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CAPÍTULO TREZE
─── EU GOSTO DE PICASSO

— OK, CARA, ISSO não está funcionando. — Bryce falou com o cachorro na tentativa de banho, Bryce colocando mais água nele do que qualquer outra coisa. — Estou tentando ajudá-lo, cara.

Estendendo a mão para trás, ele tirou a camiseta encharcada, esfregando a cabeça do cachorro com sabão. Ele praticamente se arrastou com ele para ficar calmo. — Veja, está tudo bem. Estamos bem.

O cachorro relaxou mais com Bryce segurando-o do jeito que ele fez. Ele deu um pequeno sorriso, sentindo uma conexão entre os dois. — Você está bem agora, cara. Estamos bem.

— Eu tenho a comida. — Sam entrou no banheiro, segurando a bolsa e as chaves do carro de Bryce. — Como ele está... Oh woah, vocês estão ótimos.

— Sim, estamos chegando lá. — Bryce cantarolou, olhando para ela. — Você pode deixar minhas chaves no meu quarto, estamos quase terminando aqui.

Bryce terminou com o cachorro, secando-o com a toalha o máximo que podia antes de levá-lo para seu quarto. — Ok, cara. Você está com fome?

Sam tinha duas tigelas, comida e água. Bryce o colocou perto deles, o cachorro começou a comer imediatamente. Sam sorriu, sentada de costas na cômoda de Bryce enquanto ele se sentava do outro lado do cachorro, perto, mas não um ao lado do outro. — Nós devemos mantê-lo.

— Sim? — Bryce ergueu as sobrancelhas em sua direção. — Você não acha que ele tem uma família lá fora?

— Talvez, mas eles claramente não estão cuidando dele. — ela apontou com um aceno de cabeça. — Ele vai ficar melhor aqui, ou comigo.

— O quê? Você quer dividir a custódia? — ele abriu um sorriso para ela, Sam assentiu. — Sério?

— Nós geralmente estamos sempre juntos depois da escola de qualquer maneira. Ele pode dormir uma semana na minha casa, uma semana aqui. — Sam explicou com um aceno de cabeça, sorrindo para o cachorro enquanto ele continuava a comer sua comida. — Eu só vou ter que convencer meu pai.

— Sim. — Bryce teve que rir um pouco. — Ele provavelmente precisa de um nome se vamos mantê-lo.

Sam exalou, esfregando a cabeça enquanto continuava a comer. — Eu gosto de Picasso.

Suas sobrancelhas se ergueram, olhando em sua direção. — Como o pintor?

— Ele parece um Picasso. — ela se defendeu enquanto Bryce ria. — Estou falando sério!

— Picasso, okay. — ele confirmou, sorrindo enquanto Picasso continuava a comer e beber sua água. — Acha que ele gosta de viagens de carro?

— Para onde você está fugindo desta vez? — Sam ergueu as sobrancelhas, sabendo que Bryce decolava muito durante o verão. — Texas? Arizona?

— Claro. — ele exalou com um aceno de cabeça. — Não é por mais alguns meses, mas meus avós querem que eu e Eli viajemos no início de maio para essa coisa de família que fazemos.

— Que tipo de coisa de família? — ela questionou com curiosidade.

— Meu pai, minha madrasta, Eli e minha tia, seu filho e esposa, e meus avós vão passar o fim de semana em sua casa. É enorme, sete quartos e em um monte de acres e ver quem consegue chegar ao outro lado do lago primeiro. — Bryce encolheu os ombros com um meio sorriso. — Nós comemos também.

— O que há do outro lado do lago? — Sam franziu as sobrancelhas em questionamento.

— Degustação de vinho. — ele confirmou com um aceno de cabeça. — E você pode fazer o seu próprio.

— Fazer seu próprio vinho? — Sam perguntou com um piscar de olhos, ele assentiu. — Isto é tão legal.

— Você quer vir? — ele sugeriu, Sam olhou para ele estranhamente. — Eli sempre leva Demetri, minha prima sempre leva um de seus amigos. Vai ser divertido, não vou parecer um solitário pelo menos uma vez.

— Sua família não vai se importar? — ela piscou, mas uma viagem no lago parecia divertida.

— Você está brincando? Meus avós são como aquelas pessoas que convidam estranhos nos feriados. — ele explicou, fazendo Sam sorrir levemente. — Eles adorariam você. E Picasso.

★

— Sensei Lawrence e eu temos o mesmo objetivo de prepará-los para o torneio. — Daniel olhou para os alunos enquanto falava, sério e com compaixão.

— Mas temos maneiras diferentes de chegar lá. — Johnny falou com confiança, mas ficou claro que talvez ele não estivesse tão confiante.

— Percebemos que ensinar pontos de vista opostos ao mesmo tempo pode ser um pouco confuso. — o homem LaRusso assentiu com um olhar conhecedor. Bryce ergueu as sobrancelhas em questionamento.

— Então, discutimos e encontramos uma solução. Vamos dividir e conquistar. — o homem mais alto os informou, confundindo os alunos. — Eagle Fang treinam na frente.

— E eu estarei de volta aqui com o Miyagi-Dos. — Daniel apontou para os fundos do dojo. Os irmãos Moskowitz compartilharam um olhar.

— Achei que éramos mais fortes trabalhando juntos. — Miguel falou, olhando para os dois senseis.

— Ainda estamos trabalhando juntos. — Daniel o tranquilizou junto com todos os outros.

— Apenas separados. — Johnny deu um ponto de conhecimento. — Nos extremos opostos do dojo. Muito bem, Eagles, sigam-me.

Sam olhou para Bryce. — Isso é estranho, certo?

— Sim. — ele concordou, deixando-a entrar primeiro no dojo. Daniel os fez sentar, cruzando as pernas para o aquecimento.

— Todos nós temos raiva por dentro. Mas eu quero que você a deixe ir. — Daniel encorajou enquanto se sentava na frente do dojo, olhando para os alunos. — Não deixem que suas emoções o controlem. Vocês tem que estar no controle. Certo? Agora, todos fechem os olhos e relaxem.

Bryce respirou fundo, ouvindo Sam respirar ao lado dele.

— Pare de choramingar como uma putinha. Levante-se.

— Mantenha o foco. Olhos fechados. — Daniel encorajou. — Inspire. Expire.

— Não seja um bichano. Dê um soco na cara dele.

Bryce se cansou de detê-lo, mas um bufo escapou dele, escondendo-o com uma tosse.

— Tentem não se distrair. — Daniel os encorajou novamente, ele os fechou novamente quando Sam deu um soco no joelho. — Mantenha o foco.

— Você deu um soco nas bolas dele? O que diabos está errado com você?

Risos percorreram os alunos enquanto Daniel suspirou, levantando-se. — Esperem bem aqui.

Ao sair, Bryce olhou para Sam. — Você vem comigo para pegar Picasso?

— Ele está em seu check-up, certo? — ela cantarolou, continuando seus alongamentos. Bryce assentiu. — Sim, eu vou com você.

— Okay. — Bryce deu-lhe um sorriso, olhando para Eli saindo de um dos quartos com Demetri, Nate e Chris logo atrás. Ele se levantou rapidamente quando Sam deu um olhar preocupado. Bryce caminhou em direção ao trio. — O que vocês disseram a ele?

— Nada que ele não merecesse. — Chris deu de ombros de volta. — Ele precisa ficar com suas Presas de Águia e não estragar nossas coisas.

— Ou você pode simplesmente ficar de boca fechada. — Bryce sugeriu, olhando para Nate. — Vocês dois.

— Bryce. — Daniel olhou para o dojo. — O que você está fazendo?

— Defendendo meu irmão? — ele respondeu com um olhar estranho, vendo-o caminhando em direção ao seu carro. — Aonde ele está indo?

★

— Ele vai voltar, só vai levar tempo. — Sam falou enquanto ela e Bryce tinham acabado de pegar Picasso, agora no banco de trás enquanto voltavam para o LaRussos. — Você se lembra de como era com você. Leva tempo para construir a confiança novamente.

— Eu sei, mas é diferente quando ele é meu irmãozinho. — Bryce disse honestamente. — Eu sei que ele fez coisas ruins, mas também não quero que as pessoas falem merda com ele.

Sam olhou pela janela, passando pelo beco para onde ele a levara não muito tempo atrás. — Então...

Seu telefone tocou, Bryce estava na estrada. — Você pode pegar isso?

Sam estendeu a mão, enfiando a mão no bolso dele. Bryce puxou o volante rapidamente enquanto Sam dava um olhar louco. Ele limpou a garganta. — Desculpe, minha culpa.

Ela puxou o telefone dele. — É sua mãe.

— Você pode dizer a ela que estou dirigindo e estarei em casa em apenas um segundo? — ele perguntou, ela assentiu e atendeu o telefone. Sam falou antes que ela fosse cortada, Bryce olhou para trás, olhando para a estrada. — O que ela está dizendo?

— O-Ok, estamos a caminho. — Sam falou, desligando o telefone e recebendo um olhar preocupado. — Ela está no bar da 110. Ela parece muito maluca, Bryce.

Seu rosto inundou com vergonha. — Ela está bem?

— Eu penso que sim. — Sam acenou com a cabeça. — Nós só precisamos buscá-la, ela disse que o barman não está deixando ela dirigir para casa.

Bryce balançou a cabeça. — Eu vou te deixar em primeiro lugar.

— Só vai demorar mais, meus pais vão entender. — ela assentiu. Bryce não parecia convencido. — Está tudo bem, podemos pegar sua mãe.

Ele não falou o resto do caminho, envergonhado.

★

— Ok, mamãe. — Bryce ajudou sua mãe a se deitar na cama assim que voltaram para o apartamento. Ele a rolou de lado, puxando o frasco de aspirina de sua mesa de cabeceira. — Fique na cama, ok?

— Venha abraçar, Slade. — Jody arrastou suas palavras enquanto Bryce a aconchegava. — Você nunca mais fica em casa.

Bryce saiu de seu quarto, encontrando Sam na sala de estar. Ela deu um olhar questionável. — Quem é Slade?

Bryce exalou. — Ele é meu pai.

Sam ficou de pé enquanto Bryce circulou o sofá e caiu nas almofadas. — Hoje o aniversário deles, bem, teria sido. Eu esqueci totalmente.

Ele se apoiou nas mãos, olhando para o chão. Sam piscou. — Isso acontece com frequência?

Bryce a ignorou, apertando sua nuca antes de olhar para ela com um suspiro. — Desculpe, você tem que lidar com essa merda.

— Está bem. — ela balançou a cabeça suavemente.

— Não, não está tudo bem. Eu deveria te levar ao cinema ou te ensinar a jogar minigolfe. Não te arrastar para a bagunça da minha mãe bêbada. — Bryce vociferou, falando com as mãos enquanto o pôr do sol brilhava através das persianas quebradas. Ele olhou para baixo novamente, esfregando o pescoço. — Isso é tão estúpido.

Sam se aproximou para que ela ficasse na frente dele, o topo da cabeça de Bryce tocou seu estômago. — Eu não acho isso estúpido. Você se lembra quando você e sua mãe cuidaram de mim quando eu estava bêbada e só precisava dormir? Eu não vou ser malvada com você por causa de como sua vida é.

— É embaraçoso. — Bryce murmurou.

Sam esfregou a cabeça. — Você não deveria se envergonhar de nada. Não comigo.

Bryce se inclinou para que sua cabeça se inclinou mais para ela, os braços de Sam passando ao redor de sua cabeça para esfregar seu cabelo tingido.