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Capítulo 14

Pousei no aeroporto após algumas horas e minha ansiedade já gritava. Tudo o que eu queria era me enroscar no pescoço do Naruto e não soltar mais.

Forcei-me, no entanto, a agir como alguém normal. Assim que desembarquei e o encontrei me esperando, como eu, quando ele chegou ao Japão. Meu coração deu um salto, aparentemente querendo alcançar Naruto antes de mim. Respirando fundo, firmei as pernas, que pareciam meio bambas e não queriam me sustentar. Naruto me aguardava com um sorriso enorme no rosto, os traços bonitos e harmônicos sendo realçados pela aura de felicidade que ele emanava. Em dado momento, percebendo que eu precisava carregar minha mala — e, claro, minhas pernas continuavam sem me obedecer ao todo — ele correu em minha direção. Alcançando-me em questão de segundos. Olhei em seus olhos e ficamos nos encarando em silêncio, quando Naruto finalmente decidiu me tocar. Pegou-me pela cintura e girou-me no ar como se eu não pesasse mais de dez quilos. Foi incrível a sensação de tê-lo me apertando daquela forma depois de longos meses de saudades. 

— Como eu senti sua falta. — sussurrou no meu ouvido e puxou meu corpo mais para o seu.

Não fiz objeção e me escondi em seu peito, permitindo que me envolvesse. 

— Eu também senti, Naruto. — respondi, meu coração agitado.

— Como eu faço para te soltar? Não quero... — murmurou, beijando minha testa por cima da franja. Em seguida minhas bochechas, meu nariz, ele beijou todo meu rosto. Menos o lugar que eu desejava sentir seus lábios novamente, a boca.

Só que, ei, tudo no seu tempo. "Vai com calma, vocês tem muito o que conversar ainda.", eu falava a mim mesma, buscando aquietar o coração.

Aos poucos, o furor do reencontro foi abrandando e ele voltou a olhar em meus olhos. Contudo, sem me soltar ao todo, seus braços permaneciam envoltos da minha cintura protetoramente.

— Eu não quero que me solte mais. — balbuciei, pensando se Naruto entenderia minha metáfora.

— Eu não vou. — afirmou, acariciando minha bochecha. — sorri, não queria forçá-lo a nada tão definitivo, então mudei de assunto.

— Já decidiu em quais lugares me levará? Quero conhecer tudo! — exclamei eufórica.

Ele assentiu, também sorrindo. 

— Fiz um itinerário, quero te levar em vários lugares. Mas também preciso te dar um tempo para ensaiar, ou você não ensaia para as apresentações? — ergueu uma sobrancelha.

— Claro que sim, nem sei quais músicas vou cantar. — divaguei, preocupada.

— Eu tenho algumas sugestões, se você não se importar. — mordeu o lábio, pegando minha mão. — Agora precisamos ir, você deve estar cansada da viagem e eu não paro de tagarelar.

Assenti, ainda que adorando ouvir a voz rouca do Naruto. Após esse período que passamos sem nos vermos pessoalmente. Mas foi sua mão quente, repentinamente na minha, que alvoroçou meu coração.

— Estou aberta a sugestões. — informei, fingindo tranquilidade com aquele contato.

Seguimos para o carro, que Naruto afirmou ser do padrinho dele, e entramos após guardar minha bagagem. Ele foi dirigindo e me falando sobre a cultura local, sobre os maoris, os nativos da ilha. Fiquei absorta em suas palavras, mas sem tirar os olhos da paisagem. Nunca saí do meu país, de modo que era tudo novo e belo para mim. 

— Fiquei com medo de você ter problemas com o visto eletrônico. — contou, assenti.

— Deu tudo certo, ainda bem. — devolvi, sem conseguir deixar de sorrir para ele. 

— E o pessoal? Estão todos bem? — quis saber, balancei a cabeça afirmativamente antes de responder.

— Todos bem, Sakura avoada como sempre. Sasuke sério e introvertido, pois acabei convencendo ela de que rachas de moto não é muito responsável. — dei uma risadinha da vitória. — Ele ainda está meio emburrado comigo, porque nos tornamos amigas e agora Sakura não quer mais participar dos rachas. Inclusive, tomara que eu não tenha estragado o relacionamento deles. — dei de ombros, lembrando da minha amiga me contando que discutiu com Sasuke, pois ele queria continuar organizando os rachas.

— Você fez certo. — Naruto me animou. — Não é responsável mesmo, Sasuke me contou por alto e eu falei a mesma coisa. Que ele era inteligente o suficiente para achar outra ocupação menos problemática. Acho que o Sasuke não vai querer quebrar minha Ducati por isso, sabe. Pelo menos eu espero que não. — Naruto riu, eu concordei.

— Sua moto está segura, Sakura me contou que o Itachi uma vez quis andar nela. Mas o Sasuke não deixou. — ele arregalou os olhos.

— Sasuke não me contou isso! 

Levantei as mãos em sinal de defesa.

— Me desculpe.

Meu celular vibrou nesse instante, peguei e vi que era uma mensagem do Gaara.

"Chegou bem? Manda notícias, beijos."

Li por alto e já iria guardar o aparelho, quando notei os olhos azuis e atentos do Naruto na tela.

— Gaara... — limpou a garganta para continuar: — está bem?

— Sim — garanti de pronto — Ele me ajudou com umas coisas que eu não sabia fazer, nem a Sakura. Por mais viajada que ela fosse. — relatei, porque era verdade.

Gaara virou uma espécie de amigo, ele respeitava meus sentimentos pelo Naruto. Um silêncio estranho se fez presente, fiquei ponderando sobre o que ele pensava.

Naruto suspirou profundamente antes de dizer:

— Gaara gosta de você.

— Eu sei. — fui sincera.

— Fiquei esse tempo todo me torturando de ciúmes dele. — uma sensação deliciosa me acometeu por Naruto confessar esse tipo de coisa.

— Não tinha porque ter ciúmes. — coloquei uma mecha de cabelo atrás da orelha para disfarçar o constrangimento.

Meu coração respondeu àquela informação batendo freneticamente no peito.

Ele meneou a cabeça, passando a mão nos cabelos loiros.

— Se depender dele tenho todos os motivos. — brincou e acabou rindo. — Se você não pudesse vir, eu iria para o Japão quando passasse o evento. — seus olhos encontraram os meus e houve uma faísca dentro do carro. A mesma que preencheu a cafeteira quando nos beijamos. — Eu não aguentava mais ficar longe de você.

— Eu também. — minha voz não passou de um sussurro rouco.

Naruto umideceu os lábios e olhou para minha boca, uma eletricidade quase palpável tomou conta do lugar. Tive o ímpeto de tocar seu rosto e foi o que fiz. Senti sua pele nos meus dedos e entreabri a boca, procurando pelo ar. Meu coração estava apertado, eu queria estar mais perto de Naruto. Alimentava internamente uma urgência incontrolável de senti-lo. Ele fechou os olhos por um instante e tornou a abri-los. Focando-os em mim.

— Estou feliz que esteja aqui. — falou baixinho.

Nem notei que já estávamos chegando, só quando ouvi vozes ao longe. A língua oficial dali era o inglês, mas soube que havia o dialeto maori também. Eu falava inglês, estava enferrujado, é verdade, no entanto, sentia-me confiante de que tudo daria certo. Naruto se aprumou, enquanto diminuía ainda mais a velocidade do carro. Olhei ao redor, vislumbrando um homem grande, de cabelos enormes e brancos, agarrado em uma loira exuberante de frente para uma casa com fachada branca e azul.

Era o padrinho dele, pelo que lembrava das fotos do Instagram. Naruto sorriu para mim, sorri de volta.

— Chegamos?

— Chegamos.

Ajeitei os cabelos, aprumei a postura, observando Naruto manobrar o carro e, por fim, estacionar. Desci, depois dele, sentindo sua mão na minha em seguida. Apertei-a, indo em direção ao casal que nos aguardava.

Rapidamente senti-me envolta a um abraço fraternal.

— Minha querida, estava ansiosa para te conhecer. — uma voz doce preencheu meus ouvidos. — Eu sou Tsunade.

— Prazer, eu sou a Hinata. — respondi, mesmo sendo óbvio. — Estou igualmente feliz em conhecê-los.

Ela me soltou e imediatamente senti outras mãos nos meus ombros.

— Naruto só fala de você, o tempo todo. — frisou o padrinho dele, eu ri. 

Jiraiya abraçou-me cuidadosamente, enquanto Naruto passava o braço pelo ombro da Tsunade. Fomos entrando na casa, Naruto me acomodou no quarto dele, porque só haviam dois quartos. Também contou que eu ficaria ali e ele na sala, porém não gostei daquele arranjo. Afinal, a casa era dele, não me era justo tirá-lo do conforto. Ah, quem eu queria enganar? Eu queria que Naruto ficasse comigo, ué.

— Naruto, pode ficar aqui, tudo bem para mim. — ele me olhou com algo brilhando nos olhos e assentiu. 

Havia um sofá ao canto, um computador, funkos de todos os estilos e corri para pegar o que identifiquei rapidamente. Olhei para ele sorrindo, Naruto entendeu.

— Eu sou fã do superman. — coçou a nuca, parecendo envergonhado.

— Nem percebi. — brinquei, observando os diversos action figure que se misturavam entre superman e Clark Kent.

— Já cheguei a me perguntar se você seria minha Lois Lane. — referenciou, eu ri, inquieta.

— Talvez eu quisesse ser. — devolvi com audácia.

Naruto veio até mim, pegando minhas mãos.

— Quero mesmo que você seja minha Lois. — meu coração rodopiou.

— Também quero que seja meu Clark. — entrei na brincadeira, nós dois rimos.

— Que nerds. — Naruto emendou, puxando-me para seu peito.

Aconcheguei-me, suspirando de contentamento e satisfação. Envolvi sua cintura, fechando os olhos no processo. Era tão bom estar ali, envolvida naquele abraço.

Pensei que fosse flutuar.

— Vamos parar de falar em hipóteses, eu quero fazer parte da sua vida, Hinata. E quero mais do que tudo que faça parte da minha, pretendo voltar para o Japão assim que o evento passar. Já conversei com meu padrinho, cogito morar perto de você. Porque não consigo mais ficar longe. — ele puxou o ar com força —, quero começar de novo, ao seu lado. Sei que era isso o que Ino desejava e é o meu desejo também. Não tenho mais medo de te machucar ou de me machucar, — bom, não muito — se corrigiu. — Eu voltei a me reencontrar nesse tempo que fiquei aqui. Não sou aquele Naruto revoltado de antes, sou um outro grato pelo tempo que tive com minha irmã e os meus pais. Ainda que tenha sido menos do que eu gostaria...

Meus olhos lacrimejaram, o apertei com mais força.

— Naruto... — sussurrei comovida. Ele beijou o topo da minha cabeça.

— Podemos ir com calma, nos conhecermos melhor. Eu quero ser bom para você, o tanto que você foi pra mim. — ele afastou-me com delicadeza, tocando meu queixo, obrigando-me a olhar em seus olhos. — Você é preciosa pra mim. — e forçou um sorriso, mas seus olhos estavam igualmente brilhantes. 

Toquei seu rosto e enxuguei uma lágrima solitária que molhava sua bochecha, por cima dos risquinhos adoráveis.

— Você também é muito especial pra mim. — Naruto envolveu meu rosto, sua mão estava quentinha em contato com a minha pele. Ele foi aproximando-se lentamente, seus olhos passearam pelos meus.

Pousando na minha boca.

Estremeci, Naruto me segurou com mais firmeza. Esperei pelo beijo, ansiei por ele, mas uma batida na porta nos sobressaltou.

— Naruto, estamos indo comprar alguns ingredientes para o jantar. Voltamos em breve. — era a voz da Tsunade.

— Tudo bem. — ele pigarreou, sua voz soando mais rouca e grave. Suas pupilas maiores. — Qualquer coisa eu te ligo.

— Está certo. — ela respondeu. — Cuida bem da Hinata.

— Cuidarei. — ouvimos os passos se afastarem e mordi meu lábio, ciente de que o momento se perdeu.

Assim que Naruto soltou-me e foi em direção ao guarda-roupa. Sentei na cama confortável, que era de casal, tentando aquietar meu coração. Não queria pressioná-lo, esperava que ele tomasse a atitude de me beijar.

— O que está procurando? — tentei descontrair, percebendo que Naruto estava avoado.

— Toalha limpa, você deve estar cansada. — respondeu e pegou uma que parecia bem macia. — Quer tomar um banho? Vou fazer algo pra você comer. — assenti, levantando e peguei a toalha.

— Tudo bem. — sorri para que ele ficasse menos tenso.

Aquela eletricidade de antes ainda nos envolvia.

— Se precisar de alguma coisa me grita, tá? — Naruto foi saindo do quarto para me dar privacidade, pois havia um banheiro no cômodo.

Quando ouvi a porta bater, joguei-me na cama, sonhando acordada. Passei os dedos pelos lábios e fechei os olhos. Eu queria tanto ganhar um beijo dele que chegava a doer. Mas tudo tinha seu tempo, eu seria paciente. Comecei a fuçar minha mala para pegar roupas confortáveis, rumando para o banheiro. Tomei uma ducha rápida e voltei para o quarto com a toalha enrolada no corpo. Minhas roupas jaziam em cima da cama, eu odiava me trocar no banheiro. Ainda que fosse grande e tivesse uma parte seca. Então ouvi uma batida na porta.

— Hinata? — instintivamente falei entra. 

Naruto obedeceu, dando de cara comigo pegando um moletom na cama. Só de toalha.

— Ah, desculpe. — ele corou até às orelhas, percebi que fui tonta dizendo  entra logo de cara e também fiquei envergonhada.

— Tudo bem, vou me trocar no banheiro rapidinho. — dei meia volta.

Naruto, entretanto, pegou meu pulso.

— Não precisa, volto depois. — correu para fora e eu fiquei ali, assimilando o que tinha acontecido.

Em seguida cai na risada e resolvi me trocar. Quando desci as escadas, um cheiro maravilhoso de comida me atingiu.

— Uau, o que você está aprontando aí? — perguntei interessada, achegando-me a ele por trás. 

Naruto se virou por osmose e envolveu minha cintura. 

— Nada de mais, não sou muito bom na cozinha. — ele fez uma careta adorável, suas mãos firmaram-se uma em cada lado do meu quadril.

Tentei não cair, mas era difícil agir naturalmente sempre que Naruto me tocava de alguma forma.

— Tenho certeza de que vai estar perfeito. — hesitante, coloquei meus braços em volta de seu pescoço.

Naruto se virou rapidamente para desligar o fogo e tornou a olhar para mim.

— Ainda não acredito que estamos juntos de novo. — divagou, acariciando minha bochecha com o indicador. — Me senti culpado ao me afastar de você.

— Não devia, você precisava fazer isso. Eu entendo perfeitamente. — expliquei, lembrando do sentimento agridoce que tive quando minha ficha caiu de verdade. — Por falar nisso, deixei flores no jazigo da Ino e dos seus pais. — mencionei, aguardando sua reação.

Ele inspirou e ficou em silêncio por alguns segundos.

— Sou um péssimo irmão, simplesmente sumi e não fui sequer deixar flores pra ela. — baixou o olhar, eu me agoniei.

Não disse àquilo para que Naruto sentisse culpa.

— Você não é um péssimo irmão, não te contei o que fiz para que sentisse culpa. Você precisava desse tempo, Naruto, não seja tão duro consigo mesmo. — toquei seu queixo, levantando seu olhar. — Eu também não tinha conseguido ir até lá antes, foi complicado.

Ele tomou meu rosto entre as mãos.

— O que eu faria sem você? Sem teu cuidado comigo? — e estávamos novamente muito próximos um do outro.

Nossas respirações se chocavam, inspirei o ar, sentindo meu corpo todo reagir. Minhas terminações nervosas pareciam quase vivas quando ficávamos tão próximos assim.

— Eu não fiz nada, Naruto. — falei, olhando em seus olhos. — Todo o esforço foi da sua psicóloga.

— Mas foi graças a você que eu consegui encontrar forças para procurar ajuda. — insistiu, agora eu podia ver os pontinhos escuros em sua íris azul.

Naruto roçou o nariz no meu, deslizando pela minha bochecha em seguida. Me arrepiei toda e, quando dei por mim, nossos lábios se tocaram de forma sutil. Foi rápido e me deixou com um gosto de quero mais.

— Não subestime o que fez por mim, porque eu sempre serei muito grato a você. — respondeu rente à minha boca.

Me rendi, deitando em seu peito, Naruto envolveu-me cuidadosamente e ficamos assim pelo que pareceu uma eternidade. 

— Fico feliz de ver que você está melhor. — sussurrei.

Ele me apertou mais contra si.

— Desculpe não ter sido o apoio que precisava. Você também sofreu e eu só consegui enxergar a minha própria dor. Quando penso nisso, meu coração fica apertado. Porque você também precisava de ajuda e eu não pude te dar... — o interrompi, colocando o indicador em seus lábios.

— Naruto, para com isso. — pedi, angustiada. — Você não podia me dar apoio porque era você quem mais precisava. Eu tinha meus pais, a Hanabi que veio ficar em casa comigo, depois a Sakura surgiu na minha vida. Ino era sua irmã, o laço de vocês não se compara ao meu, por mais que eu a amasse como uma irmã. Se eu sofri e ainda sofro, o quanto foi mais doloroso para você? Então, por favor, não pense esse tipo de coisa. É injusto. — concluí exasperada e sem fôlego, tentando fazê-lo compreender a grande diferença que existia entre o meu sofrimento e o dele.

Não queria minimizar o estrago que a morte da minha melhor amiga me causou. Contudo, tentei ampliar para se, por exemplo, fosse minha irmã, Hanabi. Não podia nem pensar, eu amava Ino, mas Naruto era irmão dela. Sangue do mesmo sangue e já havia perdido os pais tão precocemente. Eu sabia que a dor dele era maior do que a minha, portanto, se o sofrimento que passei foi incomensurável e só possível suportar graças ao apoio incondicional dos meus pais e da minha irmã. O que Naruto faria sem ter mais ninguém a quem se apoiar além de mim? Alguém que acabou de conhecer? 

Naruto começou a me pegar em vários lugares, do nada. Tocou meus braços, minha cintura, meu rosto... Fiquei confusa, mas não reclamei. Eu amava seu toque em mim, já deixei claro, certo? A resposta, no entanto, veio a seguir.

— Você realmente existe? É real ou é tipo um anjo enviado dos céus para mim? Não é possível. — eu sorri com os olhos molhados de lágrimas.

— Eu existo sim e não vou sair de perto de você mais, a menos que me peça. — meu tom soou desafiador.

Ele riu, balançando a cabeça em negativa.

— Nem que eu fosse louco, nunca mais pedirei para se afastar de mim. — e Naruto tornou a me apertar contra si, foi quando ouvimos o barulho da porta abrindo.

— Voltamos, espero que não estejam fazendo nada impróprio para menores. — Tsunade brincou, minhas bochechas esquentaram e tentei me afastar de Naruto. 

Só que ele me impediu, girando meu corpo para que eu ficasse grudada com as costas em seu peito. Naruto rodeou minha cintura e apoiou o queixo delicadamente em meu ombro.

— Não estamos fazendo nada. — respondeu sorrindo, mas seu tom soou meio travesso.

— Respeite a menina. — Jiraiya o repreendeu, fiz esforço para me soltar novamente.

Naruto, porém, me segurava com firmeza pela cintura. De modo que eu conseguia sentir a rigidez de seu abdômen nas minhas costas.

— Sempre vou respeitá-la. — rebateu, dessa vez sua voz não denotava nenhum resquício de brincadeira ou humor.

Ele falava sério, algo em meu interior derreteu. Ou eu toda derreti.

Desisti de tentar me soltar, ficar nos braços do Naruto era a melhor parte daquela viagem. Até parece que eu faria uma loucura dessas.

No fim das contas, acabamos comendo a comida que Tsunade fez. Porque Naruto tinha deixado queimar sabe-se lá o que pretendia fazer. De qualquer maneira, achei fofo o fato de ele ter tentado cozinhar alguma coisa comível para mim. A noite caiu tranquilamente, enquanto assistíamos a um filme legendado de romance. Foi bom, estar nos braços do Naruto era como chegar cansada de um dia extenuante de trabalho e tomar um banho morno. Eu jazia no meio de suas pernas, encostada em seu peito e com uma coberta felpuda me aquecendo. Naruto se mantinha abraçando minha cintura e vez ou outra sua mão fazia círculos aleatórios na minha pele. Por baixo do moletom, enviando diversos arrepios gostosos pelo meu corpo.

Os suspiros baixos que me escapavam, por sorte, não podiam ser ouvidos por ninguém além de mim mesma. Só que era inevitável, não dava para não suspirar com todo o carinho que Naruto me oferecia.

Eu só queria não sair dali nunca mais.

Me acomodei melhor, mais como uma gato que se recosta em seu humano favorito, apenas porque está muito gostoso. E acabei chamando a atenção do Naruto.

— Está confortável? — ele quis saber, se ajeitando atrás de mim.

— Uhum... — sussurrei, minha voz mal saia de tanto que eu estava mole.

Era como se eu derretesse por dentro, de um sentimento tão novo que começava no interior do meu ser e ia transbordando pelos meus poros. Ele apertou-me ainda mais, como se quisesse fundir nossos corpos. 

— Eu gosto muito de você. — declarou baixinho no meu ouvido.

— Eu também gosto de você. — afirmei de lado, nossos lábios quase se tocaram.

Naruto deixou um beijinho no meu nariz e ouvi Tsunade rir do outro sofá, aconchegada em Jiraiya. Éramos tão óbvios assim?

Naquele momento, percebi que Naruto representava bem mais para mim do que eu imaginei. Sorri internamente e pensei em Ino.

"Você está feliz, amiga? Me desculpe se me sinto feliz agora, talvez eu não devesse. Já que faz pouco tempo que você nos deixou, mas eu me sinto feliz por estar perto do seu irmão. Espero que você também esteja, eu sempre vou te amar."

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Tururu...

Capítulo fofinho porque agora vai ser só amores. O próximo já está pronto, mas pretendo adiantar mais um antes de postar.

Espero que gostem!

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