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CAPÍTULO VINTE E SEIS
─── DE ONDE VEIO ISSO?

PICASSO LATIU AO baterem na porta. Bryce sentou-se de onde estava deitado no sofá, encontrando uma camisa para vestir antes de caminhar até a porta. Quando ele abriu, um sorriso apareceu em seu rosto. — Não esperava vê-la tão cedo.

— Eu só queria falar com você. — Sam encolheu os ombros um pouco quando ela entrou. — Eu pensei que você iria ficar com seu pai hoje à noite?

— Eu estava, mas decidi que preferia estar aqui. — ele deu de ombros, pegando uma coca na geladeira enquanto eles se sentavam. — O que está acontecendo na sua cabeça?

— Você sabe como eu não poderia deixar passar? O que aconteceu com nossos pais? — Sam ergueu as sobrancelhas quando Picasso deixou cair a cabeça em seu colo. Bryce cantarolou e pausou a tv. — Bem, meu pai finalmente me contou tudo.

— Agora você está preocupada porque minha mãe acabou machucando seu pai? — Bryce sabia que estava chegando e pensou em salvá-la do passeio, balançando a cabeça.

Sam parecia surpresa. — Você sabia?

— Claro que não. Eu teria contado a você. — ele balançou sua cabeça. — Mas eu também conheço minha mãe. Não foi difícil juntar as coisas. Ele te contou o que ela fez?

— Deixei-o para um comercial. — ela exclamou em resposta. — Nem mesmo vinte e quatro horas completas e ela decolou.

— Parece com ela. — Bryce apoiou um braço no sofá. — Isso é o que ela sempre quis, sabe? Tornar-se grande, ser famosa. Mesmo ficando sóbria por um tempo, então tudo desabou e ela voltou ao seu antigo ciclo. Isso não me choca que ela fez o que fez. Mas, para o seu pai assustar você e fazê-la pensar que eu sou da mesma maneira, é estúpido.

— Ele não me assustou, eu só fiquei preocupada. — Sam defendeu o assunto com um aceno de cabeça. — Quero dizer, você iria embora se seus sonhos estivessem ao virar da esquina assim? Você tem um sonho assim? Quero dizer, eu sinto que nem mesmo...

— Sam, aquela casa é o meu sonho. Estar lá fora perto dos meus avós, com você e Picasso. Esse é o sonho, e eu o tenho agora. A única razão pela qual eu decolaria seria se uma dessas três coisas não funcionasse. — ele ergueu as sobrancelhas para ela. — E, contanto que você não planeje me largar depois do último ano, acho que estou bem longe de decolar.

Sam hesitou. — Tem certeza?

— Sim, eu tenho certeza. — ele teve que rir de seu rosto questionável, estendendo os braços. — Vamos.

Sam se aproximou, inclinando-se para trás em seus braços enquanto Bryce esfregava o topo de sua mão. — E se perdermos a casa em uma tempestade?

— Samantha! — Bryce riu e a repreendeu imediatamente.

★

— Estou feliz que você acompanhou. — Demetri colocou o braço em volta de Bryce enquanto todos entravam na loja de tatuagens. — Lembra quando éramos pequenos e você colocava Eli e eu na parte de trás do cortador de grama? Isso é o que me lembra.

Bryce tentou não rir. — Como isso é algo assim?

Demetri deu um ponto para a máquina de tatuagem zumbir. — O barulho. Nostálgico.

— Nostálgico, hein? — Bryce cantarolava enquanto olhava ao redor. — O que você acha que eu deveria fazer por Sam?

— Bem, eu sou contra marcar seu corpo por causa de um relacionamento. É por isso que eu não vou deixar Eli colocar meu rosto em sua testa. — ele ergueu as sobrancelhas em troca.

— Você está recebendo algo para Sam? — Eli olhou de onde estava pegando suas flores de lótus.

— Sim. — Bryce tentou não olhar para Miguel do outro lado, eles nunca estiveram no melhor período, mas agora estava pior depois que Bryce viu a ansiedade e preocupação de Sam quando ele partiu para o México. — Eu persegui o Pinterest dela e ela parece gostar de um monte de coisas românticas cafonas. O que é mais romântico do que fazer uma tatuagem para sempre para ela?

— Veja, talvez nós sejamos parentes. — Eli disse sarcasticamente com um bufo. — Ela tem Picasso para o dia?

— E noite. — ele cantarolava esfregando o piercing no nariz. — Eu quero que seja único, não como um S ou algo assim.

— Você poderia torná-lo significativo. — sugeriu Demetri. — Vocês têm algo meio secreto? Ela adora um bom segredo.

Um sorriso se espalhou em seu rosto depois de um segundo, lembrou-se de quando ele pegou sua pintura com spray pela primeira vez e a ensinou a fazer o signo de marte. Ela tinha feito isso na noite da entrada e depois usado para convidá-lo para o baile. — Acho que entendi.

— Falando em Sam... — era óbvio que Miguel estava evitando isso. — Ela está realmente brava, certo?

— Ela não está brava, Miguel. — Bryce exalou, não era difícil dizer que ele estava evitando falar com ele também. — Ela está apenas chateada. Ela estava realmente preocupada com você, e o fato de você ter fugido logo antes da grande partida realmente a afetou.

— Eu apenas... Pensei que precisava ir para o México. — ele exalou e desligou o telefone.

— E eu respeito isso, você tem que fazer o que tem que fazer. Mas um pouco de atenção não faria mal. Vocês ainda são amigos dela, ela estava contando com o seu apoio. — ele apontou, acenando para Aurora seguir seu caminho enquanto Rico trabalhava em Eli. — Vocês dois poderiam ter lidado melhor com isso.

— Droga! — Eli riu dele. — De onde veio esse espertinho? Deixamos Bryce na Bath and Body, onde ele joga as pessoas em Mil Desejos?

O trio de meninos riu quando Bryce escondeu um sorriso com uma risada. — Acabei de aprender a canalizar minha raiva para as pessoas que a merecem. Você está subindo cada vez mais nessa lista, sabia?

— Estou orgulhoso de você. — Demetri deu um tapinha nas costas de Bryce. — Como minha primeira paixão por garotos, sinto que minha opinião realmente importa.

— Espere! — Miguel começou a rir quando Eli bateu com a mão no rosto. — Bryce foi sua primeira paixão?

— Por que você parece tão chocado? — Bryce perguntou com uma risada e um olhar de descrença.

— Quero dizer, eu não estou. — Miguel ergueu as mãos em sinal de rendição. — Eu apenas percebi que você não era o tipo dele.

— Ah, foi ruim. — Demetri confirmou com um aceno de cabeça. — Ele era tão mau, mas eu estava desmaiado.

— Sim, foi traumatizante. — Eli balançou a cabeça em descrença. — Literalmente traumatizante.

— Então, o que fez você superar isso? — Miguel tinha que saber, muito investido na história.

— Ele me deu um tapa com um pedaço de pizza e começou a ser pior do que apenas mau. — Demetri deu de ombros. — Tempos ruins.

— Tempos horríveis. — Bryce concordou. — Aquele tapa na pizza foi bom.

— Realmente foi. — Eli riu quando Demetri se virou e deu a ele um olhar de descrença.