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CAPÍTULO NOVE
─── VOCÊ É A PRIMEIRA PESSOA QUE CONTEI ISSO
[TW: menção de Kyler e agressão sexual passada.]
OS OLHOS DE Bryce se arregalaram quando Daniel abriu a porta. — Ah... Você está em casa?
— Bryce. — Daniel ergueu as sobrancelhas, olhando-o ligeiramente. — O que você está fazendo aqui?
— Eu só estava vindo para verificar Sam. — ele limpou a garganta ligeiramente, mordendo a pele solta ao redor de seus lábios. — Eu trouxe sorvete para ela.
Daniel olhou para ele bem. — Oh, sim?
— O que você viu na minha casa, não foi o que você pensou que era. — Bryce o tranquilizou rapidamente com um pigarro. — Eu dormi no sofá e Sam só precisava de algum lugar para dormir. Honestamente, ou o que quer que suas crenças sejam, na verdade.
— Não, mas você ainda não a trouxe para casa onde ela estaria muito mais segura. — ele apontou com um olhar conhecedor em seus olhos.
Bryce piscou. — Sem desrespeito, Sr. LaRusso, mas eu nunca deixaria nada de ruim acontecer com Sam intencionalmente. Eu sei como lidar com um bêbado. Se eu não tivesse, então eu a teria trazido para casa, independentemente do que ela quisesse.
Daniel piscou, olhando-o ligeiramente. — Sua mãe bebe muito?
— Não tanto mais, mas, sim, algo assim. — ele deu de ombros em resposta, evitando apontar que ele sabia sobre o passado deles. — Olha, eu vou dar isso para você e...
— Não, você pode entrar. Ela precisa acordar de qualquer maneira. — Daniel suspirou, Bryce poderia dizer que estava matando ele convidá-lo para entrar. — Apenas... Deixe a porta aberta.
— Estava planejando isso. — Bryce mentiu, dando um sorriso de lábios apertados enquanto subia as escadas. Com base em onde ele viu do lado de fora, ele encontrou o quarto de Sam em um momento. Com uma pequena batida, ele abriu a porta. Sam estava sentada em sua cama, parecendo que tinha acabado de acordar de um pesadelo. — Ei, bela adormecida.
— O que você está fazendo aqui? — ela ficou boquiaberta, surpresa ao ver Bryce Moskowitz parado em sua porta.
— Trouxe algo para você. — ele levantou a bolsa. — Bem, duas coisas. Porque eu sei que você disse que estava tentando ficar longe de laticínios, para sua pele, mas no caso de você querer dar o fora e comer laticínios puros.
Sam abriu um sorriso enquanto ele passava a bolsa para ela, olhando ao redor do quarto dela. Sam decidiu pelos laticínios, não se preocupando com a pele dela nos últimos dias. Bryce sorriu levemente. — Seu quarto é tão parecido com você.
— E isso significa o quê? — ela abriu a tampa, encontrando a colher na bolsa.
— É bom. — ele zombou, olhando na direção dela. — Geralmente as pessoas parecem com seus quartos.
— Então, o quê? Você esteve em muitos quartos de outras meninas? — Sam cantarolou, colocando a primeira colher cheia em sua boca com um zumbido.
Bryce ergueu a cabeça um pouco mais alto. — Eu não diria muito.
— Não? — ela pareceu surpresa. — Então, quantos?
— Por que isso é da sua conta? — ele riu incrédulo, caminhando para se deitar ao pé da cama dela. — E você?
— Oh não. — ela balançou a cabeça.
Brice sorriu. — Imaginei.
— Você imaginou? — Sam pareceu ofendida. — Todos os caras são pervertidos como você?
— Não de uma forma pervertida, apenas de uma forma casual. — Bryce argumentou levemente com uma risada menor, Sam não parecia achar sua desculpa bem. — Ok, talvez de uma forma um pouco pervertida.
— Hum. — ela cantarolou, colocando a colher em sua boca.
— Então, essas coisas que Kyler disse no ano passado... Era mentira? — Bryce hesitou, sabendo que definitivamente sairia do jeito errado.
— Completamente. — Sam revirou os olhos. — Literalmente nada disso aconteceu.
— Eu acredito em você. — ele a impediu de ter que se defender, mas notou que algo permanecia ao seu redor. — O que realmente aconteceu?
— Fomos ao cinema juntos. — Sam exalou com um pequeno encolher de ombros. — E ele tentou colocar a mão no meu vestido e eu disse para ele parar, mas ele não parou.
Bryce sentou-se com um olhar questionável. — O que?
— Quero dizer, eu meio que bati nele depois disso. — ela disse de volta com um meio sorriso, encolhendo os ombros.
— Não importa. Parar significa parar. Não sei por que isso é tão difícil de entender. — ele disse de volta, e desta vez, Sam sentiu o que viu ao redor dela momentos antes. — Desculpe por caras assim se safarem com merdas assim.
Sam balançou a cabeça. — Acho que ele meio que pagou por isso. Depois daquela briga no refeitório.
Bryce concordou com a cabeça. — Então, é por isso que você não... Fez nada?
— Não, não, não realmente. Quero dizer, nunca chegou a esse nível com Miguel. E ele é tudo que eu realmente tinha. — Sam explicou, um pouco sem jeito. — E você?
Bryce teve que rir. — E quanto a mim?
— Quero dizer, você claramente fez coisas antes. — ela exclamou com um encolher de ombros menor. — Uma vez, duas vezes?
— Depende, eu acho. — Bryce coçou o lado de seu rosto, vendo o olhar estranho que ela deu. — Tecnicamente, duas vezes.
— Tecnicamente? O que isso significa? — Sam riu levemente. — Como você pode tecnicamente fazer sexo?
— Porque aconteceu duas vezes. — Bryce hesitou, ajustando como se sentava. — Mas eu... Você sabe, eu só estive presente uma vez.
O coração de Sam caiu, assim como seu rosto. — O que?
— Você não tem que me dar esse olhar. — ele riu para aliviar o olhar que odiava, balançando a cabeça. — Foi há mais de um ano.
— Ainda assim, meu Deus. — ela explicou com um aceno de cabeça. — O quê? Você estava dormindo? Eu não...
Ela sentiu a maneira como ele estava se ajustando desconfortavelmente, evitando olhar como ela. — Desculpe, não, não, não é da minha conta. Eu só... Me desculpe.
— Eu estava muito bêbado no verão passado. Tipo, além do limite. Foi minha primeira vez tentando fazer as coisas difíceis, e havia muito disso. — Bryce cantarolou, balançando a cabeça enquanto se inclinava de lado. — E eu estava namorando uma garota na época. Masy. E, a próxima coisa que eu sei, eu estou na cama dela e ela em cima de mim. Você sabe que n-não é como se eu me lembrasse de chegar lá. E eu estava acordado, mas não, eu acho.
— Bem, você estava super bêbado. Você está acordado, mas não tecnicamente. — Sam explicou, se aproximando. — Ainda assim, isso não faz isso certo. Se você estivesse fora disso, não há como você ter dito sim. E mesmo se você dissesse, ainda é senso comum para...
— Eu sei. — Bryce a interrompeu com um aceno de cabeça, sentando-se ereto com uma longa expiração. — Sabe, você é a primeira pessoa para quem eu disse isso.
Sam balançou a cabeça. — Você não contou a ninguém?
— É mais difícil do que você pensa. — Bryce explicou, encolhendo os ombros enquanto mordia o interior de sua boca. — Teria um ciclo interminável de todo mundo me parabenizando, achando legal eu ter perdido para uma garota gostosa que era dois anos mais velha que eu. É apenas diferente. As pessoas não veem da mesma forma para os caras.
— Bem, eu acho que isso é besteira. — Sam explicou com um olhar sério em seus olhos. — Essa garota está doente, assim como todo mundo que não leva a sério só porque você é um cara.
Bryce olhou para ela, balançando a cabeça ligeiramente. — Estou feliz que você pense assim, Samantha.
Ela segurou uma bola de sorvete, Bryce se inclinando para dar a mordida.
Uma grande razão pela qual a autora original começou a escrever essa história foi para poder chamar a atenção para os sobreviventes masculinos de agressões sexuais. Raramente é retratado ou falado não apenas em livros, mas também na mídia em geral. Consentimento é consentimento, independentemente do sexo. É ainda mais raro as pessoas falarem sobre agressão sexual de caras se for de uma menina E ISSO AINDA EXISTE TAMBÉM! Tenho certeza que a maioria de vocês tem bom senso e decência humana, mas para alguns de vocês que foi dito que os meninos não podem ser agredidos sexualmente ou não é grande coisa, tome o personagem de Bryce como apenas 1% do que ele fez com alguém. Ele está incomodado e ficou claramente chateado ao falar sobre isso, e quando sua mãe falou mais sobre isso no capítulo anterior, ele se fechou completamente e apenas foi e deitou no sofá. Para os leitores do sexo masculino, se você já experimentou alguma forma de agressão sexual, eu te amo e ouço você sempre. Seus sentimentos são válidos e se alguém te trata ou te fala de forma diferente, eles podem aprodecer.
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