seu cabelo.
Ela podia ser assim, o tempo todo.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro