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Em nome do passado

O rompimento havia sido extremamente repentino. 

O relacionamento não estava desgastado por brigas ou ciúmes e, tirando a insegurança latente de Izuku e o jeito grosseiro e ciumento de Katsuki, não havia um real problema que não pudesse ser, ou estivesse sendo, trabalhado.

Acontece que a vida é uma caixinha de surpresas e, quando menos se espera, o destino olha pra você e pensa: "Por que não complicar, em uns 500, a vida desse pobre garoto que está aproveitando tão bem as coisas?"

E, puff, do nada, sua vida vira do avesso e você já não sabe onde está ou como se situar.

Então, como a vida gosta de complicar as vidas dos outros, veio a notícia: Inko Midoriya ficara doente e Izuku voltou ao Japão para cuidar da mãe.

Desde da morte de Hisashi, seu marido, quando Izuku tinha apenas 6 anos, a mulher foi diagnosticada com depressão e passou os anos seguintes tratando-se com remédios controlados e consultas semanais em psicólogos, melhorando aos poucos e estabilizando seu diagnóstico. No entanto, passou por algumas recaídas depois que o filho resolveu se mudar com o namorado, apenas aos 18 anos, para o Brasil, para cursar medicina.

Foi com muito custo que o rapaz convenceu a mãe que a mudança seria benéfica e levou mais alguns dias e muita argumentação para que aceitasse se mudar para o prédio de Mitsuki Bakugou, mãe de Katsuki, para que as duas se dessem apoio após a saída dos filhos, já que as duas passavam muito tempo sozinhas em casa- Inko por ser viúva e não ter procurado nenhum relacionamento depois de Hisashi, e Mitsuki, pois seu marido, Masaru, vivia viajando a trabalho.

No entanto, a distância e saudade do filho só fizeram Inko piorar e sua imunidade, que já não era das melhores, despencou. Qualquer gripe já era motivo de alarde e as visitas ao hospital tornaram-se quase constantes. A preocupação com a mãe quase fizeram Izuku voltar pra casa diversas vezes, mas Mitsuki sempre o tranquilizava, mas dessa vez nem a sogra conseguiu que o rapaz não voltasse ao Japão.

Inko passara mal mais uma vez e, quando levada ao hospital, recebeu a noticia de que tinha insuficiência cardíaca¹ grave e, sem tratamento disponível, a unica solução era um transplante que, provavelmente, demoraria meses para ser realizado, se não achassem um doador compatível.

Katsuki foi o responsável por dar a notícia ao jovem Midoriya, que passou umas duas horas chorando nos braços do loiro antes de levantar-se para comprar sua passagem e arrumar sua mala.

Foram três horas de pura agonia para Izuku até conseguir embarcar no avião que o levaria para perto de sua mãe e o distanciaria de seu amado, não só fisicamente.

A partir daí, as primeiras rachaduras no relacionamento apareceram. A distância agravou a insegurança de Izuku que, por não estar tendo tanto tempo para o namorado como tinha quando moravam juntos, achava que o outro buscava atenção em outros lugares e pessoas. Katsuki sempre o tranquilizava, mas não era suficiente e, com isso, o Midoriya só se isolou, chegando a passar um mês sem dar notícias. Bakugou teria enlouquecido se não fosse a ajuda de sua mãe que, sendo amiga e vizinha de Inko, passava um tempo considerável com ela e o filho, sempre dando notícias e, ainda, conciliando aquele relacionamento, sempre cuidando para que as inseguranças do genro e a grosseria do filho não destruíssem um amor tão bonito.

Depois de muito sofrimento e espera, foi, com grande alegria, que receberam a notícia de que havia um doador compatível e o transplante poderia ser feito já e sem grandes riscos.

Coincidentemente, a cirurgia foi marcada nas época de férias de Katsuki, que viajou para dar apoio ao namorado e à sogra, ainda que tivesse que voltar ao Brasil no mês seguinte.

O nervosismo e a ansiedade só se desfizeram, parcialmente, quando Inko já estava em casa, se recuperando do precedimento.

Foi um ano de muito sofrimento até que Inko estivesse mais adaptada ao novo coração e, apesar de receoso, Izuku já podia voltar ao Brasil, deixando a mãe aos cuidados de sua sogra, e retornar à faculdade, que até o momento estava trancada, e aos braços do namorado.

O rapaz chegou ao país na última semana de agosto e, logo no aeroporto, foi recepcionado por Katsuki, a emoção do reencontro tão grande que as lágrimas escorriam pelos olhos dos dois rapazes e o sorriso não saia de seus rostos.

Passaram a semana naquela bolha de felicidade e amor, mal viam os amigos e quase não saiam de casa, aproveitando a penúltima semana de férias. Dormiam e acordavam agarrados ao outro, tomavam banho juntos, não cozinhavam para não ter que se afastarem muito e comiam, o que pediam por aplicativo, em frente a televisão, sempre encostados e trocando juras de amor.

Foi no domingo que uma carta e um email chegaram, reduzindo a bolha de felicidade a uma única pessoa.

Rementente: Harvard Medical School

Destinatário: Izuku Midoriya

E, com grande prazer, Izuku recebeu a notícia de que o requerimento que fizera no início do ano anterior e, com todas as etapas do processo de entrada concluídos, havia sido aprovado.

Izuku Midoriya seria um estudante de Harvard começando em setembro.

E isso destruiu Katsuki de maneiras inimagináveis, teria que passar mais alguns anos longe do namorado.

Mais desentendimento, mais brigas, mais rachaduras, mas, dessa vez, não havia Mitsuki para conter os ânimos.

Katsuki acusava Izuku de estar esquecendo-se dele ao tomar decisões tão egoístas, como passar um ano longe dele. Izuku acusava Katsuki de estar sendo escroto por está-lo privando de um currículo incrível, apenas por egoísmo.

Izuku se sentiu ofendido por Katsuki ter insinuado que esquecera do namorado para cuidar da mãe quando ele passou semanas chorando, pela saudade, escondido, para não preocupar ninguém, se privando do próprio sono para conversar com Katsuki em um momento que o outro estivesse acordado e disponível.

Katsuki se sentiu ofendido por Izuku ter insinuado que não se importava com o namorado quando ele passou o último ano sorrindo falsamente, camuflando as olheiras com quilos de maquiagem, dando apoio, mesmo estando destruído, para não preocupar o namorado que já 'tava pilhado com a doença da mãe.

Naquela noite nenhum deles dormiu em casa nem voltaram a se ver na semana que se seguiu.

Katsuki passou a dormir na casa de Eijirou Kirishima, um dos alunos de sua classe e seu melhor amigo. Passou a semana se remoendo pela briga e sofrendo pela distância, mas não estava arrependido do que disse, afinal, Izuku parecia não reconhecer seu esforço.

Sexta chegou e, como era a última semana de férias, Eijirou achou uma boa ideia estrear as garrafas de bebida que ganhara em um sorteio.

Quando o sol despertou Katsuki, no sábado, trouxe a ressaca e sumiu com suas memórias da noite anterior. Seu corpo doía e pesava mais que o normal e demorou a notar que o peso vinha do corpo deitado sobre si, apenas de cueca. Assustou-se completamente ao notar que estava na mesma situação.

Recolheu suas coisas na pressa, ainda em choque, e saiu da casa do amigo, sequer lembrando-se de trancar a porta.

Foi durante o caminho para sua casa, sentindo a cabeça latejar a cada passo, que a realização do que poderia ter feito bateu. Não tinha certeza, afinal não se lembrava, mas era possível que tivesse traí- NÃO! Mesmo bêbado ele não cometeria uma atrocidade dessas, respeitava muito Izuku e o relacionamento deles. Nunca faria uma coisa dessas... Certo?

A dúvida estava lhe matando e a dor trouxe lágrimas em seus olhos. Com a visão embaçada e o corpo entorpecido não percebeu que já estava na porta de casa, sendo abraçado pelo namorado, que também chorava.

Não disseram uma palavra no caminho para o quarto. Deitaram-se abraçados, colaram as testas, as lágrimas ainda escorrendo e adormeceram.

Quando acordaram, era como se a briga, e suas consequências, nunca tivesse acontecido. A semana separados, simplesmente, foi esquecida.

Ainda que isso não tenha feito o relacionamento voltar à bolha de felicidade. Afinal, ignorar o elefante em sua sala, não faz ele desaparecer.

Na segunda, as férias de Katsuki acabaram e passou o dia todo na universidade pra ignorar o incômodo de estar perto de Izuku.

Quando voltou já era tarde e viu as malas de Izuku prontas. Ele partiria em dois dias.

Antecipando a saudade, silenciosamente, jogaram um tapete em cima do elefante e fingiram que estava tudo bem. Ainda que, claramente, nada estivesse bem.

Aproveitaram os últimos dias como puderam, o Bakugou, inclusive, usou algumas de suas faltas- que deveriam ser guardadas para o final do semestre- para matar a saudade que já despontava.

Na quarta, pela manhã, mais uma vez, iam para um aeroporto se afastarem novamente, desta vez, por bem mais tempo que a última vez.

Mas, claro, que eles não sabiam que aquela seria a última vez que se beijariam como namorados.

Mas, claro, que eles não sabiam que aquela seria a última vez que se veriam sem o fantasma da distância pendurado em seus ombros.

Mas, claro, que eles não sabia que aquele seria seu último encontro em anos.



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¹Insuficiência cardíaca, também conhecida como insuficiência cardíaca congestiva, ocorre quando seu coração não está bombeando sangue suficiente para atender às necessidades do seu corpo. Como resultado, fluido pode se acumular nas pernas, pulmões e em outros tecidos por todo o corpo. No caso de Inko, o distúrbio estava em um dos estados mais graves, gerando confusão, memória prejudicada, insônia, constante falta de energia, entre outros, além de seu coração poder parar a qualquer momento mesmo.

Fonte: MedTronic 

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