Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 1

Entramos silenciosamente no Uber e eu me remexi desconfortável no banco. Ainda não conseguia acreditar que aquele homem enorme, que parecia preencher todo o espaço no interior do veículo, fosse o irmão da Ino. Era estranho, no mínimo, visto que eu esperava um magricela espinhento, com um bola desproporcional — que as pessoas costumavam chamar de piercing — na sobrancelha. Só que não foi bem isso o que encontrei. Pelo contrário, Naruto parecia ser um rapaz educado e gentil, pelo menos julgando superficialmente seu comportamento nesses poucos minutos em que esperamos a nossa carona. Conversamos superfluamente sobre o clima e ele mencionou que estava morrendo de saudades da irmã e de tudo no Japão. Além de achar meio peculiar voltar ao país, após dois anos morando na Nova Zelândia. Inclusive, vez ou outra Naruto sorria de leve para mim e isso fazia com que eu o espiasse. Como quem via uma espécie de barra enorme de chocolate com amendoim, meu favorito, registrem nos autos.

Eu e Ino nos tornamos amigas somente há mais ou menos um ano e meio, então não cheguei a conhecê-lo quando Naruto morava no Japão. Além do que, ele estudava e travalhava tanto que não lhe restava tempo hábil para interagir com muitas pessoas. Seu contato aqui se resumia à Ino, por motivos críticos, pelo que soube. Portanto, não foi de suma importância que eu e Naruto também fôssemos amigos. Eu não era muito sociável e não faço o tipo que curte ficar conversando com desconhecidos na internet. Mesmo que o desconhecido em questão fosse irmão da minha melhor amiga. Até cheguei a bisbilhotar o facebook dele, por mera curiosidade, mas como não éramos amigos e a maioria de seus álbuns de fotografia eram privados, não vi muita coisa. Isso valia também para o instagram. E, apesar de eu ter visto algumas fotografias dos dois na casa da Ino, nunca foquei muito na aparência de Naruto. Ele era apenas um adolescente comum nas fotos, promissor, talvez, no entanto, eu não ficava fantasiando se o irmão da minha amiga se transformaria em um deus grego dentro de uns dois anos. Então, é de se imaginar o tamanho da minha surpresa, ao deparar-me com um homem lindo — devo frisar — tão aparentemente atencioso e educado como Naruto. Pois é, ele até abriu a porta do carro para mim!

De qualquer forma, uma foto atualizada pouparia a quase arritmia que eu tive, ao observá-lo caminhar em minha direção. Como naqueles filmes clichês, onde o mocinho se apaixona perdidamente pela mocinha à primeira vista.

— Posso ver a foto que a Ino te deu? — pediu e eu o fitei por alguns segundos, antes de entregar a fotografia. Naruto a analisou por algum tempo, uma sobrancelha loira arqueada, um bico nos lábios. Antes de emendar: — Tanta foto menos ruim e a Ino te dá essa em que eu acabei de fazer essa merda na sobrancelha... — pausa de indignação —, pra que eu botei esse piercing, meu Deus? — falou consigo mesmo e meneou a cabeça em descrença. 

— Às vezes ela não teve tempo de achar uma melhor — argumentei, olhando-o de esguelha e tentando me ajeitar ao ponto de nossas pernas não se tocarem conforme o carro sutilmente sacolejava. Se bem que, diferente do que Naruto pensava, eu não tinha certeza se havia uma foto melhor, comparando com as que eu já vi dele pela casa. — Você também não mandava muitas fotografias recentes para sua irmã, que eu saiba. — observei, esperando uma confirmação.

— Err... — pigarreou, mexendo no cabelo. — Tem razão, depois que eu viajei, se postei duas ou três fotos minhas na internet foi muito. Eu meio que vivia com olheiras enormes e não fazia questão de que todos vissem como eu estava acabado. Muito menos a Ino, se ela visse meu estado com certeza ficaria preocupada e faria perguntas sobre o dinheiro que me enviava. Eu não queria que ela trabalhasse ainda mais para me enviar dinheiro. Ino já me mandava quase tudo o que recebia, só tirava o do aluguel e de despesas básicas. — despejou tudo muito rápido, fazendo-me piscar algumas vezes. — Acho que enviei apenas algumas fotografias de quando eu viajei com meu padrinho e como estava frio a beça, eu usava toca, cachecol e um casaco gigante, além de por causa do clima ser normal que eu apresentasse uma aparência grotesca. Nariz vermelho, pele rachada, essas coisas — ele riu, antes de concluir —, deve ser por isso que ela não te deu uma dessas, você nem iria me reconhecer.

Aquela conversa estava meio estranha, mas não me importei.

Ele era responsável e não queria explorar a irmã, isso era demais para o meu coração fraco. Ainda por cima tinha senso de humor e zoava a si próprio, era quase que minha versão masculina. Claro, acrescentando toda a pompa e circunstância. Se bem que uma luzinha acendeu em minha mente, o que Naruto quis dizer com perguntas sobre o dinheiro que Ino enviava? Eu precisava descobrir, sondá-lo discretamente. 

— Essa atitude de não querer preocupar sua irmã é muito legal. — assumi, olhando-o de canto. — De qualquer maneira, não pode reclamar então se ela me deu uma foto desatualizada sua. E acho que eu nem precisava dessa foto, porque pessoalmente você é completamente diferente de todas as suas fotografias que já vi e principalmente dessa aí. — descontrai, aprontando para a foto que Naruto segurava e sentindo-me um pouco mais à vontade com ele.

— Pois é. — concordou, rindo marotamente e ostentando charmosos risquinhos nas bochechas. — Vou levar como um elogio o que me disse — gracejou — Quando nos falávamos pela Web Cam eu sempre baixava a luz, para que Ino não me enxergasse muito bem. Era minha tática pra ela não surtar por causa da minha aparência abatida. E, mesmo com minha irmã me cobrando sem parar por mais fotos e tals, eu inventava uma desculpa de que não tinha tempo e esquecia de enviar. Bom, dava certo, só porque eu falava sempre com ela pela internet, se não Ino surtaria enfim.  — concluiu pesaroso e soltou um suspiro prolongado.

— Sim, Ino me contava que você não mandava muitas fotos e que isso a preocupava. Você deve ter passado uma barra nesse intercâmbio, não? — eu quis saber, genuinamente interessada no assunto e criando a possibilidade de chegar ao ponto que eu tinha interesse. — E eu acho que te entendo, ela só falava de você, se comia bem, se tinha roupa suficiente pra vestir, se trabalhava demais, se tinha dinheiro... — enumerei, indicando nos dedos todas as dúvidas e anseios da minha amiga. — Ela se preocupava o tempo todo com você tão distante e deve estar louca para saber se eu já te peguei. — ops, corei dos pés a cabeça e ele riu disfarçadamente. — Quero dizer, se te encontrei no aeroporto — corrigi, sem graça, desviando o olhar para a janela — Tenho certeza que daqui a pouco a Ino liga. Por falar nisso, tentei falar com você, só que não consegui também.

— Ah é, desculpe. Eu perdi o celular na bagunça um pouco antes de vir e perderia o vôo se ficasse procurando. Avaliando o grau de importância de cada um, o celular saiu perdendo. Ele não valia muito mesmo. Aliás, se a Ino tiver me ligado acho que deve estar surtando agora. — ponderou e eu assenti, agradecendo por Naruto não focar na minha gafe. — Você falou com minha irmã hoje?

— Não, tentei ligar só que caiu na caixa postal. — dei de ombros, esperando a vermelhidão do meu rosto abrandar. — Vou tentar de novo, mas acho que ela deve estar presa em uma daquelas reuniões loucas e importantes, por isso não me atendeu. Mas Ino passou a semana toda falando sobre você voltar e como estava ansiosa para vê-lo. Ontem quase não me deixou dormir, pedindo sem parar que eu chegasse cedo e não te deixasse esperando. Ah, fora que ficou imensamente chateada por não poder te buscar no aeroporto. — expliquei para Naruto não se sentir preterido.

— Ino se preocupa comigo até quando não mereço. — seu tom soou como uma dura crítica a si mesmo. — Já dei muito trabalho à ela, achei que estava na hora de tomar conta de mim.

Eu sabia ao que Naruto se referia, quando os pais deles faleceram em um acidente, ele passou a ficar agressivo e a sair com uns garotos barra pesada. Ino ficou desesperada, segundo o que me disse, não sabia o que fazer. Porque o padrinho deles morava em outro país e não pôde ajudar em muita coisa. Portanto, era meio que apenas os dois para aguentar a barra, ela chegou a pensar que o irmão seria preso. Naruto passou a pegar dinheiro dela escondido para ajudar os "amigos" a comprar drogas e, apesar de ela achar que o irmão não usava, ainda, essa estatística poderia mudar rapidamente. Resumindo, foi uma época horrível para minha amiga, somente quando ela ameaçou ir embora e deixá-lo sozinho, Naruto compreendeu que precisaria mudar de rota e sugeriu o intercâmbio. O tal padrinho que morava na Nova Zelândia poderia acolhê-lo. Assim ele ficaria longe dos supostos amigos que o influenciavam.

Ino aceitou e até então trabalhava feito louca para ajudar Naruto com despesas e alimentação. Eu sei o que ela passou, por isso ficava com um pé atrás com ele. Vai que Naruto continuava do jeito que era quando viajou? Óbvio que eu jamais comentei esse pensamento com minha amiga, não iria desmotivá-la. Ela esperava um Naruto diferente, mais maduro e tal. Em compensação, eu morria de medo de que ele permanecesse o mesmo irresponsável de antes, o que destroçaria o coração da Ino. Estava feliz pelo meu receio não ter se concretizado.

— Só não entendi uma coisa — ponderei, puxando na memória o que Ino me falava sobre enviar dinheiro para Naruto e tudo o mais. E aproveitando que ele mesmo mencionou o assunto. Como Naruto sofria tanto se a irmã enviava quase todo o salário que recebia para ele não passar necessidade? — Sua irmã não enviava dinheiro pra você, não dava para manter seu intercâmbio sem tanta dificuldade? — perguntei, uma sobrancelha minha se ergueu involuntariamente e temi estar sendo invasiva demais. Ou ter demonstrado descrença pelo o que ele me contou.

Naruto pareceu não perceber ou não se importar com minha audácia. 

— Sim... — hesitou antes de continuar e, olhando bem dentro dos meus olhos, emendou: — É um segredo, posso confiar que você não contará nada a minha irmã até que eu tenha resolvido tudo? — gelei, não era possível que Naruto tivesse se metido em encrenca na Nova Zelândia também. Foi para ele ficar longe de confusão que Ino concordou sobre o maldito intercâmbio!

— Ah, Naruto... — lamentei, na dúvida sobre dizer outra coisa.

— Não usei o dinheiro da Ino, eu guardei tudo e também boa parte do que recebia com meu trabalho. — iniciou e seus olhos estavam fixos nos meus, o que causava um certo reboliço dentro de mim. Olhando bem de perto, Naruto era ainda mais bonito do que eu imaginava. — É uma surpresa para ela, acho que tenho dinheiro suficiente para comprar uma casa própria ou um pequeno apartamento para minha irmã. Meu padrinho me ajudou e apesar de sempre brigar comigo por trabalhar demais, ele entendeu que eu não sossegaria até juntar todo o dinheiro necessário. Por isso me apoiou.

Prendi a respiração, eu ouvi bem?

— Você quer comprar uma casa pra Ino? — minha voz subiu umas boas oitavas ao ouvi-lo. — Isso é fantástico! — e quase gritei dessa vez.

— Sim, mas preciso pesquisar muito antes. Não sei se o dinheiro que tenho é suficiente, por falar nisso, aliás... — fez uma pausa e crispou os lábios, enquanto eu me remexia ansiosa no banco. — Será que pode me ajudar? Vocês são amigas e eu sou meio perdido nessas coisas, preciso de uma opinião feminina. Só que não queria contar para a Ino agora, antes de ter certeza de que conseguirei mesmo comprar algo morável. — frisou a última palavra, fazendo-me rir. 

— Claro que eu ajudo! — exclamei alto demais, rápido demais.

Naruto, porém, mais uma vez não demonstrou se importar com minha estranha animação e sorriu ainda mais animado do que eu. Fazendo meu coração amolecer dentro de mim, ele tinha que ser tão bonito?

Argh.

— Ótimo, sei que Ino paga aluguel e eu estou louco pra ver a cara dela quando souber que tenho dinheiro para comprar uma casa. — sua voz soou tão exultante que até aqueceu meu coração.

Naruto realmente havia mudado e essa era a melhor notícia que minha amiga poderia receber. Senti-me um tanto envergonhada por imaginar o pior, estava na cara que ele tentava se redimir pela preocupação que causou na irmã. Eu faria o possível para ajudá-lo, afinal, minha amiga merecia vivenciar essa experiência de comprovar o quanto o irmão estava diferente. O tanto que ela ralou para conseguir enviar dinheiro a Naruto — porque o padrinho também não tinha muita grana — não estava escrito. Horas e mais horas extras, trabalhando aos finais de semana. A melhor coisa daquele dia foi constatar que Ino receberia algo tão bom, ela merecia isso.

Eu estava feliz, incrivelmente feliz. Obviamente, meu estado de espírito em nada tinha nada a ver com o fato de Naruto continuar olhando nos meus olhos, como se eu fosse a única pessoa no mundo que poderia ajudá-lo. Como se realmente precisasse de mim.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro