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Capítulo 2

As fotos serviram apenas por segurança, pois Naruto já havia me visto muitas vezes com a irmã dele em interações no instagram. E eu, como perceberam, já tinha visto fotografias dele pela casa e tudo o mais. Porém, para que Ino ficasse tranquila e não me fizesse pendurar uma plaquinha escrito "Hinata Hyuuga, amiga da Ino" no pescoço, resolvi pegar a fotografia desatualizada que de nada adiantou. Ainda assim, senti-me grata e exultante quando Naruto me mostrou a foto que Ino o enviou como parâmetro para me reconhecer. Mesmo com a falta de necessidade. Pois é, ele me confirmou que falara para ela que não era necessário, que me reconheceria assim que batesse os olhos em mim no aeroporto. Agora vou fingir que não corei nesse momento ou senti meu estômago rodopiar dentro de mim como um peão, ao ouvi-lo dizer algo desse tipo — e voltemos ao que importa. Decidi agradar Ino e tranquilizá-la de que Naruto chegaria em segurança. Como se um marmanjo daquele tamanho fosse se perder para sempre no aeroporto. Sabem como é, irmã mais velha pode sim ser super-protetora quando quer. Aliás, eu me sentia uma babá, tendo que buscá-lo e garantir que ele chegaria inteiro para a irmã. Qual é, eu que precisava de proteção. Vejam meu tamanho perto dele! 1,67 não é muita coisa, se você considerar os quase dois metros de Naruto.

Sorri de alegria ao constatar que Ino enviou uma foto maravilhosa minha, onde eu estava perfeitamente maquiada e devidamente vestida. Apenas para me sentir uma fraude logo em seguida. Naruto me viu ao vivo e a cores, com minha camiseta do Goku e meu cardigã destoante. Todo glamour se fora, não adiantaria fingir que eu era a garota da foto. Estalei a língua disfarçadamente, era melhor aceitar meu destino. Naruto jamais flertaria comigo, a primeira impressão é a que fica, não é esse o ditado?

— Você está linda aqui. — elogiou, olhando para a foto. — Mas pessoalmente é mais bonita.

Sorriso amarelo, bochechas vermelhas, gagueira momentânea. Esses foram os sinais que antecederam minha frase de agradecimento completamente sem graça. Eu não sabia agradecer elogios, sempre me esculhambava em resposta.

"Seu cabelo está lindo, Hina."

"Você acha? Nem lavei hoje, está tão fedido."

"Sua pele está maravilhosa!"

"Sério? Pra mim dá para fritar um ovo na minha testa!"

Você sabe, essas coisas que geralmente não se deve dizer quando alguém te elogia deliberadamente. Por falar nisso, a vida devia vir com um manual de boas maneiras ao se agradecer a elogios.

— Ah, obrigada... — podia ter parado por aí, só que minha língua ganhou vida própria e eu continuei: —, nessa foto apliquei tanto efeito, nem sei como dá para me reconhecer. Principalmente depois da impressão. — despejei.

Para minha tranquilidade ele riu. Um riso curto e rouco, que penetrou meus ouvidos e foi diretinho para o meu coração. 

— Você é bem modesta. — devolveu e notei que estávamos chegando.

Suspirei aliviada, percebendo que minha sessão de micos em breve teria fim. O motorista até deu risada quando me ouviu dizer, essa deveria ser a corrida mais divertida dele, sem dúvidas. 

— Bom, já que estamos sendo sinceros. Essa sua foto não faz jus ao que você é pessoalmente também. — mordi a língua de forma proposital, eu não queria retribuir ao elogio, não explicitamente.

— Está querendo dizer que sou mais bonito pessoalmente?

— Talvez — desconversei —, foi isso o que entendeu?

— Acho que sim, não foi o que quis dizer? — e nossa conversa tornou-se um tanto sem sentido.

Achei graça daquele papo estranho.

Nesse momento meu telefone vibrou e eu dei um micro pulo dentro do carro. Peguei o aparelho e constatei que era Ino. 

— É minha irmã? — Naruto quis saber, afirmei com a cabeça, atendendo. 

— Oi, miga... — fui dizendo e ouvi sua voz histérica.

— Pegou o Naruto? — perguntou e eu corei com o duplo sentido do questionamento.

— Sim, estamos chegando. — anunciei, ajeitando-me no banco. — Eu te liguei mais cedo, você estava em reunião ou só com o celular largado na bolsa? 

— Estava em uma puta reunião chata e não podia atender. — bufou. — Miga, passa o telefone pra esse cabeça oca, por favor. — assenti, mesmo que ela não pudesse ver e entreguei o celular. 

— Sua irmã quer falar com você. — afirmei. Naruto sorriu, pegando o aparelho.

E, como naqueles filmes clichês que eu amava assistir, nossos dedos levemente se tocaram. 

Não houve, entretanto, arrepios pelo meu corpo ou algo assim. Somente uma sensação de curiosidade. Até porque o toque foi bem sutil e repentino.

— Ino, tô chegando, não precisa surtar. — foi dizendo, tentei segurar o riso. — Eu não pude atender, perdi o celular. Mas está tudo bem, a Hinata me pegou. Estou em segurança, nenhum maníaco me sequestrou no caminho, tá bom? — brincou sarcasticamente e eu pensei que ele era bem corajoso, porque a Ino podia ser extremamente rabugenta quando queria.

Continuaram conversando por algum tempo e eu preferi olhar pela janela para dar privacidade a eles. 

(...)

Quando, enfim, chegamos na casa da Ino, ela ainda não havia retornado. Obviamente o gestor de seu setor não a liberara. Nesse instante notei uma sombra escura recair sobre Naruto. Ele parecia decepcionado, triste. Não sabia dizer ao certo, com certeza queria encontrar a irmã ali. Ino dissera que não chegaria antes dele, mas acho que Naruto pensou que ela blefava para surpreendê-lo. Era só um palpite, claro. Porque, da mesma forma que a sombra veio, se foi. Rápido. Eu não teria percebido se não estivesse com meu olhar fixo em Naruto desde que saímos do Uber.

— Bom, já já ela chega. — tentei consolá-lo de forma sutil, para Naruto não notar que percebi sua tristeza momentânea.

Ino havia deixado a cópia da chave comigo, para o caso de não chegar a tempo de recebê-lo. E a casa definitivamente estava vazia e arrumada, apenas isso.

— É, eu sei... — sua voz soou baixa e indecisa. — Ela trabalha tanto por minha causa. — um longo suspiro procedeu sua fala.

— Quer que eu te faça companhia enquanto sua irmã não chega? — questionei, sem saber se Naruto concordaria. 

— Você pode ficar? — devolveu, olhando-me nos olhos.

— Posso. — garanti com a voz o mais firme que consegui, o que não foi uma tarefa fácil.

Não, eu não estava apaixonada por Naruto ou coisa parecida. Qual é, o conheci há menos de duas horas. Porém, também não podia ignorar o homão que ele era. Eu não sou cega e nem lembro a última vez que namorei na vida. Fora que com certeza meu último namorado não era lá tão bonito como Naruto nem de longe. Então sim, eu fiquei completa e absolutamente deslumbrada com o irmão da minha melhor amiga. Assumo. Apenas isso. Não iria pular em cima dele nem nada. Era só um encantamento passageiro de quem vê alguém muito bonito pela primeira vez. Somente. Eu não acredito nessa história de amor à primeira vista nem nada nesse estilo. Precisamos estabelecer alguns limites para que não pensem que eu sou uma lunática que se apaixona por qualquer um que cruze meu caminho. Não é bem assim.

Vou parar de me explicar porque agora estou parecendo uma desesperada.

— Podemos assistir a um filme? — perguntou indeciso. — Seria legal.

Fiz que sim com a cabeça.

— Não prefere tomar um banho e comer algo antes? — me ouvi dizer, fazendo o papel da Ino de anfitriã. 

Naruto concordou e, puxando a mala no canto da sala, perguntou aonde ficava o banheiro. Porque eles moravam em outra casa quando Naruto se mudou. Mostrei a ele o quarto que Ino havia preparado para sua chegada, coloquei uma toalha em cima da cama e o deixei sozinho. Naruto demorou exatamente quinze minutos para retornar e eu fiquei tamborilando os dedos na mesinha de centro por algum tempo, antes de ligar a TV e colocar na Netflix. Ele apontou na escada com uma camiseta azul clara e uma bermuda de tactel, os cabelos um pouco mais escuros por estarem molhados, realçavam seus olhos azuis e brilhantes. Fiquei ali absorta naquela imagem, até que Naruto veio em minha direção, trazendo-me de volta à realidade.

— Está com fome? — indaguei, voltando meus olhos para a tela.

— Acho que não, fiquei um pouco enjoado durante o vôo. — avisou e ouvi seus passos até mim. — Tem pipoca? Posso fazer pra você.

— Eu acho que tem, Ino e eu assistimos filmes juntas esses dias. Deve ter sobrado. — informei, levantando-me para ir à cozinha.

— Só me fala onde está e eu faço. — seus dedos seguraram delicadamente meu pulso. — Já fez muito por mim hoje. 

— Que isso, não será trabalho nenhum. — desconversei, fazendo esforço para manter meu olhar fixo em seu peito, não em seus encantadores olhos azuis.

— Estou falando sério, Hinata. — e dessa vez sua voz soou um pouco mais grave do que me lembrava.

Senti quando deslizou os dedos pelo meu pulso delicadamente antes de soltá-lo.

Infelizmente, para o meu desespero, dessa vez a região que Naruto tocou formigou de leve. Causando-me quase como uma coçeira sutil. Disfarcei e toquei minha própria pele, enquanto dizia aonde ele encontraria pipoca de microondas. Alguns instantes mais e Naruto retornou com uma bacia cheia, colocou em cima da mesa de centro e, sem dizer nada, voltou para a cozinha retornando com uma jarra de suco. Analisei seus traços, seu andar firme e seguro, em seguida balancei a cabeça para afastar o pensamento. Eu não podia focar nisso, nessa estranha atração que senti por Naruto. Ao invés, concentrei toda minha atenção na tela, enquanto passava as opções.

— Qual filme quer assistir? — me ouvi perguntar e ousei espiá-lo por alguns segundos. 

— Pode ser algo leve, só quero me distrair. — afirmou e por fim escolhemos uma comédia romântica, que Naruto mesmo indicou.

Durante o filme trocamos impressões e sorrisos, enquanto os protagonistas se apaixonavam perdidamente na tela. E, vez ou outra me ouvi suspirar, ao constatar que eu nunca tinha vivido uma história de amor digna de filme da Netflix. Meu último namoro não foi lá essas coisas e não gosto nem de lembrar o que aconteceu antes dele. Portanto, minha vida sentimental não devia ser levada em consideração. Espiei Naruto pelo canto dos olhos e percebi que ele estava me olhando de volta. O que causou um reboliço dentro de mim. Naruto podia estar me encarando por qualquer motivo, graças a minha boca suja de pipoca, até mesmo por causa do meu cabelo despenteado e rebelde. Mas, naquele momento, quis pensar que ele me olhava única e exclusivamente por também me achar bonita. 

Foi quando Naruto percebeu que eu o flagrei me fitando e desviou o olhar para o filme. Coçando a nuca na sequência.

— Sabe, não cheguei a te elogiar pelo ótimo gosto. 

— O que? — franzi o cenho sem entender. 

— Sua camiseta do Goku. — um pequeno sorriso surgiu em seus lábios, consegui notar mesmo com a fraca luz advinda da televisão.

— Ah! — corei, ainda bem que meu rosto não podia ser visto perfeitamente no escuro. — Eu devia ter escolhido uma roupa mais apropriada. — me defendi, colocando uma mexa do meu cabelo atrás da orelha.

— Pra mim você está apropriada... E autêntica — acrescentou rapidamente —, gosto disso. — e tornou a prestar atenção ao filme. — Será que agora eles se beijam? — divagou curioso, já tá na hora.

Achei graça e acabei sorrindo.

— Acredito que sim. — garanti, mas não se beijaram. 

Aqui eu preciso dizer que estávamos em sofás separados. Naruto na poltrona e eu no maior, acho que ficaríamos muito grudados se nos acomodássemos no mesmo. Naruto não fazia o tipo espaçoso e folgado, percebi no carro. Pois ele manteve as pernas razoavelmente fechadas, sem atravessar meu espaço. Com essa certeza em mente, me contive para não pedir para que se sentasse ao meu lado no sofá. Só que eu seria muito oferecida se pedisse algo assim. Não éramos amigos íntimos, nos conhecíamos há poucas horas e não fazia sentido que sentássemos tão próximos um do outro.

Aceitei a distância e torci para que Ino chegasse logo, ou minha carência falaria mais alto. Ou melhor, gritaria.

Naruto não precisava ser tão bonito. O que eu esperava também? Ino era lindíssima, aquela beleza exuberante devia ser traço de família. E acho que era, pois os pais deles formavam um dos casais mais bonitos que eu já tinha visto. Quer dizer, por fotografia. Enfim, meus pensamentos flutuavam para diversas direções, disperso em milhares de possibilidades. Quando ouvi uma voz soar ao longe.

— Finalmente! — exclamou, acompanhei seu olhar e deparei-me com um beijo apaixonado e romântico do casal protagonista.

O suspiro alto que saiu da minha garganta deixou-me profundamente envergonhada. Porém, não pude me conter, estava carente e ter um homem tão lindo há menos de um metro de mim não colaborava para minha sanidade mental.

— Fofos. — apressei-me em dizer, para diminuir meu constrangimento, ao passo que Naruto sorriu.

— Obrigado, Hinata. — agradeceu do nada e fiquei muda, sem compreender.

— Pelo que exatamente? — eu quis saber, prestando atenção no filme, que era realmente fofinho.

— Você foi me buscar e está aqui perdendo seu tempo, assistindo um filme de romance com um cara que nem conhece. — explicou e eu assenti. — Não precisava fazer nada disso, já sou adulto, nem sei porque ela pediu para você me buscar. Eu podia vir sozinho. — acho que fiz uma careta, pois ele completou: — Ah, não me entenda mal, eu gostei mesmo de ter companhia. É bem melhor do que ficar solitário, sabe?

— Não tem o que agradecer. — retruquei. — Ino é minha melhor amiga e você é o irmão dela. É o mínimo que eu podia fazer. Além do mais, ela se preocupa com você.

— Então obrigado duas vezes, por também ficar ao lado da minha irmã quando eu mesmo não pude estar. — respondeu convicto, olhando em minha direção. — Ela falava muito bem de você pra mim sempre, eu ficava cheio de curiosidade de te conhecer. 

— E por que não me adicionou em algum lugar? — ousei perguntar.

— Porque eu ficava com vergonha, sei lá, não sou muito extrovertido e não saberia como puxar assunto. — ele riu, balançando levemente a cabeça.

— Podemos ser amigos agora. — dei de ombros, fazendo soar como se fosse algo natural e fingindo que não senti o rosto queimar ante seu olhar analítico sobre mim.

— Amigos então. — afirmou, estendendo a mão para mim.

Amigos. — confirmei, sorrindo e apertando sua mão.

Naruto só não sabia que aquele dia que ele julgava como perdido. Para mim, fora um dos melhores que já vivi.

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