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Capítulo 20

Capítulo 20

Já havia um tempo que a polícia federal investigava Teófilo Liberato. O delegado de Cruzeiro do Sul estava trabalhando pesado em cima do caso, juntando todas as provas e testemunhas possíveis, pois sabia que quanto mais crimes confirmados, mais complicado para os advogados de defesa e maior a pena do mafioso.

Nesse ínterim, Gustavo telefonou para um conhecido que era delegado em Rio Branco. Quando contou sobre a extorsão que coronel fazia comigo, decidiram ir a Cruzeiro do Sul para se encontrarem com o delegado da cidade. Lá, Gustavo descobriu que o inquérito já estava aberto contra Liberato, mas, por ser uma investigação sigilosa, não pôde ficar a par de tudo.

Aconteceu que a ida de Gustavo à minha cidade acelerou apuração do caso. O coronel carregava nas costas sangue de muita gente, extorquia os microempresários da região e ainda tinha parte no tráfico de drogas. Entretanto, só fato ter me chamado para a nossa última conversa, ter me trancado naquele quarto, me ameaçado e me agredido, lhe renderia uma pena de dez anos.

Extorsão mediante sequestro. Esse era o nome técnico que ouvi na delegacia.

Obviamente, com a justiça sendo feita, a soma dos crimes de Liberato resultaria uma eternidade atrás das grades. E por sorte, o desgraçado sobreviveu ao tiro no ombro. Ainda bem, pois ele merecia sofrer muito na cadeia.

Além da atuação de Paulo, o policial infiltrado de capanga, o que fez as autoridades federais entrarem em ação com rapidez foram os áudios e o endereço do local que enviei para Miguel e Mauro por um aplicativo de mensagens. Meus funcionários procuraram ajuda antes mesmo de anoitecer. Bastou juntar todos os indícios para que o juiz decretasse a prisão de Liberato, principalmente por ter sido pego em flagrante.

Era tarde da noite quando Jandira chegou com copos e uma jarra de suco de tucumã na varanda da sua casa. Miguel, Mauro, Gustavo e eu estávamos sentados ao céu aberto naquela noite estrelada e fresca.

— Trouxe um suco de tucumã geladinho pra vocês. — Ela colocou a bandeja na mesinha ao lado das cadeiras, encheu os copos e nos serviu.

— Quer ajuda na cozinha? — perguntei.

— Não precisa, querida. Você já passou por muita coisa hoje. Aproveita seu homem. — Jandi retornou para dentro da casa, pois estava preparando algo para comermos. Por mais que tentasse disfarçar, ela estava nervosa com tudo o que tinha me acontecido. Portanto, a cozinha lhe servia como uma espécie de terapia.

— A Jandira comentou que vai comprar o Vitória Régia. Isso é verdade? — Miguel me tirou dos meus pensamentos.

— Ela fez uma proposta. — Respondi de modo vago. Com Liberato fora de circulação, vender o barco para minha cozinheira seria mais seguro. Ela não teria que lidar com aquele crápula. Por outro lado, manter o meu negócio me renderia um lucro maior...Quanta vezes ansiei por este dia! A bênção de trabalhar na tranquilidade que todo cidadão honesto merece, enfim; uma microempresária livre! Mas a sensação vibrante tão aguardada não aconteceu. Tudo ainda era incerto. Não tínhamos mais um coronel, mas, numa região tão remota, quem nos garantiria que outro todo-poderoso-usurpador não surgiria? Além do que, eu já não era mais a mesma pessoa de meses atrás. Principalmente depois de Gustavo. Obviamente eu não abdicaria de tudo por causa dele. Não se tratava disso. A minha essência continuaria intacta. Se eu aceitasse o trabalho nas fazendas do Sul, seria para meu próprio crescimento.

Primeiro por mim. Depois pelos outros.

— Você aceitou o emprego com o Franco? — Ensaiando um sorriso, Gustavo se curvou em minha direção atento ao meu rosto. Meu coração acelerou por lembrar que ele tinha se colocado em risco em meu favor. Como eu mensuraria tudo o que ele tinha feito por mim? Cristo amado! Ele era um homem raro e eu não tinha ideia de como agir diante de sua singularidade! Minhas emoções estavam totalmente contraditórias.

— Conversei com seu amigo e a proposta de emprego é ótima. — Sorri sem graça. — Só adiei minha decisão porque o próximo dono do Vitória teria que lidar com o Teófilo. Além disso, ele não facilitaria a venda. Sem o aval dele, ninguém compraria o barco. Eu também tive que pensar em interessados que manteriam a tripulação.

— Então agora vamos ter uma nova capitã? — Mauro colocou o copo vazio na mesa.

— Acho que sim.

Jandira retornou com nosso lanche. Enquanto comíamos, o assunto girou em volta das situações engraçadas que vivenciamos em nossa última viagem, com a equipe de humanitária de Gustavo. Eles conseguiram me arrancar algumas risadas, trazendo-me um pouco de leveza. Mas após um tempo, pedi licença e entrei na casa. Eu estava cansada e necessitada de um banho, logo mais eu passaria a noite no hotel em que Gustavo estava hospedado.

— Ísis, podemos conversar? — ouvi Jandi perguntar atrás de mim.

— Sim. Algum problema? — tentei brincar. — Desistiu de ser a nova capitã do Vitória Régia?

— Claro que não desisti! — ela levantou o queixo com sua típica soberba. — Mas estou preocupada com você.

— Não se preocupe. O dia foi pesado, mas amanhã estarei bem.

— Não é sobre o coronel embuste que quero falar. — Ela suspirou. — Sinto uma resistência da sua parte em ir embora. Tudo bem. Isso é normal vir de um adulto responsável. Mas existe algo a mais. Ísis, minha querida, o que está te prendendo em Cruzeiro do Sul?

— Ainda tenho um assunto a resolver. — Respondi com uma pontada de angustia.

— Se está se referindo ao outro embuste; o Zé Afonso, deixa pra lá. O cabra seguiu com a vida dele. Está na hora de seguir com a sua! — Jandira pegou a minha mão. — Quanto aos seus amigos, nós vamos sentir sua falta, mas queremos a sua felicidade. E todos vemos como você fica quando está com aquele alemãozão. Se ele é a pessoa que vai te dar o amor que merece, não importa que seja do outro lado do país ou do outro lado do mundo. Não desperdice essa chance Ísis, já vi você sofrer demais, menina.

— Estou com medo. — Confessei. — Não sou mais uma jovem inconsequente para largar minha estabilidade por algo incerto e tão longe de casa.

— Eu entendo, mas se não for, vai se arrepender. E você é a Exterminadora de Cobras, sabe dar soco em marmanjos armados, conserta motores de barcos, carros e motos, não tem medo de sujar a mão de graxa, e ainda por cima sobreviveu a um tiroteio no meio da noite. Mudar de estado será fichinha para você. — Sua fala me arrancou um sorriso. Então ela me puxou para um abraço. — Se nada der certo, você sempre poderá voltar.

— É bom ouvir isso. Nossa amizade é família para mim. — Minha voz saiu entrecortada.

— Nós somos mais família do que muita família de sangue, Ísis.

— Eu sei. E a senhora tem razão. Se eu ficar, me arrependerei.

— Ora essa! Claro que eu tenho razão! — ela desfez o abraço e segurou os meus ombros. — Sou a voz da sanidade!

— Com toda certeza. — Deixei um riso escapar. — Agora vou tomar um banho pra ir com o Gustavo ao hotel.

— Bobagem! Convide o doutor pra dormir aqui. Vocês estão cansados demais pra sair uma hora dessas! — Jandira me deu as costas e voltou para fora, deixando claro que sua ordem deveria ser obedecida.

*****

Estava olhando o céu estrelado pela janela quando senti os braços de Gustavo rodearem minha cintura. Em seguida, um beijo foi plantado na curva do meu pescoço.

— Cheirosa. — Ouvindo seu elogio, me aconcheguei a ele. — Pensando sobre ir para São Leopoldo comigo?

— Também. Não é fácil tomar uma decisão tão importante. Preciso de mais uns dias pra organizar as ideias, colocar algumas coisas na balança...

— Então deixa eu te mostrar uma das vantagens de morar no sul. — Sussurrou e uma sequência de beijos foi distribuída em minha pele. Seus lábios quentes provocaram deliciosos arrepios.

Por eu estar dolorida da agressão sofrida mais cedo, ele foi gentil ao me levar para a cama. Não quis pensar que poderia ter morrido, por isso, fechei os olhos e me entreguei ao mundo que pertencia somente a Gustavo e eu. Conforme suas mãos deslizavam pelo meu corpo, minha alma adentrava nos delírios da devassidão. Era tão bom me perder por esse caminho!

A combinação dos nossos cheiros me embriagava, me causava bambeza nas pernas e nos braços, me borbulhava o ventre e deixava toda a minha intimidade latejante.

E escorregadia também.

Arfei contidamente. Não queria que nossa anfitriã nos ouvisse.

Devagar, tiramos as roupas um do outro. Nossas peles em contato perfeito. O seu corpo sobre o meu. Minhas pernas enlaçadas às suas. Seu membro à minha porta.

— Gustavo... espera.

— O que foi? — perguntou rente aos meus lábios.

Mergulhei os dedos em seus fios sedosos e afastei um pouco os nossos rostos.

— Pegue o preservativo. — Indiquei a necessaire na mesa de cabeceira.

— Precavida. — Sorriu em cumplicidade.

Dentro de mim, ele estocou lento, mas o fogo da paixão aumentava a cada investida langorosa. Não precisávamos de palavras, nos entendíamos no silêncio, sabíamos onde tocar, como movimentar e qual ritmo seguir.

Olhos cinzas me encaravam com devoção. Não desejei mais nada, apenas ele em mim. Nós dois sendo um só. Nós dois sendo o suficiente para o outro... Céus! Existia inúmeras maneiras de transar que eu queria testar com aquele homem! Precisaríamos de uma vida inteira pela frente!

Se eu queria essa vida? Sim! Como eu queria!

Calores se acumularam em meu ventre. O ápice do meu prazer era mais do que um consolo pelo dia exaustivo. O ápice do prazer dele era mais do que uma recompensa por toda dedicação a mim.

Era o nosso ápice. Mais do que um bom orgasmo. Talvez fosse amor. Certamente um amor ainda em fase de edificação, mas eu não me protegeria de algo tão forte e bonito. Não mais!

Pois não se protege do amor. O amor é que deve nos proteger., pensei vendo Gustavo sair de dentro de mim.

Ele se livrou do preservativo e se deitou do meu lado, de barriga para cima e olhando para o teto com braços por baixo da cabeça.

Minha metade.

— Posso me acostumar a ter isso. — Sussurrei para mim mesma.

— Vou garantir que se acostume, meu amor. — Sua fala saiu natural como se tivesse lido os meus pensamentos.

*****

Novela literária escrita com a autora

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